Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território levemente negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,13% e 0,53%, respectivamente.
• No cenário doméstico, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), a produção global de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF, em inglês) está perdendo o ritmo e expondo os desafios das ambições climáticas do transporte aéreo – de acordo com a organização que reúne mais de 80% do tráfego aéreo global, em 2025, a produção de SAF deve atingir 1,9 milhão de toneladas, o dobro em relação a 2024, mas esse crescimento deve desacelerar em 2026, e ficar em 2,4 Mt.
• Do lado das empresas, (i) a diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse que a estatal está em busca de parceiros para crescer na produção de biodiesel no Brasil – segundo ela, no Fórum Técnico PPSA 2025, nesta terça-feira, a estatal também quer parceiros “relevantes” para o mercado de etanol, segmento no qual a empresa estuda entrar com participação minoritária; e (ii) na terça-feira, a Eve, empresa da Embraer focada no desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, anunciou um novo financiamento, de R$ 200 milhões, concedido pelo BNDES – o recurso vai apoiar a integração e o funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação, bem como a preparação do veículo para a campanha de testes junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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Brasil
Empresas
Petrobras busca parceiros para crescer na produção de biodiesel no Brasil, diz diretoria
“A diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse que a estatal está em busca de parceiros para crescer na produção de biodiesel no Brasil. Segundo ela, no Fórum Técnico PPSA 2025, nesta terça-feira (9), a estatal também quer parceiros “relevantes” para o mercado de etanol, segmento no qual a empresa estuda entrar com participação minoritária. Desenho semelhante a empresa quer adotar para o biometano, que é o biogás com alto grau de pureza. Laureano ressaltou que o plano de negócios 2026-2030, lançado recentemente, tem meta de investimentos da ordem de US$ 13 bilhões no período, com ênfase em bioprodutos, que estão mais sinérgicos à atuação-chave da empresa, no segmento de óleo e gás.”
Fonte: Valor Econômico; 9/12/2025
Eve, da Embraer, diz ter caixa para certificar eVTOL
“A Eve, empresa da Embraer focada no desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL, chamado de carro voador), tem hoje um caixa de US$ 550 milhões, montante que seria suficiente para concluir a certificação da aeronave, prevista para o fim de 2027. A afirmação é do CFO da Eve, Eduardo Couto, em conversa com o Valor. Ter recurso em caixa é um sinal importante no segmento. Diversos projetos de eVTOL ao redor do mundo estão sofrendo com a falta de financiamento em uma etapa crítica: o processo de certificação junto aos órgãos reguladores. Na terça-feira (9), a Eve anunciou um novo financiamento, de R$ 200 milhões, concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O recurso vai apoiar a integração e o funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação, bem como a preparação do veículo para a campanha de testes junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desde 2022, o grupo já levantou cerca de US$ 1 bilhão no mercado, seja via financiamento ou captação por ações (“equity”). A mais recente captação via ação foi em agosto, no montante de US$ 230 milhões, sendo US$ 75 milhões aportados pela BNDESPar e US$ 20 milhões, pela Embraer. Hoje, a Embraer tem cerca de 72% da companhia, ao passo que o BNDES tem perto de 4%.”
