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Quais os caminhos do crédito privado? Veja os destaques do XP Credit Coverage

Como a economia e a política influenciam o mercado de crédito privado? Quais os riscos e oportunidades? Evento abordou esses e outros temas; saiba mais

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Cenário Brasil: política, economia e os primeiros passos

Caio Megale (à esq.) e Paulo Gama, durante o evento XP Credit Coverage nesta terça-feira

O primeiro painel contou com Caio Megale, economista-chefe da XP, e Paulo Gama, head de análise política da XP. As expectativas para a taxa de juros brasileira, os movimentos do governo e as perspectivas eleitorais dominaram o debate.

Globalmente, de acordo com Megale, o ano está terminando melhor do que esperado. “Começou o ano parecendo que ia ser um caos – tarifas, recessão, estagflação, guerra… estamos terminando o ano com a Bolsa nas máximas e cenário otimista”, disse.

“O mundo não foi tão negativo e tivemos um movimento de ‘risk on’ para emergentes.”

O ponto de preocupação, segundo o economista, é com o panorama fiscal, principalmente nos Estados Unidos. “O risco mais iminente é a nomeação do próximo presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA)”, afirmou.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (5), sendo que um ciclo de cortes na taxa de juros é esperado para ter início em março de 2026. No entanto, os rumos eleitorais ainda devem mudar algumas das expectativas nos meses à frente. “O ano que vem está particularmente binário.”

Gama ressaltou que as pesquisas eleitorais ainda estão indefinidas, mas as pesquisas de popularidade dos candidatos devem dar mais cor aos caminhos a serem seguidos daqui para frente. Outro ponto importante, para ele, é a definição das candidaturas de oposição.

Crédito 360º: plataforma, produtos e as visões para a indústria

Carol Freitas (à esq.) conversou com Mayara Rodrigues sobre oportunidades na plataforma

No segundo painel, Carol Freitas, RM de fundos, e Mayara Rodrigues, analista de renda fixa no Research da XP, falaram sobre principais produtos e as visões para a indústria.

Com eventos de recuperação judicial chamando a atenção de investidores, as especialistas apontaram que é preciso analisar caso a caso para diferenciar os movimentos, olhando, por exemplo, o tamanho das companhias.

“Na nossa visão, é algo mais pontual. Olhando para os dados de RJ [recuperação judicial] até abril, a gente vê as micro e pequenas empresas puxando a fila de longe”, pontuou Mayara.

Carol apontou que houve alto crescimento e diversificação da classe de crédito privado na plataforma XP nos últimos anos. “O crédito nunca foi tão relevante na carteira do cliente como ele é hoje”, afirmou a RM de fundos.

Sobre os spreads, ambas acreditam que o movimento de correção é bem-vindo, mas deve ocorrer de forma gradual. Apesar de ter desafios e de o cenário ser de cautela, ainda há oportunidades segundo as especialistas, e a diversificação é a chave.

Olhando para a plataforma, os destaques das estratégias, são:

  • Crédito high grade – estratégia consolidada na carteira dos clientes, no primeiro semestre de 2025 apresentou uma diminuição de market share para a classe high yield, mas mantém sua resiliência e apelo, com expectativa de retomada gradual da captação;
  • Crédito high yield – estratégia com crescimento exponencial em 12 meses;
  • Crédito liquidez – estratégia consolidada, sempre presente, potencializada de acordo com a janela e eventos de mercado;
  • Debêntures incentivadas – houve retomada significativa do fluxo no 2º semestre de 2025, impulsionada por questões regulatórias e incertezas setoriais. As classes com maior demanda são debêntures “hedgeadas” e renda fixa ativa.

Os fundos de previdência e os fechados complementam o portfólio.

Uma perspectiva setorial: mapeando riscos e oportunidades

Pedro Bruno (à esq.), Camilla Dolle e Regis Cardoso detalharam o cenário de seus setores de cobertura

O último painel abordou os riscos e oportunidades em renda fixa olhando para os setores. Participaram Pedro Bruno, head de transportes e infraestrutura e co-head de Equity Research na XP, Regis Cardoso, head de óleo e gás e petroquímicas no Research da XP, e Camilla Dolle, head de renda fixa no Research da XP.

Pedro Bruno trouxe os destaques sobre as empresas de transportes, como Motiva (MOTV3) e Simpar (SIMH3). Recentemente, o time de Equity Research reiterou a recomendação de compra para a Simpar, com novo preço-alvo para o final de 2026 de R$ 8,00/ação (vs. R$ 6,30/ação para 2025), implicando um potencial de valorização de aproximadamente 60%. Segundo ele, a atualização reflete revisões nas estimativas para as subsidiárias listadas e não listadas.

Além disso, comentou sobre terem realizado um non-deal roadshow e uma reunião com o CFO da Simpar, Denys Ferrez, e o diretor de relações com investidores, Victor Mizusaki.

Ao longo dessas interações, a alavancagem se destacou como uma preocupação central entre os investidores e está sendo abordada pela administração. A empresa delineou quatro alavancas estratégicas para a redução do endividamento: disciplina de preços; redução de custos; otimização da estrutura de capital e desinvestimentos em subsidiárias não-listadas.

Head de óleo, gás e petroquímicos, Regis Cardoso falou sobre o panorama do setor, explicando o histórico do mercado de petróleo no mundo e no Brasil. O time continua mais otimista do que a maioria dos participantes do mercado, esperando que os preços do Brent permaneçam dentro da faixa de US$ 65-70/bbl.

O analista comentou sobre algumas empresas como PRIO e Brava (BRAV3). De acordo com ele, o 2º trimestre de 2025 da Brava marcou uma importante virada na tese de investimento, com a geração de fluxo de caixa livre tornando-se positiva e a produção aumentando em Atlanta. 

Cardoso falou, ainda, sobre a situação da Braskem, que registrou prejuízo líquido de R$ 267 milhões no 2º trimestre de 2025. “A origem do problema é que estamos num ciclo de baixa muito demorado e profundo de petroquímicos”, disse.

A empresa tem tido dificuldades operacionais e foi rebaixada por agências de classificação de risco como S&P e Fitch. Para o analista, há “uma chance razoável de haver uma capitalização” para a recuperação da companhia. “Existe um alinhamento de interesses para preservar a indústria”, afirmou.

Como investir em crédito privado?

Antes de investir, é importante sempre atentar-se ao seu perfil de investidor, ao prazo do ativo em relação a seus objetivos e ao tamanho da alocação. Principalmente para crédito privado, não recomendamos exposições a um único emissor maior do que 5% da sua alocação, sendo menor quanto maior o risco da empresa.

Títulos de crédito privado (CRIs, CRAs e debêntures) não possuem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Confira a lista de relatórios elaborados pelo Research da XP para emissores de crédito privado e bancários aqui.

Assista ao Econocast sobre crédito privado e perspectivas de juros:

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