Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território levemente negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,29% e 0,61%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) vai buscar junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) a adoção do preço horário e a implementação imediata de baterias na geração distribuída (GD), segundo a presidente da entidade, Elbia Gannoum – após o presidente Lula vetar o dispositivo da MP 1.304, que ampliava o ressarcimento aos geradores, o setor busca equacionar o crescente curtailment; e (ii) o diretor de planejamento e relações institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, disse ontem que a instituição deve lançar no início de 2026 um fundo de investimentos voltado para data centers e inteligência artificial – Barbosa afirmou que o banco de fomento estuda aportar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão na iniciativa.
• Do lado das empresas, a Petrobras vai instalar uma usina solar fotovoltaica para atender à demanda energética da expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco – com potência de 12 megawatts, a usina terá capacidade de suprir cerca de 10% do aumento do consumo de energia da refinaria.
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Brasil
Empresas
Ambipar demitiu 35 executivos por ‘falhas graves’ de governança
“A Ambipar confirmou, nesta segunda-feira (1º), que demitiu 35 funcionários após constatar “falhas graves na execução das melhores práticas de governança e gestão de riscos” na companhia, conforme noticiou o Pipeline, o site de negócios do Valor, no fim de setembro. A informação consta em um esclarecimento prestado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a notícia. A empresa informou que os executivos dispensados estavam subordinados ao ex-diretor-financeiro João Arruda, e que a estrutura organizacional foi desmobilizada. Com o objetivo de tornar a estrutura de governança mais “enxuta e eficiente”, a Ambipar está estudando e implementando mudanças neste momento, devendo concluí-las até fevereiro de 2026, segundo o comunicado ao mercado. A companhia divulgou um rascunho de organograma.”
Fonte: Valor Econômico; 1/12/2025
Parte da demanda energética da expansão da Rnest será atendida por energia solar, diz Petrobras
“A Petrobras vai instalar uma usina solar fotovoltaica para atender à demanda energética da expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Com potência de 12 megawatts (MW), a usina terá capacidade de suprir cerca de 10% do aumento do consumo de energia da refinaria. A cerimônia de aumento da capacidade de processamento da Rnest está marcada para terça-feira (2/12), com presença do presidente Lula e da presidente da estatal, Magda Chambriard. Apesar da redução do investimento em projetos de energia eólica e solar com relação ao plano anterior, o Plano Estratégico 2026-2030 da estatal prevê investimento de 1,7 GW até 2030. Em coletiva na sexta-feira (28/11), Chambriard destacou que a instalação de geração solar será prioritariamente nas refinarias, para consumo próprio, visando a liberação de gás para o mercado. A Petrobras está finalizando a instalação de uma usina solar fotovoltaica na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A partir de 2027, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e a Refinaria de Capuava (Recap) também devem realizar quase toda a operação com energia solar. Atualmente, a Rnest produz 130 mil barris/dia de petróleo. Com a expansão, que deve ser finalizada em julho de 2029, a refinaria chegará na capacidade máxima projetada: 260 mil barris/dia.”
Fonte: Eixos; 1/12/2025
Política
BNDES espera lançar fundo para IA e data centers no início de 2026
“O diretor de planejamento e relações institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira (1) que a instituição deve lançar no início de 2026 um fundo de investimentos voltado para data centers e inteligência artificial (IA). A iniciativa já havia sido anunciada pelo diretor em julho. Na ocasião, Barbosa afirmou que o banco de fomento estudava aportar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão na iniciativa. O montante que o BNDES irá destinar para o programa ainda está em fase de definição, explicou o diretor nesta segunda-feira. “A gente está formatando e espera anunciar no início do ano que vem. Estamos discutindo se o fundo vai ser de R$ 500 milhões ou R$ 1 bilhão”, disse a jornalistas após abertura da primeira Semana de Economia Brasileira, em parceria com o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas, no Rio. De acordo com o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, a operação será semelhante à do fundo de minerais críticos estruturado com a Vale, administrado por um consórcio formado pelas gestoras BB Asset, JGP e ORE. A iniciativa conta com R$ 500 milhões, divididos entre o banco de fomento e a mineradora, e tem previsão de captar até R$ 1 bilhão com outros investidores.”
Fonte: Valor Econômico; 1/12/2025
Setor eólico vai defender preço horário e adoção imediata de baterias em GD
“A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) vai buscar junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) a adoção do preço horário e a implementação imediata de baterias na geração distribuída (GD), segundo a presidente da entidade, Elbia Gannoum. Após o presidente Lula vetar o dispositivo da MP 1.304 (convertida na Lei 15.269/2025) que ampliava o ressarcimento aos geradores, o setor quer equacionar os crescentes cortes de geração — o chamado curtailment — que já provocaram prejuízos de R$ 3,2 bilhões entre janeiro e agosto deste ano. “Vamos conversar com o ministro para ele encontrar caminhos”, disse Gannoum a jornalistas, durante evento no Rio de Janeiro, no sábado (29/11). O preço horário ajuda a deslocar o consumo e, assim, a reduzir a sobra de energia ao meio-dia, quando há maior oferta e energia proveniente de eólica e solar. “Se você muda o preço horário, a indústria passa a consumir mais meio-dia, porque a energia está mais barata do que da noite (…) O mundo todo faz isso. O Brasil está há 20 anos atrasado”, explica Gannoum. A segunda medida é a adoção imediata de baterias na GD, prevista na nova lei, que obriga os sistemas de geração de energia solar, inclusive micro e minigeração distribuída, a prover sistemas de armazenamento de energia.”
