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Resumo Diário de Política 15/05/2019

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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A paralização de 75 instituições federais de ensino, escolas particulares e os protestos marcados para essa quarta-feira preocupam o governo. A crise instalada no Ministério da Educação depois do anúncio de contingenciamento de recursos culminou ontem na aprovação, por 307 a 82 votos, da convocação do ministro Abraham Weintraub para dar explicações na Câmara (http://bit.ly/2EbH9gx). Líderes no Congresso chegaram a confirmar recuo nos cortes, mas governo negou (bit.ly/2vYRtDR).

Esse placar dá sinais de como o clima não está bom nos corredores da Câmara quando se fala de medidas provisórias e a briga pelo COAF. Partidos de centro mostram pouca vontade de se mexer agora para evitar que as normas caduquem. A cereja do bolo foi a fala do líder do governo, Major Vítor Hugo, sobre a possibilidade de a MP da organização do governo perder os efeitos (https://glo.bo/2EcVWHD). A recriação e ministérios é uma possibilidade em estudo (http://bit.ly/2JGVcxY).

No caso responsável pela fama do COAF, os investigadores miram os negócios imobiliários do senador Flávio Bolsonaro que fez 19 transações de imóveis nos últimos 15 anos (https://glo.bo/2WIsQqZ). O ministro Onyx Lorenzoni disse que a quebra de sigilo bancário do filho do presidente por um período de mais de 10 anos não afeta o governo (http://bit.ly/2Wc92iN).

Na Comissão Especial da reforma da Previdência, o presidente Marcelo Ramos (PR-AM) defende a tese de dar prazo para as assembleias locais validarem nos estados as regras da reforma, sob pena não receberem verbas federais (http://bit.ly/2Q1F5fJ). Em Nova Iorque, Maia aproveitou anúncio de resultados ruins na economia para puxar a orelha do governo (http://bit.ly/2Vmx0mV).

Curtas:

O ex-presidente Michel Temer e seu amigo Coronel Lima foram soltos pelo STJ, num julgamento marcado por críticas contra o “abuso nas prisões preventivas” (http://bit.ly/2VBrba6).

Termina hoje o prazo para inscrições de candidatos à listra tríplice para procurador-geral da República. Oito integrantes da carreira se inscreveram até agora. Raquel Dodge ainda não está entre eles (http://bit.ly/2vXT64N).

Bastidores de Brasília

Parlamentares tentaram demover o deputado Filipe Barros, do PSL, de pedir que a votação da convocação do ministro Abraham Weintraub (MEC) fosse feita nominalmente. Um líder se dirigiu a ele e disse que essa atitude somente faria os jornais estamparem: “Governo só tem 80 votos”. Não adiantou. Até integrantes do próprio PSL consideraram um tiro no pé. O pedido se manteve e o governo foi derrotado.

Um parlamentar da ala mais moderada do PSL diz que o Planalto e seus articuladores deveriam olhar com carinho à votação de ontem. Segundo ele, mesmo sem nenhuma articulação por parte dos líderes do governo, deputados de centro se dispuseram a tentar barrar a convocação do ministro da Educação. 29 deputados de PSDB, DEM, PR, PP, entre outros partidos, votaram junto com o Planalto.

Enquanto a ala mais radical do PSL está se vangloriando da ida do ministro da Educação à Câmara, a ala mais política está preocupada. A previsão deles é que Weintraub sofra um linchamento público verbal. Eles se recordam que o último ministro a passar por uma situação como essa foi Cid Gomes, também do MEC, em 2015. O hoje senador foi demitido em sequência (algo que a ala moderada do PSL não descarta que possa acontecer com Weintraub).

A agenda deste 15 de maio

A Câmara recebe o ministro da Educação, Abraham Weintraub, às 15h. Ao contrário de outras convocações de ministros em comissões, desta vez a participação será no plenário da Câmara. O cenário é mais pessimista para o governo.

Estão previstas manifestações em todo país contra o contingenciamento de recursos anunciados pelo MEC na semana passada. O ato envolve professores e alunos de escolas públicas de ensino básico e de universidades. Movimentos de direita contra-atacam dizendo que nenhum aluno poderá ser impedido de ter uma aula. A paralisação serve de “aquecimento” para uma greve geral convocada para o dia 14 de junho.

O presidente Jair Bolsonaro viaja a Dallas hoje, onde deve desembarcar por volta das 11h (horário de Brasília). Às 17h, ele deve se encontrar com o ex-presidente republicano George W. Bush.

Enquanto isso, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, ocupa a Presidência da República. Será por pouco tempo, já que amanhã o general viaja à China e deixará a Presidência com Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, participa de evento do LIDE, em Nova York, às 9h (horário de Brasília). Ele embarca de volta ao Brasil às 18h.

  • Hoje é o 135º dia do governo de Jair Bolsonaro.
  • Faz 84 dias que Jair Bolsonaro entregou projeto da previdência à Câmara.
  • A Câmara teve cinco sessões que contam como prazo para comissão especial da Reforma da Previdência.
  • Placar Valor/Atlas – Favor (100); Apoio parcial (112); Indefinidos (157); Contra (144).
  • Placar Estadão – Favor (72); Apoio parcial (123); Indefinidos (201); Contra (117).

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