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UE aprova meta climática de reduzir 90% das emissões até 2040 | Café com ESG, 05/11

UE aprova meta de redução de emissões; BC colocou em consulta pública novos requerimentos para o GRSAC

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território levemente positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,17% e 0,54%, respectivamente.

• No Brasil, (i) o Banco Central (BC) colocou em consulta pública ontem novos requerimentos para o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas (GRSAC) – “em uma primeira etapa focamos em questões qualitativas, como estratégia e governança; a nova norma trata da divulgação de aspectos quantitativos”, disse Isabela Damaso, diretora de sustentabilidade e investidores internacionais do BC; e (ii) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que espera que para cada US$ 1 investido por entes públicos no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) a iniciativa privada contribua com outros US$ 4 – “estamos trabalhando com o fundos de capitais soberanos como alavancagem para investimentos privados”, disse, no evento PRI in Person, em São Paulo.

• No internacional, os ministros do clima dos países da União Europeia aprovaram uma meta de redução de emissões de 90% até 2040, mas com flexibilidades que podem enfraquecer esse objetivo – o acordo permite que os países comprem créditos de carbono estrangeiros para cobrir até 5% dessa meta, segundo o ministro do clima da Dinamarca, Lars Aagaard, que presidiu as negociações.

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Brasil

Carne 100% rastreada começa a chegar aos consumidores do Pará – que não vão pagar a mais por isso

“Às vésperas da COP 30, conferência do clima da ONU que começa na próxima semana em Belém, os consumidores do Pará começam a encontrar no varejo local o primeiro lote de carne produzida no Estado com origem totalmente rastreada. A iniciativa é o primeiro resultado visível de uma articulação entre o governo do Pará e empresas privadas no âmbito do programa Pecuária Sustentável, lançado pelo Executivo estadual no fim de 2023, com participação do Grupo Carrefour Brasil, organização The Nature Conservancy (TNC), e frigoríficos como JBS, Rio Maria e Mafrinorte. Nesta semana, duas lojas do Atacadão em Belém receberam carne processada pela JBS, proveniente de animais com brincos eletrônicos conectados ao Sistema de Rastreabilidade Bovídea Individual do Pará (SRBIPA). Os bovinos foram monitorados individualmente ao longo de todo o ciclo de vida, garantindo que não passaram por áreas desmatadas. “A gente tentou correr um pouquinho para tentar entregar, casado com a COP 30, a primeira remessa de uma produção que foi 100% rastreada”, explica Marco Oliveira, CEO do Atacadão. A meta é que, nos próximos nove meses, todas as dez lojas do Atacadão no Pará estejam comercializando os produtos com a certificação do programa estadual. Oliveira reforça que não haverá diferença de preço entre as carnes rastreadas e os produtos convencionais. “O difícil é entregar uma carne rastreada, com qualidade e toda a rastreabilidade garantida, com os mesmos economics de uma carne não rastreada”, reconhece Oliveira.”

Fonte: AGFeed; 04/11/2025

Eve tem prejuízo de US$ 46,8 mi com intensificação de desenvolvimento do ‘carro voador’

“A Eve registrou prejuízo de US$ 46,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 30,9% nas perdas em um ano. A subsidiária da Embraer que desenvolve o “carro voador autônomo” (eVTOL) ainda é pré-operacional e não registra receitas. A companhia investiu US$ 44,8 milhões em pesquisa e desenvolvimento entre julho e setembro, alta de 38,4%, com a intensificação dos trabalhos não só em torno do veículo em conjunto com a Embraer, mas também da infraestrutura correlata. No fim do terceiro trimestre, a carteira de pedidos da Eve era de aproximadamente US$ 14 bilhões, com 28 clientes pedindo um total de 2,8 mil unidades. A maior parte dos pedidos, 56% do total, veio de clientes da América do Norte. Segundo a empresa, houve queima de caixa de US$ 60,7 milhões no trimestre, contra US$ 34 milhões há um ano. A posição de caixa da Eve ao fim de setembro era de US$ 411,7 milhões, a maior desde a sua abertura de capital em 2022. A Eve fez uma rodada de investimentos em agosto, ancorada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Embraer, levantando US$ 230 milhões que sustentam suas operações até 2027. A companhia espera que o primeiro voo-teste do “carro voador” aconteça no início de 2026, com o avanço de testes de componentes do veículo e o alinhamento com autoridade reguladoras aqui no Brasil e no exterior.”

