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“Não queime a largada”, é a mensagem de Mário Torós, gestor da Ibiuna

Confira o resumo dos principais pontos abordados em video-conferência com o gestor Mário Torós, da Ibiuna

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Ontem em vídeo-conferência com a Ibiuna Investimentos, o sócio-fundador e gestor Mário Torós descreveu a visão de mercado da gestora em meio à crise e como isso tem refletido nos portfólios da casa. Mário tem a experência de ter sido Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil durante a crise de 2008 – exerceu o cargo entre 2007 e 2009. Confira a seguir os principais pontos abordados pelo gestor.

Como a crise de 2008 se compara com a de 2020?

Mário conta que, em ambas as crises, foi retirado algum fator de produção da economia. Em 2008, com a crise financeira, parou-se a circulação do dinheiro, foi retirado o fator “capital”, enquanto em 2020 está travado o fator “trabalho”, que tem consequências sérias sobre a economia, afetando o capital e o mercado de crédito. Com isso, os mercados financeiros ficam disfuncionais, e a volatilidade dos ativos aumenta drasticamente.

No Brasil, comparado a 2008 – em que o país vinha expandindo fortemente até a crise – hoje a economia se encontra em uma situação cíclica mais frágil, tanto do ponto de vista de crescimento, que vem frustrando sucessivamente, quanto na ótica do risco fiscal.

Visão bastante pessimista para as economias

A visão relativamente otimista que a gestora carregava ao longo do segundo semestre de 2019, que permeou as posições do portfólio, deu lugar a um cenário pessimista com os primeiro sinais do coronavírus na China. Desde janeiro, a gestora direcionou os fundos de estratégia Macro para um portfólio defensivo, e a visão pessimista foi se consolidando em fevereiro.

Segundo o gestor, possivelmente teremos os piores dados econômicos no mundo desde a segunda guerra mundial, uma crise muito aguda e rápida, mesmo com a atuação coordenada dos bancos centrais no mundo, expandindo políticas monetárias e fiscais. No Brasil, dificilmente teremos uma variação do PIB próxima de zero, podendo chegar entre -0,5% e -2,0%. De qualquer forma, as projeções de dados econômicos neste momentos são muito incertas.

Principal arma do Banco Central do Brasil é ficar atento

O gestor conta que, neste momento, o BC pode adotar medidas óbvias, como a redução dos juros – o que foi implementado ontem no Copom – e a atuação no câmbio, com a venda das reservas de dólar, que também vem sendo feito. Por outro lado, acima de tudo, a principal arma do BC é estar atento e ter agilidade para atuar na economia, sobretudo provendo liquidez (circulação da moeda) em diferentes segmentos do sistema financeiro.

Em relação ao quadro da inflação no país, que guia as decisões da política monetária, não só a deterioração da atividade econômica, mas também a crise recente do petróleo contribuíram para a queda do indicador, um quadro deflacionário.

Um portfólio cauteloso

No ambiente de crise e mercados disfuncionais, a oscilação dos preços dos ativos aumentou consideravelmente, cerca de 9 vezes na média. Com isso, ainda que a gestora já veja hoje oportunidades atrativas em termos de preço, o nível atual da volatilidade dos ativos não justifica ter grandes posições.

O importante é não queimar a largada – no sentido de ter grandes apostas no momento e correr o risco de fortes perdas, dada a volatilidade elevada. À medida que a turbulência nos mercados for reduzida, ainda haverá grandes oportunidades, na opinião do gestor, e o risco será retomado.

Em seu portfólio atual, nos fundos Ibiuna Hedge e Ibiuna Hedge STH, a gestora tem posições que se beneficiam da queda dos juros em cinco economias: Brasil, México, Chile, EUA e Inglaterra. Além disso, estão praticamente neutros nos mercados de moedas e ações. O mesmo vale para a estratégia previdenciária, o Ibiuna Prev Icatu, com posições a favor da queda dos juros, sobretudo em Brasil, México e Chile.

De forma geral, o nível de risco dos fundos está bastante reduzido, bem menor do que tinham na virada do ano, e a gestora adota a postura cautelosa para navegar na crise.

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