Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,14% e 1,06%, respectivamente.
• Do lado das empresas, de olho em governança corporativa, a Yduqs anunciou ontem que Rossano Marques, atual diretor financeiro, foi nomeado para o cargo de diretor-presidente – ele substituirá Eduardo Parente, que irá para o conselho de administração.
• Na política, (i) o órgão gestor provisório do mercado de carbono regulado brasileiro será uma secretaria dentro do Ministério da Fazenda e deve ser anunciado em agosto – a informação foi dada por Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável da pasta; e (ii) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a realização de consulta pública de cinco dias para tratar da elevação do percentual da mistura de etanol anidro à gasolina, de 27% para 30% – a redução do prazo (de 45 para 5 dias), foi motivada pela urgência da medida, pois a nova composição da gasolina C entrará em vigor a partir de 1º de agosto.
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Brasil
Empresas
Yduqs (YDUQ3) define diretor financeiro como novo CEO em reorganização estratégica
“A Yduqs (YDUQ3) anunciou nesta quinta-feira a realização de uma “reorganização estratégica” em seu comando executivo, que incluiu a nomeação do atual diretor financeiro, Rossano Marques, para o cargo de diretor-presidente no lugar de Eduardo Parente, que irá para o conselho de administração. O diretor sênior de finanças da Yduqs, Alexandre Aquino, será o novo CFO, sucedendo Marques — que assumirá o comando executivo do grupo educacional em 15 de agosto, acrescentou a empresa em comunicado à imprensa. “O próximo capítulo é de continuidade da nossa estratégia vencedora. Sobretudo no que diz respeito ao uso da tecnologia, incluindo fortes investimentos em IA, à exploração de diversas avenidas de crescimento e a um novo salto em serviços e no ensino, com uma abordagem premium para todos os nossos segmentos”, disse Marques no comunicado.”
Fonte: InfoMoney; 24/07/2025
Barragem em Brumadinho tem nível de emergência elevado; famílias são evacuadas
“A Agência Nacional de Mineração (ANM) elevou o nível de emergência da barragem B1-A para nível 2, em Brumadinho, no interior de Minas Gerais. Conforme a agência, foram identificadas condições de estabilidade marginal na estrutura da barragem. A medida é preventiva, visando resguardar as pessoas que ocupam o entorno da barragem, diz a ANM, em nota. Isso porque os estudos conduzidos por auditores e projetistas não foram conclusivos sobre a segurança da estrutura. A Emicon Mineração e Terraplenagem, responsável pela barragem, foi procurada e ainda não deu retorno. A ANM considerou que houve insuficiência nas investigações geotécnicas. “Apesar da realização de novas investigações, tais dados ainda não foram integrados às análises por questões contratuais pendentes. Diante desse cenário, a ANM determinou a contratação de uma empresa independente para realizar nova análise, considerando as informações disponíveis”, diz o comunicado. O objetivo seria garantir de forma segura a retirada de ao menos dez famílias de comunidades do entorno. “Não foram registradas anomalias que indiquem risco iminente de rompimento e a decisão foi tomada durante o período de estiagem, o que reduz os riscos hidrológicos. A medida visa garantir que a evacuação da população ocorra de forma segura e organizada”, diz. Conforme a agência, a decisão se deu com articulação prévia com o Ministério Público Federal, o Estado de Minas Gerais e a Fundação Estadual do Meio Ambiente, além da Defesa Civil e prefeitura de Brumadinho.”