Fonte: Valor Econômico; 10/12/2025
Rotatividade de CEOs atinge recorde histórico
“A rotatividade dos CEOs globais atingiu um nível histórico em 2025. No acumulado do terceiro trimestre do ano, 176 executivos foram nomeados e outros 174 deixaram seus cargos. Os gestores que saíram de suas posições permaneceram, em média, 7,2 anos nos postos, abaixo dos 8,4 anos observados em 2021 e 2023. Em algumas empresas, esse número caiu para 4,9 anos, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2018. Os dados fazem parte de um novo estudo da Russell Reynolds Associates, multinacional de busca de altos executivos e de consultoria em avaliação e desenvolvimento de lideranças. O mapeamento, obtido com exclusividade pelo Valor, é feito a partir de uma análise trimestral da movimentação dos CEOs em mais de mil companhias abertas, listadas em 13 dos principais índices de ações do mundo, como S&P 500 e Nikkei 225. “Os ciclos de liderança estão cada vez mais curtos”, analisa Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds Associates e líder da prática de avaliação de conselhos de administração e CEOs. “Os CEOs permanecem, em média, 7,2 anos no cargo, enquanto novos perfis estão em ascensão, com 88% das nomeações nas empresas envolvendo estreantes na função , acima dos 85% registrados em 2024.” Segundo Sarfatti, a alta rotatividade reflete um novo paradigma de governança, com conselhos mais ágeis, investidores exigentes e a necessidade de dispor de líderes capazes de enfrentar mercados complexos.”
Fonte: Valor Econômico; 9/12/2025
Política
Turbulência regulatória faz SAF perder altitude
“A produção global de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF, em inglês) está perdendo o ritmo e expondo os desafios das ambições climáticas do transporte aéreo, alertou a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), nesta terça (9/12). De acordo com a organização que reúne cerca de 360 empresas aéreas (mais de 80% do tráfego aéreo global), em 2025, a produção de SAF deve atingir 1,9 milhão de toneladas, o dobro em relação a 2024, mas esse crescimento deve desacelerar em 2026, e ficar em 2,4 Mt. As estimativas para 2025 são uma revisão para baixo em relação às previsões anteriores da Iata. A organização atrela a desaceleração à falta de apoio de políticas públicas para aproveitar plenamente as capacidades instaladas de SAF. “O crescimento da produção de SAF ficou abaixo das expectativas, pois mandatos mal concebidos travaram o impulso na ainda incipiente indústria de SAF”, comenta Willie Walsh, diretor-geral da associação. “Se o objetivo dos mandatos era desacelerar o progresso e elevar os preços, os formuladores de políticas acertaram em cheio”, critica. A produção de SAF este ano representou 0,6% do consumo total de combustível de aviação, e terá um ligeiro aumento para 0,8% no ano seguinte. A Iata calcula que aos níveis atuais de preços, a substituição do querosene fóssil se traduz em um custo adicional de US$ 3,6 bilhões para o setor em 2025, com o SAF custando duas vezes mais que o derivado de petróleo — chegando a até cinco vezes mais em mercados com mandatos obrigatórios.”
Fonte: Eixos; 9/12/2025
Estudo da XP vê onda de expansões de data centers em mercados ricos em energia limpa como o Brasil
“A corrida por data centers de alto desempenho é um dos cinco temas-chave que devem moldar a agenda ESG em 2026. As outras quatro tendências que ficarão em destaque são a necessidade por minerais críticos para a transição energética, o papel das baterias na promoção de estabilidade da rede, o fortalecimento da integridade nos mercados de carbono e o avanço na transparência da divulgação ESG frente a regras mais rígidas, segundo o relatório “Onde investir em 2026”, divulgado na segunda-feira, 8, pela XP. “O rápido crescimento das aplicações de inteligência artificial está impulsionando um aumento na demanda por data centers com alto consumo de energia, levando grandes empresas de tecnologia a buscarem soluções de energia limpa. Nesse contexto, duas grandes tendências ganham força: o entendimento da energia nuclear como uma fonte de base, ininterrupta e de baixa emissão de carbono; e a percepção dos mercados emergentes como capazes de sustentar uma expansão sustentável em larga escala, com destaque para o Brasil, que possui uma matriz energética majoritariamente renovável e um sistema elétrico nacional interligado”, escrevem Marcella Ungaretti, responsável de Research ESG, e Luiza Aguiar, analista de Research ESG da XP. A expectativa das analistas é de que parcerias “mais profundas entre empresas e o setor nuclear” sejam observadas conforme 2026 avance, assim como uma onda de expansões de data centers em mercados ricos em energia limpa, como o Brasil. Elas pontuam, no entanto, que os riscos de execução não são desprezíveis, “principalmente devido a lacunas na infraestrutura existente”.”
