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COE: o que é e como funciona o Certificado de Operações Estruturadas

Entenda o que é COE como funciona o Certificado de Operações Estruturas, como investir, taxas e tributação, rentabilidade e muito mais. Leia para saber mais.

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COE: o que é e como funciona o Certificado de Operações Estruturadas

COE, ou Certificado de Operações Estruturadas, é um tipo de aplicação que combina a segurança da renda fixa com a rentabilidade da renda variável, através da diversificação de ativos.

Muito conhecido em países como Estados Unidos, as Notas Estruturadas funcionam da mesma maneira, há bastante tempo. No Brasil, o COE começou a ser oferecido publicamente em 2016, o que faz com que esse investimento seja ainda pouco conhecido.

Esta modalidade, ainda que expõe o investidor a renda variável, que pode ter alta volatilidade, apresenta um diferencial muito importante para quem deseja controlar seus riscos.

O que é COE?

O Certificação de Operações Estruturadas (COE) é a versão brasileira das Notas Estruturadas, muito popular nos Estados Unidos e países da Europa. A estratégia é utilizada por investidores que desejam aumentar sua rentabilidade, mas correndo poucos riscos.

Dessa forma, diversifica-se os investimentos entre ativos de renda fixa e expõe o investidor a ativos de renda variável,  com retornos atrelados a:

  • Ações nacionais e estrangeiras;
  • Índices da B3 e Bolsas americanas;
  • Taxas de juros;
  • Commodities;
  • Moedas;
Como funciona o COE
O que é o COE

Um grande diferencial do COEé a segurança, pois, ao montar os investimentos com renda fixa e renda variável, é possível garantir o valor investido (Para os chamados COEs com Valor Nominal Protegido).

Ou seja, na modalidade Valor Nominal Protegido, se a rentabilidade dos ativos como ações for muito boa, você ganha o lucro. Mas, se por algum motivo, as oscilações do mercado prejudicarem o rendimento do seu investimento, você recebe o valor investido inicialmente.

É por isso que o COE é uma excelente opção para quem deseja começar uma aventura no mercado de ações, mas com menos riscos.

Antes de investir em um COE é muito importante saber se esse tipo de investimento é para você. Pense em:

Segurança: Você quer ter a possibilidade de ter rentabilidades maiores aplicando em ativos que não teria acesso, garantindo a segurança de uma renda fixa? Então o COE com 100% do capital protegido pode ser para você.

Oportunidade: Poder acessar mercados exclusivo. Você tem interesse que os seus investimentos tenham exposição em mercados que normalmente você não teria acesso como: mercado exterior, ouro ou bolsa americana, por exemplo? Se sim, o COE pode ser para você.

Liquidez: Você tem uma parcela do seu capital para aplicar em um investimento de longo prazo? Se sim, o COE pode ser para você.

Qual o significado de COE?

COE é a sigla para Certificados de Operações Estruturadas. O título é emitido pelo banco e tem rentabilidade baseada na variação de um ativo financeiro, como índices, câmbio, ações, entre outros.

Dados sobre COE

Valor mínimo, prazo de investimento e rentabilidade do COE

O COE não exige um valor mínimo para investimento, mas isso vai depender dos títulos oferecidos pelos bancos e corretoras.

Os mais comuns têm um mínimo de aplicação de R$ 5 mil.

O prazo de duração do investimento também é fixado pelo emissor. Geralmente, a oferta de títulos se dá com prazos entre 2 a 5 anos. Em caso de negociação no mercado secundário, o título poderá sofrer uma desvalorização.

Sobre a rentabilidade, já vimos que ela acontece de duas formas:

  • Renda fixa: grande parte do valor investido será destinado a ativos de renda fixa, cobrindo eventuais prejuízos dos investimentos mais arriscados, em caso de um COE de Valor Nominal Protegido
  • Renda variável: uma menor parte do valor será destinado ao mercado de renda variável, como ações, através de derivativos. É aqui que existe a oportunidade de ganhos acima da média, mas também corre o risco de pegar uma queda no mercado, sendo utilizado o rendimento da renda fixa como cobertura do prejuízo, em caso de um COE de Valor Nominal Protegido

Como funciona o COE da XP

Uma forma de diversificar o investimento com a segurança de não precisar enfrentar os riscos de uma queda do mercado, o COE está cada vez mais conhecido por investidores com perfis moderado e agressivo.

