Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,5% e 0,6%, respectivamente.
• No Brasil, (i) segundo o vice-presidente de Relações Públicas da Huawei para América Latina e Caribe, Atilio Rulli, a empresa chinesa tem interesse em investir no mercado brasileiro de data centers, mas aguarda uma MP do governo federal para definir a estratégia para o país – em evento no BNDES, o executivo ressaltou que o avanço da inteligência artificial exige que esses estímulos e incentivos do governo federal ocorram o mais rápido possível; e (ii) o presidente Lula assinou ontem o decreto que regulamenta o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), instituindo o conceito de Carro Sustentável e estabelecendo nova tabela do IPI com incentivos fiscais para veículos mais eficientes e com menor impacto ambiental – segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a medida zera o imposto para modelos compactos produzidos no Brasil que atendam critérios de baixa emissão, reciclabilidade e segurança.
• Na China, ações do setor solar do país registraram mais um dia de forte alta ontem após notícia de que Pequim pretende conter os cortes agressivos de preços que reduziram os valores de alguns componentes em quase 30% no ano até maio – o excesso de capacidade entre os fabricantes chineses e os cortes de preços para liquidar estoques desencadearam guerras de preços, gerando preocupação no mercado de que novas reduções possam consolidar a deflação e prejudicar os esforços para estabilizar o setor.
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Brasil
Empresas
Huawei diz que pretende investir em data centers no Brasil e aguarda MP
“A chinesa Huawei tem interesse em investir no mercado brasileiro de data centers, mas aguarda uma MP (medida provisória) do governo federal para definir a estratégia para o país, afirmou o vice-presidente de Relações Públicas da empresa para América Latina e Caribe, Atilio Rulli, nesta quarta-feira (9). Citando que a empresa já tem experiência internacional no setor de data centers, ele ressaltou que o avanço da IA (inteligência artificial) exige que esses estímulos e incentivos do governo federal ocorram em breve. “Temos total interesse [em investir] porque temos fornecimento de data centers tanto na parte de conectividade, armazenamento, quanto na parte de energia”, afirmou o executivo à Reuters em evento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sobre transição energética e sustentabilidade, no Rio de Janeiro. No final do mês passado, Igor Marchesini, assessor especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida provisória que prevê isenções tributárias para investimentos em tecnologia da informação desses empreendimentos no país já está na Casa Civil e deve ser encaminhada em breve ao Congresso. “Queremos que o governo implemente esses incentivos que são bons para o país e o tempo tem que ser agora. Nos próximos dois, três anos”, reforçou o executivo da companhia chinesa. Rulli também afirmou que a Huawei tem interesse em participar do leilão que o governo pretende promover pela primeira vez, entre o fim desse ano e 2026, para contratar baterias para o sistema elétrico.”
Fonte: CNN; 10/07/2025
O preço salgado para expor empresas na área nobre da COP30
“A tabela de preços para empresas interessadas em participar da Green Zone da COP30 já foi divulgada, com valores entre 1 250 e 1 500 dólares por metro quadrado. A Green Zone é o espaço principal da conferência onde o público circula, reunindo exposições, hubs temáticos e atividades relacionadas à ação climática e ao desenvolvimento sustentável. A gestão da Green Zone fica a cargo da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e da Pronto/RG. A COP30 será realizada em Belém, cidade que enfrenta desafios de infraestrutura para sediar o evento. A conferência contará também com a Blue Zone, espaço reservado para encontros oficiais e participação de chefes de estado. Entre os convidados está o Papa Leone XIV, que tem se manifestado com ênfase sobre a emergência climática nos últimos dias e recebeu vários convites para o evento.”
Fonte: Veja; 10/07/2025
Startup brasileira leva IA para previsão de risco climático
“A startup MeteoIA desenvolveu uma tecnologia que usa inteligência artificial para prever as oscilações do clima e permitir que empresas e instituições se preparem para os riscos climáticos. Chamado MIA, o sistema de modelagem é o primeiro desse tipo a chegar às prateleiras do mercado. O uso de computadores para projeções climáticas não é novidade. O diferencial está na aplicação da IA, que proporciona alta resolução, mais rapidez e menor custo. O sistema foi desenvolvido por Thomas Martin e Gabriel Perez, que fundaram a startup em 2018, e pode ser utilizado em diferentes setores, desde agronegócio e energia a transporte e seguros. O impacto econômico das mudanças climáticas foi um dos pontos de partida da MeteoIA. “O país inteiro está sujeito ao impacto climático. Quando o clima não está bom, não produz. A gente então viu que a IA poderia trazer várias soluções para diferentes setores”, afirma Martin. Primeiro a MeteoIA mapeia como o clima afeta as operações do cliente. Essa informação é somada a análises de séries históricas e outros dados atmosféricos relevantes para o desenvolvimento de modelos personalizados. Segundo Martin, o sistema da startup é capaz de identificar cenários futuros com até um ano de antecedência. Se, por exemplo, a produção de soja depende da chuva, a MeteoIA usa dados de produção agrícola e precipitação para treinar o modelo. Com a previsão de longo prazo, produtores podem tomar decisões antes do início da próxima estiagem.”
