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BYD inaugura fábrica de veículos elétricos no Nordeste com investimento bilionário | Café com ESG, 10/10

BYD inaugura fábrica de elétricos na Bahia; empresas europeias questionam lei ambiental da UE

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,31% e 0,29%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a montadora chinesa BYD inaugurou ontem uma nova fábrica de veículos elétricos e híbridos em Camaçari, na Bahia, com a presença do presidente Lula – com investimento de R$ 5,5 bilhões, esse é o maior complexo industrial da empresa fora da Ásia, e possui capacidade inicial para 150 mil veículos / ano, com o objetivo é atingir 600 mil carros / ano; e (ii) o Tesouro Nacional divulgou os setores prioritários da nova edição do Eco Invest Brasil, programa que busca recursos privados estrangeiros para financiar projetos verdes – hidrogênio verde, combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), bioplásticos, reciclagem de baterias e superalimentos são algumas das áreas que o governo brasileiro quer estimular com o terceiro leilão do programa.

• No internacional, a TotalEnergies e a Siemens pediram aos governos europeus que revoguem uma das principais leis de sustentabilidade corporativa da União Europeia para impulsionar a competitividade do continente, segundo uma carta vista pela Reuters – o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, e da Siemens AG, Roland Busch, escreveram a carta ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Friedrich Merz, em nome de 46 empresas europeias.

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Brasil

Com presença de Lula, BYD inaugura fábrica na Bahia e planeja entregar até 600 mil carros por ano

“A montadora chinesa BYD inaugurou na quinta-feira (9/10) uma nova fábrica de veículos elétricos e híbridos em Camaçari, na Bahia, com a presença do presidente Lula (PT). O investimento de R$ 5,5 bilhões marca a instalação do maior complexo industrial da empresa fora da Ásia. Com capacidade inicial para 150 mil veículos por ano, a planta poderá chegar a 300 mil na segunda fase. Mas a meta vai além. Segundo executivos da empresa, o objetivo é atingir 600 mil carros por ano. O presidente Lula destacou a ambição internacional do projeto e o papel estratégico da Bahia nessa indústria, com um polo global de produção e exportação. “Queremos daqui do Brasil — com a inteligência com o amor e o carinho e com a sabedoria desse povo baiano — começar a vender carro para o mundo inteiro”, disse. “A empresa iria produzir 300 mil carros por ano e anunciou que logo vai estar produzindo 600 mil carros por ano aqui na Bahia, porque eles não querem vender apenas no Brasil, eles querem vender na América do Sul e na América Latina”, destacou o presidente. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou, durante a cerimônia que o estado vai acelerar os trâmites necessários para viabilizar essa expansão.“Em novembro a gente vai entregar a documentação para que você possa trazer os investimentos aqui para a Bahia”, afirmou, dirigindo-se aos executivos da BYD.”

Com cana e macaúba, Brasil pode expandir produção de biocombustíveis sem desmatar

“Prioridade do Brasil na agenda de descarbonização dos transportes, a oferta de biocombustíveis pode mais do que dobrar no país até 2050, sem pressionar áreas de vegetação nativa, mostra um estudo lançado nesta quinta (9/10) pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema). A estimativa é que o cultivo agrícola adicional para biocombustíveis pode utilizar entre 20 e 35 milhões de hectares (Mha), dentro dos 56 Mha de pastagens degradadas disponíveis para expansão da agricultura — o país conta com 100 Mha de áreas degradadas. Essas áreas adicionais até 2050 se somariam aos cerca de 31,4 milhões de hectares utilizados em 2024 para produção de bioenergia, e ainda contemplam florestas plantadas que geram lenha, carvão vegetal ou lixívia. Elaborado em parceria com o GT Clima e Energia do Observatório do Clima, o estudo Biocombustíveis no Brasil: alinhando transição energética e uso da terra para um país carbono negativo observa que essa expansão é compatível com uma política que busca eliminar o desmatamento e recuperar florestas, além de aumentar a produção de alimentos. O estudo tem como premissa uma meta de redução das emissões em todos os setores de 92% até 2035 em relação a 2005, conforme consta na proposta do OC para a segunda Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil.O que levaria o país a mais que dobrar seu consumo de biocombustíveis, de 102 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep) em 2024 para 221,1 Mtep em 2050.”

Projetos sustentáveis brasileiros concorrem a prêmio internacional da Bloomberg na COP30

“A Bloomberg Philanthropies anunciou os finalistas do Local Leaders Awards 2025, que reconhece as melhores iniciativas de cidades e estados no combate às mudanças climáticas nos últimos três anos. O prêmio está dividido em seis categorias, alinhadas às prioridades da presidência da COP30: transição energética justa, adaptação, saúde pública e parcerias multilaterais poderosas. Os vencedores serão anunciados em 4 de novembro, durante o fórum de líderes locais da COP30, no Rio de Janeiro. Segundo a organização, o objetivo é destacar o papel exemplar e fundamental de prefeitos e líderes locais na aceleração do progresso climático global. Os projetos devem ser ousados e voltados para o futuro, com foco em reduzir a poluição urbana, melhorar a qualidade de vida e gerar oportunidades econômicas. A edição de 2025 recebeu mais de 160 inscrições de 45 países, com 26 projetos selecionados, incluindo dois representantes brasileiros em cada categoria. Na categoria de transição energética e construções inteligentes, Curitiba (PR) concorre com o projeto “Curitiba Mais Energia”, que instala sistemas solares e hidrelétricos em prédios públicos e áreas urbanas, gerando economia de R$ 5,4 milhões e buscando a neutralidade de carbono até 2050. Juiz de Fora (MG) participa com o projeto “Energia que Transforma”, que implementa uma política municipal de neutralidade climática com uso de LED, energia solar e reciclagem.”