Fonte: Valor Econômico; 04/11/2025

Frigoríficos buscam envolver os produtores na pecuária de baixo carbono

“De olho nas metas climáticas e nas exigências do mercado internacional, os maiores frigoríficos do país buscam acelerar a transição para uma pecuária de baixo carbono. MBRF, Minerva Foods e JBS lançaram programas que combinam ciência, tecnologia e incentivos financeiros para reduzir as emissões de metano ao longo da cadeia produtiva e envolver produtores em práticas mais sustentáveis, com metas verificáveis de redução e neutralidade climática ao longo da próxima década. A MBRF vem intensificando os investimentos em descarbonização da pecuária com o Programa Verde+, criado em 2020 para apoiar produtores na adoção de boas práticas ambientais. Desde então destinou US$ 500 milhões em títulos de transição, e firmou parceria de US$ 37 milhões com o &Green Fund. O programa atua em quatro frentes: manejo e recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), melhoramento genético e uso de aditivos alimentares que reduzem de 9% a 12% as emissões entéricas. Segundo Paulo Pianez, diretor global de sustentabilidade e relações institucionais, a MBRF mantém cerca de 8 mil produtores parceiros, com 100% de fornecedores diretos monitorados e rastreabilidade de 90,8% na Amazônia e 88,1% no Cerrado. A meta é alcançar 100% até o fim deste ano, cobrindo toda a cadeia produtiva, da cria ao abate.“Mais da metade das fazendas fornecedoras já opera com sistemas integrados e confinamento sustentável”, diz.”

Fonte: Valor Econômico; 05/11/2025

BC vai exigir que bancos detalhem cálculo de risco climático

“Bancos e outras instituições financeiras terão que detalhar mais os seus riscos climáticos. O Banco Central (BC) colocou em consulta pública nessa terça-feira (4) novos requerimentos para o Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas (GRSAC). “Em uma primeira etapa focamos em questões qualitativas, como estratégia e governança. A nova norma trata da divulgação de aspectos quantitativos”, disse Isabela Damaso, diretora de sustentabilidade e investidores internacionais do BC, ao Reset. Ela participou de evento “PRI in Person”, do Principles for Responsible Investment (PRI), em São Paulo. O Banco Central do Brasil optou por torná-la obrigatória, e exigirá tabelas focadas nos riscos climáticos de cada instituição. Com isso, elas terão de calcular e tornar público quanto podem perder em caso de eventos extremos como secas ou enchentes, por exemplo. “Essa regulação ocorre em um contexto de esforço global para padronizar a divulgação de dados e permitir a comparabilidade entre eles”, afirmou Damaso. Aberta a comentários até 13 de fevereiro, a consulta dará origem a uma nova norma, que entrará em vigor em janeiro de 2027. A primeira divulgação acontecerá em 2028, tendo como data-base o ano anterior. Instituições de menor porte, entre 0,1% a 1% do PIB, fazem parte do grupo S3 e terão prazo maior para se adaptar, sendo a data-base inicial dezembro de 2028.”

Fonte: Capital Reset; 05/11/2025

Marina espera contribuição maior do setor privado no fundo de florestas

“A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que espera que para cada US$ 1 investido por entes públicos no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) a iniciativa privada contribua com outros US$ 4. “Estamos trabalhando com o fundos de capitais soberanos como alavancagem para investimentos privados”, disse, no evento PRI in Person, em São Paulo. O Brasil já depositou US$ 1 bilhão no TFFF, e a ministra afirmou que a Indonésia planeja investir a mesma quantia. “Temos vários países amigos indo nessa direção”, disse. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera que o fundo recolha US$ 10 bilhões de recursos públicos, quando o Brasil entregará a presidência da COP. “Para cada US$ 1 de capital público, esperamos receber, pelo menos, US$ 4 de capital privado. Esperamos que outros países, como Reino Unido e Noruega, e outros que deram sinalizações possam fazer o mesmo gesto. Quanto mais pudermos atrair recursos públicos, mais vamos atrair o capital privado”, disse Marina. Marina também disse que o TFFF é a proposta mais inovadora do Brasil, em vista da demanda de países desenvolvidos de que apenas recursos públicos não seriam suficientes. “Esse sempre foi um argumento dos países desenvolvidos, que era necessário um mecanismo inovador que viabilizasse o capital privado, e o Brasil trouxe uma proposta”, afirmou.”

