Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,69% e 0,47%, respectivamente.
• Do lado das empresas, o BNDES aprovou R$ 384,3 milhões para projeto da FS Indústria de Biocombustíveis de captura e armazenamento de carbono (CCS) a partir da produção de etanol de milho em Lucas do Rio Verde (MT) – a unidade vai comprimir, injetar e armazenar carbono nos reservatórios sedimentares salinos da Bacia dos Parecis, subjacentes à região da indústria.
• Na União Europeia, (i) foi acordado ontem o estabelecimento de uma meta climática legalmente vinculativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% em relação aos níveis de 1990 até 2040, e comprar créditos de carbono estrangeiros para cobrir 5% dos cortes de emissões, metas que ficaram aquém do plano original; e (ii) o bloco planeja criar uma nova categoria para veículos elétricos compactos com requisitos técnicos mais flexíveis do que os veículos elétricos de tamanho padrão, buscando reduzir os custos de fabricação e competir com os chineses – comissão Europeia, braço executivo do bloco, planeja divulgar em breve uma proposta preliminar, com a nova categoria “E car” (carro elétrico) a ser lançada nos próximos anos, após aprovação por instituições-chave.
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Brasil
Empresas
BNDES aprova R$ 384 milhões para projeto de estocagem de carbono da FS
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, na terça-feira (9/12), R$ 384,3 milhões para projeto da FS Indústria de Biocombustíveis de captura e armazenamento de carbono (CCS) a partir da produção de etanol de milho em Lucas do Rio Verde (MT). A unidade vai comprimir, injetar e armazenar carbono nos reservatórios sedimentares salinos da Bacia dos Parecis, subjacentes à região da indústria. O projeto é o primeiro do país a combinar o CCS à bioenergia (BECCS, na sigla em inglês). Com a implantação do projeto, a FS planeja remover 100% da emissão de carbono da unidade de Lucas do Rio Verde, que corresponde a cerca de 423 mil toneladas por ano. “A remoção de 423 mil toneladas de CO2 da atmosfera por ano contribui com o compromisso do governo brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa firmado no Acordo de Paris”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota. Segundo o CEO da FS, Rafael Abud, a implementação do projeto BECCS é um passo crucial para a visão de futuro da companhia. “Essa tecnologia abre novos mercados, como o de créditos de carbono, e posiciona o Brasil na vanguarda da transição energética”, disse.”
Fonte: Eixos; 10/12/2025
ArcelorMittal e Atlas Renewable Energy concluem construção de parque solar em MG
“A ArcelorMittal e a Atlas Renewable Energy concluíram a construção do parque solar Luiz Carlos, localizado em Paracatu (MG), com capacidade instalada de 315 megawatts-pico (MWp). Segundo as empresas, em nota, a conclusão das obras ocorreu 90 dias antes do previsto no cronograma. Os investimentos para a construção do parque solar somaram R$ 895 milhões e incluíram a implantação de uma linha de transmissão de 65 quilômetros de extensão, em tensão de 500 quilovolts (kV). O acordo firmado entre a ArcelorMittal e a Atlas é conhecido como “Build, Operate and Transfer” (BOT), modelo pelo qual a empresa contratada constrói, opera e depois de um determinado período, transfere o ativo ao contratante. Neste caso, foi formada uma joint-venture entre ArcelorMittal e Atlas. Com a entrada em operação comercial do parque solar, neste mês, o parque passa a ser de propriedade integral da siderúrgica. O parque solar conta com 516 mil módulos solares que contam com “trackers”, mecanismos que acompanham o movimento do sol, rotacionando os painéis, para otimizar a geração de energia. O projeto é parte do plano de investimentos de R$ 5,8 bilhões em energias renováveis para descarbonizar as operações da ArcelorMittal. O objetivo da empresa é ter 100% da demanda de energia elétrica atendida por fontes renováveis até 2030.”
