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Resumo da Semana | 07/01/22: Ibovespa fecha em queda de -2,0%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 31/12 a 07/01

Ibovespa: -2,0% | 102.698 pontos

Os principais eventos nos mercados foram nos EUA, onde o Federal Reserve soltou a ata de sua última reunião do seu comitê de política monetária e foi divulgado o “payroll” de dezembro. Na ata, o banco central americano apresentou uma postura mais hawkish, indicando uma antecipação no ciclo de aumento da taxa de juros, a um ritmo mais rápido do que o esperado pelo mercado, e também houveram discussões sobre diminuir o balanço de ativos, sinalizações que não foram muito bem recebidas pelos mercados globais.

O outro evento importante da semana foi a publicação do relatório de emprego nos EUA. O número de vagas de emprego gerado no mês passado foi de 199 mil, bem aquém do esperado de por volta de 450 mil vagas. Porém, o restante dos dados mostrou que o mercado de trabalho continua bastante apertado, com o desemprego caindo para 3,9% e ganhos salariais subindo em 0,6%, reforçando o aumento das taxas de juros pelo Fed. Com essas notícias, a taxa do título de 10 anos chegou a bater 1,79%, impactando as empresas de crescimento. Com isso, o Nasdaq fechou a semana com uma forte correção de -4,53%, enquanto o Dow Jones sofreu uma leve queda com a rotação para empresas menos sensíveis ao ciclo de juros.

No Brasil, o Ibovespa encerrou essa semana com queda de -2%, em 102 mil pontos, impulsionada pela reverberação da ata do Fed nos mercados. No mercado local, preocupou também a pressão por reajustes salariais entre servidores públicos, indicando que riscos fiscais continuam pois o aumento não cabe no teto de gastos para 2022. Adicionalmente, a indústria brasileira apresentou queda de produção de -0,2% m/m em novembro, abaixo das expectativas e a sexta contração consecutiva na comparação mensal. Por outro lado, o encolhimento da demanda doméstica – devido sobretudo à elevação dos juros – aliado a uma expansão mais moderada da demanda externa deve impedir que a indústria brasileira cresça de forma robusta este ano.

Na China, a semana foi marcada pela preocupação com a volta da política zero-Covid, que estabelece novas restrições em Hong Kong em função da transmissão da variante Ômicron, fazendo com que o índice HSI alcançasse o seu nível mais baixo desde fevereiro de 2016. Apesar da incerteza em torno da pandemia, a divulgação do PMI Caixin foi positiva, já que foi mais que o esperado, o que mostra melhora na atividade industrial do país em dezembro. Além disso, a autoridade de segurança cibernética do país afirmou que empresas relacionadas a internet com dados de mais de 1 milhão de usuários deverão passar por uma auditoria antes de fazerem IPO no exterior, levando a novas quedas nas grandes empresas de tecnologia

Nas commodities, o petróleo fechou a semana em alta, com o Brent cotado acima de US$ 80, refletindo preocupações com o desbalanço entre a oferta e demanda futura pela commodity, intensificadas pelas quedas de produção no Cazaquistão, por conta de protestos pelo país, e Líbia, onde a produção foi paralisada por conta da invasão de campos de petróleo por milícias.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com uma queda de -2,63% em relação ao Real, em R$ 5,63/USD. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de 57 bps na semana, atingindo 11,30%.


O que esperar para semana que vem?

No cenário internacional, destaque para a publicação dos índices de inflação ao produtor e ao consumidor nos EUA e na China, ambos referentes a dezembro. Outras divulgações sobre a economia americana também merecem atenção, tais como a produção industrial e as vendas no varejo referentes ao último mês de 2021, além do "Livro Bege" (relatório sobre as condições econômicas correntes em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve).

No cenário doméstico, a publicação do IPCA de dezembro estará no centro das atenções. Além disso, os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referentes a novembro serão importantes para a calibragem das projeções de atividade econômica no final de 2021. No campo político, discussões sobre a desoneração da folha de pagamento de alguns setores e a pressão por aumento das remunerações de servidores públicos devem permanecer no radar.


Ações

Sem notícias específicas, atribuímos a performance da BRF à percepção positiva quanto ao follow-on a ser discutido na próxima assembleia, marcada para dia 17 de janeiro. A possibilidade de que a Marfrig, que detém atualmente 33,2% das ações da BRF, possa aproveitar o follow-on para aumentar sua posição até próximo ou acima de 50% é vista como positiva, em nossa opinião, tanto para a performance das ações quanto pela mudança na dinâmica de controle da empresa.

Logomarca do Itaú, empresa listada na B3 com o ticker ITUB4

O papel apresentou alta após a divulgação de um acordo de investimentos para projetos de geração de energia renovável com a AES Operações, subsidiária da AES Brasil. A instituição financeira subscreverá novas ações preferenciais a serem emitidas no contexto de um aumento de capital, no qual o banco aportará R$360 milhões.

Atribuímos a alta das mineradoras na semana à retomada dos preços de minério de ferro no período. De acordo com a Fastmarkets MB, a commodity encerrou a semana sendo negociada a US$ 128/t, alta de 6% no período, o maior desde 12 de outubro. O aumento atual das matérias-primas e a produção ainda limitada durante as Olimpíadas de Inverno impulsionaram os preços do aço, mas o lado da demanda ainda segue fraco.

Atribuímos a alta das mineradoras na semana à retomada dos preços de minério de ferro no período. De acordo com a Fastmarkets MB, a commodity encerrou a semana sendo negociada a US$ 128/t, alta de 6% no período, o maior desde 12 de outubro. O aumento atual das matérias-primas e a produção ainda limitada durante as Olimpíadas de Inverno impulsionaram os preços do aço, mas o lado da demanda ainda segue fraco.

Sem notícias específicas.

Sem notícias específicas, atribuímos a queda das ações na semana ao aumento de preocupações com o cenário macro, bem como o aumento da curva de juros futuros, o que tem impacto negativo em empresas de tecnologia.

POSITIVO

Sem notícias específicas, atribuímos a queda das ações na semana ao aumento de preocupações com o cenário macro, bem como o aumento da curva de juros futuros, o que tem impacto negativo em empresas de tecnologia.

Sem notícias específicas. Atribuímos a performance negativa das ações ao cenário macro desafiador e à alta das Treasuries americanas, que impactam negativamente o valuation de empresas de tecnologia e de alto crescimento.

As ações da companhia acumularam queda de mais de -19% na semana, impulsionada pela subida nas taxas de juros. O mercado precifica juros mais altos com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que sinalizou um ciclo de alta mais rápido e intenso do que o mercado esperava anteriormente.

Sem notícias específicas. Atribuímos a performance negativa das ações ao cenário macro desafiador e à alta das Treasuries americanas, que impactam negativamente o valuation de empresas de tecnologia e de alto crescimento.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 1,7 bilhão*.

*Até dia 05/01/2022

Performance das Bolsas mundiais na semana

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