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Panorama Mensal de Fundos – Novembro de 2020

Confira o relatório mensal da equipe de fundos da XP

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Outubro foi um mês de alta volatilidade nos mercados financeiros globais.

No cenário externo, o mês vinha positivo até que na última semana dois fatores contribuíram para as quedas nos mercados: (1) a decisão de governos europeus de impor novas medidas restritivas para frear o avanço da segunda onda de Covid-19, e (2) a aproximação da eleição presidencial nos EUA e o aumento da possibilidade de judicialização do seu resultado.

No cenário local, o otimismo no início do mês com a calmaria política e uma possível solução para o problema fiscal ficou em segundo plano por conta da dominância do cenário internacional negativo. Com isso, o Ibovespa encerrou o mês com queda de 0,69%, abaixo dos 94 mil pontos e o dólar teve alta de 2,32%, chegando aos R$ 5,77.

Na indústria de fundos locais, apenas a classe de crédito privado teve um mês positivo. O IHFA, Índice de Hedge Funds da Anbima, caiu 0,28% no mês.

Quanto à captação líquida, a indústria teve um mês negativo. Apesar da captação positiva nas classes de multimercados e ações, os fundos de renda fixa tiveram fortes resgates após 4 meses positivos.

Principais Indicadores

Fundos de Crédito

Na renda fixa, a volatilidade nos títulos pós-fixados (LFTs ou Tesouro Selic) continuou no início do mês de outubro, mas as taxas têm voltado à normalidade aos poucos. O gráfico do IMA-S, índice de LFTs da Anbima, mostra bem esse movimento.

Os fundos de crédito, tanto “High Grade” quanto “High Yield”, tiveram mais um mês bastante positivo, apesar de uma leve abertura nos spreads de crédito (aumento das taxas no mercado secundário) no final do mês. O carrego dos papéis, em geral, está com bastante “gordura”, ajudando os fundos a continuarem com bons retornos mesmo com a abertura de taxas recente.

Fundos Multimercados

A indústria dos multimercados, em geral, recuou novamente no mês de outubro, embora a queda tenha tido menor magnitude, se comparado ao mês de setembro. A dispersão de retornos entre grupos de estratégias foi elevada, com destaque positivo para os fundos de arbitragem – que tendem a ter correlação mais baixa com os movimentos direcionais de mercado – além dos multimercados internacionais não hedgeados, que se beneficiaram da alta do dólar. Na ponta negativa, figuraram os fundos long short, na média.

Nesse ambiente, os gestores, em geral, mostraram-se mais cautelosos em relação à tomada de risco, devido a fatores como a proximidade das eleições americanas, a implementação de novas medidas de lockdown na Europa, além da questão sobre a situação fiscal no Brasil – discussão que deve ser retomada com mais intensidade após as eleições municipais.

No mês, o aumento das pressões inflacionárias de curto prazo no Brasil levou os gestores de fundos macro a revisarem suas projeções de mercado. Em consulta realizada pela equipe da XP ao final de outubro, verificou-se uma redução marginal da parcela de gestores projetando o início do ciclo de altas da taxa Selic apenas em 2022. A evolução da questão fiscal do país – que ainda suscita incertezas elevadas – é um fator que potencialmente impacta tais projeções de forma relevante.

Diante do quadro de volatilidade elevada para as diferentes classes de ativo, os gestores de fundos macro, na média, reduziram a utilização de risco de seus portfólios. Ao final de outubro, o índice VIX (também conhecido índice do medo) teve alta expressiva, rompendo a casa dos 40 pontos.

Fundos de Ações

Vimos ao longo do mês de outubro dois momentos bastantes distintos. Nas três primeiras semanas, um ligeiro otimismo com uma possível solução para o problema fiscal do país levaram a bolsa a atingir uma alta de mais de 7%. Porém, a piora no cenário externo derrubou o Ibovespa na última semana do mês, levando o índice a uma queda de 0,69% em outubro, atingindo os 93.952 pontos.

