Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,6% e 1,1%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Itaipu Binacional vai inaugurar no fim de novembro um projeto-piloto de usina solar flutuante – a área é mínima diante dos 1.350 km2 do lago formado pela usina, mas servirá como um verdadeiro laboratório flutuante, onde serão avaliados ganhos de eficiência dos painéis, eventuais impactos sobre a fauna aquática e a qualidade da água, além das possibilidades de expansão do modelo em maior escala; e (ii) um dos maiores players de biometano da América Latina, a Gás Verde planeja aumentar a produção de 160 mil m3/dia para 650 mil m3/dia até 2028, com novas plantas em seis Estados – o movimento acontece frente ao impulso do setor de biometano diante da publicação do decreto que regulamenta a Lei do Combustível do Futuro, que prevê a adição do produto à oferta de gás natural, começando com 1% a partir de 2026 até chegar a 10%.
• No internacional, a União Europeia estabelecerá metas de redução de emissões para 2035 e 2040 a tempo da cúpula climática COP30 em novembro, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta terça-feira – o anúncio veio após o bloco perder o prazo da ONU para aprovar os objetivos neste mês, em um cenário em que existe pressão para que os países da UE tomem uma decisão, com a presidente reconhecendo a necessidade de pragmatismo, dado o impasse entre os Estados-membros sobre os objetivos.
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Brasil
Empresas
Itaipu vai testar geração fotovoltaica flutuante
“A Itaipu Binacional vai inaugurar no fim de novembro um projeto-piloto de usina solar flutuante. Serão instalados cerca de 1.500 painéis fotovoltaicos, que ocuparão quase um hectare do lado paraguaio do reservatório da hidrelétrica no rio Paraná. A área é mínima diante dos 1.350 km2 do lago formado pela usina, mas servirá como um verdadeiro laboratório flutuante, onde serão avaliados ganhos de eficiência dos painéis, eventuais impactos sobre a fauna aquática e a qualidade da água, além das possibilidades de expansão do modelo em maior escala. A previsão é gerar 1 MWp de energia, o suficiente para abastecer em torno de 650 casas. Nesse primeiro momento, porém, a eletricidade será usada nos escritórios da própria empresa. “O objetivo do projeto é promover estudos de viabilidade, avaliar benefícios e eventuais impactos ambientais no reservatório”, explica Rogério Meneghetti, superintendente de energias renováveis da Itaipu. Segundo ele, os resultados poderão servir de base para ampliar o sistema na própria hidrelétrica e até para replicar o modelo em outros reservatórios do Brasil e do Paraguai. O consórcio Sunlution-Luxacril ficou responsável por tirar o projeto do papel. A proposta vencedora foi de US$ 854,5 mil, quase 12% abaixo do teto previsto no edital lançado pela hidrelétrica. Além de fornecer os painéis e a estrutura flutuante, o grupo cuida da montagem da usina fotovoltaica no lago, do sistema elétrico e das obras civis.”
Fonte: Valor Econômico; 30/09/2025
Política
Com 15 projetos no Brasil, ITA quer destravar primeiros investimentos bilionários na COP30
“Fruto da COP28 em Dubai, o Acelerador de Transição Industrial (ITA) nasceu com a missão de impulsionar a descarbonização da indústria e o Brasil foi escolhido para contemplar o primeiro programa com foco em acelerar tecnologias e soluções verdes neste ano em que sedia a grande conferência do clima da ONU. Com 15 projetos já selecionados no país, sendo 11 públicos e quatro ainda não divulgados, a iniciativa global atua como intermediadora para destravar investimentos que somam mais de US$ 18 bilhões em setores de difícil abatimento de emissões como produtos químicos, aço e alumínio, cimento e aviação. A parceria com o governo federal foi oficializada em julho de 2024 junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde do ministério, destacou a sinergia das iniciativas com a “ambição e progresso da neoindustrialização verde em curso”. “O país tem condições econômicas fundamentais para ser líder em muitos desses setores do ponto de vista sustentável”, destacou em entrevista à EXAME, Marc Moutinho, o português que lidera o programa do ITA no Brasil desde 2023.”
