Estamos atualizando nossas estimativas para a Vale, rebaixando a recomendação para Neutro e introduzindo um preço-alvo para 2025 de R$66,00/ação (US$11,00/ADR). Continuamos a considerar a perspectiva para o minério de ferro como pouco inspiradora e o principal fator detrator da narrativa de equity da Vale, com os níveis atuais de commodities em torno de US$100/t sendo negativamente assimétricos em relação ao nível de ~US$90/t que consideramos justo. Por outro lado, com várias das pendências da Vale sendo concluídas (ou próximas da conclusão), vemos a narrativa micro como um ponto positivo em meio a um ambiente macro prejudicado. Considerando tudo isso, acreditamos que o valuation é pouco atraente, com (i) um dividend yield de ~6,5% para 2025E considerado justo, (ii) um desconto de EV/EBITDA de 24% em relação aos principais concorrentes, alinhado à média histórica recente, apesar de (iii) um desconto relativo de 29% em relação aos preços do minério de ferro, sugerindo uma assimetria positiva, embora limitada, para as ações.
Continuamos a ver a perspectiva para o minério de ferro como pouco inspiradora. Esperamos que os preços do minério de ferro com 62% de Fe fiquem em US$95/t em 2025E, diminuindo para US$85/t a partir de 2027E em termos reais. Embora o pacote fiscal deva ajudar os desenvolvedores a concluir projetos em andamento, o foco está principalmente na aceleração da redução de estoques habitacionais e na finalização de obras, com efeitos ligeiramente positivos sobre a demanda incremental de aço, enquanto a demanda do setor imobiliário permanece incerta. Além disso, nossa perspectiva de longo prazo permanece inalterada, dada: (i) a população chinesa em declínio, (ii) a mudança econômica em direção a uma economia baseada no consumo e (iii) novas capacidades entrando em operação, como Simandou.
Narrativa micro é um ponto positivo. Com várias pendências do passado já concluídas, incluindo mudanças na alta administração (sucessão do CEO, novo CFO e a nomeação de um novo CEO para a Base Metals da Vale) e o acordo final referente a Mariana, juntamente com um desempenho operacional positivo, vemos sinais promissores para a empresa. Além disso, o ajuste do guidance de produção de minério de ferro para níveis mais realistas (e mais altos), enquanto se entrega a redução de custos caixa, indica uma perspectiva relativa melhor para a narrativa micro.
Valuation implicando um potencial limitado de alta a partir de agora. Considerando tudo isso, acreditamos que o valuation é pouco atraente, com (i) um dividend yield de ~6,5% para 2025E considerado justo (com um FCF Yield de 4,0% para 2025E, impactado pelos desembolsos da Samarco), (ii) um desconto de EV/EBITDA de 24% em relação aos principais concorrentes, ligeiramente acima da média recente, e nosso EV/EBITDA projetado para 2025 de 4,4x (em comparação com a média histórica de 4,8x), apesar de (iii) um desconto relativo de 29% em relação aos preços do minério de ferro, sugerindo uma assimetria positiva em relação à narrativa da commodity, embora com um potencial de alta limitado, em nossa visão.
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Análise ESG
Uma análise comparativa do setor. Apesar dos desafios enfrentados por esses setores, olhando por uma perspectiva por empresa, vemos a GGBR4 liderando o setor, com destaque para uma estratégia de redução de emissões e um plano de descarbonização de alta qualidade, enquanto vemos melhoras na governança nos últimos anos. Com uma atuação multisetorial, a CSNA3 enfrenta desafios intrínsecos à essa condição, embora reconhecemos como positiva a presença de metas de redução de emissões em todos as suas unidades de negócios, além de boas práticas de saúde e segurança, ao mesmo tempo em que não podemos negligenciar os riscos relacionados ao pilar (G) como o principal desafio, que se estende para a CMIN3, apesar de ser pioneira no processo de filtragem de rejeitos e empilhamento a seco. Para a USIM5, esperamos que a mudança na composição acionária (Ternium 14%) aprimore práticas de governança da companhia, embora vejamos espaço para melhorias em iniciativas no pilar ambiental (E). Por fim, a VALE3 conta com uma detalhada e completa divulgação ESG, com esforços e ações concretas visando melhorar o desempenho ESG, embora os riscos permaneçam após a tragédia de Brumadinho.
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Sobre a Vale
A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo, sendo negociada na B3 sob o ticker VALE3. A empresa é líder na produção e comercialização de minério de ferro, pelotas, manganês e níquel, sendo também uma das principais operadoras de logística do Brasil. Com presença em 27 países, suas operações abrangem uma variedade de atividades, incluindo Energia, Siderurgia e Logística.
