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Siderurgia: Mais fechamentos de montadoras, vendas de aço mais fortes e produção mundial em alta

Confira abaixo um resumo dos principais destaques da siderurgia na semana.

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A semana vem sendo marcada por diversas atualizações no setor siderúrgico no Brasil e no mundo. No mercado doméstico, a suspensão e redução da produção de carros pelas montadoras seguem impactando a cadeia produtiva do aço, mesmo que o setor continue reportando bons números no ano. Já no exterior, volume de produção de aço no mundo segue em alta, puxado principalmente pelas siderúrgicas chinesas. Confira nosso resumo sobre as principais notícias abaixo:

Novas montadoras suspendem produção por falta de peças e agravamento da Covid-19

Após as montadoras Honda e Chevrolet anunciarem a suspensão de suas operações no Brasil, em razão do agravamento da pandemia e a escassez da oferta de componentes elétricos, as montadoras Volkswagen, Volvo, Scania e Mercedes-Benz também decidiram por suspender ou reduzir suas atividades.

A Volkswagen anunciou que a suspensão de atividades relacionadas à produção de todas as suas unidades acontecerá a partir do dia 24 de março, com exceção da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), em Resende (RJ). Já a Scania anunciou que também vai parar a produção em São Bernardo do Campo (ABC), a partir do dia 26 de março com retorno no dia 5 de abril. A medida foi negociada com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e foi tomada para auxiliar no combate ao avanço da pandemia de Covid-19 em todo o País. A Volvo decidiu por diminuir em 70% a produção de caminhões na unidade de Curitiba a partir do dia 23 e deve permanecer até o fim do mês. Por fim, a Mercedes-Benz confirmou a interrupção da produção nas fábricas de São Bernardo do Campo (ABC) e de Juiz de Fora (MG) entre os dias 26 de março e 5 de abril.

A razão das medidas tomadas pelas montadoras contribuir com a redução de circulação de pessoas neste momento crítico da pandemia no país, além e administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos global e local.

Na nossa visão, seguimos com a perspectiva de que o impacto ainda poderá ser limitado para os fabricantes de aços planos no Brasil, mas ressaltamos a importância de monitorar a instabilidade na cadeia de abastecimento de peças.

INDA prevê alta nas vendas de aço no Brasil, apesar de interrupções na cadeia produtiva

Mesmo com diversos impactos na cadeira produtiva do aço no Brasil, os números do setor permanecem fortes no início do ano. De acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA) referentes à fevereiro, as vendas de aço pelos distribuidores subiram 9,8% (312,3 mil toneladas) no mês, em relação ao mesmo período do ano passado, representando a maior média diária desde 2014. Já as compras de aço pelos distribuidores encerrou o mês em alta de 5,1% (321,9 mil toneladas).

Segundo Carlos Loureiro, presidente do Instituto, os estoques devem crescer 1,4% em março, já que a queda no consumo de aço no curto prazo por conta da pandemia deve permitir uma recomposição dos estoques dos distribuidores. Loureiro prevê ainda que o consumo de aço deve mostrar retomada em maio e junho, com o fim da fase mais aguda da pandemia no país. Além disso, os preços domésticos do aço não devem subir após os ajustes programados para abril. Por fim, o INDA prevê alta de 8% a 10% nas vendas para 2021.

Confira os principais destaques dos dados divulgados:

Produção mundial de aço segue em alta, puxada pela China

Por fim, de acordo com dados preliminares divulgados pela Worldsteel, a produção mundial de aço bruto em fevereiro foi de 150,2 milhões de toneladas, alta de 4,1% em relação ao mesmo mês em 2020. Segundo a instituição, o crescimento na produção se deu principalmente pela alta de 10,9% na China, maior fabricante de aço do mundo.

Seguindo o ranking, a Índia, segunda maior produtora de aço, produziu 9,1 milhões de toneladas, queda de 3,1%. Já o Japão produziu 7,5 milhões de toneladas, queda de 5,6%. Em nono lugar, a siderurgia brasileira produziu 2,8 milhões de toneladas, alta de 3,8%, de acordo com o Worldsteel.

Confira os principais destaques da publicação:

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