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Resumo Diário de Política 21/08/2019: Bolsonaro se vê diante de duas novelas de indicações

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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O governo Bolsonaro se vê diante de duas novelas de indicações. A novela Eduardo ganhou um capítulo de dúvida. Jair Bolsonaro disse ontem pela manhã que não gostaria de “submeter” seu filho “a um fracasso” (http://bit.ly/2Zi3Erw), diante da incerteza de apoio no Senado à indicação de Eduardo à embaixada de Washington. O filho 03 do presidente se apressou a declarar à imprensa que sua indicação ainda está de pé (https://glo.bo/2ZkFqwN).

A segunda novela é a indicação para a Procuradoria Geral da República. A incerteza também permeia a decisão sobre o novo PGR. Depois de ser noticiado no fim de semana que o nome estaria decidido (como avisamos que era ter precaução), Bolsonaro avalia adiar a decisão para o fim de setembro (http://bit.ly/2ZftOLF).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ao Senado ontem falar sobre a proposta do governo de um novo pacto federativo, ou seja, medidas do governo para redistribuição de recursos com os estados e municípios (http://bit.ly/2Hfih9a). São cinco propostas: distribuição do excedente da cessão onerosa, fundo social, desvinculação do Orçamento, alterações no Fundeb e outros fundos constitucionais e o chamado Plano Mansueto, pacote de medidas de socorro aos estados. Esse conjunto de ações terá, segundo o governo, o impacto de R$ 500 bilhões em 15 anos aos estados e municípios. Guedes ainda anunciou que governo pretende privatizar 17 estatais ainda neste ano (http://bit.ly/2Hi6syW) — o que não parece exatamente factível, diante do cenário que vemos até hoje, 21º dia no oitavo mês do ano.

O vice-presidente Hamilton Mourão interrompeu seu período de silêncio e falou por que se colocou em segundo plano na comunicação do governo (http://bit.ly/2HfXLFq). Ao Estadão, Mourão disse que Bolsonaro “assumiu o protagonismo” e que ele, o vice, está cuidando do seu quadrado. Era comum que o general desse entrevistas na saída da vice-presidência no início do ano. Criticado pela ala radical de direita, ele saiu de cena.

A Caixa e o Banco do Brasil anunciaram ontem linhas de crédito para o financiamento imobiliário. A Caixa terá uma nova linha de crédito com juros de 2,95% mais a inflação (http://bit.ly/2ZgllrM), enquanto o BB contará com taxa de 7,99% para financiamentos de até 60 meses (http://bit.ly/2ZcZhhv).

Curtas: o ex-prefeito Fernando Haddad foi condenado pela Justiça Eleitoral por caixa dois. Ele diz que recorrerá da decisão (http://bit.ly/2ZcdCec).

Bastidores de Brasília

A cúpula do PSDB inicia hoje a discussão sobre a possível expulsão de Aécio Neves, tida como uma marca do “Novo PSDB” que João Doria quer impor à sigla. Acontece que Aécio não é o único com pendências na Justiça, suspeitas de corrupção ou acusações de participação em esquemas por parte de delatores.

Dos 23 integrantes da Executiva Nacional tucana, pelo menos sete tiveram seus nomes citados por delatores em esquemas de corrupção (nem todas essas acusações foram adiante por falta de provas). Pelo menos cinco estão sob investigação na Justiça em 1ª Instância.

O 1º secretário do PSDB, ex-deputado Nilson Leitão, por exemplo, foi acusado recentemente de ter indicado um secretário no Mato Grosso com o intuito de desviar recursos. Esse secretário disse que teria ajudado Leitão a ocultar propina e caixa dois (https://glo.bo/2KVEIRI). Leitão também foi réu na Justiça até junho de 2017, quando foi absolvido pelo STF.

Aécio é réu no STF por corrupção e obstrução de Justiça. Desde que foi atingido pelas gravações de Joesley Batista, submergiu e não apareceu mais com frequência na mídia. Doria agora quer expulsá-lo para repaginar o partido e alcançar o objetivo de se lançar candidato à Presidência em 2022.

A agenda deste 21 de agosto

O Senado vota a medida provisória da Liberdade Econômica. Se for aprovado da mesma maneira que veio da Câmara, o texto segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

A Câmara deve votar o projeto que facilita o porte de armas de fogo, relatado pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

Caso haja tempo de conciliar as agendas das duas Casas, o Congresso Nacional deve se reunir para votar o projeto de lei de diretrizes orçamento.

O STF retoma hoje o julgamento de oito ações que discutem pontos da Lei de Reponsabilidade Fiscal.

  • Hoje é o 233º dia do governo Jair Bolsonaro.
  • A reforma previdência está há 13 dias no Senado.
  • Faltam 409 dias para as eleições municipais.
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