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Utilities | Resultados do 2T25 – ALUP, AURE, EGIE e ENGI

Resultados de geração continuam pressionados pelas restrições de despacho

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Quatro empresas da nossa cobertura divulgaram seus resultados do 2T25 nesta noite de quinta-feira (7). Energisa foi o destaque, com números ligeiramente acima do consenso e em linha com nossas estimativas, sustentados por volumes saudáveis e controle de despesas. Pela previsibilidade do negócio, a Alupar novamente apresentou resultados amplamente em linha. Já Auren e Engie vieram abaixo das expectativas, tanto nossas quanto do mercado, devido à persistência dos desafios enfrentados pelo setor com as restrições de curtailment. Essa deve seguir como uma tendência para outros players expostos a fontes renováveis nesta temporada de resultados. De forma geral, não esperamos movimentos significativos de mercado (reação levemente positiva para ENGI, levemente negativa para EGIE e AURE).

Alupar (ALUP11)

Os resultados operacionais do 2T25 vieram em linha com nossas estimativas, com EBITDA de R$681 milhões (vs. R$682 milhões XPe). No segmento de transmissão, a performance operacional ficou em linha com o esperado (R$576 milhões vs. R$574 milhões XPe), enquanto o segmento de geração superou as estimativas (R$127 milhões vs. R$100 milhões XPe). No entanto, o aumento das despesas corporativas acabou compensando esse leve destaque positivo. Além disso, a Alupar anunciou dividendos de R$0,21 por unit, o que implica um dividend yield aproximado de 0,7%. Esperamos uma reação neutra do mercado frente a esses resultados.

Auren (AURE3)

A companhia reportou um EBITDA ajustado de R$889 milhões (ex-dividendos de ativos não consolidados), o que representa um desvio de -5,5% em relação às nossas estimativas e ~-5% em relação ao consenso. O principal fator de decepção foi o lucro bruto de energia, 5% abaixo do esperado, parcialmente compensado por despesas operacionais menores. Mais uma vez, o curtailment foi um forte obstáculo, com a produção eólica atingindo 102% do P90, enquanto o recurso eólico no período ficou ligeiramente acima do P50. Além disso, o destaque do 1T25 – o resultado forte do segmento de trading (EBITDA de R$164 milhões) – desacelerou para R$54 milhões, evidenciando a baixa recorrência do negócio, apesar do número ainda ser satisfatório. No resultado final, a Auren registrou prejuízo de R$563 milhões, reflexo da elevada alavancagem após a aquisição da AES e da sazonalidade do trimestre. A alavancagem atingiu 4,8x dívida líquida/EBITDA, queda de 0,2x no trimestre, puxada pelo aumento anual do EBITDA, já que a geração de caixa foi de R$374 milhões frente à dívida líquida de R$18 bilhões. No geral, esperamos uma reação levemente negativa do mercado.

Engie (EGIE3)

A companhia divulgou resultados fracos no 2T25, com EBITDA ajustado de R$1,54 bilhão, ficando 6,5% abaixo do consenso e 10% abaixo das nossas projeções. O principal motivo do desvio foi o impacto maior do que o esperado com o curtailment, que pressionou o lucro bruto de energia (8% abaixo da nossa estimativa). Abaixo do EBITDA, o resultado financeiro também veio pior do que o esperado. Por outro lado, o desempenho da TAG surpreendeu positivamente (13% acima das nossas estimativas) e ajudou a compensar parcialmente os resultados mais fracos da geração. A alavancagem da EGIE subiu para 2,9x dívida líquida/EBITDA, um aumento de 0,2x no trimestre, reflexo da continuidade do plano de investimentos e dos resultados operacionais mais fracos – esperamos que a alavancagem ultrapasse 3x ao longo do ano. Para manter a alavancagem sob controle, a companhia segue distribuindo o payout mínimo legal de 55%, o que equivale a um dividend yield anualizado de ~4% (R$0,88 por ação referente ao 1º semestre). Em resumo, esperamos uma reação levemente negativa, pois os resultados operacionais fracos, o aumento da alavancagem e o yield modesto devem impedir que EGIE3 ganhe tração no curto prazo.

Energisa (ENGI11)

A Energisa apresentou resultados neutros, porém sólidos no 2T25, com um EBITDA ajustado de R$1,943 bilhão — em linha com nossas expectativas (R$1,922 bilhão XPe) e aproximadamente 4% acima do consenso de mercado. Os números refletem volumes resilientes nas distribuidoras do grupo e despesas PMSO sob controle. Além disso, as perdas de energia continuaram em trajetória de queda sequencial, enquanto os indicadores de qualidade DEC/FEC seguiram abaixo dos limites regulatórios em todas as subsidiárias. Por outro lado, as despesas financeiras vieram acima do esperado, impactadas principalmente por um efeito não recorrente de marcação a mercado relacionado a uma opção de compra atrelada a estruturas de dívida preferencial com instituições financeiras locais — o que levou a um lucro líquido 6% abaixo das nossas estimativas. Esperamos uma reação neutra a levemente positiva do mercado.

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