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Stablecoins: O que são e quais seus tipos?

A crescente adoção de stablecoins pode ajudar a popularizar o uso de criptomoedas como meio de troca para transações financeiras, bem como para outras aplicações.

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Projetadas para manter a estabilidade de preços, as stablecoins preenchem a lacuna entre moedas fiduciárias e criptomoedas. Elas estão atrelados a ativos tradicionais, como dólar, euro ou ouro, se tornando uma alternativa menos volátil do que vemos hoje em dia no mercado cripto. Por suas transações mais rápidas e custos mais baixos, as stablecoins são uma alternativa frente as finanças tradicionais. As stablecoins não são isentas de riscos e algumas delas já faliram ou sofreram processos jurídicos.

Não há como negar que os criptoativos oferecem um alto grau de volatilidade e muitas vezes pode ser prejudicial ao seu portfólio de investimentos. Diversos projetos, ao longo do tempo, propuseram resolver este problema, a partir das stablecoins, reduzindo riscos e ampliando a participação de investidores no mercado de cripto.

Stablecoins são um tipo de token, criados para lastrear digitalmente outros ativos, normalmente moedas fiduciárias na proporção 1:1, refletindo menos impacto da volatilidade do mercado. O seu nome sugere essa relação, com “Stable”, na tradução para o português, é estável, e “coin” é moeda.

Como as stablecoins são criadas e quais seus tipos?

Assim como os outros criptoativos, stablecoins são criadas em uma blockchain, que se refere a uma base de dados descentralizada, permitindo a transferência e rastreio de informações digitais dos usuários. É parecida com um banco de dados tradicional, mas as informações são gravadas em blocos que estão ligados entre si por meio de “correntes” com o objetivo de se certificar que são à prova de fraudes.

Uma das diferenças entre os outros tipos de tokens, como Bitcoin e Ethereum, é que a empresa emissora por trás das stablecoins precisa ter a mesma quantidade do ativo atrelado em caixa, ou outras aplicações de alta liquidez como títulos de governo americano. O setor de criptomoedas estáveis segue a mesma lógica do padrão-ouro, sistema monetário que vigorou até 1971 nos Estados Unidos, no qual a emissão de papel-moeda era atrelada à quantidade de metal que o país detinha em reservas. 

Existem diversos tipos de stablecoins disponíveis no mercado, entre eles, podemos citar:

Lastreadas em moeda fiduciária: É o tipo mais conhecido, também chamada de stablecoins centralizadas, ou IOU (“I Own You”), compondo mais de 75% do valor de mercado desta subclasse de criptoativos, como mostra o gráfico abaixo. Sua colaterização é feita a partir de moedas fiduciárias como dólar, euro e até mesmo real. Os principais exemplos deste tipo são Tether (USDT) e USD Coin (USDC).

Fonte: The Block

Lastreadas em criptomoedas: Sua colaterização é descentralizada, atrelando seu valor a outras criptomoedas, através de smart contracts.  Para ter uma relação de paridade, estas stablecoins geralmente são “super colateralizadas” para compensar a probabilidade alta de que a garantia usada, normalmente Bitcoin ou Ethereum, sofrerá uma mudança de preço. Por tanto, se o preço da criptmoeda cair, mas dentro de um limite estabelecido, o excesso de garantia irá proteger o preço da stablecoin. O maior exemplo deste tipo de moeda digital é a MakerDAO (DAI).

Lastreadas em commodities: Estas stablecoins, com o menor valor de mercado comparado às outras, são garantidas por ativos físicos, como metais preciosos.  Uma das principais representantes desta categoria, é a PAX Gold (PAXG), atrelada ao ouro, por 1 onça troy de ouro.

Stablecoins algorítmicas: Diferente das stablecoins que comentamos acima, este tipo não utiliza nenhum ativo como colateral. Ao invés disso, são controladas através de algoritmos, projetados para expandir ou contrair sua oferta total circulante, mantendo sua estabilidade, de acordo com as condições de mercado. Frax e Ampleforth são exemplos desta categoria.

Quais são as vantagens de usar stablecoins?

Conforme comentamos acima, a sua principal vantagem é o fato dela ser utilizada como meio de troca, possuindo uma volatilidade muito menor comparada aos outros criptoativose e mantendo o poder de compra de seus usuários mais previsível.

É possível mandar as stablecoins para qualquer lugar do mundo, com menos burocracia, em qualquer hora e dia da semana, dado que muitas das corretoras aceitam elas para troca por moeda fiduciária. Normalmente possuem taxas menores do que os serviços de remessa internacional.

Além disso, existem maneiras de gerar renda com estes ativos digitais, que são através de staking e empréstimos juntos aos projetos de DeFi. O primeiro é envolve “travar” suas stablecoins para suportar uma rede blockchain. Em troca, você recebe juros ou outros tokens em sua carteira digital.

Já em empréstimos, os mutuários pagam juros com a garantia de outras criptomoedas. As taxas de juros podem chegar até mais de 15%, dependendo de qual ativo digital é usado e por quanto tempo se concede o empréstimo.

E seus riscos?

Cada tipo de stablecoin possui diferentes riscos que devemos observar.

Aquelas que são centralizadas, o investidor precisa se certificar se o emissor por trás das stablecoins é transparente em suas atividades e se há garantia da reserva financeira em moeda fiduciária, que busca a estabilidade no preço do ativo. A Tether, a maior emissora de stablecoin do mercado, já foi alvo de processos por fraudar relatórios e teve que pagar uma multa milionária.

No caso das stablecoins algorítmicas, seu design visa manter a paridade de preços por meio da interação entre usuários daquele sistema. No entanto, os algoritmos do projeto podem falhar, ou não há um grande incentivo para os investidores comprarem os tokens secundários que poderiam trazer o preço da stablecoin de volta ao seu valor atrelado.

Um bom exemplo que podemos citar em relação a esse tipo de risco é a TerraUSD (UST), stablecoin da Terra (LUNA). Ao contrário daquelas mais conhecidas como Tether (USDT) e USD Coin (USDC), que criam paridade com o dólar mediante lastro depositado em banco, a UST obtinha estabilidade por meio da queima de LUNA, ou seja, a cada unidade de UST emitida, US$ 1 em LUNA era retirado de circulação.

Durante o primeiro semestre, o mercado de criptomoedas em geral sofreu fortes quedas e usuários perderam a confiança no projeto da Terra, quando a UST perdeu a paridade com o dólar. Em poucas semanas, ambos os tokens entraram em colapso e os investidores foram liquidados.

Por conta deste acontecimento, o tamanho de mercado das stablecoins e sua importância dentro do mercado cripto, diversos movimentos regulatórios se intensificaram nos últimos tempos. No Japão, foi aprovada uma lei fornecendo uma rede de segurança para investidores. De forma geral, as stablecoins serão vinculadas ao iene ou outra moeda legal, garantindo aos detentores o direito de resgatá-las pelo valor de face. Já nos EUA, o governo já emitiu relatórios de que as criptomoedas estáveis deveriam seguir regras do sistema bancário.

Stablecoins e todos os seus tipos ainda são novos neste mercado. Embora foram introduzidas pela Tether em 2018, ainda estão ganhando tração. Elas provaram que podem ajudar uma variedade de desafios, preenchendo a lacuna entre moedas fiduciárias e criptomoedas.

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