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Riscos fiscais continuam deteriorando sentimento em relação à Bolsa – Pesquisa com assessores XP

Confira os destaques dessa edição da Pesquisa XP de Sentimento com os assessores de investimento da XP e de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos.

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Nos últimos dias, realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores da XP e assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes sobre investimentos. Nesta edição, obtivemos 190 respostas únicas.

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A maioria dos clientes ainda têm uma baixa alocação em Renda Variável. Segundo os assessores, 75% de seus clientes possuem entre 0% e 25% de alocação em Renda Variável (+1p.p. M/M), 14% possui entre 25% e 50% (-2p.p. M/M), 8% entre 50% e 75% (+1p.p. M/M) e, por fim, 3% entre 75% e 100% (+0p.p. M/M).

O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável caiu em -11p.p. M/M atingindo um patamar de 23%
. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos nessa classe de ativos ficou em 61%, +10p.p. M/M. Por fim, 16% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, +1p.p. M/M.

Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (79%, +2p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (60%, -11p.p. M/M); 3) Investimentos Internacionais (57%, +4p.p. M/M); 4) Fundos Imobiliários (54%, +7p.p. M/M); 5) Fundos Multimercado (50%, +0p.p. M/M); 6) Fundos de Renda Variável (12%, +0p.p. M/M); 7) Criptoativos (6%, +1p.p. M/M); e 8) Ouro (6%, +3p.p. M/M).

Maioria acredita que o índice vai ao redor de 120 mil pontos até o final de 2023. Segundo a pesquisa desse mês, 36% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos até o final de 2023, um aumento de 3p.p. em relação a pesquisa do mês anterior. Em seguida, 35% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 110.000 e 120.000 pontos, +6p.p. M/M. A média de palpites calculada foi de 121.068 pontos, um aumento de +1,3% em relação a pesquisa realizada em janeiro.

Em relação aos riscos, o destaque agora para 2023 continuam sendo os riscos fiscais, chegando a 64%, -6p.p. M/M. Riscos relacionados a uma recessão global foi visto como a segunda maior preocupação em 13%,+2p.p. M/M, seguido de alta na taxa Selic com 7%, +2p.p. M/M.

No primeiro mês do ano, o Ibovespa teve uma alta de +3,4%, em linha com os mercados globais que têm subido com uma combinação de: dados mostrando uma economia global mais resiliente do que esperado, reabertura da China, uma temporada de resultados lá fora menos pior do que esperado, e expectativa de desaceleração de altas de juros pelo Federal Reserve. Com isso, o apetite a risco voltou a crescer, dando suporte para uma alta dos mercados globais em janeiro.

No cenário interno, riscos políticos continuaram preocupando os investidores. O mês foi marcado pelo início do novo governo, e no dia 8 de janeiro, houve uma invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, investidores foram surpreendidos pelo anúncio da Americanas (AMER3) que divulgou um fato relevante com a renúncia do CEO e do CFO devido a inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões (Veja todos os detalhes aqui).

Alocação em Renda Variável ainda em baixa

A maioria dos clientes ainda têm uma baixa alocação em Renda Variável. Segundo os assessores, 75% de seus clientes possuem entre 0% e 25% de alocação em Renda Variável (+1p.p. M/M), 14% possui entre 25% e 50% (-2p.p. M/M), 8% entre 50% e 75% (+1p.p. M/M) e por fim, 3% entre 75% e 100% (+0p.p. M/M).

O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável caiu em -11p.p. M/M atingindo um patamar de 23%. Enquanto isso, os investidores interessados em manter seus investimentos nessa classe de ativos ficou em 61%, +10p.p. M/M. Por fim, 16% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos na classe de ativos, +1p.p. M/M.

Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.
Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.