Fonte: Valor Econômico; 10/12/2025
Política
CME aprova projeto que beneficia nuclear e adia votação de cinco projetos
“Em sessão esvaziada nesta quarta-feira (10/12), a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados avaliou apenas três dos oito itens da pauta. Foram aprovados os relatórios do projeto de lei que cria um substituto para o programa Luz para Todos e do PL que exclui a energia nuclear do encargo da Reserva Global de Reversão (RGR), destinado a financiar melhorias do sistema elétrico. Devido à ausência dos relatores, não foram votados diversos projetos, dentre eles o PL 5054/2023, que zera as alíquotas de contribuição para o PIS/PASEP e Cofins em operações com biodiesel fabricado a partir do dendê. O relatório do deputado Gabriel Mota (Republicanos/RR) é pela aprovação, com substitutivo. A ausência de Eduardo Pazuello (PL/RJ) também impediu a votação do PL 3966/2024, do qual é relator, que mantém o direito aos percentuais de redução aplicados às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição para empreendimentos que enfrentaram dificuldades para entrar em operação no prazo original. Também relatado por Pazuello, o PL 1001/2025, que cria o Programa Nacional de Incentivo à Energia Azul (Pniea), não foi apreciado. O projeto tem a finalidade de promover investimentos, incentivos fiscais e desenvolvimento tecnológico para a exploração de energia oceânica renovável.”
Fonte: Eixos; 10/12/2025
Lei do devedor contumaz favorece produção legal de biocombustíveis
“A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) comemorou, em nota, que a aprovação do projeto de lei que tipifica o devedor contumaz no Brasil. Segundo a entidade, a prática distorce há anos o mercado de combustíveis, gera concorrência desleal e enfraquece a arrecadação pública.”
Fonte: Globo Rural; 10/12/2025
Internacional
Política
“O gabinete da Alemanha aprovou na quarta-feira um projeto de lei sobre biocombustíveis, que permitirá o uso contínuo de alimentos e rações animais como ingredientes para biocombustíveis, informou o ministério do meio ambiente em comunicado. O programa da Alemanha para reduzir os gases de efeito estufa inclui a mistura de biocombustíveis, como biodiesel e bioetanol, com combustíveis fósseis para reduzir as emissões de veículos rodoviários. As empresas petrolíferas têm metas de redução de gases de efeito estufa, que podem cumprir parcialmente com biodiesel, muitas vezes feito a partir de óleo de colza ou óleos vegetais residuais, e bioetanol, muitas vezes produzido a partir de grãos ou açúcar. O governo de coalizão anterior da Alemanha, que incluía o partido Verdes e que perdeu o poder após as eleições gerais de fevereiro, planejava eliminar gradualmente o uso de alimentos e ingredientes para ração animal. No entanto, o comunicato de quarta-feira do ministério do meio ambiente afirmou que o uso de ingredientes para alimentos e rações continuará nos níveis permitidos atuais. No entanto, o uso de óleo de palma não será permitido para a redução de emissões a partir de 2027 devido ao temor de danos ambientais em algumas regiões do mundo causados por sua produção, disse o ministério. O projeto também está incorporando a Diretiva de Energia Renovável da União Europeia na legislação alemã para os setores de transporte, eletricidade e aquecimento. Ele foi adiado várias vezes e o texto completo foi publicado na quarta-feira. Agora precisa ser aprovado pelo parlamento.”
Fonte: Reuters; 10/12/2025
A UE chega a acordo sobre meta climática de reduzir as emissões em 90% até 2040
“A União Europeia concordou na quarta-feira em estabelecer uma meta climática legalmente vinculativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 90% em relação aos níveis de 1990 até 2040, e comprar créditos de carbono estrangeiros para cobrir 5% dos cortes de emissões, metas que ficaram aquém do plano original.
Negociadores de países da UE e do Parlamento Europeu chegaram ao acordo nas primeiras horas de quarta-feira, confirmaram em declarações separadas. Na prática, a meta exigirá uma redução de 85% das emissões das indústrias europeias e pagamento a países em desenvolvimento por meio de créditos de carbono para reduzir as emissões em nome da Europa, a fim de compensar o restante. A meta vai além das promessas da maioria das outras grandes economias de redução de emissões, incluindo a da China. Ainda assim, ficou aquém do recomendado pelos conselheiros da UE em ciência climática e foi mais fraco do que o plano original de Bruxelas para o objetivo, refletindo discordância entre os governos da UE sobre a velocidade e o custo de sua agenda verde. “A meta atende à necessidade de ação climática enquanto protege nossa competitividade e segurança”, disse o ministro dinamarquês do clima, Lars Aagaard, que negociou o acordo em nome dos governos da UE.”