Fonte: Valor Econômico; 05/11/2025

Governo aprova ZPE para data centers e amônia verde no Ceará, de olho em R$ 583 bi em investimentos 

“O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE) aprovou nesta segunda (3/11) a instalação de cinco data centers na ZPE de Pecém, no Ceará, com investimentos estimados em R$ 571 bilhões, dos quais R$ 81 bilhões serão destinados a obras de infraestrutura e ao uso de energia limpa. O CZPE também aprovou a instalação de uma planta de amônia verde, produzida a partir de hidrogênio verde. O empreendimento CDV Pecém é da Casa dos Ventos com a TotalEnergies, e prevê investimento de R$ 12 bilhões e capacidade anual de 900 mil toneladas de amônia. As aprovações ocorreram na 41ª reunião ordinária do CZPE, que autorizou 12 novos projetos empresariais, totalizando R$ 585 bilhões em investimentos. Parte deles, no Pará e Espírito Santo. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, os projetos unem inovação e sustentabilidade e reforçam a competitividade da economia brasileira. “Estamos unindo a atração de investimentos em alta tecnologia, como estes datacenters, com a transição energética sustentável. São investimentos, incluindo o projeto estratégico de hidrogênio verde, que colocam o Brasil na vanguarda da economia de baixo carbono”, afirmou Alckmin. As iniciativas, segundo o MDIC, têm potencial para gerar 26 mil empregos diretos, R$ 99 bilhões em novas receitas de exportação por ano e R$ 21,7 bilhões em investimentos indiretos.”

Fonte: Eixos; 04/11/2025

Internacional

Países da União Europeia aprovam meta climática para 2040 – Presidência dinamarquesa da UE

“Os ministros do clima dos países da União Europeia aprovaram nesta quarta-feira uma meta de redução de emissões de 90% até 2040, mas com flexibilidades que podem enfraquecer esse objetivo. Durante uma votação pública, os ministros aprovaram a meta de 90%, permitindo que os países comprem créditos de carbono estrangeiros para cobrir até 5% dessa meta, segundo o ministro do clima da Dinamarca, Lars Aagaard, que presidiu as negociações. Isso efetivamente reduziria para 85% o corte de emissões exigido das indústrias europeias. A UE também concordou em considerar, futuramente, a opção de usar créditos de carbono internacionais para cumprir mais 5% das reduções de emissões de 2040 — o que poderia diminuir ainda mais a meta doméstica.”

Fonte: Reuters; 05/11/2025

Índia pressiona agências de energia limpa do governo a assinarem contratos de compra para projetos parados

“O Ministério da Energia da Índia solicitou às agências responsáveis pela implementação de energia renovável (REIAs) que considerem assinar contratos de compra de energia com desenvolvedores de projetos limpos que estão sem comprador, segundo um documento ministerial revisado pela Reuters. Cerca de 50 gigawatts de projetos de energia limpa não conseguiram entrar em operação devido a linhas de transmissão inacabadas e atrasos legais e regulatórios, conforme reportado pela Reuters em agosto. Isso levou as concessionárias estaduais a adiarem a assinatura dos contratos de compra. As REIAs atuam como intermediárias, agregando energia de diversos geradores e vendendo aos compradores. Normalmente, os contratos são firmados entre uma REIA e um desenvolvedor com base em acordos prévios entre a REIA e o comprador final. Segundo o documento, o ministério instruiu as REIAs a assinarem contratos diretamente com os desenvolvedores, ignorando o acordo com o comprador, ou, como último recurso, cancelarem os editais. Essa diretriz foi emitida após uma reunião de alto nível presidida pelo Secretário de Energia da Índia em 17 de outubro, com participação de representantes das empresas NTPC, NHPC, SJVN e da Solar Energy Corporation of India (SECI), todas designadas como REIAs. O ministério e as REIAs não responderam imediatamente ao pedido de comentário da Reuters. As agências foram instruídas a agir até 30 de novembro.”

Fonte: Reuters; 04/11/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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