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Inflação é a maior para agosto desde 2000; saiba qual é o impacto para seus investimentos

Resultado do IPCA de agosto ficou acima das expectativas do mercado. Veja o impacto para os investimentos

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Inflação é a maior para agosto desde 2000; saiba qual é o impacto para seus investimentos

Puxada pelo preço dos combustíveis, a inflação do país ficou em 0,87% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado, divulgado nesta quinta-feira, 9 de setembro, é o maior para o mês desde o ano 2000.  

Os aumentos nos preços da gasolina (+2,8%), da batata (+19,91%) e da energia elétrica (+1,10%), entre outros itens que entram na conta do IPCA, mexem diretamente no seu bolso, mas também impactam seus investimentos.  

O resultado de agosto ficou acima da expectativa do time da XP para o período, que era de 0,65%, e também da projeção do mercado (0,71%). “Como reação inicial, deve haver uma elevação na ponta curta de juros, refletindo uma expectativa do mercado de uma reação mais forte do Banco Central em relação a essa inflação acima do esperado”, diz a analista de renda fixa da XP Camilla Dolle.  

Ter parcela da carteira atrelada à inflação protege contra surpresas

Segundo Camilla, o reflexo disso é de desvalorização de títulos curtos, principalmente pré-fixados e indexados à inflação. “Isso só reforça a importância de ter uma parcela alocada em inflação na carteira, que é o que a gente vem falando ao longo dos últimos meses. É importante ter essa parcela para se proteger de surpresas de inflação nos próximos períodos”, afirma.  

No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,67% e, nos últimos 12 meses, de 9,68%. De acordo com último boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, 6 de setembro, a mediana das projeções do mercado para a variação do IPCA em 2021 voltou a subir, de 7,27% na semana passada para 7,58%.  

Após o resultado divulgado hoje, o time da XP também revisou a projeção para o IPCA no ano, de 7,7% para 8,4%. Segundo relatório da equipe divulgado nesta quinta-feira, o orçamento do ano que vem se torna ainda mais desafiador. “A inflação mais alta hoje significa mais gastos públicos amanhã”, destacam os economistas Tatiana Nogueira e Caio Megale.

Juros mais altos x bolsa

Com a trajetória de alta da inflação, a política monetária do Banco Central deve continuar a ficar cada vez mais apertada, afirma a estrategista de ações da XP, Jennie Li. “E juros mais altos, de forma geral, tendem a ser negativos para a Bolsa, pois competem por aplicações financeiras de investidores que devem buscar rendimentos cada vez mais atrativos em renda fixa.” 

Relatório Raio-XP da Bolsa de março apontou que, nos últimos 25 anos, os melhores ativos em termos de desempenho quando a inflação subiu foram ouro (+28,0%), ações americanas (+22,1%), dólar (+21,1%) e commodities (+14,9%). Por outro lado, os índices Ibovespa e Small Caps apresentaram desempenho inferiores.  

Quem pode se beneficiar com taxas de juros mais altas

Jennie ressalta, porém, que nem todos os setores são negativamente afetados pela subida na inflação e na taxa de juros. “Setores como o de supermercados conseguem repassar preços maiores e, portanto, são resilientes em cenário de inflação em alta”, afirma.

Empresas do setor financeiro também são diretamente beneficiadas, segundo ela. “Com uma alta na taxa básica de juros, bancos tendem a aplicar uma taxa maior em empréstimos, porém o reajuste nos custos de captação é mais lento. Em outras palavras, a diferença entre o que os bancos recebem e pagam fica maior.” Além disso, as seguradoras, que têm como fonte relevante de receita as aplicações feitas no mercado financeiro, tendem a ter retornos maiores.

Incertezas fiscais e riscos políticos pressionam ativos domésticos

A estrategista destaca, ainda que, além da preocupação em relação à inflação e aos juros, os ativos brasileiros têm sido afetados pelo aumento de incertezas fiscais e riscos políticos, especialmente depois das manifestações de 7 de setembro.

Na última quarta-feira, dia seguinte ao feriado, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de -3,8%, enquanto o dólar subiu 2,9%, a R$ 5,32.

“Além de uma carteira diversificada em diferentes setores, também enfatizamos a importância da diversificação nas carteiras em diferentes classes de ativos e geografias como a principal alavanca de bons resultados com um risco adequado na sua carteira de investimentos: ativos internacionais, dólar, títulos de renda fixa, que voltaram a ficar atrativas, e commodities são opções de investimento que ajudam na proteção de patrimônio nesses momentos de incerteza”, destacaram os analistas da XP em relatório sobre o aumento dos riscos políticos (Veja mais em: Como proteger seu patrimônio em momentos de cenário Macro mais desfavorável?).

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