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Petrobras | Resultado 2T25: melhor operacionalmente, pior financeiramente

A Petrobras divulgou seus resultados do 2º trimestre de 2025. Veja nossos comentários.

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Resultados foram em linha, mas a geração de caixa e os dividendos ficaram abaixo das expectativas

P&L em linha. A Petrobras divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 na quinta-feira (7), após o fechamento do mercado. O EBITDA de US$ 10,2 bilhões ficou em linha com o XPe (-3%) e o consenso (+1%). O EBITDA caiu apenas -4% no trimestre, apesar da queda mais acentuada nos preços do Brent (-10% no trimestre), pois o preço mais baixo do petróleo foi parcialmente compensado pela maior produção e pelos crack spreads no downstream (discutido na Prévia do 2T25: Nadando contra a maré). O lucro líquido de US$ 4,8 bilhões também ficou em linha (-1% em relação ao XPe, +19% em relação ao consenso). No entanto, o fluxo de caixa e os dividendos (cerca de US$ 1,6 bilhão, yield de 2,0%) ficaram abaixo das expectativas. Como esperado, as ações da Petrobras registraram forte recuo nesta sexta (8), com PETR3 em queda de 7,95% e PETR4 de 6,15%.

FCF e dividendos abaixo do esperado

Os investidores têm se concentrado principalmente na geração de FCFE e no pagamento de dividendos – isso é verdade para o setor de petróleo e gás, e particularmente para a Petrobras. A empresa ficou abaixo das expectativas no segundo trimestre de 2025, com dividendos trimestrais de US$ 1,6 bilhão (vs US$ 2,2 bilhões da XPe e US$ 2,0 bilhões do consenso). O miss é explicada por um fluxo de caixa operacional (CFO) mais fraco do que o esperado, de US$ 7,5 bilhões (contra US$ 8,9 bilhões da XPe e US$ 8,2 bilhões do consenso) e um capex marginalmente mais alto, de US$ 4,1 bilhões (contra US$ 3,9 bilhões da XPe e US$ 3,8 bilhões do consenso). Em nossa opinião, a diferença no CFO não é facilmente explicada pelo capital de giro, já que os principais culpados parecem ter sido itens como depósitos judiciais, abandono, impostos sobre vendas e “outros”. Em nossa opinião, a conversão do EBITDA em CFO será um tema a ser observado nos resultados futuros. O FCFE no trimestre de US$ 1,3 bilhão (yield de 1,6%) ficou abaixo do XPe de US$ 2,7 bilhões.

Dividend yield de 2,0%

A Petrobras anunciou distribuições totais aos acionistas no segundo trimestre de 2025 de cerca de R$ 0,67/ação (cerca de US$ 0,25/ADR), totalizando R$ 8,66 bilhões (cerca de US$ 1,6 bilhão). Isso representa yields de 1,9% e 2,1% para as ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. As distribuições serão feitas em duas parcelas: os juros sobre o capital (JCP) representam R$ 0,47/ação (R$ 0,336/ação a ser pago em 21 de novembro de 2025 e R$ 0,135/ação em 22 de dezembro de 2025); e dividendos de R$ 0,20/ação (a serem pagos em 22 de dezembro de 2025). As ações começam a ser negociadas ex-dividendos em 22 de agosto de 2025.

Alavancagem estável

A dívida financeira da Petrobras aumentou marginalmente (+USD 0,9 bilhão no trimestre) para USD 16,2 bilhões no final do segundo trimestre de 2025. A dívida bruta, incluindo arrendamentos, aumentou para USD 68 bilhões (+USD 3,6 bilhões no trimestre), mas permanece bem abaixo do teto de endividamento de USD 75 bilhões. A posição de caixa de US$ 9,5 bilhões aumentou +US$ 1 bilhão no trimestre. Por fim, a alavancagem (incluindo arrendamentos) ficou em 1,53x dívida líquida/EBITDA LTM, praticamente estável (+0,08x no trimestre).

Maior produção, menor lifting cost

O lifting cost (incluindo arrendamentos) no 2T25 diminuiu -7% em relação ao trimestre anterior, para USD 8,8/boe (de USD 9,5/boe no 1T25), devido ao aumento da produção. A produção de petróleo de 2,32 milhões de barris por dia aumentou +106 mil barris por dia em relação ao trimestre anterior (+4,8%). A produção pré-sal atingiu 1,97 milhão de bpd (+121 mil bpd em relação ao trimestre anterior) devido ao aumento da produção em várias FPSOs, principalmente em Búzios e Mero. Esperamos que essa tendência continue nos próximos trimestres, à medida que as principais FPSOs (180 kbpd cada) continuam a aumentar a produção, particularmente em Búzios, onde a Petrobras tem uma participação significativa (cerca de 89%) e uma nova FPSO (P-78) deve iniciar a produção no segundo semestre. A Petrobras agora espera que a produção em 2025 fique na faixa superior da orientação de produção (em linha com a XPe). Por fim, o pipeline de projetos de FPSO permaneceu inalterado tanto em termos de capex quanto de cronograma em relação ao 1T25.

A Petrobras voltará ao mercado de GLP?

Também nesta quinta-feira (7), a Petrobras publicou um comunicado ao mercado informando que seu conselho de administração determinou diretrizes para o próximo plano de negócios da empresa em relação aos mercados de distribuição. Incluindo (i) participar do mercado de distribuição de GLP; e (ii) observar os termos contratuais existentes (que acreditamos estarem relacionados à cláusula de não concorrência da Petrobras com a Vibra Energia, acordada na época da privatização). Em nossa opinião, as diretrizes desencadearão um processo de planejamento estratégico e avaliação, mas a implementação dessa estratégia só ocorreria em 2026 ou depois.

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