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Resumo da Semana: Ibovespa fecha em queda de 15,6%

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Destaques da semana: 06/03 a 13/03

Ibovespa: -15,6% | 82.677,9 pontos

O Ibovespa fechou em alta de 13,91% no último dia de uma semana de muita volatilidade, marcando seu maior ganho diário em 11 anos. Ainda assim, o índice não conseguiu evitar uma nova queda semanal. Após quatro circuit breakers, a bolsa fechou em queda de 15,63%, a pior desde 2008. Os mercados internacionais também foram fortemente impactados, com o S&P 500 chegando a cair 9,5% em um dia e registrando a pior queda desde 1987.

Já na segunda-feira, a tensão dos mercados quanto ao coronavírus, foi intensificada pela guerra de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia. Na quarta-feira, o Organização Mundial da Saúde declarou o coronavírus como pandemia, elevando ainda mais as incertezas quanto aos impactos econômicos das restrições de atividade em diversos países.

Ao longo da semana, os investidores observaram atentamente as medidas de estímulo econômico anunciadas pelos bancos centrais de todo mundo. Mas o destaque foi para o fechamento dos mercados na sexta-feira, quando o presidente norte-americano Donald Trump anunciou medidas que animaram os investidores. Entre elas, parceria com empresas de diversos setores e bancos, mobilizando todos para conterem o problema. Ele ainda falou sobre comprar uma grande quantidade de petróleo e liberar os juros de todos os financiamentos estudantis.

No Brasil, também houve maior pressão pelo anúncio de medidas econômicas e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, afirmou em entrevista que a pauta dos próximos 45 dias na Casa será voltada para o combate aos efeitos econômicos do coronavírus. Além disso, a semana foi marcada por sequenciais intervenções no mercado de câmbio com leilões de dólar à vista pelo Banco Central, na tentativa de conter a desvalorização acentuada do Real.

Um fator de instabilidade no campo doméstico foi a derrubada pelo Congresso do veto de Bolsonaro à ampliação do Benefício por Prestação Continuada (BPC), que deve gerar um desconto de 20% na economia gerada pela reforma da previdência, o que preocupa em meio a um momento de ajuste nas contas públicas.


Câmbio e juros

O Real teve uma desvalorização em relação ao dólar com uma queda de -3,6%, fechando em R$4,86/USD, principalmente devido a preocupações em torno do coronavírus.


O que esperar

As reuniões do COPOM e do FOMC serão os destaques da próxima semana. Esperamos que o BCB ofereça um corte de 50 pb, elevando a taxa Selic para 3,75%, enquanto o Fed deverá reduzir a taxa para 0,00% -0,25% (a faix​a atual é de 1,00% a 1,25%). Na frente externa, os dados da atividade econômica dos EUA, como vendas no varejo em fevereiro e produção industrial, serão os principais destaques. Todos os indicadores e eventos podem ajudar na compreensão de como o coronavírus afetou os EUA até agora.

Clique aqui para acessar a agenda econômica semanal.


Ações

Sem noticiário específico sobre a companhia na semana, a CCR possui um portfólio maduro de rodovias, um balanço saudável e investimentos a realizar no curto prazo relativamente menos representativos para seu balanço, o que permite maior previsibilidade de geração de caixa. Em um contexto de incertezas, o nome pode ser percebido como mais defensivo.

A companhia é uma das mais defensivas no setor elétrico devido a sua elevada geração de caixa e pouca relação do setor de geração de energia com as instabilidades atuais.

Após cair 30% desde o pico em janeiro até sexta-feira passada, a JBS foi uma das ações que menos caiu essa semana. Além disso, vemos notícias de potencial normalização na China e estímulos nos EUA como positivas para a empresa, apesar das incertezas ainda altas.

Sem notícias específicas, ações foram impactadas pelas incertezas de mercados globais frente aos possíveis efeitos do coronavírus na economia. Vale ressaltar que as ações apresentaram alta de 27% na sexta feira (13), revertendo parte de suas perdas nos últimos dias.

Nenhuma notícia específica da companhia. Queda puxada pelo peso no índice, que foi parcialmente amortecida pela estabilidade nos preços do minério de ferro.

Assim como no caso de Azul, a queda das ações na semana reflete a forte desvalorização do Real em relação ao Dólar, bem como as incertezas relacionadas ao desenvolvimento do virus no Brasil. Diversas companhias vem anunciando medidas de contingência e redução nas perspectivas de crescimento em resposta ao potencial arrefecimento da demanda.

Além de ter sido afetado pela recente baixa da bolsa, o IRB foi ainda impactado pelos seguintes acontecimentos: i) questionamentos em seus números por investidores; ii) um 4T com resultados não recorrentes; iii) renúncia do CEO, CFO e Chairman; iv) posicionamento do conselho em reiterar os números reportados até 2019; e v) foi a única resseguradora a não reportar seus dados para a SUSEP.

A performance negativa das ações na semana reflete (i) a forte desvalorização cambial observada e (ii) as incertezas relacionadas ao desenvolvimento do COVID-19, que levaram a companhia a suspender temporariamente o Guidance e reduzir a perspectiva de crescimento de oferta.

*A empresa se encontra restrita para cobertura por determinação da nossa área de Compliance.

As ações da CVC continuam sendo negativamente impactadas pelos efeitos do coronavírus em relação ao cancelamento de viagens e alta do dólar. Vale ressaltar que as ações também sofreram com o efeito da Avianca nos últimos meses e mudanças na diretoria.


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