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XP Equities Insights: as visões de grandes gestores para a Bolsa brasileira

Evento exclusivo reuniu grandes gestores, analistas e estrategistas do mercado para debater o cenário do mercado de ações brasileiro

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A XP realizou nesta quarta-feira (16) o XP Equities Insights, evento exclusivo que contou com a participação de grandes gestores, analistas e estrategistas do mercado para debater o cenário do mercado de ações brasileiro. Os especialistas analisaram, ao longo de três painéis, o (i) panorama atual de investimentos em ativos de risco no Brasil, (ii) os principais temas que guiarão a renda variável no médio-longo prazo e (iii) os melhores setores para se posicionar hoje.

Abaixo, elencamos os principais pontos discutidos durante o evento. Confira:

XP Pesquisa com Investidores Institucionais – Julho 2025

Antes de dar início aos painéis, Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head de research da XP, e Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, apresentaram em primeira mão a nova edição da XP Pesquisa com Investidores Institucionais, após o término do primeiro semestre de 2025.

De forma geral, o sentimento em relação a ativos domésticos continua positivo, com 65% dos investidores entrevistados desejando aumentar exposição à Bolsa.

Os papéis mais sensíveis à Selic é o tema preferido dos investidores. A maior alocação está em cíclicos domésticos, enquanto a exposição a commodities está relativamente baixa.

Em termos de riscos, a questão fiscal brasileira e a instabilidade política local são as principais preocupações dos investidores institucionais.

Confira a nova pesquisa com investidores institucionais

Brasil sob os holofotes: o rali continua?

José Luiz Torres Junior, gestor da Genoa Capital, e Rogério Poppe, gestor da ARX Investimentos | Moderador: Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP

O primeiro painel reuniu José Luiz Torres Junior e Rogério Poppe, gestores da Genoa Capital e ARX Investimentos, respectivamente. Sob moderação de Figueredo, a conversa buscou lançar luz sobre o que esperar da Bolsa brasileira nos próximos meses, após forte desempenho no primeiro semestre de 2025.

Os especialistas chamaram atenção para o atual “cenário de extremos” da Bolsa: de um lado, um ambiente de yields altos e interesse ainda elevado dos investidores globais pelo mercado, o que protege os ativos domésticos contra eventuais quedas mais expressivas; do outro, uma economia brasileira altamente dependente da questão fiscal para crescer e o atual cenário de Selic em 15% ao ano, o que aproxima o investidor local da renda fixa.

Junior e Poppe também mencionaram que o cenário ganha novas camadas de incerteza com os desdobramentos da política tarifária de Donald Trump e a proximidade do ciclo eleitoral no Brasil, em 2026. Mas, mais do que o processo eleitoral, que ainda está distante, a principal variável para os próximos meses será o dólar.

Na carteira, a ARX realizou um ajuste tático, adotando uma postura mais conservadora em relação à Bolsa local e aumentando exposição a ativos cíclicos globais, pois projeta um período mais equilibrado para as ações brasileiras em comparação com o rali do início do ano. Apesar disso, segue com perspectiva positiva para ativos domésticos (overweight com setor de consumo discricionário).

Enquanto isso, a Genoa entrou no ano com posição zerada no Brasil e foi aumentando aos poucos a alocação. Preferência por papéis com liquidez e de boa qualidade, com destaque para os setores de utilities e financeiro. Segundo Junior, olhando para investimentos no longo prazo, existem boas perspectivas nos mercados globais, principalmente no que diz respeito às teses das big techs no contexto da inteligência artificial (Nvidia).

Melhores setores e temas para investir na Bolsa

Luiz Paulo Aranha, sócio-fundador da Moat Capital, e Marcos Peixoto, gestor da XP Asset Management | Moderadora: Clara Sodré, analista de fundos de investimento da XP

Clara Sodré, analista de fundos de investimento da XP, recebeu Luiz Paulo Aranha, sócio-fundador da Moat Capital, e Marcos Peixoto, gestor da XP Asset Management, para o segundo painel do dia, dedicado em avaliar os investimentos mais promissores da Bolsa no cenário atual.

