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Pesquisa assessores XP: cautela com a Bolsa persiste com aumento da turbulência nos mercados

Confira os destaques da edição de outubro da Pesquisa XP de Sentimento com os assessores afiliados.

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Nos últimos dias realizamos uma nova edição da nossa pesquisa com os assessores de investimento de escritórios autônomos filiados à XP Investimentos. Temos como objetivo obter a visão dos assessores e, principalmente, dos seus clientes, sobre a Bolsa brasileira. Nesta edição, obtivemos 173 respostas únicas.

De acordo com a nossa pesquisa de outubro, 74% dos assessores acreditam que o Ibovespa superará os 100 mil pontos até o fim do ano, sendo a média de palpites de 106.079 pontos, em forte recuperação do vale de 63 mil pontos em março.

Os assessores de investimentos reportaram que seus clientes continuam cautelosos em relação à Bolsa de valores como oportunidade de compra se comparado ao último mês. 35% pretendem aumentar seus investimentos em renda variável, -2p.p. vs. 37% em setembro, enquanto 56% dos seus clientes pretendem manter sua exposição em ações (+5p.p. vs. 51% em setembro).

O interesse em investimentos internacionais se manteve alto pelo sétimo mês consecutivo e houve uma queda no interesse por fundos multimercado, -10 p.p. se comparado ao último mês. Por fim, os assessores enxergam a liquidez global (22%), as curvas de casos do coronavírus (21%), além do cenário econômico global e nacional (ambos 20%) como os maiores propulsores para a Bolsa em 2020 e o cenário político no Brasil como o maior risco (45%).

Alocação em renda variável se aproxima da média histórica

A alocação em renda variável dos clientes de varejo se encontra acima da média histórica em 44% dos casos. Houve uma redução de 2p.p. em relação a setembro, terceira diminuição consecutiva, porém ainda superior ao vale de 33% em abril.

Adicionalmente, segundo os assessores, a alocação de seus clientes está em linha com a média histórica em 42% dos casos, +3p.p. em relação a setembro. Como consequência, o percentual de alocação abaixo da média histórica é de 9%.

Interesse em aumentar investimentos em renda variável diminui novamente

O percentual de interessados em aumentar seus investimentos em renda variável (35%) diminuiu 2p.p. em relação a setembro, totalizando uma queda de 17p.p. desde agosto, enquanto 56% pretende manter seus investimentos em tal classe de ativos.

9% dos assessores reportaram que seus clientes pretendem diminuir seus investimentos em renda variável, -3p.p. se comparado ao último mês.

Apesar da queda desde agosto no interesse, o conjunto de clientes que querem manter ou aumentar sua exposição prevalece.

Interesse por investimentos internacionais e fundos continua alto

Além de Renda Variável, as classes de ativos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados foram: 1) Investimentos Internacionais (78%); 2)  Fundos Imobiliários (53%); 3) Fundos Multimercado (50%); 4) Fundos de Renda Variável (38%); 5) Ouro (28%); 6) Tesouro Direto e Renda Fixa (27%); e 7) Fundos de Renda Fixa (15%).

O interesse por investimentos internacionais continua alto: 78% dos assessores reportaram que seus clientes estão interessados em tais ativos. Outro ponto é que o interesse por Fundos Multimercado diminuiu 10p.p., assim como pelo Ouro, - 12p.p. em relação a setembro.

Apesar da queda, o interesse por Fundos Multimercado continua sendo o terceiro maior, atrás apenas de Investimentos Internacionais e Fundos Imobiliários.

Retorno da expectativa de turbulência nos mercados por mais tempo

Segundo a pesquisa desse mês, 42% dos assessores acreditam que os mercados se acalmarão apenas após mais de 6 meses, +7p.p. em relação a setembro e ultrapassando novamente a porcentagem dos que acreditam que isso ocorrerá entre 3 a 6 meses (28%, -9p.p. M/M). Em terceiro lugar, 21% das pessoas acreditam que a turbulência irá passar entre 1 e 3 meses, -3p.p. em relação ao último mês.

Em relação ao Ibovespa, os números permaneceram aproximadamente no mesmo patamar de setembro, com 74% dos assessores acreditando que o índice deve fechar o ano acima da marca de 100.000 pontos, +1p.p. M/M, sendo que a média de palpites calculada foi de 106.079 pontos. Em segundo lugar, 24% acreditam que o Ibovespa ficará entre 90.000 e 100.000 pontos.

Cenário político no Brasil continua sendo destaque como maior risco para o Ibovespa

O cenário político no Brasil, tendo em vista as questões fiscais em foco nos últimos meses, continua sendo destaque como o maior risco para o Ibovespa em 2020 pelo terceiro mês consecutivo (45% em outubro, +3p.p. M/M). Em segundo lugar, está o efeito do coronavírus (25%, +8p.p. M/M), frente ao medo da segunda onda de casos, seguido da desaceleração econômica global (20%, -1p.p. M/M). Em meio a essas preocupações, o risco das eleições americanas saiu um pouco de foco (9%, -7p.p. M/M), em queda pela primeira vez depois de 5 meses em alta.

Em relação aos propulsores da Bolsa, na visão dos assessores, os maiores são: 1) liquidez global com os impulsos fiscais dos Bancos Centrais e governos (22%, -1p.p. M/M); 2) curva de casos do coronavírus (21%, +6p.p. M/M); 3) cenário econômico nacional e global (ambos com 20%). Esses resultados mostram que os assessores estão olhando tanto o cenário interno quanto o internacional como fatores que impulsionarão a Bolsa em 2020.


A Edição de setembro da pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 29 de outubro de 2020, via um formulário eletrônico contendo dez questões e obteve 173 respostas únicas.

Abra sua conta na XP Investimentos e conte com o nosso time especializado de assessores.

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