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DASA (DASA3) – 1T24: Resultados fracos ofuscados por uma capitalização de seus acionistas controladores

Comentário sobre os resultados reportados pela empresa

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A DASA (DASA3) reportou resultados negativos no 1T24 – com um prejuízo líquido de R$ 174 milhões – e anunciou uma capitalização de R$ 1,5 bilhão. Embora ainda pressionado, o resultado operacional parece substancialmente melhor do que o registrado no 4T23, tanto em relação à receita quanto às margens. A alavancagem, de 6x o EBITDA 12m, foi o destaque negativo mais uma vez, pois continua aumentando e comprometendo a rentabilidade da empresa. No entanto, a empresa anunciou que seus acionistas controladores dedicaram R$ 1,5 bilhão em instrumentos de capital contingente para fortalecer o balanço patrimonial e permitir a retomada do processo de reestruturação. Apesar de considerarmos os resultados negativos, vemos o compromisso contínuo dos acionistas controladores com a operação como uma sinalização positiva.

Resultado operacional estável. A receita da BU1 aumentou 9,6% A/A, devido ao aumento do número de leitos em operação e da taxa de ocupação, mas impactada pela taxa de glosas; enquanto a receita da BU2 aumentou apenas 1,4% A/A, impactada pela desvalorização cambial das operações internacionais e pela sazonalidade de dias úteis. A margem EBITDA ficou estável A/A, com uma queda de 1 p.p. na margem bruta caixa ajustada sendo compensada por uma diluição de 0,7 p.p. nas despesas.

Alavancagem comprometendo totalmente o lucro. O prejuízo líquido de R$ 176 milhões foi fortemente impactado pelas despesas financeiras líquidas de R$ 485 milhões, que por sua vez foram causadas por uma alavancagem líquida (considerando arrendamentos e obrigações de aquisições) de 6x o EBITDA 12m. No entanto, observamos que a margem EBITDA do 4T23 foi anormalmente baixa e presumimos que houve itens transitórios que impactaram esse número, o que significa que a alavancagem projetada deve ser menor do que o índice mencionado acima.

Uma injeção de capital bem-vinda. A empresa anunciou que os acionistas controladores farão uma injeção de capital de R$ 1,5 bilhão por meio de um Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (“AFAC”). De acordo com o anúncio, as novas ações serão precificadas usando o preço médio ponderado dos 60 dias seguintes à primeira de duas condições: (i) um evento de liquidez de mais de R$ 2,5 bilhões ou (ii) 31 de dezembro de 2024.

Apoiando o processo de reestruturação. O valor é equivalente a 0,67x EBITDA 12m, mas lembramos que (i) o 4T23 teve efeitos não recorrentes pressionando a rentabilidade, e (ii) a empresa está em meio a um processo de reestruturação com o objetivo de elevar a rentabilidade e reduzir a alavancagem. Portanto, acreditamos que o montante pode dar à empresa fôlego para buscar as melhores opções para reduzir o endividamento.

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