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Live Expert Talks: CEO da Centauro (SBFG3) planeja abertura de novas lojas e expansão dos canais online com reabertura da economia

Pedro Zemel, CEO do Grupo SBF, dono da rede de varejo Centauro, falou sobre as perspectivas da recuperação econômica e as estratégias da empresa para seguir crescendo através do varejo esportivo

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Em mais uma Live da série Expert Talks, a Analista de Varejo da XP Investimentos, Danniela Eiger, recebeu Pedro Zemel, CEO do Grupo SBF, dono da rede de varejo Centauro, para falar sobre as perspectivas da recuperação econômica para o setor e como a transformação digital será importante para os próximos anos.

Após registrar prejuízo de R$ 36,2 milhões no primeiro trimestre de 2021, o grupo deve se beneficiar da recuperação esperada para o setor de varejo com a reabertura da economia e avanço da vacinação no segundo semestre.

Para seguir crescendo, uma das estratégias de crescimento é aumentar o número de lojas. Segundo Zemel, existem cerca de 600 shoppings no Brasil, com a Centauro presente em 200 deles. A meta da empresa é estar em mais 200 shoppings, com um crescimento médio e já realizado de 20 novas lojas por ano.

Além da Centauro, o grupo também é dono da Fisia, distribuidora de produtos Nike no Brasil, e recentemente anunciou a compra da NWB, produtora de conteúdo sobre esporte para canais no Youtube, famosa principalmente pelos canais Desimpedidos e Acelerados.

Veja os destaques da conversa no texto abaixo:

Ecossitema do esporte

A conversa começou com uma análise do CEO sobre o setor esportivo, em que o grupo é um dos maiores players, mas que oferece alguns desafios por ser um nicho de mercado. Como nicho, o executivo destacou que há uma dificuldade em ganhar volume de vendas, o que levou ao grupo a buscar soluções para aproveitar o engajamento do consumidor ligado ao esporte.

A Centauro foi o primeiro passo para construir um ecossistema de negócios em volta do esporte. Com mais de 200 lojas em 26 estados brasileiros, além de um e-commerce multicanal amplo e eficiente, que já representava 20% das vendas da loja, mesmo antes da pandemia, a marca conseguiu construir uma forte base varejista.

Nessa frente, Pedro Zemel destacou a importância da aquisição da Fisia, distribuidora exclusiva de produtos Nike no Brasil: “Nós temos na Fisia um outro pilar de oferta de produtos, de construção de uma marca super forte, que também é muito importante e expande a nossa escala de vendas”.

Finalizando a estratégia de construção de um sistema de negócios em volta do esporte, a mais recente aquisição do grupo, a produtora NWB. Com destaque para o canal Desimpedidos, os canais da produtora acumulam 60 milhões de pessoas inscritas no Youtube e mais 80 milhões no Instagram, representando grande potencial de engajamento para as marcas do grupo.

Dificuldades na pandemia e perspectiva de reabertura

Com 80% das vendas representadas pelas lojas físicas, as medidas de distanciamento social e fechamento de lojas impactaram o grupo de forma muito significativa. Apesar disso, o varejo se mostrou resiliente, com rápida volta de crescimento após a reabertura das lojas, mesmo que ainda com restrições.

Para a reabertura econômica, o CEO acredita que a tendência seja a mesma, com o varejo digital já encorpado e forte, tendência verificada antes e durante a pandemia, mas com o comércio físico também sendo representativo e crescendo em conjunto. Para consolidar isso, a estratégia é fortalecer todos os canais, seja loja, site ou aplicativo – que alcançou 50% das vendas digitais durante o período de lockdown.

“Foi um momento muito duro, mas que conseguimos suprir através da presença digital. Mas quando as coisas voltaram e as lojas reabriram, e a gente vê muita confiança no nosso negócio”, finalizou Zemel.

Planos de expansão

Para seguir crescendo, uma das estratégias de crescimento é aumentar o número de lojas. Segundo Pedro Zemel, existem cerca de 600 shoppings no Brasil, com a Centauro presente em 200 deles. A meta da empresa é estar em mais 200 shoppings, com um crescimento médio e já realizado de 20 novas lojas por ano.

O foco está em cidades grandes e nas lojas G5, lojas grandes com espaços de experiência e de teste de produtos, modelo que já se provou mais eficiente, mesmo com um eventual custo mais alto.

Para cidades menores, a estratégia é de chegar com lojas que se adaptem ao tamanho da demanda de cada região. “Uma cidade menor, não significa uma loja menor. Então a gente quer fazer testes para achar o modelo certo e encontrar como servir esse cliente da cidade menor e como ser esse polo do esporte lá também”, contou o CEO.

Além da Centauro, as lojas da Nike também devem receber investimentos para ampliar a presença das lojas da marca pelo Brasil. Essa estratégia busca como resultado aumentar a representatividade de varejo direto da marca, que, antes de integrar o Grupo SBF, tinha 70% da receita vindo do atacado.

O modelo já se mostrou eficiente, com as vendas diretas aumentando de 10% para 25% no primeiro trimestre de 2021. Mas para Pedro Zemel, ainda há muito para crescer nessa avenida.

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