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Lojas Renner é segunda empresa brasileira a adotar normas do ISSB | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Lojas Renner adota os Padrões de Sustentabilidade de acordo com o ISSB, dois anos antes da determinação regulatória da CVM; Riscos e oportunidades climáticas são quantificados

Na mídia. Matéria-prima sustentável deve aumentar custos (e ganhos) da Renner – Capital Reset, 21 de julho (link)

Um breve contexto. Nesta semana, a Lojas Renner tornou-se a segunda empresa brasileira – após a Vale – a divulgar informações financeiras relacionadas à sustentabilidade em conformidade com as normas internacionais IFRS S1 e S2, estabelecidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). A inciativa ocorre com dois anos de antecedência em relação ao prazo definido pela Resolução CVM nº 193/23, que torna obrigatória a adoção a partir de 2027. Entre os principais riscos físicos e de transição identificados pela empresa, destacamos: (i) inflação de custos de insumos: a mudança para matérias-primas mais sustentáveis deve elevar os custos da companhia entre R$ 148-172 milhões ao longo dos próximos 10 anos, refletindo a crescente pressão por descarbonização nas cadeias de suprimentos; e (ii) riscos físicos associados ao clima: eventos climáticos extremos, como ondas de calor fora de época, já impactaram negativamente a gestão de estoques, resultando em volumes não condizentes com a demanda por produtos de inverno. De forma geral, isso mostra os desafios operacionais crescentes relacionados à variabilidade climática, afetando tanto o planejamento de oferta quanto a logística. Do lado das oportunidades, a Lojas Renner estima um potencial impacto positivo de R$ 424-488 milhões (antes de impostos e em valor presente) no fluxo de caixa operacional ao longo da próxima década, principalmente pela maior adoção de energia renovável – medida que também contribui para mitigar riscos associados à precificação de carbono. Além disso, a companhia também vem capturando valor da crescente preferência dos consumidores por produtos sustentáveis: em 2024, itens com esse perfil contribuíram com R$ 94 milhões para o lucro operacional, e a expectativa é que possam gerar entre R$ 223-256 milhões em fluxo de caixa acumulado na próxima década.

Nossa visão. A adoção antecipada da estrutura do ISSB representa um avanço relevante em termos de transparência e a comparabilidade das informações financeiras climáticas – um dos principais gargalos para a integração ESG nos processos de investimento, conforme discutido em nossa nota (link). Além de contribuir para um ambiente de reporte mais robusto, o movimento sinaliza a crescente conscientização corporativa sobre a materialidade financeira dos riscos e oportunidades climáticos, o que vemos como positivo. Do ponto de vista da empresa, a iniciativa reforça o posicionamento de liderança ESG e evidencia uma abordagem proativa na gestão de riscos climáticos, ao mesmo tempo em que promove maior visibilidade sobre impactos financeiros potenciais. Embora o mandato regulatório só passe a vigorar em 2027, vemos que empresas pioneiras – como a Renner – podem capturar benefícios reputacionais e ganhar vantagem competitiva ao demonstrar preparação e compromisso com a transparência. Mais amplamente, vemos os próximos 12 a 18 meses como um período chave para avaliar o grau de ambição e seriedade com que as empresas brasileiras tratarão a integração do risco climático às suas estratégias financeiras. Olhando para frente, o mercado acompanha de perto se outras companhias listadas seguirão o exemplo da Renner de adoção voluntária ou se preferirão aguardar a implementação compulsória da norma.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.



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