Fonte: InfoMoney; 24/07/2025
Brasil soma R$ 454 bilhões em investimentos anunciados em hidrogênio verde
“Os projetos de hidrogênio verde anunciados no Brasil somam R$ 454 bilhões em investimentos, segundo o Mapa das Iniciativas do Hidrogênio Verde no Brasil, da consultoria Clean Energy Latin America (Cela). No total, o país tem 111 empreendimentos de hidrogênio verde, amônia, e-metanol e aço verde em curso, espalhados em 15 estados. Essas iniciativas devem demandar cerca de 90 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia renovável. Por serem intensivos no uso de energia, esses projetos têm tido dificuldades para a conexão à rede elétrica devido à limitações na infraestrutura de distribuição e transmissão do país. O custo de produção local do hidrogênio verde está estimado entre US$ 2.830/ton e US$ 6.160/ton. Segundo a consultoria, a produção de amônia verde no país a partir do hidrogênio com fontes renováveis tem alto grau de competitividade em relação aos métodos tradicionais com combustíveis fósseis. Enquanto a amônia verde tem custo de produção local entre US$ 539 e US$ 1.103 por tonelada, a amônia produzida a partir do hidrogênio cinza, feito por combustíveis fósseis, fica entre US$ 361 e US$ 1.300 por tonelada, de acordo com a Cela. “A transição energética está em curso no país – e o hidrogênio verde pode ter um papel central nesse processo”, diz a CEO da Cela, Camila Ramos.”
Fonte: Eixos; 24/07/2025
“A Vale disse nesta quinta-feira (24) que manteve o percentual de 100% de aderência ás práticas recomendadas no Código Brasileiro de Governança Corporativa pelo segundo ano consecutivo. A mineradora afirma que sua aderência às práticas está acima da média do mercado, com aderência média de 67% para as companhias de capital aberto e 79% para as listadas no segmento Novo Mercado da B3. “O conselho de administração da Vale está seguro de que essa governança robusta e a transparência crescente sobre atuação da Vale incrementam a confiança de investidores e de stakeholders em geral”, diz Daniel Stieler, presidente do conselho da Vale. Dentre algumas práticas adotadas na governança corporativa da Vale, destacam-se regras aplicáveis ao conselho de administração, a previsão estatutária do comitê de auditoria e risco e a operação de um canal de denúncias.”
Fonte: Valor Econômico; 24/07/2025
Política
ANP agiliza aumento obrigatório de octanagem da gasolina
“A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a realização de consulta pública, por cinco dias, e audiência pública para tratar da elevação do percentual da mistura de etanol anidro à gasolina, de 27% para 30%. A redução do prazo, geralmente de 45 dias, foi motivada pela urgência da medida, pois a nova composição da gasolina C entrará em vigor a partir de 1º de agosto. Seguindo recomendação da Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos (SBQ), a relatora Symone Araújo incluiu a elevação da octanagem da gasolina C, de 93 para 94. Também definiu critérios para garantir a qualidade da gasolina A (sem a mistura de biocombustível), que deverá ter uma massa mínima de 688,9 kg/m³. Foi aprovada a dispensa da análise de impacto regulatório, por se tratar de ato normativo destinado a disciplinar direitos e obrigações de norma superior, no caso, a Lei do Combustível do Futuro. O governo federal decidiu, em junho, elevar a mistura obrigatória do etanol anidro para 30% e do biodiesel para 15%. O Conselhos Nacional de Polícia Energética (CNPE), presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), atendeu aos pedidos do agronegócio. As duas políticas haviam sido adiadas no início de 2025, diante da pressão inflacionária sobre os combustíveis e alimentos. Contou para o adiamento do B15 a pressão do mercado de distribuição em meio a uma escalada nas fraudes do setor. Com a entrada em vigor do E30, o governo prevê uma queda de até R$ 0,11 por litro. O impacto, contudo, dependerá do comportamento das margens ao longo da cadeia, especialmente na distribuição e revenda.”
