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Selic a 10,75% e queda de juros nos EUA: saiba os impactos para seus investimentos

Brasil e EUA alteraram suas taxas de juros; veja como isso impacta seus investimentos em ações, renda fixa e mais

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) elevou, na última quarta-feira (18), a Selic, taxa básica de juros brasileira, em 0,25 p.p., para 10,75%, conforme esperado. Já nos Estados Unidos, o FOMC reduziu a taxa dos Fed funds em 0,50 p.p., estabelecendo o limite superior em 5,0%. Essa foi a primeira redução desde março de 2020, marcando o início do ciclo de afrouxamento monetário norte-americano. Quais os impactos das decisões para a economia e seus investimentos? Assista à análise dos especialistas e confira, mais abaixo, mais detalhes.

Copom: início gradual do ciclo, com tom mais duro

O comunicado pós-reunião foi mais duro (hawkish, no jargão de mercado), reforçando nosso cenário de que o comitê optará por acelerar o ritmo de aumento de juros na próxima reunião.

A autoridade apontou que “o ambiente externo permanece desafiador, em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos”, o que gera dúvidas sobre a desaceleração e a desinflação. Com relação ao cenário doméstico, “os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm apresentado dinamismo maior do que o esperado”, levando à reavaliação do hiato do produto para um patamar positivo, indicando pressão inflacionária adiante.

Segundo o time de economia da XP, a decisão de hoje foi consistente com nosso cenário de que a taxa Selic atingirá 12,00% após um ciclo de aumento de 0,50 p.p. – 0,50 p.p. – 0,25 p.p. entre novembro e janeiro, permanecendo nesse nível por um período prolongado. Diante da inflação acima da meta e da aceleração da atividade econômica, acreditamos que o risco é de o Copom ultrapassar nossa previsão de taxa Selic a 12,00%.

Rendimentos em renda fixa

Continuamos com visão positiva para a renda fixa de maneira geral, principalmente para títulos atrelados à inflação (IPCA+). As taxas de juros nominais permanecem elevadas, ainda que os spreads tenham diminuído, e as taxas reais (acima da inflação) estão em patamares ainda mais interessantes, em nossa opinião.

Adicionalmente, as projeções indicam que a inflação deve permanecer acima do centro da meta de 3% nos próximos dois anos. Por fim, ainda é necessário ter cautela, com os riscos locais e globais a serem monitorados, o que favorece a alocação em ativos como a renda fixa (veja mais em nossas carteiras recomendadas).

Como investir além do IPCA+?

Muitos questionam a atratividade da renda variável contra a renda fixa nesse cenário de juros altos. Por isso, exploramos a grande divergência nos preços entre essas duas classes de ativos no momento. Enquanto os spreads de crédito estão nas mínimas históricas, o prêmio de risco e a Taxa Interna de Retorno (TIR) das ações estão em níveis historicamente altos. Isso indica que as ações brasileiras seguem muito descontadas e baratas em relação à renda fixa, para os mesmos emissores.

A melhor forma de se beneficiar dessa grande diferença de retorno potencial entre o crédito corporativo e a Bolsa é estar comprado em ações de setores defensivos no Brasil (como Elétricas & Saneamento, Financeiros, Transportes, Shoppings, e Telecom). Dessa forma, os investidores se beneficiam dos altos prêmios de risco e das TIRs reais das ações na Bolsa. Historicamente, seguir uma estratégia de dividendos no Brasil, comprando empresas que pagam altos dividendos e reinvestindo esses dividendos, tem se mostrado uma estratégia vencedora.

Gestores: percepção positiva para economia

Segundo pesquisa realizada com gestores de fundos multimercados realizada pela equipe de fundos XP, entre os dias 09/09 e 13/09, houve uma melhoria importante na perspectiva positiva para a economia local.

Atualmente, 76% dos gestores se mostram positivos, contra 47% da pesquisa anterior. Além disso, eles apresentaram um aumento de risco no mercado local, equiparando-se ao patamar de risco do mercado global, um potencial reflexo das oportunidades que esses gestores estão vendo no mercado local e o excesso de volatilidade dos ativos globais.

Alocação: “Títulos públicos brasileiros seguem bastante atrativos”

No Morning Call XP desta quinta-feira (19), o head de Alocação da XP, Rodrigo Sgavioli, comentou a visão do time para o cenário atual. Segundo ele, em relação à renda fixa norte-americana, é preciso ter “cautela no alongamento excessivo de duration e com excesso de exposição a crédito, principalmente crédito muito arriscado, o chamado high yield“.

“Falando de Brasil, eu acho que é a hora e a vez, principalmente num momento como esse, dos títulos públicos. Se o nosso papel é capturar prêmio de risco, os títulos públicos, tanto os pós-fixados quanto os títulos de inflação – e eu também não vou descartar os pré-fixados – estão em taxas muito atrativas”, afirmou.

Sgavioli comentou, ainda, sobre qual o posicionamento em relação aos ativos de renda variável e fundos imobiliários. Confira no link abaixo e veja também o relatório mensal de alocação para setembro.

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