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A importância de pensar no longo prazo para os seus investimentos

Ter em mente os benefícios do longo prazo é investir melhor, de forma mais saudável e extrair o máximo das aplicações financeiras.

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A importância de pensar no longo prazo para os seus investimentos

Duvide de qualquer fórmula milagrosa de riqueza em dias ou meses, de tudo aquilo que vem de mão beijada ou de qualquer negócio que faça você largar tudo por um sonho. Se é muito rápido, muito fácil ou muito drástico, duvide, sobretudo quando estamos falando de dinheiro. A importância de pensar a longo prazo reverbera nas nossas decisões da vida e, claro, nos investimentos também.

Nesse sentido, a mesma lógica do post de Renda Passiva pode ser aplicada aqui. Um quarteto de palavras podem (e muito!) fazer a diferença. É preciso de tempo, paciência, disciplina e resiliência quando se é um investidor, seja você um operador do mercado financeiro ou não. E todas essas palavras entram em consonância com a ideia de longo prazo.

O valor inestimável do longo prazo

Quando pensamos em longo prazo, não estamos apenas olhando com perspectivas para o futuro. Longo prazo é priorizar o que você tem hoje para, aos poucos, conquistar algo muito maior lá na frente.

Há diversas em situação de nossas vidas que nos deparamos com o longo prazo, assim como nos investimentos. Por exemplo, quando pensamos em aposentadoria, quando investimos em nossa educação, quando decidimos casar, ter filhos, ir para aquele intercâmbio, escolher um trabalho com mais aprendizado e menos ganho financeiro… tudo isso combina com a ideia de longo prazo.

E todas essas situações têm em comum uma palavrinha mágica: valor. Dar valor a algo é acreditar, dar significado e gerar resultados positivos. Ou seja, a longo prazo, a tendência é que a vida melhore porque nos tornamos mais experientes e tiramos dos erros grandes resultados. No curto prazo, o erro é apenas um erro. Já parou para pensar nisso?

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E o que isso tem a ver com investimentos?

Assim como o erro no curto prazo é apenas um erro, com os investimentos é a mesma coisa, nas mais variadas classes. Por exemplo, um investidor que opera no que o mercado chama de Day Trade (quando se compra e vende ativos no mesmo dia), não vai conseguir reparar seus prejuízos no mesmo dia. Então, nesse curto período ou você lucra ou perde. Não há outra alternativa.

Isso também pode acontecer com um gestor de fundos de ações. Se em um determinado período, esse profissional acreditar por dois meses em uma empresa e durante esse tempo o presidente da companhia cair em um escândalo de corrupção, as ações vão por água abaixo, assim como a estratégia do gestor e os investidores que acreditarem nela. No entanto, essa é, mais uma vez, uma situação de curto prazo.

Agora, pense nesses exemplos no longo prazo. Citamos aqui algumas estratégias que deram errado. Porém, se em um período de 5 ou 10 anos essas operações tiverem bons desempenhos, esses erros não significarão nada mais do que um aprendizado, ao contrário do curto prazo.

Em ações, por exemplo, é muito clara a presença do longo prazo. Em suma, isso significa que o valor das ações reflete os resultados das empresas e também os retornos para os acionistas. Afinal, a maioria dos projetos empresariais são pensados para um horizonte mais esticado.

Essa abordagem dilui perdas e riscos relacionados aos maus ventos que essas empresas possam enfrentar no caminho.

Outro investimento que combina com o longo prazo e que é associado especialmente à aposentadoria, é a Previdência Privada. Os fundos de gestoras específicos de Previdência contemplam estratégias pensadas a longo prazo e que, combinadas aos benefícios tributários, podem trazer ganhos muito favoráveis para a construção de um patrimônio.

Como o brasileiro lida com o longo prazo?

De acordo com a última pesquisa Raio-X do Investidor Brasileiro, feita pela Anbima, os brasileiros preferem produtos com liquidez diária e fáceis de resgatar. Isso acontece, segundo o órgão, por causa das graves crises econômicas, da hiperinflação que o país sofreu em sua história econômica e dos juros altos, que hoje já não são mais a realidade.

E o que é mais contraditório fica em evidência na pesquisa. Mesmo privilegiando a liquidez diária, os brasileiros ficam, em média, 11 anos com a aplicação na caderneta de poupança. Ou seja, na aplicação menos recomendada atualmente, por causa da sua baixíssima rentabilidade (chegando a ser negativa quando descontada a inflação), os brasileiros acabam deixando por mais tempo o seu dinheiro.

Em detrimento a isso, opções que costumam ser ótimas a longo prazo não são tão consideradas quanto a poupança. Por exemplo, em ações, os brasileiros costumam manter o investimento em 6 anos, em Previdência, 7 anos, e em títulos públicos, apenas 3 anos.

Ou seja, por diversos fatores, que passam pela desinformação, medos passados e uma forte cultura bancária, os brasileiros em geral preferem abrir mão de uma boa rentabilidade a longo prazo para ter a garantia do dinheiro fácil na mão, sem grandes taxas de retorno.

Exemplo prático: Tesouro no curto prazo x Tesouro no longo prazo

Vamos pegar um investimento de porta de entrada e fácil de entender. Para desmistificar os brasileiros que deixam apenas por três anos seus investimentos nos títulos públicos do Tesouro Direto, vamos ver um exemplo básico e simples.

Para comparar, vamos nos ater às mesmas condições: aporte de R$ 10.000, com aplicação mensal de R$ 100, no Tesouro IPCA+, com vencimento em 2024, e no Tesouro IPCA+, com vencimento em 2045.

Lembrando que os exemplos a seguir são simulações de investimento com resgate no vencimento. Isso é muito importante porque, no caso dos títulos públicos e de outras aplicações de renda fixa, se você resgata antes do vencimento há chances de não receber a mesma rentabilidade contratada no ato do investimento.

Então, sempre que você quiser garantir a rentabilidade contratada, o ideal é deixar o investimento para resgatar apenas no prazo final do investimento.

Ex 1.: Tesouro IPCA+ 2024

Fonte: Simulador oficial do Tesouro Direto

Ex 2.: Tesouro IPCA+ 2045

Fonte: Simulador oficial do Tesouro Direto

Viu a diferença? Se não, vamos explicar melhor. No Tesouro IPCA+ de curto prazo, com vencimento em 2024, os R$ 10 mil iniciais, com aportes mensais de R$ 100, se transformariam em R$ 18,5 mil, já livre de impostos.

No Tesouro IPCA+ de longo prazo, com vencimento em 2045, os R$ 10 mil iniciais, com aportes mensais de R$ 100, se transformariam em R$ 115,5 mil, também já com o desconto dos impostos.

É muita diferença, não é? O fator longo prazo, de fato, é algo que influencia desde os investimentos mais básicos aos mais complexos. E isso tem muito a ver com os juros compostos.

O poder dos juros compostos

A lógica dos juros compostos é um conceito básico e importante para qualquer investidor. Esse conceito significa que você estará recebendo juros sobre juros, potencializando os seus ganhos, principalmente no longo prazo. É uma bola de neve que vai ficando cada vez maior com o trabalho do tempo.

Portanto, esses juros serão sempre acrescidos no montante total acumulado com os juros passados. É uma ferramenta extremamente interessante para acumular patrimônio a longo prazo.

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