Ao emitir o COE, o banco emissor aloca boa parte do dinheiro em renda fixa de baixo risco. Assim, a outra parte (bem menor) pode encarar os riscos de uma renda variável, pois a renda fixa irá cobrir os potenciais prejuízos.

Este é o modelo de COE com capital protegido, em que você ganha se o ativo subir, mas não perde nada em caso de queda. Ou seja, se você investir R$5mil, você tem a possibilidade de ter rentabilidade conforme o COE que você escolheu, mas pode ser que aconteça fatores no mercado que levem essa aplicação a não render, e mesmo assim, você não vai perder esse dinheiro, você vai ter de volta seus R$5mil aplicados.

Na XP, você também pode investir na modalidade de COE com capital em risco. Neste caso, os ganhos em cenários favoráveis podem ser ainda maiores, porém uma parte ou todo o capital investido podem ser perdidos em cenários desfavoráveis.

Conheça as principais características deste tipo de investimento e comece a investir em COE com a XP:

  • A data de vencimento do investimento é pré-determinada;
  • Há um valor mínimo de aporte;
  • Escolha entre indexadores nacionais ou internacionais;
  • Conheça os cenários de ganhos e perdas já desde o início da operação;
  • Invista em COE se o seu perfil de investidor for compatível com este modelo de investimento;

Exemplo: Como um COE é Elaborado

Aplicação: R$100mil.

Modalidade: Valor Nominal Protegido.

Banco emissor aplica R$ 70 mil em Operação Pré fixada.

Com os R$30 mil compra, por exemplo, uma operação estruturada com viés de alta em um ativo.

Vencimento: Cliente receberá R$100 mil + rendimento da operação.

Como um COE é montado

Como Alocar de Forma Inteligente

O COE é um investimento de médio a longo prazo, e assim, apresenta a possibilidade de gerar retornos mais em linha com produtos de renda variável.

Realizar uma alocação de ativos adequada em sua carteira é essencial para o sucesso dos investimentos. Para isso, é preciso manter a diversificação e ponderação entre ativos que podem ou não ser resgatados no curto prazo.

Como Exemplo, determinado cliente que detém uma carteira de R$100mil e investiu R$5mil em um COE, idealmente deveria utilizar outros recursos para atender suas necessidades financeiras de curto prazo. Os prazos de vencimento dos COEs variam geralmente de 2 a 5 anos, por isso não é um produto que você aplica pensando em movimentar seu dinheiro no curto prazo.

Tomando como exemplo o mercado internacional, onde o COE é um produto bastante utilizado para diversificação, o percentual médio normalmente observado nas carteiras varia entre 10% a 15%. Não existe um percentual ideal para investir em COE. Tudo vai depender da sua necessidade de liquidez no curto prazo e seu perfil de investidor.

Vantagens e desvantagens do COE

Você já deve ter entendido que o COE é uma boa oportunidade para quem deseja começar a operar com renda variável, de forma a controlar seus riscos.

Uma modalidade de investimento oferecido há pouco tempo, se comparada com as demais, o COE tem ganhado aos poucos a simpatia dos investidores.

Mas quais seriam suas desvantagens? Para esclarecer melhor se vale a pena investir em COE, listamos abaixo as principais vantagens e desvantagens deste tipo de operação.

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Vantagens

O COE tem como principal característica oferecer uma rentabilidade acima da média, se comparada aos ganhos com renda fixa, mas com a segurança deste tipo de operação.

