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Banco Mundial destina US$ 500 milhões à eletrificação do transporte público brasileiro | Café com ESG, 26/12

Aceleração da eletrificação do transporte público brasileiro; UE amplia compensação para custos de regulação de emissões

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• Com o mercado fechado nos últimos dias devido ao feriado, no pregão de terça-feira o IBOV e o ISE registraram alta de 1,46% e 2,04%, respectivamente.

• No Brasil, (i) o Banco Mundial aprovou nessa semana a primeira fase de um programa que representa um investimento de US$ 500 milhões para acelerar a eletrificação do transporte público brasileiro – na fase inicial, o foco será em financiar a substituição de ônibus movidos a diesel por cerca de 540 ônibus elétricos e construir a infraestrutura necessária; e (ii) segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o índice de cumprimento das metas individuais do RenovaBio para 2025 se aproxima dos 94,5% – até segunda-feira, 103 distribuidores de combustíveis haviam cumprido integramente suas metas, com aposentadoria de 38,18 milhões de CBIOs. 

• No internacional, a Comissão Europeia permitirá que indústrias mais intensivas em energia recebam compensação para compensar os custos de cumprir as regras de redução das emissões da UE, visando impedir que empresas realoquem suas operações para fora do bloco.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Regera obtém aval da ANP e vai investir R$ 15 milhões em unidade de biometano em São Paulo

“O Grupo Regera, investida da Shift Capital e da Riza Asset, recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para construir uma unidade de produção de biometano. O projeto prevê investimento de R$ 15 milhões, com recursos aportados pelas duas gestoras, e será instalado na sede da Agrindus, no município de Descalvado, no interior de São Paulo. A unidade terá capacidade para tratar cerca de 1.100 toneladas por dia de resíduos orgânicos provenientes da atividade agroindustrial da Agrindus. A partir desse volume, serão gerados aproximadamente 5.300 Nm³ de biogás por dia, resultando em uma produção de 118 Nm³ por hora de biometano. Em equivalência energética, esse volume é suficiente para abastecer cerca de cinco caminhões por dia, considerando tanques de 600 litros, substituindo o uso de diesel. O biometano, ou gás natural renovável, é obtido a partir da purificação do biogás, uma mistura de gases que têm como origem o processo natural de decomposição de resíduos orgânicos em ambientes onde não há troca de ar (a chamada digestão anaeróbica). Além do impacto energético, o projeto tem viés ambiental. A estimativa é evitar a emissão de 23.470 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. A produção de biometano permitirá substituir mensalmente entre 10 e 15 toneladas de gás liquefeito de petróleo (GLP) atualmente utilizado em caldeiras, reduzindo o uso de combustíveis fósseis.”

Fonte: Valor Econômico; 23/12/2025

Empresa gaúcha inicia projeto pioneiro de hidrogênio verde no Brasil

“Mirando a descarbonização da sua logística, a Tramontina acaba de assinar contrato para implementar uma planta de produção de hidrogênio verde (H₂V) em um projeto pioneiro na indústria brasileira para a produção e o uso desse combustível renovável. O foco? Abastecer a frota de empilhadeiras e veículos de mobilidade interna da companhia. O investimento de R$ 43 milhões é em sua unidade de Cutelaria, em Carlos Barbosa (RS). As obras têm previsão de início em 2026, com entrada em operação prevista para meados de 2027. A empresa responsável pelo projeto é a GH2 Global. Na fase inicial, o projeto deverá reduzir cerca de 100 toneladas de carbono equivalente por ano. Mas a expectativa é ultrapassar 4 mil toneladas anuais conforme a expansão da planta e a ampliação do uso do hidrogênio em outros processos industriais intensivos em energia, em substituição ao uso de combustíveis fósseis no transporte. O gás gerado na planta será encaminhado para todas as fábricas de Carlos Barbosa, Garibaldi e Farroupilha. Com capacidade inicial de 1,25 MW, a planta poderá produzir até 500 quilos diários de hidrogênio verde de alta pureza, obtido por meio de eletrólise da água utilizando eletricidade 100% vinda de fontes renováveis certificadas e água pluvial, garantindo um processo sustentável do início ao fim.”

