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Economia em Destaque: Juros nos EUA e fiscal no Reino Unido pesam sobre a bolsa

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

A semana foi marcada por decisões de juros nos EUA, no Brasil e em diversos outros países. O aumento de juros mais tempestivo de juros nos Estados Unidos e a sinalização mais dura do Fed impactou os mercados, o S&P 500 atingiu a mínima no ano. No Brasil, o Copom anunciou uma pausa para avaliação, conforme o esperado, e manteve os juros em 13,75%.

O anúncio de um pacote fiscal no Reino Unido com custo previsto de 150 bilhões de libras foi mal recebido pelo mercado e libra alcançou o menor patamar em 37 anos. A guerra entre Rússia e Ucrânia completa 7 meses e o tom do conflito escala ainda mais.

Cenário internacional

Fed eleva taxa básica de juros em 0,75pp

O comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) elevou a meta de juros dos Fed Funds em 0,75pp, levando a taxa para o intervalo entre 3-3,25%, em linha com as expectativas. No comunicado, o Fed reforçou a necessidade de novos aumentos nos juros para que a inflação americana retorne à meta de 2% e sinalizou – a partir da projeção de juros de seus diretores - que os juros devem subir até 4,6% no ano que vem.

A intensa e rápida alta de juros nos EUA aumenta a probabilidade de recessão na maior economia do mundo e foi um dos fatores para a queda das bolsas pelo mundo essa semana. O S&P 500, principal índice da bolsa americana, recuou -4,65% na semana. No ano, a queda chega a -23,00%.

Para mais detalhes a respeito da decisão de juros nos EUA e o que esperar adiante, clique aqui.

Pacote fiscal no Reino Unido assusta, Libra alcança o nível mais baixo em 37 anos

Anúncio de pacote fiscal para estimular a economia britânica sacudiu os mercados e inclui medidas como ampla redução de impostos e subsídios para a energia nos próximos dois anos. Após o anúncio feito pelo secretário do tesouro, Kwasi Kwarteng, a libra caiu para o menor nível em relação ao dólar desde 1985. O gasto será financiado por meio de endividamento público, e será da ordem de 150 bilhões de libras nos próximos dois anos.

Decisão de Juros no Japão, China e Reino Unido

Após dados de inflação mais forte, o Banco Central do Japão (BoJ) não alterou sua política monetária ultra-expansionista. O Presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, sinalizou que a condução de política monetária ficaria inalterada por dois a três anos. Após tal comunicação, o iene atingiu uma mínima de 24 anos, levando a intervenção no mercado cambial pela primeira vez desde o final dos anos 90.

O Banco da Inglaterra elevou a taxa de juros em 0,5pp, para 2,25%, de acordo com parte das expectativas do mercado. No país, o mercado de trabalho segue apertado e a inflação elevada.

O Banco Popular da China (PBoC) manteve as taxas de juros na terça-feira, buscando um equilíbrio entre afrouxar a política monetária e conter mais perdas em um yuan já enfraquecido. O banco manteve em 3,65% a taxa de empréstimo de um ano, que determina as taxas de juros que os maiores bancos do país cobram de seus clientes, enquanto a taxa de cinco anos, que incide sobre hipotecas permaneceu em 4,30%. A medida ocorre depois que o banco central cortou inesperadamente as taxas de empréstimo em agosto, em uma tentativa de sustentar o crescimento econômico que foi severamente impactado pelos bloqueios relacionados ao Covid-19 este ano. O PBoC agora precisa manter um delicado equilíbrio de afrouxar a política para estimular o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que não garante mais depreciação do yuan.

Putin recruta reservistas e ameaça com guerra nuclear

O presidente russo Vladimir Putin anunciou que as forças armadas do país convocariam suas reservas imediatamente e ameaçou com uso de armas nucleares. O movimento representou um importante aumento da escala da guerra contra a Ucrânia. O exército russo está se movendo para anexar os territórios ucranianos ocupados no leste e sul do país. O ataque russo vem como resposta à recente contra-ofensiva ucraniana que impôs derrotas significativas ao seu adversário.

Enquanto isso, no Brasil...

Copom faz pausa para avaliação

O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil, o Copom, manteve a taxa Selic em 13,75%, em linha com as expectativas. A decisão significou interrupção no processo de alta de juros iniciado em março de 2021, quando a taxa básica estava em 2,00%. O comunicado que acompanhou a decisão trouxe elementos que sugerem que, apesar da manutenção dos juros, o Copom segue preocupado com a inflação. O comitê tentou sinalizar que a decisão representa uma pausa para avaliação, não necessariamente o fim do ciclo de aperto monetário.

De fato, no comunicado que acompanhou a decisão o Copom destacou que “irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, e salientou que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Com um tom mais duro, o Copom aparentemente pretende evitar a discussão sobre quando a taxa Selic começará a cair. Avaliamos que a decisão seja consistente com o cenário de manutenção da taxa básica de juros em 13,75% até meados do ano que vem, antes do início de um ciclo de queda à medida que os processos de desinflação global e doméstico fiquem mais claros.

Confira mais detalhes sobre a decisão de juros e o que ela significa para os seus investimentos na ">live do Copom:

O que esperar para a semana que vem?

Na próxima semana, o destaque continua sendo a política monetária nos Estados Unidos, com discursos de dirigentes do Fed e a divulgação do índice de inflação preferido pelo Fed, o deflator dos gastos com consumo, que devem dar o tom para o mercado. Além disso, nos EUA teremos o dado de PIB do segundo trimestre, sondagens empresariais de setembro na China e inflação ao consumidor de agosto na Europa.

A próxima semana será marcada pela reta final do primeiro turno das eleições e pela ata da última reunião do Copom. Na seara de dados econômicos, os destaques no Brasil serão o IPCA-15 de setembro, para o qual esperamos deflação de -0,16% e os dados de setor externo e mercado de trabalho de agosto.  

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