Na última semana, organizamos conversas com executivos do setor de Varejo, com um representante por segmento da nossa cobertura: o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, para representar o segmento de Farmácia, o CEO da Westwing, Andres Mutschler, para representar o segmento de ecommerce, o CEO, Paulo Kruglensky, e o CFO, Otavio Lyra, da Vivara para representar o segmento de varejo tradicional e o fundador e CEO do Grupo Mateus, Ilson Mateus, para representar o segmento de supermercados. Veja abaixo os destaques e tenha acesso aos vídeos com os melhores momentos de cada uma das conversas.
Farmácia: Luiz Novais, CFO da Pague Menos (PGMN3)
“A única rede de farmácias presente em todos os estados do Brasil”
O executivo começou destacando a trajetória da Pague Menos. A empresa foi fundada em 1981 e opera hoje 1,1 mil lojas, sendo a 3ª maior rede de drogarias do país. A Pague Menos enfrentou um processo de reestruturação com foco em melhorias operacionais e de governança corporativa entre 2017 e 2019 - e agora é hora de começar a colher os frutos.
A pandemia impulsionou a adoção digital do setor, atualmente 6% da receita da empresa é gerada por meio de seus canais digitais, bem como a gama de serviços que as farmácias podem oferecer nas lojas. Outra tendência é o aumento da oferta de serviços na farmácia, com a Pague Menos já oferecendo testes Covid-19, medição de pressão, consultas via telemedicina e outros serviços em mais de 800 lojas. No entanto, a pandemia teve um impacto negativo no mix de vendas da empresa com aumento de demanda por vitaminas e equipamentos de saúde, e queda de analgésicos e antibióticos.
Em relação às alavancas de crescimento da Pague Menos, o CFO destacou as seis principais: 1) Expansão do número de lojas; 2) Melhoria da margem bruta; 3) Melhor gerenciamento de estoque; 4) Maior variedade de produtos; 5) Alavancagem operacional e 6) CRM e fidelização de clientes. Por fim, em termos da dinâmica do mercado durante o 1T21, embora não tenha havido um movimento estocagem dos consumidores como em 2020, o executivo destacou a maior procura por testes do Covid-19.
Leia mais sobre as ações da Pague Menos (PGMN3) em nosso início de cobertura aqui.
Veja os melhores momentos no vídeo curto editado por nossa equipe de conteúdo abaixo ou a conversa completa aqui.
E-commerce: Andres Mutschler, Fundador e CEO da Westwing (WEST3)
“Inspirando cada pessoa a descobrir mais beleza no seu viver”
Começando com uma visão geral da empresa, Andres Mutschler destacou que a Westwing Brasil era subsidiária da Westwing europeia até se tornar totalmente independente em 2018, por meio de um management buyout (quando os administradores compram a operação). Desde então, a empresa tem focado em suas iniciativas de crescimento, como investimentos em marketing, sortimento de produtos e tecnologia.
A Westwing se posiciona como uma shoppable magazine (revista de compras), focada em inspirar e entreter usuários ao invés de oferecer produtos de necessidade imediata. O modelo conta com uma forte curadoria e diversas campanhas de lançamentos por semana, levando a um maior engajamento do cliente. Como resultado, a plataforma da Westwing pode ser vista muito mais como uma rede social do que uma plataforma tradicional de ecommece.
Em termos de oportunidades de crescimento pela frente, o CEO detalhou quatro principais: 1) WestwingNow - plataforma com sortimento fixo, que já representou 10% do GMV total da empresa em 2020; 2) Expansão das Galerias - Lojas físicas como forma de impulsionar as vendas da WestwingNow (modelo “phigital”); 3) Expansão do sortimento de produtos - adição de categorias lifestyle (roupas, alimentos e bebidas, beleza) e maior penetração de marcas próprias; 4) Logística – modelo de flex sourcing e Westlog (rede de entregas própria).
Leia mais sobre as ações da Westwing (WEST3) em nosso início de cobertura aqui.