Fonte: Exame; 25/12/2025

Banco Mundial e Caixa investem US$ 500 milhões para acelerar ônibus elétricos no Brasil

“Responsável por cerca de 10% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o setor de transporte é peça-chave para que o país alcance suas metas climáticas e avance rumo à neutralidade de carbono até 2050. Grande parte do desafio vêm do alto consumo de energia e a eletrificação se torna solução diante de uma matriz energética brasileira predominantemente renovável e limpa. Mas não se trata só de uma questão ambiental: a transição completa da frota poderá gerar um incremento de 300 bilhões de reais à economia e criar mais de 500 mil empregos até 2050, apontam dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Nesse contexto, o Banco Mundial aprovou na segunda-feira, 22, a primeira fase de um programa que representa um investimento de US$ 500 milhões para acelerar a eletrificação do transporte público brasileiro. Na fase inicial, o foco será em financiar a substituição de ônibus movidos a diesel por cerca de 540 ônibus elétricos e construir a infraestrutura necessária: estações de recarga, modernização de garagens e melhorias na rede de distribuição de energia. O projeto será implementado pela Caixa Econômica Federal, que atuará como intermediária financeira oferecendo linhas de crédito para cidades e operadores. A expectativa é beneficiar cerca de 1,3 milhão de moradores que vivem próximos a corredores de transporte público diretamente e 280 mil usuários e motoristas regulares.”

Fonte: Exame; 23/12/2025

ANP: cumprimento das metas do RenovaBio de 2025 se aproxima de 94,5%

“Às vésperas do fim do ano, o índice de cumprimento das metas individuais do RenovaBio para 2025 se aproxima dos 94,5%, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ainda há 2,2 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) pendentes. Até segunda-feira (22/12), 103 distribuidores de combustíveis haviam cumprido integramente suas metas, com aposentadoria de 38,18 milhões de CBIOs – ante a meta anual de 40,39 milhões de créditos. O prazo para aposentadoria dos CBIOs se encerra na próxima terça-feira (30/12). Ao todo, 16,77 milhões de CBIOs estavam disponíveis para negociação na B3, na segunda, de acordo com a ANP. O descumprimento parcial ou integral das metas sujeita a distribuidora a penalidades como multa. Independente do pagamento ou não da multa, caso a empresa não cumpra a meta em determinado ano, a quantidade de CBIOs que deixou de ser aposentada será automaticamente acrescida à meta do ano seguinte. O RenovaBio foi criado em 2017 e estabeleceu metas de descarbonização no setor de combustíveis, a partir da compra pelas distribuidoras de créditos, os CBIOs. O ano de 2025 foi marcado pelo endurecimento nas regras contra o descumprimento da política, a partir da publicação do Decreto nº 12.437/2025, e pela forte judicialização do Renovabio. Uma das principais novidades foi a implementação da “lista suja”- uma lista de inadimplentes sujeita distribuidoras à proibição de comercializar e importar combustíveis.”

Fonte: Eixos; 24/12/2025

Internacional

St. George mira até R$ 2 bi em nióbio e terras raras

“A mineradora australiana St. George pode investir até US$ 350 milhões (R$ 1,94 bilhão no câmbio atual) para operar o projeto de mineração de nióbio e terras raras que detém em Araxá, mesma cidade mineira em que opera a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), da família Moreira Salles. Hoje, a iniciativa ainda está na fase de estudos, que inclui, entre outras coisas, testes metalúrgicos, mas a previsão é que entre em operação em 2028, para o nióbio, e em 2029, para as terras raras. O estudo de viabilidade será feito em duas etapas e a primeira tem conclusão prevista no primeiro semestre de 2026, para o nióbio, e para o fim do mesmo ano, em terras raras. “No caso do nióbio, é um pouco mais fácil, já que ele tem sido produzido naquela área há mais de 40 anos e nossa equipe é bem experiente na produção e mineração”, afirma, em entrevista ao Valor, John Prineas, diretor-presidente da mineradora. “Já a metalurgia de terras raras é um pouco mais complexa”, acrescenta. Esses estudos devem apresentar estimativas de custo de capital e de recursos minerais mais atualizadas, mas Prineas estima, hoje, que sejam de US$ 100 milhões (R$ 551,5 milhões) para nióbio e de US$ 150 milhões (R$ 827,3 milhões) a US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão) para terras raras.”