Fonte: Eixos; 1/12/2025
Etanol sobe em nove estados e é competitivo em cinco
“Os preços médios do etanol hidratado caíram em 11 estados, subiram em outros nove e no Distrito Federal (DF) e ficaram estáveis em seis na semana entre 16 e 22 de novembro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 0,46% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,33 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço subiu 0,97% na comparação semanal, a R$ 4,15 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 2,33%, foi registrada em Minas Gerais, a R$ 4,39 o litro. A maior queda, de 4,15%, ocorreu no Rio Grande do Norte, para R$ 4,39 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,39 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,96, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 5,54 o litro. O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em cinco estados no período. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 70,18% ante a gasolina no período, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP.”
Fonte: Eixos; 1/12/2025
O Brasil no centro da transição energética e o papel do hidrogênio verde
“Em 2025, o Acordo de Paris completa dez anos. Uma década depois, sua mensagem permanece urgente e absolutamente atual: acelerar a implementação das metas climáticas e restaurar a confiança no multilateralismo. A COP 30, realizada em Belém, no coração da Amazônia, deu contornos concretos a esse chamado ao reunir 194 países em um esforço global para transformar compromissos ambientais em soluções efetivas, um verdadeiro mutirão mundial pela credibilidade e pela ação climática. Mais do que uma conferência, esta COP tornou explícito que não há mais espaço para a narrativa da adição energética. O mundo precisa substituir, e não apenas complementar, os combustíveis fósseis. O lançamento do Mapa do Caminho para o Fim dos Combustíveis Fósseis simbolizou esse ponto de partida coletivo rumo ao pós-carbono. Mas, como sempre, o desafio vai além de anunciar metas, trata-se de viabilizar, financiar e implementar. Nesse cenário, o Brasil se destacou não apenas como anfitrião, mas como articulador de soluções e líder emergente da transição energética. Temos uma matriz já majoritariamente limpa, abundância de recursos naturais, segurança energética e um ecossistema de inovação que evolui rapidamente. E é aqui que o hidrogênio verde se afirma como eixo estratégico – e também industrial, social e geopolítico.”
Fonte: InfoMoney; 1/12/2025
Internacional
Empresas
“Fabricante de turbinas eólicas Vestas (VWS.CO), vai dobrar a capacidade de produção em sua fábrica de lâminas em terra na Polônia para atender ao aumento da demanda em toda a Europa, contratando mais de 300 trabalhadores, informou a empresa dinamarquesa em comunicado no final da segunda-feira. A expansão adicionará uma segunda linha de produção para fabricar pás para a turbina V172-7,2 MW da Vestas, que atenderá principalmente ao crescente mercado alemão, disse um porta-voz à Reuters. A Vestas assumiu a fábrica de pás em Goleniow da LM Wind Power em setembro. A Alemanha instalou 2,2 gigawatts (GW) de energia eólica terrestre no primeiro semestre de 2025, um aumento de 67% em relação ao ano, segundo o grupo industrial WindEurope. Espera-se que a Alemanha adicione 5,1 GW de capacidade eólica terrestre durante o ano inteiro, tornando-se o maior mercado da Europa. A Vestas atualmente opera 10 fábricas pela Europa e emprega cerca de 2.300 pessoas na Polônia.”
Fonte: Reuters; 2/12/2025
Política
A Grã-Bretanha mira preocupações de conflito de interesses nas regras de classificação ESG
“O regulador financeiro britânico apresentou nesta segunda-feira planos para trazer provedores de classificações ambientais, sociais e de governança sob sua supervisão, visando aumentar a transparência e responder a preocupações sobre conflitos de interesse. De acordo com as propostas, a Financial Conduct Authority exigiria que as empresas de classificação divulgassem possíveis conflitos, como quando avaliam as empresas no desempenho ESG e as aconselham sobre melhorias. Os provedores também precisariam esclarecer quais fatores ESG avaliam e publicar detalhes sobre como lidam com as reclamações. A indústria de classificações ESG, atualmente sujeita a um código de conduta voluntário, cresceu nos últimos anos. No entanto, a confiança nessas classificações permanece desigual, com investidores preocupados com metodologias opacas e o risco de empresas superestimarem suas credenciais verdes. A ministra das finanças britânica, Rachel Reeves, quer consolidar o país como líder mundial em finanças sustentáveis, inclusive enfrentando a falta de transparência em torno das classificações ESG. O órgão regulador disse que as regras entrarão em vigor em junho de 2028. Depois disso, provedores não regulados pela FCA não poderão mais conceder classificações ESG. De acordo com as propostas, as empresas seriam obrigadas a gerenciar conflitos de interesse e, quando não puderem impedir que um conflito comprometa a integridade de uma classificação, divulgar publicamente os detalhes.”
Fonte: Reuters; 1/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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