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Expresso Alimentos & Bebidas #11

Confira os destaques do setor de Alimentos e Bebidas nesta semana.

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Confira os destaques do setor de Alimentos & Bebidas nesta semana:

  • Às segundas, falamos dos preços dos animais vivos, para entender como estão as margens dos produtores
  • Às terças, abordamos exportações semanais (margens dos exportadores); 
  • Às quartas, discutimos o preço da carne (margens dos frigoríficos); 
  • Às quintas, analisamos as margens nos Estados Unidos; 
  • Às sextas, comentamos dados de fluxo e performance das ações.

Por que esses dados são importantes?

  • Porque eles impactam os preços de ações como MRFG3, BRFS3 e ABEV3. No momento, estamos restritos em JBSS3 e BEEF3 por determinação da nossa área de Compliance, ou seja, não podemos realizar comentários sobre essas duas empresas por enquanto.
  • Vale lembrar que, no setor de Alimentos & Bebidas, esperamos performance melhor para frigoríficos expostos às carnes bovina e suína, ao passo que a carne de frango passa por um momento mais delicado em 2020, tanto no mercado interno quanto no mercado externo.

Algumas novidades desta semana de 26 de outubro:

  • Agora você pode acessar os relatórios antigos do Expresso. A lista completa está disponível ao final deste post.
  • Gostaria de receber nossos relatórios por email de Agro, Alimentos & Bebidas (português ou inglês)? Clique aqui.

Quaisquer críticas, dúvidas ou sugestões de tema são bem vindas: basta deixar um comentário no final do post.


Quinta-feira

AmBev: recuperação em V no terceiro tri supera expectativas; reiteramos Compra

A AmBev divulgou resultados acima do esperado para o 3º trimestre, sinalizando uma recuperação em V. O EBITDA ajustado de R$ 5.074mn ficou 20% acima das nossas projeções e cresceu 52% versus o segundo trimestre de 2020 (T/T). Com isso, a margem EBITDA subiu para 33%, em linha com nossa projeção (XPe: 32%) mas ainda 319 pontos-base (bps) abaixo do 3T19. Para conferir o relatório completo, clique aqui.

A melhora nos resultados ocorreu em 7 dos 10 principais mercados, mas a surpresa positiva veio (novamente) de Cerveja Brasil, com volumes crescendo 25,4% A/A, exatamente nossa estimativa (XPe +26% A/A) e acima do consenso do mercado. A flexibilidade operacional e comercial foram estratégicas em permitir o reposicionamento da empresa apesar das incertezas no cenário de curto-prazo. 

Reiteramos nossa recomendação de Compra para AmBev frente aos resultados fortes, apesar dos desafios frente às pressões na margem no curto-prazo. Os riscos de uma 2ª onda de Covid-19 e da desvalorização do Real frente ao Dólar preocupam, mas as iniciativas de inovação da AmBev, além da liderança no mercado e o contínuo foco na excelência operacional tem trazido bons resultados.


Quarta-feira

Heineken reporta resultado melhor do que o esperado no terceiro trimestre

De acordo com a Reuters, a Heineken teve um desempenho melhor do que o esperado no terceiro trimestre de 2020, com um aumento surpreendente nas vendas de cerveja nas Américas. Por outro lado, a empresa afirmou que os impactos da pandemia ainda eram muito incertos, impedindo-a de fornecer uma perspectiva confiável para o final deste ano. Vale lembrar que novas restrições foram impostas por muitos países, incluindo o fechamento de bares e restaurantes.

A Heineken também afirmou que houve queda na rentabilidade em função da mudança das compras de bares para lojas e mercados. Adicionalmente, os custos teriam subido, uma vez que barris são mais baratos para produzir, reutilizar e enviar do que latas e garrafas. Ainda de acordo com a Reuters, a cervejaria iniciará a reestruturação de seus escritórios em 2021 com o objetivo de cortar custos com pessoal em 20%;

No Brasil, o volume de cerveja cresceu cerca de 12% (low-teens, na expressão em inglês)

Os portfólios premium e mainstream cresceram dois dígitos, com a marca Heineken (verdinha) crescendo significativamente e a Devassa e Amstel continuando a performar bem. Já o portfolio economy cresceu ligeiramente. O volume de produtos não-alcóolicos, como águas e refrigerantes, caiu cerca de 20%. Adicionalmente, a Heineken® 0.0, a cerveja sem álcool da empresa, cresceu dois dígitos com um desempenho particularmente forte no Brasil;

Conforme escrevemos no nosso início de cobertura de AmBev, acreditamos que a marca Heineken deve permanecer líder do segmento premium no Brasil no curto prazo, bem como um concorrente significativo no segmento econômico – os resultados da empresa no 3T20 parecem apontar nessa direção.