O mês teve a divulgação de vários resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020, o que levou a uma grande dispersão nos retornos dos fundos de ações. No geral, tantos os fundos long only quanto os long biased tiveram retornos abaixo do índice no mês. Porém, ao olhar janelas mais longas (12, 24 e 36 meses) o retorno médio dos fundos é substancialmente melhor que o do Ibovespa.

Apesar de fraca, a captação líquida dos fundos de ações foi mais uma vez positiva. Já são 25 meses seguidos de captação positiva da classe, chegando a um total de mais de R$ 140 bilhões captados nesse período.

Fundos Internacionais

Os mercados financeiros globais tiveram movimentos distintos durante o mês de outubro. Nas primeiras três semanas, o otimismo predominou tanto nos mercados de ações quanto nos de crédito. Porém, a última semana de outubro trouxe preocupações relacionadas ao aumento de casos de Covid-19 com a possibilidade de novas medidas de restrição na Europa e a proximidade da eleição presidencial americana. As bolsas de valores tiveram um mês negativo, especialmente nos países desenvolvidos.

O mercado de renda fixa internacional também mostrava boa recuperação no início do mês porém o aumento da preocupação na última semana levou a um aumento nas taxas pagas pelos títulos.

Apesar de definida, a eleição presidencial nos EUA continua no radar dos gestores, com a possível judicialização do resultado pelos republicanos. Além disso, a segunda onda de COVID-19 pode frear a recuperação em curso.

Fundos Alternativos

Em outubro, liquidou da oferta 400 para investidores qualificados do fundo de Private Equity da EB Capital, ampliando a grade de produtos alternativos da plataforma. A XP captou R$787 milhões para o fundo EB Fibra FIP Multiestratégia. A oferta tinha uma aplicação mínima de aproximadamente R$100 mil reais e foi concluída com mais de 5 mil cotistas. O fundo tem como objetivo criar uma plataforma nacional de internet via fibra ótica através de crescimento orgânico e aquisição de empresas do setor.

Ainda no mês de outubro, a Crescera Capital teve a reunião anual com os investidores do fundo Crescera Growth Capital Brasil IV (CGC IV). No evento a gestora apresentou os resultados do segundo trimestre e a evolução de cada uma das empresas investidas durante o ano de 2020. O CGC IV encerrou o primeiro semestre de 2020 com uma uma TIR de aproximadamente 30% e mais de 85% do capital comprometido.

A Redpoint eventures divulgou o relatório com os resultados do terceiro trimestre de 2020 do fundo Redpoint eventures II (Redpoint II). O Redpoint II fechou o terceiro trimestre de 2020 com uma TIR bruta superior a 30% e mais de 40% do capital do fundo chamado. Além disso, a gestora anunciou a conclusão da captação série A da Sami, empresa investida do Redpoint II. A Sami captou R$86 milhões, um aporte recorde para o segmento de healthtechs, liderado pelas gestoras de Venture Capital Monashees e Valor Capital Group. Com esta nova captação a Sami se prepara para virar operadora de plano de saúde.

Fundos Imobiliários

Sobre os fundos imobiliários, o IFIX apresentou queda de -1,01% no mês, após a alta de 0,08% em setembro. O índice XPFI, índice geral de fundos imobiliários da XP, também apresentou queda de -1,13%.

A performance em outubro do índice XPFT (fundos que investem majoritariamente em imóveis físicos como shoppings centers, lajes corporativas e galpões logísticos) que possui os 20 fundos com maior índice de negociabilidade do mercado de FIIs de tijolo, apresentou um retorno de -1,46% no mês (-15,73% no ano).

Já a performance do índice XPFP (Índice XP de Fundos de Papel) teve retorno de -0,87% no mês (-8,87% no ano), principalmente pelo cenário favorável dos Fundos de CRI, mostrando que essa classe de ativo, que se assemelha a renda fixa continua aproveitando o cenário de taxa de juros baixa. Tivemos alguns fundos vindo a mercado para captar e prontamente investindo o montante captado em novas operações de credito que estão em alta.

Para saber mais leia o Panorama Mensal de FIIs e FIPs-IE.

Radar de Mercado

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