Com valor de mercado totalizando cerca de US$ 60 bilhões, a Vale é amplamente negociada nas bolsas de valores globais. Além disso, conta com aproximadamente 220 mil acionistas distribuídos pelos continentes. Sua relevância no mercado internacional é inegável, sendo referência na produção de minerais como minério de ferro, pelotas e níquel, sendo este último amplamente explorado no Canadá, Indonésia e Brasil.
A empresa é reconhecida pela qualidade excepcional de seus minérios, com destaque para a mina de Carajás, que possui minério de ferro com teor de 65% de ferro, superando o padrão internacional de 62% Fe. Através de operações integradas, a Vale mantém seu posicionamento estratégico, com ferrovias como a Vitória-Minas e Carajás ligando regiões produtoras a terminais de exportação, consolidando assim sua posição como uma das principais forças no mercado global de mineração e logística.
Histórico da Vale (VALE3)
A trajetória da Vale (VALE3) é marcada por uma história de transformação e liderança nos setores de mineração, logística, energia e siderurgia. Fundada como a Companhia Vale do Rio Doce em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas, sua missão inicial era a exploração de minério de ferro na região do Rio Doce, Minas Gerais.
A Vale rapidamente se tornou uma peça vital no setor siderúrgico do Brasil, fornecendo matérias-primas de alta qualidade.
Após ser privatizada em 1997, a empresa alterou seu nome para Vale S.A. e entrou em um período de expansão vigorosa entre 2000 e 2006, tornando-se a 31ª maior companhia do mundo por meio de aquisições estratégicas.
A Vale é reconhecida internacionalmente como a maior produtora de minério de ferro e possui operações de destaque em níquel, carvão, cobre, manganês e ferroligas.
No entanto, sua jornada também foi marcada por desafios, incluindo o rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho. Apesar disso, a empresa continua ativa na busca por práticas de sustentabilidade e responsabilidade social.
Com presença global, a Vale desempenha um papel essencial na indústria e nos mercados financeiros. Suas ações, listadas como VALE3, mantêm influência significativa.
Vale a pena investir em VALE3?
Investir em VALE3, ações da Vale, é uma decisão que envolve uma avaliação criteriosa dos fatores que moldam o cenário da Vale, uma das principais mineradoras do mundo.
Uma das atrações notáveis para investidores é a alta qualidade do minério de ferro extraído pela Vale, com teor de 65% de ferro, eliminando a necessidade de purificação e garantindo custos de produção notavelmente baixos.
Além disso, a estratégia de manter um mix de estoques offshore permite uma resposta ágil à demanda da China, principal mercado consumidor. Contudo, para uma decisão informada, é essencial ponderar fatores macroeconômicos, tendências do setor e práticas de sustentabilidade, dada a influência desses elementos na rentabilidade da Vale.
A Vale tem demonstrado resiliência ao superar desafios, incluindo desastres ambientais e volatilidade dos preços das commodities. Ao investir em VALE3, os investidores podem explorar os benefícios das práticas eficientes e da distribuição estratégica da empresa.
No entanto, é crucial reconhecer a natureza em constante mudança dos mercados e considerar a orientação de especialistas financeiros ao tomar uma decisão. O investimento deve ser uma análise ponderada de aspectos como a qualidade dos ativos, eficiência operacional e fatores econômicos globais.
Como investir em ações da Vale (VALE3)?
Investir em ações pode ser uma maneira de fazer seu dinheiro trabalhar para você. Se você está considerando adquirir ações da Vale (VALE3), uma das principais empresas de mineração e recursos naturais, siga este passo a passo:
1. Abra sua conta em uma instituição financeira
Selecionar uma instituição confiável que ofereça acesso ao mercado de ações, com boa reputação e plataforma amigável é fundamental.
2. Transfira seu dinheiro
Para investir e fazer seu dinheiro render é preciso transferir a quantidade que deseja investir para sua conta na instituição financeira. Para isso, você pode optar pelo TED ou Pix.
3. Busque pelo Código VALE3
Use a ferramenta de busca da plataforma para localizar as ações da Vale, digitando o código de negociação VALE3.
4. Execute a compra das ações da Vale
Após analisar informações como cotações e histórico, definir a quantidade de ações e preço desejado, confirmar e executar a compra.
5. Acompanhe seus Investimentos
Depois de concluir a compra, suas ações da Vale serão adicionadas à sua carteira de investimentos. Acompanhe o desempenho delas e do mercado em geral por meio da plataforma da XP.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!