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Varejo Tradicional: Paulo Kruglensky e Otavio Lyra, CEO e CFO da Vivara (VIVA3)
"Não é só um produto supérfluo, ou um produto de luxo extremo, nós marcamos momentos"
Após uma breve introdução e histórico da experiência de cada um dos executivos, o bate papo começa com uma visão geral da empresa trazida pelo Paulo, que destaca a Vivara como empresa líder do setor de jóias e acessórios no Brasil, com participação de mercado de aproximadamente 10%, tendo 260 pontos de vendas espalhadas por 24 estados e que fatura em torno de 1,2 bilhão de reais.
A Vivara tem como propósito tornar cada momento da história de seus clientes único e especial, dado que dar uma jóia representa um momento de celebração, festa e união. Falando dos diferentes formatos da empresa, os executivos comentam sobre as principais diferenças de estratégia e posicionamento das marcas Vivara e Life, sendo a Life a marca de jóias em prata da companhia que tem ganhado muito sucesso com os clientes nos últimos anos e hoje já representa 30% do total das vendas da empresa. O formato possui um ticket médio menor, uma frequência de compras mais alta e uma rentabilidade maior quando comparada à marca Vivara.
Falando de perspectivas para o futuro, os executivos destacam que tem olhado de perto para como tem se comportado a base de clientes da empresa ao longo do tempo, e como tem sido a dinâmica dos novos clientes, principalmente do público mais jovem. Com a Life, a companhia tem um apelo maior ao público jovem, com um maior lançamento de coleções e parcerias com influencers digitais, ao mesmo tempo em se posiciona como uma empresa de luxo "acessível", através de uma oferta de produtos com ticket médio mais baixos (ticket médio da Life em torno de R$ 350). Com isso, a companhia tem conseguido participar do ciclo de vida das pessoas, desde o nascimento (com a linha Baby da Vivara), juventude (com a Life) e a vida adulta (com a Vivara e Life também).
Leia mais sobre as ações da Vivara (VIVA3) em nosso relatório de início de cobertura aqui.
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Supermercados: Fundador e CEO do Grupo Mateus (GMAT3)
"No varejo alimentar ganha quem conta moeda”
Falando de uma inauguração de loja na cidade de Buriticupu (MA), o empresário iniciou o bate papo destacando como foi sua trajetória de vida e quais os principais desafios que enfrentou até conseguir atingir o sucesso. O Sr. Ilson começou a trabalhar aos 7 anos de idade e desempenhou funções que vão desde vendedor de picolés a garimpeiro antes de construir o Grupo Mateus, que hoje fatura R$ 14 bilhões por ano, presente em mais de 150 lojas em 3 Estados do Brasil.
Um dos diferenciais do Grupo Mateus é a oferta de serviços dentro do formato de atacarejo, que é tradicionalmente conhecido por ter preços baixos e pouco (ou nenhum) serviço – segundo o executivo, essa deve ser a estratégia para ganhar dos competidores de escala nacional. Quanto ao debate dos benefícios fiscais, o Sr. Ilson destaca que outras 120 empresas do estado do Maranhão também se utilizam dos benefícios que possuem em suas operações, e ainda relembra que os benefícios são oferecidos em todo o país, mas em especial na região do Norte e Nordeste como forma de atração de novos negócios para movimentar a economia local e diminuir a desigualdade social.
Em relação a estratégia de crescimento do Grupo, apesar de não descartar eventuais aquisições, o executivo reforça o foco do grupo na expansão orgânica no Norte e Nordeste. Além de ver muitas oportunidades na região para os próximos 10 anos, o Sr. Ilson também comenta sobre sua estratégia de expansão, e coloca “que o time de atacado é a infantaria, sempre avançando na frente, desbravando as novas localidades e dando suporte para que o time de varejo venha em seguida estudando e analisando cada cidade e cada localidade, mapeando os bolsões em que existem oportunidades de colocar mais lojas do grupo”.
Leia mais sobre as ações do Grupo Mateus (GMAT3) em nosso relatório de início de cobertura aqui.
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