Isso porque tem um controle de riscos contra as oscilações do mercado de renda variável, como ações, importante para manter o capital protegido. Além disso, podemos citar, como vantagens do COE:

  • Flexibilidade em diferentes cenários: existem COEs em que se ganha em caso de alta, ou de queda do mercado, ou até mesmo em ambos os cenários. Além disso, existem também COEs em que se ganha mesmo se o mercado ficar estável.
  • Você pode se expor a ativos mais sofisticados, como câmbio, ações internacionais, fundos internacionais ou índices internacionais;
  • Permite um alto rendimento com baixo risco;
  • Alto potencial de valorização: possibilidade de obter retornos expressivos;
  • Tem perdas controladas, dependendo da modalidade da operação, sendo, no máximo, o prejuízo do valor investido – não mais do que isso;
  • Tributação regressiva do Imposto de Renda;
  • COEs não têm custo de manutenção: Não possui taxa de administração, custódia ou come-cotas;
  • Oferece opções de investimentos com diferentes níveis de risco, atendendo aos perfis de investidores;
  • Possibilita a diversificação de investimentos de um modo fácil;
  • Tem facilidade de acompanhamento, já que aparece como um único ativo para controle de desempenho;
  • Permite o investimento no mercado estrangeiro sem a necessidade de envio de recursos ao exterior;
  • Baixo Risco de Crédito:Bancos emissores de primeira linha, pois não tem cobertura do FGC;

Desvantagens

Por mais interessantes que sejam as vantagens do COE, é preciso também olhar para as desvantagens deste modelo de operação. Tendo conhecimento, você poderá decidir se este modalidade de investimento é uma boa opção para o seu perfil e seus objetivos. Confira:

  • Não ser garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos, ou seja, se o emissor quebrar você pode não receber de volta o seu capital;
  • Não tem liquidez a curto prazo. O prazo de investimento é fixo, podendo haver negociação no mercado secundário. Neste caso, o valor de venda no secundário do COE poderá ser menor do que o capital investido;
  • O capital protegido, no caso da modalidade Valor Nominal Protegido, só está garantido na data de vencimento do título;

A maioria das pessoas que criticam os COEs nas redes sociais fazem isso por falta de conhecimento, especialmente por ser um produto relativamente novo no mercado brasileiro, além de ser um produto mais complexo de ser explicado que os demais tipos de investimentos. Os principais pontos que o mercado comenta, são:

  1. Comissões elevadas embutidas nos produtos: como mencionamos acima, isso irá depender do distribuidor do produto. Na XP, as taxas embutidas não passam de 1,9% ao ano e estão discriminadas nos materiais publicitários de todos os produtos.
  2. Rentabilidade ruim dos produtos: antes de investir em um COE, entenda qual o momento do mercado para esse investimento e qual o retorno máximo que esse COE pode ter trazer. O COE é apenas um veículo de acesso, como por exemplo: um coe ligado à bolsa brasileira terá um desempenho totalmente distinto de um COE ligado a um fundo de renda fixa global.
  3. O importante é entender que você pode diversificar seus investimentosem diversas classes de ativos através do veículo COE. Outro ponto a ressaltar é que os COEs são produtos de prazo pré-determinado e o fato de determinado COE não apresentar rendimento atualmente, não significa que irá se encerrar sem retorno.

Qual a diferença entre COE e investimentos de renda fixa

Como já mencionamos, o COE mistura a segurança da renda fixa com a rentabilidade da renda variável. Assim, a principal diferença do COE para os ativos de renda fixa é, justamente, a rentabilidade.

O COE pode oferecer um desempenho superior se comparado às demais operações mais conservadores, como CDB, Tesouro Direto, LCI ou LCA.

Isso porque parte do valor será investido no mercado de renda variável, como ações, oferecendo uma lucratividade superior – em caso de um mercado em alta.

Outra diferença importante é que o COE não tem cobertura pelo Fundo Garantidor de Créditos. Já ativos bancários de renda fixa, sim.

Se você investe em CDB, por exemplo, e por algum motivo este ativo quebra, não havendo condições de pagar os seus rendimentos, o FGC cobre esse valor até um limite de R$ 250 mil por pessoa, por instituição.

No caso de um problema de quebra por parte do banco emissor de títulos do COE, como não há garantia, você pode não receber o valor investido ou os rendimentos.

Taxas e tributação sobre COE

O imposto de renda é a única tributação que incide no COE, mas podem haver outras taxas para este investimento, de acordo com a corretora.