Fonte: Reuters; 10/12/2025
União Europeia fará carro elétrico compacto para reduzir custo e competir com China
“A União Europeia planeja criar uma nova categoria para veículos elétricos compactos com requisitos técnicos mais flexíveis do que os veículos elétricos de tamanho padrão, buscando reduzir os custos de fabricação e competir com os chineses. A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, planeja divulgar em breve uma proposta preliminar, com a nova categoria “E car” (carro elétrico) a ser lançada nos próximos anos, após aprovação por instituições-chave. A proposta deverá definir a classe por tamanho, peso e cilindrada do motor. Os estados-membros da União Europeia também discutirão um mecanismo de isenção de impostos para a nova classe de veículos. Até agora, a União Europeia exigia que os veículos elétricos fossem equipados com sistemas para detectar sonolência do motorista, manter o veículo na faixa e sinalizar paradas bruscas. Esses requisitos, projetados para viagens de longa distância, contribuíram para custos mais elevados. “A configuração geral do veículo será de um nível inferior, o que reduzirá os custos, já que o veículo será menos complexo”, disse Beatrix Keim, do Centro de Pesquisa Automotiva da Alemanha. Prevê-se que os preços de venda desses carros caiam entre 10% e 20%, ficando na faixa de 15 mil a 20 mil euros (US$ 17.500 a US$ 23.200).”
Fonte: Valor Econômico; 10/12/2025
Energia eólica e solar bloqueadas na campanha de permissões de Trump
“O congelamento das aprovações para grandes projetos eólicos e solares terrestres pelo presidente dos EUA, Donald Trump, está deixando milhares de megawatts de capacidade de energia limpa em um limbo em um momento de demanda por eletricidade em alta, mostra uma análise da Reuters dos dados de licenciamento e entrevistas com autoridades do setor. Apenas um projeto solar foi aprovado em terras federais desde que Trump assumiu o cargo em janeiro, e nenhum foi permitido desde julho, quando o secretário do Interior, Doug Burgum, ordenou que todas as novas decisões relacionadas a projetos de energia renovável exigissem sua aprovação pessoal. Isso se compara a 13 projetos solares e dois eólicos aprovados em terras públicas sob o ex-presidente Joe Biden. Trump, que chamou as mudanças climáticas de farsa, prometeu acelerar a infraestrutura energética para atender à crescente demanda de eletricidade proveniente de inteligência artificial e data centers, declarando uma “emergência energética” para manter os Estados Unidos competitivos. Mas essa política exclui projetos eólicos e solares. O gargalo se estende também a projetos renováveis propostos em terras privadas e estaduais, pois frequentemente exigem permissões federais para impactos na vida selvagem, água ou estradas de acesso, segundo incorporadores e autoridades governamentais.”
Fonte: Reuters; 10/12/2025
Doenças transmitidas por insetos aumentam a ameaça apesar das pesquisas
“Insetos, incluindo mosquitos e carrapatos, estão expandindo seu território devido às mudanças climáticas, intensificando surtos de doenças e empurrando doenças historicamente tropicais para nações mais temperadas e ricas. A expansão geográfica de vírus perigosos como dengue, Zika e Nilo Ocidental em países desenvolvidos ocorre enquanto esforços em regiões mais pobres para combater a malária e outras condições transmitidas por insetos são prejudicados pelos cortes no financiamento global da saúde. Essas tendências ameaçam minar o progresso alcançado no combate a patógenos transmitidos por vetores animais, incluindo décadas de investimentos e tecnologias emergentes como aproveitamento de bactérias, engenharia genética e novas vacinas. “Assim como as mudanças climáticas estão permitindo que esses vetores se desloquem para novas áreas, como a Europa, o financiamento para mitigá-los e controlá-los está diminuindo”, diz Martin Hibberd, chefe de biologia de infecção da London School of Hygiene and Tropical Medicine. “Há uma possibilidade real de que a dengue e outras doenças mediadas por vetores se tornem comuns nas próximas décadas, trazendo o sofrimento anteriormente associado às regiões tropicais para mais ao norte.” Doenças transmitidas por vetores são transmitidas entre humanos por animais portadores de patógenos. As principais ameaças incluem insetos, notadamente mosquitos e pulgas, e aracnídeos como carrapatos e ácaros. Condições transmitidas por vetores representam um sexto de todas as doenças infecciosas, segundo a Organização Mundial da Saúde.”
Fonte: Financial Times; 10/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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