Nós vemos o acirramento da competição no Brasil como um dos principais riscos da nossa tese de AmBev. POr outro lado, mantemos nossa recomendação de compra com preço-alvo de R$ 17,15 por ação. Isso porque enxergamos uma combinação positiva de: melhora de volumes no curto prazo; iniciativas de inovação da AmBev; transição da empresa rumo a um novo modelo de negócios, mais personalizado, tecnológico e focado no consumidor.


Terça-feira: Exportações das Carnes

Com base nos dados preliminares da SECEX para a quarta semana de outubro, a análise segue praticamente a mesma:

  • Exportações de carne bovina seguem fortes em volume (131k tons, +5% A/A), mas nem tanto em preços (US$ 4.251/ton, -5% A/A) .
  • Exportações de frango seguem estáveis em volume (256k tons, +1% A/A), mas preços 15% abaixo do mesmo período em 2019;
  • Exportações de suínos seguem batendo recorde em volumes (67k tons +47% A/A) e com preços estáveis (+1,4% A/A)

OBS: os dados se referem ao acumulado até a quarta semana, e as variações são calculadas com base na média diária.


Segunda-feira: Preços dos Animais Vivos

Começamos a publicar o Expresso Alimentos & Bebidas há pouco menos de três meses. Faz onze edições que escrevemos, praticamente todas as semanas, que os preços da arroba do boi, do suíno vivo e das sacas de milho de soja bateram recordes. Ou seja, os custos dos frigoríficos brasileiros estão ficando sob cada vez mais pressão, sobretudo no caso dos frigoríficos expostos à carne de frango. Nesta semana, não foi diferente: recordes de novo.

  • O boi gordo fechou a semana passada em R$ 269/@, um aumento de 5% desde o início de outubro, 30% desde o início do ano e 62% versus a mesma data em 2019.
  • O suíno vivo fechou a semana em R$ 9,41/kg, um aumento de 18% no mês, 48% no ano e 77% versus 2019.
  • A soja fechou a semana em R$ 164/saca, um aumento de 8% no mês, 85% no ano e 87% na comparação anual.
  • O milho fechou a semana em R$ 79/saca, um aumento de 23% no mês, 84% no ano e 62% na comparação anual.

AmBev (ABEV3): reiniciamos cobertura da ação com recomendação de Compra

Reiniciamos a cobertura das ações da AmBev (ABEV3), com recomendação de Compra e preço-alvo para o final de 2021 de R$ 17,15 por ação. As ações fecharam o último pregão em R$ 13,89, ou seja, ainda enxergamos um potencial de alta de 23% em relação aos níveis atuais. Por que temos recomendação de Compra para AmBev? Em resumo, acreditamos que o mercado está excessivamente pessimista em relação ao futuro da empresa.

Para conferir o relatório de re-início de cobertura, completo com análise ESG, clique aqui.

Por que nós estamos otimistas? Por conta de uma combinação de fatores, sendo os três principais:

  • Enxergamos melhora nos volumes de vendas da AmBev no curto prazo, aliados a uma potencial recuperação macroeconômica no Brasil, mesmo com o término do auxílio emergencial;
  • Vemos com bons olhos as iniciativas de inovação da empresa, as quais devem auxiliar a AmBev a se manter como líder de mercado, incluindo o Zé Delivery, os CDDs digitais e as novas marcas como Michelob e Beck’s;
  • Acreditamos na transição que a AmBev vem realizando em seu modelo de negócio, deixando para trás um modelo antigo baseado em escala e passando a adotar um modelo novo, mais personalizado e focado no consumidor.

Onde podemos estar errados? Competição acirrada no Brasil, custos de commodities em alta, real depreciado frente ao dólar e ambiente macroeconômico desfavorável são potenciais riscos importantes para a empresa. Adicionalmente, reconhecemos que a transição do modelo antigo para o novo não é fácil, mas entendemos que a AmBev está empenhada em fazê-lo.

Isto posto, entendemos que o preço das ações (ABEV3) já foi penalizado demais pelo mercado e agora é hora de comprar AmBev, tanto pelo potencial estimado de alta de 23% quanto pelo patamar atraente de dividendos.


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