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Separando o joio do trigo: o futuro do agronegócio no Brasil

O agro está mais forte do que nunca: o futuro do agronegócio no Brasil

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Durante painel na Expert XP 2025, neste sábado (26), Octaciano Neto, da Zera.ag, Paulo Mesquita, da Riza Asset, e Gustavo Gomes, da XP Asset, sob mediação de Fábio Mazzo, da XP, discutiram os desafios e perspectivas para o agronegócio brasileiro, destacando sua importância econômica e as transformações recentes no setor.

Com participação robusta na economia — representando de 25% a 27% do PIB, metade das exportações e mais de 20 milhões de empregos — o agro mantém protagonismo global, liderando a produção de diversas commodities.

Os participantes foram unânimes ao afirmar que não há uma crise estrutural no setor, mas sim uma reacomodação natural após um ‘superciclo de margens’ durante a pandemia. Problemas pontuais estão concentrados em produtores mais alavancados, impactados por custos elevados e queda nos preços de algumas commodities agrícolas.

Diversificação é essencial

Para enfrentar a pressão sobre margens, a diversificação foi apontada como ferramenta essencial. Octaciano destacou a resiliência do setor e o papel da diversificação de culturas e regiões — uma vantagem do Brasil frente a países vizinhos pelas suas dimensões continentais. Paulo reforçou a importância de conhecer profundamente as garantias e os produtores com quem se opera, concentrando-se em culturas mais rentáveis. Gustavo alertou para a necessidade de gestão de risco, como, por exemplo, a exposição à variação cambial, especialmente em momentos de margens apertadas.

Crédito privado

A profissionalização da gestão e o fortalecimento das estruturas de crédito privado, como o Fiagro, foram apontados como pilares do futuro do setor. Octaciano ressaltou que o agro demanda competências específicas: conhecimento técnico, domínio do mercado de capitais e capacidade de comunicação com investidores. Paulo e Gustavo enfatizaram a importância da transparência, conhecimento de campo e foco na governança das operações financiadas.

Por fim, os painelistas indicaram que o avanço do agro no Brasil passa agora por uma agenda de gestão: maior controle de risco, racionalidade nos investimentos e uma estrutura mais robusta para enfrentar ciclos adversos. Com taxas de juros elevadas, o investidor se torna mais seletivo, e a disciplina financeira se torna imperativa. O agro brasileiro, segundo os participantes, segue sendo um dos pilares mais dinâmicos e estratégicos da economia, e o setor financeiro tem papel crescente na sustentação desse ciclo de crescimento.

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