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🌎 RADAR GLOBAL: Microsoft e Google divulgam resultados

Resultados do Google e da Microsoft, crescimento da Amazon e temores de inflação.

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MACRO

Mercados globais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA +0,1% e Europa 0%) enquanto investidores aguardam reiteração da postura acomodativa do Federal Reserve. Além disso, governo Biden planeja anunciar novo pacote trilionário (~US$ 1,8tri) de ajuda às famílias.

Coronavírus: A Pfizer está desenvolvendo um comprimido contra a Covid-19 e, segundo o CEO da empresa, o medicamento poderá ser liberado para uso até o final de 2021.

EMPRESAS

Temporada de resultados do 1T21 – Hoje – Apple, Facebook, Shopify, Spotify e Boeing. Amanhã: Amazon, NIO, Twitter, McDonald’s, Royal Caribbean.  

Microsoft (MSFT34): A empresa reportou receitas de US$ 41,7 bilhões, 2% acima do consenso e +19% a/a, o maior crescimento anual desde 2018. Os resultados da empresa continuam sendo impulsionados pelo movimento “fique em casa”, que inclui trabalho remoto e educação a distância.

Satya Nadella, CEO da empresa, afirmou que “após um ano de pandemia, as curvas de adoção digital não estão diminuindo. Estão acelerando”. Essa tendência contribuiu para o crescimento de 50% dos serviços na nuvem (Azure, que é a segunda do mercado depois da Amazon e é uma fonte de receita maior do que o Windows) e de 32% do segmento de videogames (Xbox).

Por fim, a empresa anunciou um guidance de receitas para o próximo trimestre de US$ 44-44,5 bilhões, 4% acima do esperado pelo mercado. Mesmo assim, as ações da empresa chegaram a cair 2,5% durante o after market.

Google (GOGL34): Após reportar, as ações chegaram a subir quase 5%. Receitas totalizaram US$ 55,3 bilhões, 7% acima do esperado e +34% vs. 2020,  o maior crescimento anual desde 2017. Os sólidos resultados marcam a recuperação do faturamento com anúncios digitais (+36% a/a), que chegaram a cair ~10% no pico da pandemia; neste contexto, o Youtube segue como destaque, expandindo 50% a/a. O lucro por ação de US$ 26,3 surpreendeu o mercado em 66%. Por fim, a empresa fechou o trimestre com US$ 135 bilhões em caixa, e anunciou um programa de recompra de ações de US$ 50 bilhões.

O avanço das criptomoedas: A Mastercard anunciou uma parceria com a Gemini, corretora de criptomoedas, para lançar um cartão de crédito que oferece recompensas em moedas digitais. Segundo as empresas, a cada compra os usuários receberão até 3% do valor gasto de volta em Bitcoin ou outra criptomoeda. O Banco emissor do cartão será o WeBank, originário do estado de Utah (EUA).

Ainda sobre criptoativos… a JD.com, gigante do e-commerce chinês, anunciou que no último mês pagou o salário de um grupo de funcionários com a moeda digital emitida pelo banco central do país, também conhecida como Yuan Digital ou e-CNY. A iniciativa faz parte dos testes realizados pela autoridade monetária, a fim de ampliar o uso do ativo no futuro.

Amazon: A partir dessa semana, encomendas de alimentos e produtos perecíveis poderão ser entregues dentro das garagens ou residências dos usuários Prime de 5 mil cidades nos EUA. O serviço visa evitar que os produtos sejam expostos ao ar livre e tentativas de roubo, mas exigirá que os assinantes possuam fechaduras, portas e câmeras inteligentes em casa.

Por falar na Amazon, segundo a consultoria especializada em e-commerce Edge by Essential, a empresa deve superar o Walmart como maior varejista dos EUA até 2025. Em 5 anos, consumidores comprarão um total de US$ 632 bilhões em produtos na Amazon (+Whole Foods), vs. US$ 523 bilhões no Walmart.

ANÁLISES

Fonte: BofA, Bloomberg

Inflação à frente? Nos últimos 12 meses, o rally das principais commodities do mundo chama atenção e levanta temores de inflação à frente. Para se ter uma ideia, petróleo, soja, cobre e minério de ferro acumulam valorização de 400%, 88%, 91% e 85% no período.

E o cenário de valorização das matérias primas já se reflete na comunicação corporativa. No ano, a menção do termo “inflação” durante teleconferências de resultados das cias. nos EUA cresceu mais de 300% a/a. Na última semana, gigantes do consumo como Coca Cola e P&G inclusive confirmaram que farão aumento de preços para compensar o aumento da inflação.

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