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Mercados globais fecham em queda com temores de recessão; no Brasil, Ibovespa cai pressionado pelo fiscal

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: -3,94% | 107.520 pontos

Em semana de queda para os mercados globais, o Ibovespa caiu -3,9% aos 107.520 pontos. Por aqui, a semana foi marcada por dias com menor liquidez por conta da Copa do Mundo, e os ativos brasileiros continuaram sendo pressionados pela política fiscal. Na quarta-feira, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75%, como esperado, com comunicado reforçando preocupação com a dinâmica fiscal. A equipe de Economia da XP publicou o Macro Mensal, e atualizou a projeção para a taxa básica de juros em 13,75% até o final de 2023, de 10,00% anteriormente.

Na semana, empresas ligadas a commodities como Suzano (SUZB3), CSN Mineração (CMIN3), e Vale (VALE3) registraram as maiores altas, puxadas por notícias de reabertura na China. Na outra ponta, Locaweb (LWSA3), CVC (CVCB3) e Magazine Luiza (MGLU3) caíram em fortemente pressionadas pela alta dos juros.

Na política, o presidente eleito Lula anunciou os primeiros ministros do seu governo. O destaque para o mercado foi para a confirmação de Fernando Haddad como ministro da Fazenda de seu governo. Além disso, o Senado aprovou a “PEC de Transição” em dois turnos, com ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões, para acomodar os Bolsa Família nos novos moldes. O texto agora segue para aprovação na Câmara dos Deputados.

Nos EUA, os índices tiveram a pior semana desde setembro ainda pressionados por temores de recessão. A inflação ao produtor (PPI) subiu 7,4% em novembro, acima das expectativas. A inflação núcleo (excluindo energia e alimentos) também veio maior do que esperado em 6,2%. As atenções se voltam para o dado de inflação ao consumidor na semana que vem, que sairá antes de mais uma decisão do Federal Reserve na quarta-feira.

Por fim, os índices chineses viram uma forte recuperação ao longo da semana após autoridades de saúde do país anunciarem novas medidas de flexibilização da política de zero-Covid. Dados de importação e exportação contraíram no mês de novembro, e os índices de inflação ao produtor e consumidor desaceleraram também, mostrando os impactos das restrições a atividade na economia chinesa.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 09/12/2022

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de 0,54% em relação ao Real, em R$ 5,25/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu +49bps na semana, atingindo 12,95%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 09/12/2022

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 1,8 bilhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 09/12/2022

O que esperar para semana que vem?

Na próxima semana, os destaques serão as reuniões de política monetária do Federal Reserve, do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra. Na seara de dados econômicos, teremos a inflação ao consumidor na Zona do Euro e nos EUA referente a novembro, produção industrial e vendas no varejo na China referentes a novembro, assim como a prévia de dezembro de índices de gerentes de compras (PMIs) de países desenvolvidos.

No Brasil, a expectativa é que a PEC da Transição seja aprovada no Congresso, sem grandes alterações. Na semana, serão divulgadas a ata da última reunião do Copom, dados da pesquisa mensal de serviços (PMS) de outubro e a proxy mensal do Banco Central para o PIB referente a outubro. 

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