Fonte: Terra; 9/12/2025
Corrida por data centers de alto desempenho está entre os temas centrais do ESG em 2026, diz XP
“A corrida por data centers de alto desempenho é um dos cinco temas-chave que devem moldar a agenda ESG em 2026. As outras quatro tendências que ficarão em destaque são a necessidade por minerais críticos para a transição energética, o papel das baterias na promoção de estabilidade da rede, o fortalecimento da integridade nos mercados de carbono e o avanço na transparência da divulgação ESG frente a regras mais rígidas, segundo o relatório “Onde investir em 2026”, divulgado hoje pela XP. “O rápido crescimento das aplicações de inteligência artificial está impulsionando um aumento na demanda por data centers com alto consumo de energia, levando grandes empresas de tecnologia a buscarem soluções de energia limpa. Nesse contexto, duas grandes tendências ganham força: o entendimento da energia nuclear como uma fonte de base, ininterrupta e de baixa emissão de carbono; e a percepção dos mercados emergentes como capazes de sustentar uma expansão sustentável em larga escala, com destaque para o Brasil, que possui uma matriz energética majoritariamente renovável e um sistema elétrico nacional interligado”, escrevem Marcella Ungaretti, responsável de Research ESG, e Luiza Aguiar, analista de Research ESG da XP. A expectativa das analistas é que parcerias “mais profundas entre empresas e o setor nuclear” sejam observadas conforme 2026 avance, assim como uma onda de expansões de data centers em mercados ricos em energia limpa, como o Brasil. Elas pontuam, no entanto, que os riscos de execução não são desprezíveis, “principalmente devido a lacunas na infraestrutura existente”.”
Fonte: Broadcast; 8/12/2025
Internacional
Empresas
Microsoft anuncia investimentos de US$ 23 bilhões em inteligência artificial, com foco na Índia
“A Microsoft divulgou, nesta terça-feira (9), cerca de US$ 23 bilhões em novos investimentos em inteligência artificial, com a maior parte destinada à Índia, à medida que aprofunda sua aposta em um dos mercados digitais que mais crescem no mundo. Como parte da iniciativa, a Microsoft gastará US$ 17,5 bilhões na Índia no que é o seu maior investimento na Ásia para construir infraestrutura de inteligência artificial no país, disse o diretor-presidente, Satya Nadella. O investimento se soma ao aporte de US$ 3 bilhões que a Microsoft anunciou no início deste ano. Isso daria à empresa a maior presença em nuvem na Índia, com o primeiro novo centro de dados entrando em operação em meados de 2026. A Microsoft prometeu investimentos pesados em todo o mundo este ano, enquanto corre para garantir mais capacidade de computação em nuvem para atender à crescente demanda de trabalho em IA e competir melhor com rivais como Amazon e Alphabet, controladora do Google. No início do dia, a Microsoft disse que estava investindo mais de 7,50 bilhões de dólares canadenses no Canadá nos próximos dois anos. As novas capacidades começarão a entrar em operação no segundo semestre de 2026, disse a Microsoft, acrescentando que o aporte total estimado no Canadá chega a 19 bilhões de dólares canadenses entre 2023 e 2027. A Microsoft também disse que expandiria a oferta de nuvem Azure Local no Canadá.”
