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Em semana com inflação em foco, Ibovespa sobe 1,4% e fecha aos 115.754 pontos

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +1,39% | 115.754 pontos

O Ibovespa fechou a semana com alta de 1,4% aos 115.754 pontos. Em uma semana de baixa liquidez devido a feriados nos EUA e Brasil, a agenda econômica de ambos os países foi marcada pela divulgação de índices de inflação.

No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA de setembro. O índice subiu 0,26% no mês, abaixo da expectativa do time de Economia XP (0,32%) e do mercado (0,33%). Na variação anual, o índice de preços subiu de 4,6% no mês anterior para 5,2%. Os dados confirmaram o avanço da desinflação, mas não o suficiente pra acelerar o ritmo de corte da taxa Selic em 50 bps nas próximas reuniões.

Globalmente, o CPI (inflação ao consumidor) dos EUA também indicou um processo de desinflação em curso na maior economia do mundo. O dado apresentou alta de 0,4% em setembro (acima da expectativa de 0,3% do mercado), ou 3,7% no acumulado de 12 meses. Além disso, foi divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve, que não trouxe grandes surpresas. A ata, junto com o CPI e outros dados, reforçam de que a taxa de juros nos EUA devem ser mantidas em níveis altos por mais tempo. Apesar disso, as taxas dos títulos americanos deram um alívio, com a Treasury de 10 anos caindo 19 bps na semana e fechando em 4,61% o que ajudou o S&P 500 marcar mais uma semana positiva.

Ainda nos EUA, temporada de resultados do 3º trimestre começou. Espera-se uma pequena expansão de 0,6% A/A nos lucros do S&P 500, refletindo a resiliência da economia americana até agora. Como tradicionalmente acontece em toda temporada, os grandes bancos americanos, como J.P. Morgan, Citi e Well Fargo, começaram divulgando seus balanços e superaram as expectativas fortemente. 

Inflação também foi um tema relevante na China. O CPI chinês veio estável na medida anualizada, enquanto o PPI (inflação ao produtor) caiu 2,5%. Com isso, voltaram as preocupações com o fraco crescimento econômico. Por outro lado, notícias de que o governo está considerando mais estímulos econômicos animaram os mercados, que fecharam a semana mistos. 

Por fim, o preço do petróleo subiu com o aumento das tensões entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. A aplicação de sanções por parte dos EUA a entidades que transportam petróleo russo acima do preço máximo também pressionou o preço da commodity na semana. O Brent acumulou alta de 5,6% na semana, fechando em US$ 91/barril.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 13/10/2023.


Câmbio e juros

O Dólar fechou o período em queda de 1,3% em relação ao Real, em R$ 5,08/US$. Na Renda Fixa, a curva de juros encerrou a semana com queda em relação à semana anterior, principalmente nos vencimentos mais longos, com destaque para a DI Jan/33 que fechou 13 bps, atingindo 11,84%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 13/10/2023.


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, houve uma entrada de capital estrangeiros da Bolsa em cerca de R$ 700 milhões. Já o saldo de investidores institucionais foi negativo em R$ 200 milhões, enquanto investidores Pessoa Física registraram um saldo negativo de R$ 760 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados de fluxo até 13/10/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na agenda internacional, diversos dirigentes dos bancos centrais das principais economias desenvolvidas discursarão publicamente, incluindo o Jerome Powell (presidente do Federal Reserve), Christine Lagarde (presidente do Banco Central Europeu), Andrew Bailey (presidente do Banco Central da Inglaterra). Na terça-feira, haverá a divulgação do índice de sentimento econômico da zona do euro de outubro, e dos dados das vendas varejistas e da produção industrial dos EUA em setembro. Na China, vários dados de atividade serão publicados, incluindo produção industrial, vendas no varejo e o PIB do 3º trimestre. Na quarta-feira, destaque para os índices de preços ao consumidor no Reino Unido e zona do euro referentes a setembro. Na quinta-feira, o banco central da China (PBoC) anunciará sua decisão de política monetária.

No Brasil, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica referentes a agosto. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) deve apresentar crescimento do setor terciário na margem, embora a um ritmo moderado. O consumo de serviços segue resiliente, na esteira do aumento da renda disponível às famílias e alívio na inflação de curto prazo. Enquanto isso, acreditamos que a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) registrará queda das vendas varejistas na comparação mensal. Os segmentos do comércio vêm emitindo sinais mistos no período recente. As atividades mais sensíveis ao crédito continuam fracas, ao passo que as atividades mais sensíveis à renda trazem números majoritariamente positivos. Por fim, estimamos contração modesta do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em agosto, devolvendo parte do aumento visto em julho. Segundo os nossos cálculos, a proxy do PIB ficou praticamente estável no 3º trimestre.


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