O Brasil na encruzilhada dos minerais críticos

“O Brasil voltou a ser abalado por denúncias graves no setor mineral. Em setembro, a Polícia Federal (PF) prendeu o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM) e um dirigente do Serviço Geológico do Brasil (SGB) por suspeita de fraudes em licenças e extração ilegal em Minas Gerais. O esquema, que envolveria cifras bilionárias, expôs a fragilidade de órgãos reguladores justamente em um momento em que o mundo volta os olhos para as riquezas estratégicas do país. Não é um caso isolado. Em 2016, a Operação Timóteo revelou desvios da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em diversos Estados. Mais dramático, os desastres de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) mostraram como falhas de fiscalização e corrupção podem custar vidas. O rompimento da barragem da Samarco matou 19 pessoas e contaminou o Rio Doce por mais de 600 km. Já Brumadinho, tragédia de proporções ainda maiores, deixou 270 mortos e despejou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos sobre comunidades inteiras. Ambos os casos evidenciaram auditorias fraudulentas e omissões de fiscalização, transformando riscos técnicos em catástrofes sociais.”

SAF, hidrogênio e bioeconomia no terceiro Eco Invest

“Hidrogênio verde, combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), bioplásticos, reciclagem de baterias e superalimentos são algumas das áreas que o governo brasileiro quer estimular com o terceiro leilão do programa Eco Invest Brasil. Na quarta (8/10), o Tesouro Nacional divulgou os setores prioritários da nova edição do programa que busca recursos privados estrangeiros para financiar projetos verdes, com mudanças na estrutura financeira. Agora o foco será investimentos de participação societária (equity) — os anteriores alavancaram dívida — mirando empresas e startups (empresas inovadoras) das áreas de bioeconomia, transição energética e economia circular. A expectativa é movimentar entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões, sendo um quarto aporte do Tesouro e o restante captação dos bancos e fundos junto a investidores estrangeiros e nacionais. (Reset). É um volume significativamente menor que o dos leilões anteriores, no entanto, justamente pela alteração na estrutura do financiamento, segundo a Fazenda. Ao todo, a iniciativa dos Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima já movimentou mais de R$ 75 bilhões em suas duas edições. As instituições financeiras interessadas poderão apresentar propostas até 19 de novembro de 2025. Parte dos recursos será alocada por meio do Fundo Clima, ampliando o apoio a negócios inovadores e sustentáveis. (Agência Brasil)”

Internacional

Empresas

Toyota lança modelo elétrico com maior autonomia entre os fabricados no Japão

“A Toyota lançou um veículo elétrico bZ4X parcialmente redesenhado no Japão na quinta-feira, ampliando a autonomia do modelo em cerca de 25%, para um máximo de 746 quilômetros. Esta não é apenas a maior autonomia entre os veículos elétricos de marcas japonesas disponíveis no mercado japonês, mas também ultrapassará os 702 km de uma nova versão do Leaf da Nissan, cujas entregas começarão em janeiro de 2026. O novo bZ4X começa em 4,8 milhões de ienes (cerca de US$ 31.400), o que representa 700 mil ienes a menos do que a versão anterior, na mesma faixa de preço. Com subsídios governamentais, o novo preço é comparável ao de veículos utilitários esportivos híbridos. A autonomia estendida foi alcançada aumentando a capacidade da bateria e reduzindo a perda de energia na unidade de tração do eixo elétrico. A Toyota também abordou o desempenho de carga em baixas temperaturas, considerado um ponto fraco dos veículos elétricos em geral. O novo bZ4X pode pré-aquecer a bateria para que ela possa ser totalmente carregada em apenas 28 minutos a -10 °C. As melhorias também incluem a aceleração. O mais recente bZ4X vai de 0 a 100 quilômetros por hora em 5,1 segundos, uma redução de 1,8 segundos. Quatro níveis de frenagem regenerativa ajustáveis permitem uma desaceleração mais lenta, dependendo da situação. A Toyota também lançou seu primeiro carregador doméstico proprietário com o novo bZ4X: uma oferta de 6 quilowatts com o dobro da potência da concorrência. Ele oferece 300 km de autonomia em oito horas de carregamento.”

Fonte: Valor Econômico; 10/10/2025

TotalEnergies e Siemens pedem à UE que abolisse a lei climática, mostra carta

“A TotalEnergies (TTEF.PA) e a Siemens (SIEGn.DE) pediram aos governos europeus que revoguem uma das principais leis de sustentabilidade corporativa da União Europeia para impulsionar a competitividade do continente, segundo uma carta vista pela Reuters. O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, e seu homólogo da Siemens AG, Roland Busch, escreveram a carta ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Friedrich Merz, em nome de 46 empresas europeias. “A abolição das regras seria um sinal claro e simbólico para empresas europeias e internacionais de que os governos e a Comissão estão realmente engajados em restaurar a competitividade na Europa”, diz a carta datada de 6 de outubro. A Siemens afirmou que melhorar a capacidade da Europa de competir globalmente exige menos “regulação excessiva” em todos os setores. A proposta de eliminar as regras de sustentabilidade foi um exemplo de onde “medidas significativas podem ser tomadas para reduzir a burocracia”, acrescentou. Um porta-voz da TotalEnergies disse na noite de quinta-feira que a carta refletia as cinco principais prioridades das 46 empresas para melhorar a competitividade da Europa. A carta também pediu que a União Europeia não prossiga com os planos de cortar as permissões gratuitas de poluição para as indústrias no próximo ano, e que reforme suas regras de concorrência para permitir mais fusões, considerando o mercado global em vez de apenas o europeu.”

Fonte: Reuters; 10/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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