No geral, os gestores avaliaram que os ativos de risco brasileiros seguem descontados, mesmo após o rali do mercado no início do ano. Perspectivas em relação a ações mais expostas ao ciclo doméstico melhoraram, puxadas principalmente pela recuperação do lado micro das empresas (resultados positivos do 1T25).

No portfólio dos gestores, os papéis de varejistas ganham destaque, com ênfase no discricionário. Peixoto gosta das teses de Vivara, Azzas e Lojas Renner, empresas de re-rating que surpreenderam de maneira positiva na última temporada de resultados, além de serem nomes com crescimento e que são atualmente negociados abaixo de 10x preço / lucro (vs. 30x no passado).

Na visão de Peixoto, o setor bancário também entrega bons nomes para se expor atualmente, com os grandes bancos apresentando números bem saudáveis – a exceção é o Banco do Brasil, que, apesar do desconto em relação aos pares, ainda enfrenta problemas com a carteira do agronegócio.

Além do varejo, Aranha está confiante com empresas de transportes (Rumo e Ecorodovias), utilities (Sabesp) e saúde (Hypera). Com a inflação ancorada para baixo e os estímulos fiscais do governo se esgotando, os juros tendem a cair rápido, e esses ativos serão os mais beneficiados, na avaliação do gestor.

O setor de educação também está atrativo. Após um movimento de realizações muito fortes em 2024, o cenário está melhor, avaliou Aranha. As empresas estão com dívida alta, mas saudáveis, gerando caixa e em processo de desalavancagem.

Por fim, em relação a papéis de commodities, os gestores estão com pouca ou praticamente nenhuma exposição.

Eleições 2026: já é hora de se posicionar?

Christian Keleti, sócio-fundador e CEO da AlphaKey Management, e Sara Delfim, sócia-fundadora da Dahlia Capital | Moderador: Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head de research da XP

No terceiro e último painel, Ferreira conduziu uma conversa com Christian Keleti, sócio-fundador e CEO da AlphaKey Management, e Sara Delfim, sócia-fundadora da Dahlia Capital, sobre um tema que deve ganhar relevância ao longo dos próximos meses e começar a fazer preço no mercado de ações: as eleições de 2026.

Keleti e Delfim avaliaram que o rali da Bolsa tem sido motivado pelo cenário macro global, com quase nenhum efeito aparente das eleições presidenciais de 2026. Segundo o gestor da AlphaKey, o movimento de rotação de capital provocado com a deterioração de expectativas sobre a economia e os mercados norte-americanos após o “Liberation Day” do presidente Donald Trump favoreceu principalmente mercados emergentes. Nesse cenário, o Brasil foi o maior beneficiário dos fluxos estrangeiros porque é o “mais líquido” em um ambiente ausente de “mercados profundos” na América Latina.

Os gestores alertaram para os riscos persistentes no radar, como as incertezas quanto a delicada situação fiscal no Brasil, mas reforçaram a importância de olhar para o cenário global em que estamos adentrando, com início de corte de juros dos EUA no horizonte e uma China indicando que os estímulos estão finalmente surtindo efeito na economia do país.

Para Delfim, a Bolsa brasileira segue descontada, negociando abaixo de seus múltiplos históricos, ao passo que as empresas domésticas estão ganhando escala, gerando caixa e desalavancando, com potencial para revisões de lucro altistas.

Em termos de carteira, a Dahlia está cautelosamente otimista com a Bolsa local. Diminuiu a alocação em ativos cíclicos domésticos, optando por um portfólio mais diversificado com apostas no setor de utilities e financeiro.

Keleti chama atenção para teses “fora do consenso”, como a Track&Field, embora veja que a forte valorização recente dos ativos aproximou os múltiplos de níveis considerados mais justos. Na carteira, mencionou o short em Banco do Brasil em meio à deterioração do agronegócio e menor atratividade do payout.

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