Fonte: Exame; 29/09/2025
Sergipe investe em inovação e fontes limpas
“Responsável por 0,6% do PIB nacional e 4% do PIB do Nordeste, Sergipe aposta na transição energética e investe em fontes renováveis. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) desenvolve um mapeamento do sistema, em parceria com a FGV Energia, que deve ser concluído até o fim do ano. O estudo orientará investimentos em políticas públicas e parcerias com o setor privado. Nas operações offshore, a expectativa é no projeto Sergipe Águas Profundas que, segundo a Petrobras, pode entrar em operação em 2030, produzindo 120 mil barris/dia de petróleo e até 12 milhões de m3 /dia de gás. O Estado investe ainda no hidrogênio verde. A Green Energy Park deu um passo crucial para instalar seu hub local, com a garantia de acesso à rede elétrica da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento. O polo SergipeTec é um importante braço do governo em pesquisa e inovação. Atende em torno de 70 empresas, sendo que metade já usa a estrutura para alavancar negócios, enquanto as demais estão incubadas ou no estágio inicial. O secretário Valmor Barbosa, da Sedetec, cita ainda a instalação de um data center e de um centro tecnológico com investimentos de US$ 1 bilhão pela Optimus Technology. Para a indústria, o governo desenvolveu o Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial que, além do incentivo fiscal (desconto de até 93,8% no ICMS), oferece benefícios para uso ou venda subsidiada de áreas e galpões, além de ações para inovação tecnológica e qualificação de mão de obra.”
Fonte: Valor Econômico; 30/09/2025
Regulação impulsiona projetos em biometano
“O mercado brasileiro de biometano vive um momento de otimismo. A publicação do decreto que regulamenta a Lei do Combustível do Futuro anima o setor e deve estimular investimentos. Um dos maiores players de biometano da América Latina, a Gás Verde planeja aumentar a produção de 160 mil m3 /dia para 650 mil m3 /dia até 2028, com novas plantas em seis Estados, além de ampliar a oferta para outras regiões e para o transporte rodoviário. “Também estamos prontos para apoiar o setor de gás natural fóssil no atendimento das metas colocadas pela Lei do Combustível do Futuro, seja com o biometano certificado ou com o CGOB [Certificado de Garantia de Origem do Biometano]”, diz Marcel Jorand, CEO da empresa. A nova regulamentação prevê a adição do produto à oferta de gás natural, começando com 1% a partir de 2026 até chegar a 10%. “Além do biometano, vamos começar a produzir, em breve, o CO2 verde, oriundo da corrente de biometano”, conta Jorand. Hoje, a Gás Verde fornece biometano para grandes indústrias como Ambev, Saint-Gobain e Nestlé. Também abastece frotas como a do Grupo L’Oréal, que recebeu o primeiro ponto de abastecimento dedicado.”
Fonte: Valor Econômico; 30/09/2025
Internacional
Empresas
TotalEnergies reduz investimentos, mas não acalma preocupações dos investidores com a dívida
“O plano da TotalEnergies (TTEF.PA) de cortar os gastos anuais de capital em US$ 1 bilhão e vender mais ativos de energia não conseguiu aliviar as preocupações do mercado sobre o recente aumento da dívida da empresa, com as ações caindo 2% após o CEO Patrick Pouyanne realizar um dia de apresentação para investidores na segunda-feira. O corte no capex, para US$ 15–17 bilhões por ano entre 2027 e 2030, faz parte de uma iniciativa para economizar US$ 7,5 bilhões, segundo comunicado da petroleira. O grupo também afirmou na semana passada que planeja reduzir as recompras trimestrais de ações, à medida que se adapta aos preços mais baixos do petróleo. “Podemos ter o mesmo crescimento com menos capex e opex (despesas operacionais)”, disse Pouyanne aos investidores. No entanto, analistas do RBC classificaram as mudanças como “modestas” e disseram que a empresa pode ter dificuldades para manter a dívida nos níveis atuais, dado o cenário de preços mais baixos das commodities. Mais cedo na segunda-feira, a TotalEnergies anunciou que arrecadaria US$ 950 milhões com a venda de uma participação de 50% em um portfólio solar de 1,4 gigawatt nos EUA para a empresa de investimentos KKR (KKR.N). Pouyanne afirmou que essa venda é uma das várias planejadas para levantar US$ 3,5 bilhões até o final do ano, compensando mais de US$ 3 bilhões em aquisições que contribuíram para mais que dobrar a dívida da TotalEnergies nos primeiros seis meses de 2025. O grupo também planeja sair de todas as operações de energia fora de seus mercados estratégicos nos EUA, Europa, Reino Unido e Brasil, segundo Stephane Michel, presidente de Gás, Energia e Renováveis, incluindo a Índia, onde possui 25% de seus ativos renováveis operacionais em parceria com o Grupo Adani.”