Interesse em Renda Fixa continua em alta

Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Tesouro Direto e Renda Fixa (79%, +2p.p. M/M); 2) Fundos de Renda Fixa (60%, -11p.p. M/M); 3) Investimentos Internacionais (57%, +4p.p. M/M); 4) Fundos Imobiliários (54%, +7p.p. M/M); 5) Fundos Multimercado (50%, +0p.p. M/M); 6) Fundos de Renda Variável (12%, +0p.p. M/M); 7) Criptoativos (6%, +1p.p. M/M); e 8) Ouro (6%, +3p.p. M/M).

Nos últimos meses, o destaque continua sendo o alto interesse em Renda Fixa. Essa classe de ativos segue oferecendo um retorno atrativo para investidores com a manutenção da taxa de juros Selic em 13,75%.

Na outra ponta, destaca-se o aumento no interesse em investimentos internacionais nos últimos meses, que pode ser atribuído ao aumento da volatilidade na Bolsa brasileira com maiores riscos fiscais e políticos no radar.

Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.

Interesse em investimentos internacionais começar a voltar ao radar dos investidores

Neste ano, apesar de um cenário ainda bastante desafiador globalmente com riscos de recessão lá fora aumentando, continuamos a acreditar na importância estrutural de ter exposição ao mercado fora do Brasil. Com o aumento de riscos fiscais no cenário doméstico, ficou ainda mais importante investir em ativos internacionais. Ter exposição diversificada em ativos, regiões e moedas diferentes tende a ser a melhor estratégia para bons retornos no longo prazo.

Diante de um cenário doméstico mais negativo no último mês, vimos o interesse em ativos internacionais aumentarem. Segundo a pesquisa desse mês, os resultados foram: 1) Bonds (49%, +1p.p. M/M); 2) Dólar (47%, +0p.p. M/M); 3) Ações internacionais (31%, -2p.p. M/M); 4) ETFs (30%, -3p.p. M/M); 5) Fundos Internacionais (29%, -3p.p. M/M). Por fim, 15% dos que responderam disseram que não estão interessados em investimentos internacionais – taxa que diminuiu bastante desde o pico de 34% em junho de 2022.

Também incluímos novamente na pesquisa desse mês quais são as temáticas de investimentos mais procurados pelos clientes na visão dos assessores, os maiores são: 1) Commodities (67%, -2p.p. M/M); 2) Tecnologia (43%, -5 p.p. M/M); 3) Estratégias Quantitativas (26%, +2p.p. M/M); e 4) ESG (19%, -2p.p. M/M).

Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.
Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.

Quer saber mais sobre cenário internacional? Veja aqui os relatórios do time de Internacional.

Ibovespa acima em 120.000 pontos até o final de 2023?

Segundo a pesquisa desse mês, 36% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos até o final de 2023, um aumento de 3p.p. em relação a pesquisa do mês anterior. Em seguida, 35% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 110.000 e 120.000 pontos, +6p.p. M/M . Outros 12% acreditam que o índice ficará entre 100.000 e 110.000, -4p.p. M/M, 10% acredita que ficará entre 130.000 e 140.000, +0p.p. M/M, e 6% acredita que terminará o ano abaixo dos 100.000 pontos, -3p.p. M/M. Por fim, os 2% restantes acreditam que o índice brasileiro terminará 2023 acima dos 140.000 pontos

A média de palpites calculada foi de 121.068 pontos, um aumento de +1,3% em relação a pesquisa realizada em janeiro.

Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.

Foco nos riscos fiscais

Em relação aos riscos, o destaque agora para 2023 continuam sendo os riscos fiscais, chegando a 64%, -6p.p. M/M. Riscos relacionados a uma recessão global foi visto como a segunda maior preocupação em 13%,+2p.p. M/M, seguido de alta na taxa Selic com 7%, +2p.p. M/M.

Fonte: XP Research. Dados de 13/2/2023.

A edição de fevereiro da pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 10 de fevereiro de 2023, via um formulário eletrônico contendo nove questões e obteve 190 respostas únicas.

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