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Vivo (VIVT3): Principais pontos do NDR com a Vivo no RJ

Entendendo a Dinâmica Futura da Vivo em Móvel, Fibra e Capex

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Na semana passada, realizamos um NDR com a Vivo no Rio de Janeiro, onde Gabriel Menezes, gerente de RI, compartilhou pontos relevantes. O segmento pré-pago enfrentou desafios devido a duas ondas de migração em 2024, sendo o 1T25 o período mais fraco. A Vivo pretende reativar clientes com ofertas criativas, em vez de acelerar novas migrações. No pós-pago, os reajustes de preços foram antecipados, sustentando o crescimento da receita. A companhia também está migrando do regime de concessão para autorização, o que permite ganhos operacionais e monetização de ativos. A Vivo possui um passivo não circulante de R$ 5,7 bilhões relacionado ao tema Fistel, ainda em discussão no Judiciário e no Congresso. Por fim, a companhia segue focada em controlar o CAPEX, ao mesmo tempo em que expande os serviços digitais e B2B, que crescem de forma acelerada, especialmente em nuvem.

Destaques principais:

Dinâmica do pré-pago: O desempenho mais fraco decorre de duas ondas de migração em 2024: a tradicional, de clientes mais qualificados para o pós-pago, e outra mais agressiva, como estratégia defensiva frente à entrada do Nubank, o que acelerou a migração para proteger a base. Como resultado, a base remanescente possui menor frequência de recarga e menor ARPU. A Vivo vê o 1T25 como o ponto mais fraco do ano e não pretende repetir essa aceleração em 2025. O foco está na reativação com ofertas criativas (ex: pacotes avulsos com saldo ocioso) e ajustes nas propostas comerciais, com expectativa de estabilização gradual da receita nos próximos trimestres.

Reajustes no pós-pago e concorrência: No controle e pós-pago, os reajustes de preços para 2025 já foram aplicados em cerca de 75% da base, com aumento de 6% a 7%, semelhante ao praticado em 2024, mas com maior abrangência. Isso deve sustentar o crescimento da receita móvel no 2T. A Vivo reforçou sua vantagem competitiva no segmento controle, apesar dos movimentos recentes de TIM (ex: inclusão de roaming) e da parceria entre Nubank e Claro.

Migração do regime de concessão: A Vivo detalhou os avanços da migração para o regime de autorização, que tem proporcionado flexibilidade regulatória e ganhos operacionais. Agora, a companhia pode desligar clientes legados e acelerar a substituição do cobre por fibra. Isso abre espaço para monetização de ativos, com estimativas de R$ 3 bilhões em vendas de cobre e R$ 1,5 bilhão em imóveis. Embora não tenha dado guidance formal sobre economia de OPEX, a empresa reconhece que o desligamento de centrais e da manutenção da rede legada deve gerar ganhos significativos de margem e caixa — parte ainda depende da liberação de ativos e do avanço dos projetos.

Fistel: A Vivo possui um passivo não circulante de R$ 5,7 bilhões, referente aos saldos de 2020 a 2025. Decisões do TRF1 suspenderam a exigibilidade. O tema tramita no STF, STJ/TRF e no Congresso. A companhia atua para limitar os passivos e contestar a validade da cobrança retroativa. No Congresso, um projeto de lei propõe eliminar a cobrança para serviços móveis. O tema é visto como potencial destravador de valor.

Depreciação e efeitos contábeis: Desde o 3T24, a depreciação da rede de cobre tem sido acelerada (~R$ 300 milhões por trimestre), com conclusão prevista para o 2T26, o que trará alívio à linha de lucro contábil a partir do 2S26. Além disso, no 2T25, se encerra a amortização da base de clientes da GVT (R$ 24 milhões/trimestre). Ambos devem contribuir para revisões positivas nas projeções de lucro e capacidade de pagamento de dividendos.

CAPEX: A Vivo segue com investimentos sob controle (~R$ 9 bilhões anuais), com eficiência impulsionada pela substituição de 4G por 5G, maior disponibilidade de espectro, compartilhamento de infraestrutura e menor ritmo de expansão da fibra, agora focada em penetração. Redução de investimentos em TI também colabora para manter o CAPEX estável, mesmo com crescimento do tráfego.

Serviços Digitais e B2B: A companhia vê forte aceleração, especialmente em nuvem (+38% A/A), embora com margens ainda baixas devido ao modelo de revenda. A estratégia é ampliar a oferta de serviços gerenciados, com maior margem. A Vivo tem feito aquisições táticas para elevar lucratividade e receita recorrente. O segmento representa 8% da receita total e tende a crescer, dada a baixa penetração na base B2B.

Fibra e convergência: A convergência com o móvel é essencial. O churn da fibra isolada supera 1,5% ao mês, mas cai pela metade quando combinada com móvel no Vivo Total. A convergência é estratégica para retenção e manutenção do ARPU. Embora M&As sigam no radar, o foco principal está na expansão orgânica com alocação disciplinada de capital. A Vivo também avalia que o cenário atual não é propício para uma consolidação ampla, devido à fragmentação dos ISPs regionais.

Concorrência com Nubank e Claro: Por fim, a Vivo acompanha de perto a parceria entre Nubank e Claro. Apesar do alcance, o modelo tem limitações importantes: depende de aprovação da Claro para alterações nos planos e não possui canais físicos. Restrição nos pacotes de dados, atendimento e opções de recarga também limitam sua atratividade a uma parcela relevante do público.

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