O COE segue uma tabela de tributação regressiva, assim como investimentos em renda fixa. Ou seja: quanto maior o prazo de investimento, menor o percentual de Imposto de Renda a ser pago.

Além disso, existem outras taxas que incidem sobre os valores ganhos com o Certificado de Operações Estruturadas. Confira:

Imposto de Renda

A alíquota do Imposto Renda varia conforme o prazo do seu investimento, dessa forma:

Prazo do investimentoAlíquota de IR (%)
Até 180 dias22,5%
De 181 até 360 dias20%
De 361 até 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

A vantagem do COE é que no momento do recebimento dos lucros da operação, o valor já vem com a dedução dos impostos. Ou seja: você não precisa se preocupar com esses pagamentos.

Taxa de corretagem

A taxa de corretagem se refere a uma espécie de comissão, que deve ser paga à corretora que intermediou o investimento. Este valor varia de empresa para empresa, e muitos casos, nem é cobrado.

Na XP Investimentos, por exemplo, quem deseja investir em COE não tem custo de corretagem. A comissão máxima que a XP recebe dos bancos emissores para distribuir COEs é de 1,9% ao ano, em linha com as de fundos de ações e multimercados. Essas taxas podem ser encontradas nas lâminas de divulgação dos COEs distribuídos pela XP.

Inclusive, a XP foi pioneira em divulgar as taxas máximas que ela recebe para distribuição dos COEs. Pensando nos custos que o cliente paga, o COE não tem taxa de administração nem de performance.

Taxa de custódia

A taxa de custódia é uma espécie de “aluguel” que o investidor paga à corretora pelo serviço de guardar o dinheiro aplicado. Dependendo da contratação e da corretora, esta taxa é isenta.

Na XP, para investimentos em COE, o cliente não paga nada, nem a custódia, nem corretagem, nem a taxa de transferência eletrônica (TED) na hora de solicitar o resgate.

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IOF

O imposto sobre as operações financeiras é cobrado somente no caso de você resgatar o dinheiro da aplicação em menos de 30 dias. Caso contrário, o IR é o único tributo devido com este tipo de investimento.

Como investir em COE com a XP

Se você já está convencido de que COE pode ser uma boa opção de investimento para você, saiba que você pode contar com essa modalidade na XP Investimentos.

Mas antes, um lembrete: somente investidores com o perfil de investidor adequado a este produto poderão realizar a operação.

Você deverá preencher o Formulário Perfil do Investidor, uma etapa obrigatória desde 2013 pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV).

Para começar a investir com a XP Investimentos, você deve fazer o seu cadastro. Isso pode ser feito através do preenchimento do formulário no site. Após o cadastro, você deverá aguardar a etapa de análise.

Se todas as informações estiverem corretas, você receberá seus dados para acesso ao sistema. A abertura de uma conta na XP é gratuita.

Após, você pode descobrir o perfil de investidor e, se estiver aderente ao produto COE, começar a investir. Para isso, você precisará assinar dois documentos:

  • Termo de ciência do risco: assinado somente uma vez pelo investidor, o termo irá alertar sobre os riscos;
  • Documento de informações essenciais: explica sobre o funcionamento, os pagamentos e riscos do COE, devendo ser assinado antes do início de qualquer novo investimento.

Os riscos do COE estão relacionados aos pagamentos, que estão sujeitos ao risco de crédito do emissor, já que não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), como outras rendas fixas.

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Conclusão

COE, ou Certificado de Operações Estruturadas, é uma alternativa interessante para investidores de perfil moderado (ou superior), já que oferece a possibilidade de um desempenho maior do que a renda fixa, mas com um bom controle de riscos, diferente de quem só investe em renda variável.

Além disso, é uma forma de diversificar os investimentos sem precisar controlar ativo a ativo: o COE aparece como um único ativo para acompanhamento do desempenho.

O risco oferecido por este tipo de operação, no entanto, é a falta de cobertura pelo Fundo Garantidor de Créditos. Para minimizar, é fundamental que você tenha amplo conhecimento em relação à instituição emissora do título, buscando bancos mais estruturados e com credibilidade.

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