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Vale (VALE3): Resultados sólidos com preços mais altos e outra forte geração de caixa com mais dividendos. Reiteramos Compra

A Vale reportou seus resultados operacionais referentes ao segundo trimestre de 2021. Veja nossos comentários sobre sua performance no período.

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A Vale reportou resultados fortes no segundo trimestre, mas acreditamos que já está precificado após o relatório de produção. O EBITDA ajustado proforma de US$11,2 bilhões (+33% T/T, -3.5% vs. XPe) exclui despesas de Brumadinho e doações relacionadas à Covid-19 de US$201 milhões. Esses números mais fortes foram resultado de preços realizados mais fortes compensando os custos de produção e frete mais elevados. O fluxo de caixa operacional foi de US$6,5 bilhões devido ao forte EBITDA compensando o aumento no capital de giro. Adicionalmente, a companhia anunciou distribuição mínima de US$5,3 bilhões em dividendos (yield de 4,5%) a serem pagos em setembro. O montante final e as datas serão definidos pelo Conselho de Administração em momento oportuno. Reiteramos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$122/ação).

Com um EBITDA ajustado proforma de US$11,2 bilhões (excluindo US$201 milhões em despesas não recorrentes), +33% T/T, -3,5% vs. XPe e -5,5% vs. consenso da Bloomberg. Em nossa opinião, preços mais elevados no segmento de minério de ferro e os volumes de vendas mais fortes compensaram a alta nos custos de produção e de frete. O fluxo de caixa das operações foi de US$6,5 bilhões devido a um forte EBITDA proforma mais do que compensando um aumento do capital de giro e dos impostos. A dívida líquida / EBITDA é de -0,02x (estável em relação ao 1T21) e a dívida líquida expandida aumentou para US$11,5 bilhões (de US$10,7 bilhões no 1T21) principalmente pela variação do câmbio. Vemos as ações da Vale sendo negociadas a 3,4x EV / EBITDA 2021, contra pares globais em torno de 5,0x. Em nossa opinião, a Vale deve negociar com prêmio em relação aos pares em (1) mudanças estruturais no setor de siderurgia na China (taxas de utilização mais altas) em favor de prêmios de qualidade e, portanto, dos produtos da Vale, (2) tendência de queda de custos no longo prazo com a retomada das operações e (3) dividendos elevados. Adicionalmente, a companhia anunciou distribuição mínima de US$5,3 bilhões em dividendos (yield de 4,5%) a serem pagos em setembro. O montante final e as datas serão definidos pelo Conselho de Administração em momento oportuno.

O EBITDA do segmento de minério de ferro de US$10,7 bilhões ficou 5% abaixo do nosso e +35% na comparação trimestral, como resultado dos preços spot mais elevados (US$200/t, +20% T/T) e volumes de vendas mais altos (+13% T/T). O custo caixa de produção, excluindo compras de terceiros, de US$17,8/t (+20% T/T) foi resultado de maior custo com demurrage, manutenção, serviços e combustível mais do que compensando os benefícios de diluição de custo fixo por conta de volumes mais altos. Os custos de frete aumentaram para US$17,7/t (de US$15,8 no 1T21) com o aumento dos preços de frete spot (+US$8,2/t), mas com impacto limitado a US$1,4/t devido aos acordos de longo prazo. Os preços realizados em US$183/t ficaram 1% abaixo das nossas estimativas (+18% T/T) com os preços spot mais altos compensando os prêmios menores, pois houve maior volume de vendas de produtos com alta sílica.

O EBITDA de Metais Básicos em US$866 milhões foi 14% inferior em relação ao primeiro trimestre. Volumes de vendas mais fortes em cobre (US$61 milhões) e créditos de subprodutos de cobre também mais altos (US$26 milhões) foram compensados por volumes de níquel significativamente mais baixos (US$8 milhões) e custos mais altos (US$102 milhões), devido à interrupção do trabalho nas operações em Sudbury e, consequentemente, às despesas com paradas mais altas. Além disso, o EBITDA do segmento de carvão foi novamente negativo em US$164mn, principalmente por conta da ausência dos juros recebidos do Corredor Logístico de Nacala, apesar do maior volume de vendas e preços mais altos.

Na frente ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), a Vale novamente ressaltou os avanços realizados para melhorar a segurança de suas barragens durante o 2T. Ao longo do trimestre, as barragens Sul Inferior (MG) e Doutor (MG) tiveram seus níveis de emergência reduzidos de 2 para 1 e iniciou a remoção de rejeitos nas barragens B3/B4 (MG) e Sul Superior (MG), barragens que ainda se encontram no nível 3 de emergência. Vale ressaltar que a companhia possui compromisso de não ter barragens de rejeitos em condições críticas insatisfatórias de segurança até 2025 e de descaracterizar suas 24 estruturas a montante de armazenamento de rejeitos restantes.

Confira os nossos comentários sobre os demais resultados desse trimestre

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