Fonte: Eixos; 24/07/2025
Fazenda fica com xerife do mercado de carbono
“O órgão gestor provisório do mercado de carbono regulado brasileiro será uma secretaria dentro do Ministério da Fazenda e deve ser anunciado em agosto. A informação foi dada por Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável da pasta, em conversa com jornalistas após participação na Conferência Clima e Carbono, em São Paulo. O órgão será responsável pela condução da regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) enquanto não houver uma instância definitiva para supervisionar o sistema de cap and trade estabelecido na lei 15.402, aprovada em dezembro passado. O ministério defende a criação de uma nova agência reguladora para assumir a gestão do mercado regulado. Mas isso depende de uma decisão da Presidência e envolve aprovação do Congresso. Reis já havia antecipado em evento do Reset a criação da instância temporária para a fase inicial da implementação do mercado regulado. Na época, ainda não estava definido se o órgão ficaria sob a Fazenda ou sob o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Reis afirmou nesta quarta-feira (24) que o anúncio do órgão gestor será acompanhado de um documento preparado com apoio do Banco Mundial detalhando os próximos passos práticos. Existe grande expectativa em relação ao regramento. Até aqui, o trabalho vem sendo feito por um grupo de trabalho formado por integrantes dos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente (MMA).”
Fonte: Capital Reset; 24/07/2025
Embaixada americana diz que EUA têm interesse em minerais críticos do Brasil, diz jornal
“O governo dos Estados Unidos tem interesse em fazer acordos com o Brasil para a aquisição dos chamados minerais críticos e estratégicos, como lítio, nióbio e terras raras, segundo reportagem de “O Globo”. A mensagem foi transmitida a representantes do setor de mineração brasileiro, em reunião na quarta-feira (23), pelo encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar. O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, relatou ao “Globo” que Escobar ouviu como resposta que qualquer negociação nesse sentido deve ser decidida pelo governo brasileiro, e não pelos empresários do setor. Segundo Jungmann, o caso foi levado em seguida ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, que está no comando das negociações com os EUA na tentativa de evitar o tarifaço para as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. Interlocutores do governo brasileiro afirmaram que as empresas têm concessão da União para explorar e vender esses produtos. No entanto, o momento atual é de crise entre os dois países e a oferta desses minerais aos EUA não poderia ocorrer deliberadamente, sem uma barganha. Esses recursos são importantes para o desenvolvimento econômico e tecnológico. O nióbio, por exemplo, é considerado essencial para a indústria siderúrgica, viabilizando ligas leves e resistentes de aços avançados, materiais magnéticos e supercondutores. A reunião com o Ibram foi pedida pelo próprio Escobar.”
Fonte: Valor Econômico; 24/07/2025
Alckmin: pauta de minerais críticos pode andar; comitê fará atualização toda segunda
“O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comentou nesta quinta, 24, sobre o setor minerário e disse que a pauta “é muito longa e pode ser explorada e avançada”. Ele foi questionado diretamente sobre possível negociação com os EUA sobre os chamados minerais críticos, mas evitou cravar qualquer cenário de negociação sobre este tema. Sobre as negociações para reverter a tarifa de 50%, Alckmin informou que a partir da segunda-feira, todo dia, às 11 horas da manhã, o comitê de trabalho fará uma atualização recorrente sobre o avanço nas negociações. “O setor minerário é um que nós recebemos em reuniões. Aliás, é um outro setor que exporta para os Estados Unidos apenas 3%, mas importa em máquinas e equipamentos em mais de 20%, o que mostra, de novo, enorme superávit na balança comercial do lado dos EUA”, disse em coletiva de imprensa. A fala ocorreu após a divulgação de informações sobre possível movimento do encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, quanto a eventuais acordos com o Brasil para a aquisição, pelos EUA, dos chamados minerais estratégicos, como lítio e nióbio.”