Fonte: Reuters; 29/09/2025
Política
UE terá novas metas climáticas até a cúpula COP30, diz von der Leyen
“A União Europeia estabelecerá metas de redução de emissões para 2035 e 2040 a tempo da cúpula climática COP30 em novembro, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta terça-feira, após o bloco perder o prazo da ONU para aprovar os objetivos neste mês. Outras grandes economias, incluindo a China, cumpriram o prazo da ONU. “Antes da COP30 em Belém, definiremos metas de NDC para 2035 e 2040”, disse von der Leyen em um evento da UE em Bruxelas por mensagem de vídeo. A ONU se refere às metas climáticas dos países como “contribuições nacionalmente determinadas” (NDCs). Enquanto tenta pressionar os países da UE a tomarem uma decisão, von der Leyen reconheceu a necessidade de pragmatismo, dado o impasse entre os Estados-membros sobre os objetivos. “Como vamos alcançar essas metas será diferente. O mundo mudou. A concorrência global é intensa e nem sempre justa. Precisamos de mais flexibilidade, mais pragmatismo, mas ao manter o rumo, oferecemos estabilidade para os trabalhadores, clareza para as empresas e segurança para os investidores”, disse ela. Von der Leyen afirmou que a Europa manterá seus objetivos climáticos, que Bruxelas está reduzindo a burocracia para ajudar as empresas na transição verde e está investindo em redes elétricas para que os consumidores sintam os benefícios da energia renovável mais barata. No entanto, enquanto o ex-presidente dos EUA Donald Trump buscou liderar um retrocesso na ação climática, as economias desaceleraram e a Europa priorizou os gastos com defesa. Alguns membros da UE pressionaram a Comissão para desacelerar sua agenda verde.”
Fonte: Reuters; 29/09/2025
Energia solar oferece um raio de esperança no país menos eletrificado do Oriente Médio
“A primeira usina solar de grande escala do Iêmen está ajudando a aliviar a escassez de eletricidade na cidade portuária de Aden, no sul do país, trazendo algum alívio para moradores e empresas que sofrem prejuízos, especialmente durante o calor intenso do verão. Financiada pelos Emirados Árabes Unidos e operacional desde julho de 2024, a Usina Solar de Aden marca uma mudança significativa rumo à energia renovável em um país que a Agência Internacional de Energia (IEA) classifica como o menos eletrificado do Oriente Médio. O Iêmen enfrenta uma crise elétrica há quase 30 anos, causada por escassez de combustível e uma guerra que danificou severamente a infraestrutura nacional de energia. Localizada ao norte de Aden – sede provisória do governo reconhecido internacionalmente do Iêmen – a usina de 120 megawatts fornece eletricidade diariamente para entre 150.000 e 170.000 residências, segundo Sabri al-Maamari, técnico da planta. “As quedas de energia costumavam causar danos às mercadorias, e quando devolvíamos os itens danificados aos fornecedores, eles não os aceitavam, deixando nós, comerciantes, com o prejuízo”, disse Mubarak Qaid, dono de um supermercado na cidade. Embora a energia solar tenha representado apenas 10,4% da geração total de eletricidade do Iêmen em 2023, segundo a IEA, espera-se que essa participação aumente com a segunda fase da Usina Solar de Aden planejada para 2026, que dobrará sua capacidade.”
Fonte: Reuters; 30/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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