Fonte: Valor Econômico; 26/12/2025

Na contramão do esforço climático, Indonésia convoca militares para acelerar desmatamento

“A Indonésia está desmatando suas florestas em ritmo acelerado com assistência militar em uma de suas regiões de maior biodiversidade para um projeto agrícola apoiado pelo Estado, mesmo com as recentes e mortíferas inundações ilustrando os perigos do desmatamento. Apresentado como um projeto para garantir a segurança alimentar e energética da quarta nação mais populosa do mundo, a Indonésia planeja cultivar arroz e cana-de-açúcar em 3 milhões de hectares na província oriental de Papua. A área abrange uma mistura de florestas primárias, pastagens, bosques e pântanos. O projeto será cinco vezes maior que Londres e trará consequências ambientais irreversíveis, agravará as emissões de gases de efeito estufa e reverterá o progresso do país do Sudeste Asiático na última década na redução do desmatamento para a produção de óleo de palma. Um general da reserva está supervisionando o projeto, e cinco batalhões foram enviados para Papua para apoiar as iniciativas do governo em segurança alimentar na província. Moradores e ativistas locais afirmam que os soldados estão envolvidos no desmatamento e na expulsão de moradores, além de fornecerem segurança. Alguns soldados postaram vídeos no TikTok posando com escavadeiras e realizando patrulhas regulares.”

Fonte: Valor Econômico; 23/12/2025

A UE amplia a compensação da indústria para custos de regulação de emissões

“A Comissão Europeia permitirá que indústrias mais intensivas em energia recebam compensação para compensar os custos de cumprir as regras de emissões da UE, informou na terça-feira, enquanto busca impedir que empresas realoquem suas operações para fora do bloco. Sob pressão de indústrias e alguns países membros, a União Europeia tem avançado amplamente para aliviar o peso da legislação voltada para combater as mudanças climáticas, garantindo que as empresas europeias permaneçam competitivas. As mudanças de terça-feira flexibilizam as regras sobre a chamada ajuda estatal, que permite que os Estados-membros compensem as indústrias por uma parte das contas de energia mais altas decorrentes do custo adicional da geração de eletricidade resultante dos preços do carbono. As novas diretrizes devem prevenir o “vazamento de carbono”, que ocorre quando empresas realocam a produção para países fora da UE com restrições de emissões mais fracas ou quando produtos da UE são substituídos por importações mais intensivas em carbono, disse a Comissão. A empresa ampliou a lista de setores industriais elegíveis para compensação no sistema de comércio de emissões da UE para incluir 20 novos setores, incluindo a fabricação de produtos químicos orgânicos e certas atividades nos setores de cerâmica, vidro e baterias.”

Fonte: Reuters; 23/12/2025

Governadores democratas pedem que o governo Trump suspenda o congelamento de projetos de energia eólica offshore

“Quatro governadores democratas escreveram ao secretário do Interior dos EUA, Doug Burgum, na quarta-feira, pedindo que a administração Trump suspenda cinco projetos de energia eólica offshore na Costa Leste dos EUA. O Departamento do Interior atribuiu na segunda-feira a suspensão dos contratos de arrendamento dos projetos a preocupações de segurança nacional. No entanto, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, o governador de Connecticut Ned Lamont, a governadora de Massachusetts Maura Healey e o governador de Rhode Island, Dan McKee, rejeitaram essas alegações, dizendo que os projetos já haviam passado por extensa revisão federal, incluindo uma avaliação que abordava considerações de segurança nacional. Eles disseram que nem o Departamento do Interior nem qualquer outra agência, incluindo o Pentágono, informaram seus estados sobre um novo risco antes das suspensões. “O surgimento repentino de uma nova ‘ameaça à segurança nacional’ parece ser menos uma constatação legítima e racional de fato, e mais uma desculpa pretextual para justificar um resultado predeterminado consistente com a frequentemente declarada oposição pessoal do Presidente à energia eólica offshore”, escreveram os governadores. O Departamento do Interior não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.”

Fonte: Reuters; 24/12/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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