Fonte: InfoMoney; 25/07/2025
Internacional
Empresas
BP abandona projeto de hidrogênio verde na Austrália e muda para petróleo e gás
“A BP encerrará seu projeto de construção de uma instalação de produção de hidrogênio verde na Austrália, à medida que a gigante britânica do setor energético volta a se concentrar no petróleo e no gás, informou um porta-voz na quinta-feira. A empresa comunicou aos seus parceiros no Australian Renewable Energy Hub (AREH) que pretende sair do projeto como operadora e acionista, disse o porta-voz à Reuters em comunicado enviado por e-mail. A gigante do petróleo reduziu drasticamente os gastos planejados com energias renováveis e redirecionou os investimentos para petróleo e gás, após o desempenho abaixo do esperado nos últimos meses, que gerou críticas dos investidores. O AREH tem como objetivo desenvolver até 26 gigawatts (GW) de capacidade solar e eólica para produzir até 1,6 milhão de toneladas de hidrogênio verde por ano, tornando-se um dos maiores projetos de energia renovável do mundo. A BP detém atualmente uma participação de 63,57% no projeto, de acordo com o site da empresa. Os outros parceiros da joint venture incluem a InterContinental Energy e a CWP Global, ambas de capital privado.”
Fonte: Reuters; 24/07/2025
Política
EUA cancelam US$ 22 bi em projetos verdes após mudança na política energética de Trump
“Após uma mudança dramática na política energética americana com Trump, os EUA cancelaram US$ 22 bilhões (R$ 121,4 bi) de investimentos em projetos verdes durante o primeiro semestre de 2025 e um reflexo de uma série de empresas dando para trás em metas climáticas. De 2023 até a análise, o número somava apenas US$ 3 bilhões (R$ 16,6 bi), o que reflete a concentração neste ano sob a nova administração. Desde o dia de sua posse em janeiro, o novo presidente mostrou a que veio e um dos seus primeiros atos foi tirar o país do Acordo de Paris e o mote “drill, baby, drill” é proferido com frequência para sinalizar sua postura em prol da exploração de petróleo. Os cortes representam aproximadamente 17% dos US$ 133 bilhões (R$ 734,2 bi) para as iniciativas anunciados desde o início de 2022, segundo um levantamento da organização internacional de pesquisa E2. Os dados revelam que o setor de energia limpa enfrenta um período de retração significativa no país e os cancelamentos resultaram na perda de mais de 5 mil postos de trabalho no período. Entre as iniciativas mais emblemáticas abandonadas pelo governo americano, estão o plano de US$ 4,3 bilhões (R$ 23,7 bi) da General Motors para expandir uma de suas fábricas destinada à construção de novas picapes elétricas em Michigan. Em junho, o país registrou o pior cenário: US$ 6,7 bilhões (R$ 37 bi) em projetos cancelados, afetando cinco fábricas de baterias, sistemas de armazenamento e veículos elétricos nos estados do Colorado, Indiana e Michigan.”
Fonte: Eixos; 24/07/2025
“A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) planeja revogar todas as normas de emissão de gases de efeito estufa para veículos e motores leves, médios e pesados nos próximos dias, após remover as conclusões científicas que justificavam essas regras, segundo um resumo da proposta. Em um rascunho do resumo da proposta, visto pela Reuters, a agência deve afirmar que a Lei do Ar Limpo não autoriza a EPA a impor normas de emissão para lidar com as preocupações relacionadas às mudanças climáticas globais, e revogará a conclusão de que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de veículos e motores novos colocam em risco a saúde ou o bem-estar público. A proposta também deve justificar a revogação da conclusão de risco, questionando os registros científicos usados para fundamentá-la. “Propomos ainda, em alternativa, revogar as conclusões do Administrador porque a EPA analisou de forma irracional os registros científicos e porque os desenvolvimentos lançam dúvidas significativas sobre a confiabilidade das conclusões”, diz o resumo. A Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso histórico Massachusetts v. EPA, em 2007, afirmou que a EPA tem autoridade, sob a Lei do Ar Limpo, para regulamentar as emissões de gases de efeito estufa e exigiu que a agência fizesse uma constatação científica sobre se elas colocam em risco a saúde pública.”
Fonte: Reuters; 24/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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