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Número de mulheres investidoras na Bolsa cresce 40% desde 2020 e atinge 1,18 milhão- XP Monitor

Nesse relatório, monitoramos os investidores pessoas físicas na Bolsa brasileira, analisando por faixa etária, estados e gênero.

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O que você vai encontrar nesse relatório:

  • Em fevereiro número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.026.399. Em relação a janeiro, houve um aumento de 13.711 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,0%.
  • A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.679.835 contas ativas em fevereiro, representando 33,4% de todas as contas. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
  • Em relação à regiões, ainda há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,8% do total de investidores, 39,8 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (17,0%).
  • A representatividade de mulheres na Bolsa ainda é pequena, em 23,5% no último mês, mas continua apresentando crescimento. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +39,7% desde 2020, atingindo 1,18 milhão.
  • Por fim, observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse em BDRs, hoje são 1,4 milhão representando 22% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu em 2020, registrando um aumento de 994% no número de CPFs cadastrados.

Em fevereiro, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.026.399. Em relação a janeiro, houve um aumento de 13.711 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,0%. Analisamos aqui os principais números em relação à presença dos investidores na Bolsa brasileira neste relatório.

Fonte: B3, XP Research

Quanto à posição total desses investidores PFs, houve uma queda do valor total mensal de -2,5%, atingindo R$497,3 bilhões investidos. Apesar da Bolsa ter fechado o mês passado com alta de +1,4%, essa queda pode ter ocorrido pela diminuição da exposição de Pessoas Físicas a ativos com mais alto risco, diante desse cenário atual de tensões geopolíticas. Por outro lado, isso resultou na maior participação de investidores estrangeiros, como citamos no Raio XP, em um cenário de tensões geopolíticas elevadas impulsionadas pela invasão russa na Ucrânia, os preços das commodities tendem a subir ainda mais, o que tem favorecido os países exportadores de commodities e suas Bolsas de Valores, como é o caso do Brasil.

Fonte: B3, XP Research

Quanto ao saldo por investidor, houve uma queda de -2,8% em relação à janeiro. Olhando a evolução desde 2017, quando o saldo atingiu seu pico, indo de R$ 267,7 mil por indivíduo em 2017 para os atuais R$ 98,9 mil em fevereiro deste ano, equivalente à uma queda de -63,0%. De forma geral, essa redução no saldo por pessoa ao longo dos últimos anos indica uma crescente presença de pequenos investidores que estão iniciando seus investimentos em ações, o que vemos como um bom sinal, uma vez que mais brasileiros estão começando a investir na Bolsa.

Fonte: B3, XP Research

Maioria dos investidores na faixa etária de 26 a 35 anos

A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.679.835 contas ativas em fevereiro, representando 33,4% de todas as contas. Em seguida, temos a faixa entre 36 a 45 anos com 1.417.693 contas, equivalente a 28,2% do total.

Segundo dados da B3, em 2013, a porcentagem de investidores entre 25 e 39 anos era de 19% contra 56% de investidores com mais de 60 anos. Recentemente, essa relação se inverteu, com pessoas com mais de 56 anos representando apenas 13,4% da Bolsa em fevereiro. Isso sugere que o público mais jovem está cada vez mais cuidando de suas finanças, o que vemos com bons olhos.

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Já em relação ao valor investido, à medida que a idade avança, o valor também aumenta como mostrado no gráfico acima. Isso pode ser relacionado ao aumento da renda e também ao acúmulo de patrimônio (com os juros compostos trabalhando a seu favor!).

Concentração de investidores na Bolsa no eixo Sudeste-Sul

Os estados que possuem maior número de investidores na Bolsa são: 1) São Paulo (1.849.729 contas, +0,2% M/M, 36,8% do total), 2) Minas Gerais (500.676 contas, +0,3% M/M, 10,0% do total), 3) Rio de Janeiro (498.547 contas, +0,2% M/M, 9,9% do total), 4) Paraná (323.212 contas, +0,3% M/M, 6,4% do total) e 5) Rio Grande do Sul (280.964 contas, +0,3% M/M, 5,6% do total). Isso mostra ainda a concentração no eixo Sul-Sudeste do país, principalmente na região Sudeste. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,8% do total de investidores, 39,8 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (17,0%).

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Analisando somente São Paulo, este estado representa sozinho 36,8% do total de contas, quase +27 p.p. acima do segundo colocado, MG, com 10,0% do total. Do ponto de vista do valor investido na Bolsa, o estado de São Paulo também lidera, representando 48% (R$ 240,2 bilhões) do valor total, mais de 34 p.p. acima do RJ (R$ 71,3 bilhões).

Apesar de ainda representar somente 23,5% do total, o número de mulheres continua apresentando crescimento na Bolsa

O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.183.186 em fevereiro, o que corresponde a 23,5% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +39,7% desde 2020, porém esse valor ainda é baixo em comparação com o número de investidores homens, que atingiu 3.843.213 no mês, equivalente a um aumento de +61,3% durante o mesmo período. Já em relação ao mês anterior, o número de mulheres cresceu +1,0% e o de homens, +0,04%.

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Na quebra por estado, São Paulo detém o maior número absoluto de investidoras, 465.924, +1,0% M/M (vs. 1.383.805 homens, -0,03% M/M), porém é o terceiro estado ao analisarmos a porcentagem em relação ao número total de investidoras (25,2%), atrás do Distrito Federal (25,9%) e Rio de Janeiro (25,5%).

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

Ao olharmos para o saldo médio por pessoa, notamos que as mulheres detém também os menores saldos. No Rio de Janeiro, este valor é de R$ 139,3 mil para as mulheres, enquanto os homens detém R$ 144,4 mil, ou seja, 3,5% menor. A discrepância é ainda maior quando olhamos para o estado de São Paulo: o saldo médio das mulheres é de R$ 113,9 mil, comparado a R$ 135,2 mil para os homens (15,7% menor). Destaque nesse caso para o estado de Minas Gerais, cuja diferença chega em 37%.

Fonte: B3, XP Research

Cresce o número de investidores com interesse em BDRs

O cenário interno brasileiro tem se tornado cada vez mais desafiador desde o ano passado. Com isso os investidores passaram a buscar opções de investimento em ativos internacionais para fugir do chamado “Risco Brasil”. Liberado para qualquer investidor desde 2020, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) devem seguir atrativos neste ano.

Observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse nesse tipo de ativo: hoje são 1,4 milhão representando 22% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu em 2020, registrando um aumento de 994% no número de CPFs cadastrados.

Por fim, o saldo mediano registrou o menor valor desde 2017, cerca de R$ 132. De forma geral, essa redução no saldo por pessoa ao longo dos últimos anos indica uma presença mais alta de pequenos investidores que passaram a iniciar seus investimentos nessa classe de produto, o que vemos como um bom sinal.

Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research
Fonte: B3, XP Research

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