Fonte: Veja; 10/07/2025
Política
Governo zera IPI para carros sustentáveis produzidos no Brasil
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quinta-feira (10/7) o decreto que regulamenta o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), instituindo o conceito de Carro Sustentável e estabelecendo nova tabela do IPI com incentivos fiscais para veículos mais eficientes e com menor impacto ambiental. A medida zera o imposto para modelos compactos produzidos no Brasil que atendam critérios de baixa emissão, reciclabilidade e segurança, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Pelo texto, carros com emissão inferior a 83g de CO2 por quilômetro — considerado o ciclo poço a roda — compostos por mais de 80% de materiais recicláveis e montados no país (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país) terão IPI zerado. Os fabricantes deverão solicitar o credenciamento desses modelos junto ao MDIC, que publicará uma portaria com a lista de veículos habilitados a aplicar o desconto integral. Atualmente, a alíquota mínima para esses carros é de 5,27%. De acordo com o governo, o decreto entra em vigor em 90 dias e será válido até dezembro de 2026, antecipando os efeitos da reforma tributária com o esperado IPI Verde. Diferentemente do novo sistema de cálculo do IPI com decréscimos (bônus) e acréscimos (malus), “o Carro Sustentável entra em vigor amanhã [11/7], com imposto zero”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin (PSB). A alíquota base será de 6,3% para carros de passeio e de 3,9% para comerciais leves, podendo subir ou cair de acordo com as características do veículo.”
Fonte: Eixos; 10/07/2025
Carros a gasolina vão pagar mais imposto que modelos a etanol no Brasil
“O presidente Lula assinou nesta quinta-feira (10/7) um decreto que eleva as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos que emitem mais CO2, como os equipados com motores exclusivamente a combustíveis fósseis e híbridos que não sejam flex. O decreto também cria a modalidade de carro sustentável, no qual veículos compactos com alta eficiência energética-ambiental e fabricados no Brasil terão o IPI zerado. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) justificou que a medida não terá impacto fiscal, pois redefine a tabela do IPI, construída como um mecanismo de soma zero, em relação ao total de carros vendidos no Brasil. Com validade até dezembro de 2026, o decreto antecede os efeitos da Reforma Tributária. O novo sistema de cálculo do IPI, que entra em vigor em 90 dias, parte de uma alíquota base de 6,3% para veículos de passageiros e de 3,9% para comerciais leves, que poderá ser acrescida ou deduzida, a depender do grau de sustentabilidade ambiental do veículo. Além do critério adotado a partir da motorização, também serão observadas a eficiência energética, a potência, o desempenho estrutural, e tecnologias assistivas à direção e a reciclabilidade do veículo.”
Fonte: Eixos; 10/07/2025
Internacional
Empresas
Corrida contra o desastre climático: emissões globais precisam cair 50% até 2030, alertam cientistas
“Um grupo internacional de cientistas soou um novo alerta: o planeta está se aproximando de uma zona crítica, onde diversos sistemas climáticos podem entrar em colapso simultâneo. A avaliação foi feita durante um encontro recente em Exeter, no Reino Unido, que reuniu os principais especialistas em mudanças climáticas e riscos globais. A principal conclusão é clara e preocupante: o risco de ultrapassarmos pontos de inflexão climáticos aumentou consideravelmente, o que pode desencadear impactos devastadores para bilhões de pessoas em todo o mundo. Reduzir emissões pela metade: uma exigência imediata. Para evitar esse cenário, os pesquisadores defendem uma medida urgente: reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa pela metade a cada cinco anos, a partir de 2025. Isso significa um corte anual de aproximadamente 12%, um ritmo muito mais acelerado do que o atual. Segundo a ONG sueca Klimatkollen, que realizou projeções com base no orçamento de carbono de 2024 e no modelo conhecido como Carbon Law, essa redução é o mínimo necessário para manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 °C, um dos pilares do Acordo de Paris. Esse limite de 1,5 ºC está cada vez mais próximo de ser ultrapassado. O planeta já caminha para atingir esse patamar de aquecimento de forma permanente. Para evitar um cenário de instabilidade climática prolongada, o mundo só pode emitir mais 305 bilhões de toneladas de dióxido de carbono.”
Fonte: Veja; 10/07/2025
Ações de energia solar da China disparam com medidas de Pequim para acalmar guerra de preços
“Algumas ações do setor solar chinês registraram forte alta na quinta-feira, dando continuidade a uma valorização de vários dias após a notícia de que Pequim pretende conter os cortes agressivos de preços que reduziram os valores de alguns componentes em quase 30% no ano até maio, segundo estimativas. O excesso de capacidade entre os fabricantes chineses e os cortes de preços para liquidar estoques desencadearam guerras de preços, gerando preocupação entre analistas de que novas reduções possam consolidar a deflação e prejudicar os esforços para estabilizar a economia de US$ 19 trilhões. As ações da principal fabricante JA Solar subiram quase 10%, acumulando ganhos de 20% desde 1º de julho, quando os principais líderes da segunda maior economia do mundo prometeram medidas para conter as guerras de preços na indústria solar e em outros setores. Essa iniciativa foi seguida por uma promessa do Ministério da Indústria, em 3 de julho, de conter as guerras de preços e eliminar gradualmente a capacidade obsoleta na indústria solar. Os preços na indústria solar caíram quase 30% entre maio de 2024 e maio de 2025, conforme avaliação do Oil Price Information Service para módulos de contato passivado com óxido de túnel de alta eficiência. As ações das concorrentes Longi Green Energy, JinkoSolar e Trina Solar subiram mais de 10% neste mês. As empresas não responderam aos pedidos de comentário da Reuters. Na semana passada, a Longi informou à mídia estatal que anteciparia a comercialização de produtos de alta eficiência para superar o dilema dos preços baixos.”
Fonte: Reuters; 10/07/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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