Fonte: Valor Econômico; 9/12/2025
Estatal inicia exportação de biodiesel para Europa
“A Petrobras começou a exportar biodiesel para a Europa como parte de um movimento para a abertura de mercados para o biocombustível. Em agosto, a Petrobras Biocombustível (PBio), subsidiária da estatal, realizou o primeiro embarque de biodiesel e, nesta semana, exportou a segunda carga. As exportações, ambas para a Alemanha, totalizam 7,5 mil metros cúbicos (m3) de biodiesel B100 e foram realizadas em parceria com a Inpasa. O biodiesel exportado nas duas ocasiões foi produzido a partir do óleo técnico de milho (TCO), um resíduo do etanol de milho e atende aos critérios de sustentabilidade e rastreabilidade estabelecidos pela certificadora International Sustainability and Carbon Certification (ISCC). Países que integram a União Europeia têm regra que obriga a adição de, em média, 7% de biodiesel ao diesel tradicional. As duas cargas partiram do porto de Aratu, na Bahia. O primeiro embarque envolveu 5.000 m3 de biodiesel, enquanto o segundo, ocorrido no início deste mês, enviou 2.500 m3. A PBio tem três usinas produtoras de biodiesel, localizadas em Montes Claros (MG), Candeias (BA) e Quixadá (CE). Delas, a planta de Quixadá está paralisada, aguardando definição sobre eventual retomada das atividades. Parceira da PBio na empreitada, a Inpasa é uma biorrefinaria de grãos, com atuação em negócios como etanol, biodiesel e óleos vegetais.”
Fonte: Valor Econômico; 10/12/2025
Política
UE relaxa regras de sustentabilidade para empresas
“A novela que se tornou a legislação de sustentabilidade da União Europeia, ao que parece, ruma para os últimos capítulos. O Parlamento e o Conselho Europeu chegaram a um acordo nesta terça-feira (9) para reduzir e simplificar as regras de ‘due diligence’ e dos relatórios de sustentabilidade que as empresas do bloco ou que fazem negócios na UE terão de apresentar. O acordo reduz drasticamente o número de companhias que precisam cumpri as novas regras e remove a cláusula que exigia que elas elaborassem planos de transição climática. As propostas abrangem a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), que determina que empresas apresentem relatórios de sustentabilidade levando em conta a dupla materialidade; e a Diretiva de Due Diligence em Sustentabilidade Corporativa (CSDDD), que obriga as empresas a erradicar e combater os impactos negativos ambientais e sociais em suas cadeias de suprimentos. Parlamentares e diplomatas da UE concordaram que apenas empresas europeias com mais de 5 mil funcionários e faturamento anual de 1,5 bilhão de euros precisam cumprir a diretiva de due diligence, a CSDDD. A regra também se aplica a companhias estrangeiras com faturamento superior a 1,5 bilhão de euros dentro da UE.”
Fonte: Capital Reset; 9/12/2025
Setor de VE da Europa alerta sobre ‘esforços para diluir’ as metas de emissões da UE
“Líderes de toda a indústria europeia de carros elétricos pediram na quarta-feira que a Comissão Europeia mantenha sua meta de zero emissões para carros novos em 2035, alertando que qualquer recuo minaria o investimento e ampliaria a diferença do bloco com a China. O executivo da UE está prestes a apresentar um pacote automotivo em 16 de dezembro que pode oferecer mais flexibilidade nas metas de CO2 e aliviar uma proibição efetiva de novas vendas de carros com motor a combustão a partir de 2035, algo que está sendo promovido por montadoras alemãs e pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. Em uma carta aberta à presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, o grupo de campanha E-Mobility Europe e ChargeUp Europe, apoiado por quase 200 signatários, como as montadoras suecas Polestar e Volvo Cars, pediram que as metas fossem cumpridas. “Estamos profundamente preocupados com os esforços recentes para diluir seus objetivos”, dizia a carta, referindo-se aos intensos esforços de lobby da indústria automobilística em geral. Os grupos acrescentaram que reabrir a porta para tecnologias de transição, como híbridos plug-in e combustíveis neutros em CO2, criaria incerteza e retardaria a transição para veículos elétricos, mesmo enquanto as montadoras chinesas avançam e cortam custos. “Cada atraso na Europa só aumenta a distância com a China”, acrescentou.”
Fonte: Reuters; 10/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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