Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,1%), enquanto o ISE recuou 0,5%.
• No Brasil, a Vivara anunciou Icaro Borrello como seu novo CEO, promovendo para o comando da empresa um executivo de confiança de Nelson Kaufman, controlador e fundador da rede de joalherias, e que tem liderado as transformações recentes na operação e rentabilidade do negócio - Icaro entrou na Vivara no início do ano como COO, e vai substituir Otavio Lyra, que assumiu o cargo em março.
• No internacional, (i) o governo do presidente Joe Biden está definindo planos para que os EUA tripliquem a capacidade de energia nuclear até 2050, com o aumento da demanda por essa tecnologia como fonte ininterrupta de energia livre de carbono - segundo o plano, os EUA devem implementar 200 gigawatts adicionais de capacidade de energia nuclear até a metade do século por meio da construção de novos reatores, reinicialização de usinas e atualizações das instalações existentes; e (ii) na COP29, os dez principais bancos multilaterais do mundo se comprometeram ontem a aumentar o financiamento climático para países de baixa e média renda para US$ 120 bilhões por ano até 2030, como parte dos esforços para chegar a um acordo sobre uma nova meta global de financiamento – o novo valor representa um aumento de mais de 60% em relação ao compromisso assumido pelo grupo no ano passado.
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Brasil
Empresas
Vivara nomeia novo CEO; Otavio Lyra deixa a companhia
"A Vivara anunciou Icaro Borrello como seu novo CEO, promovendo para o comando da empresa um executivo de confiança de Nelson Kaufman e que tem liderado as transformações recentes na operação e rentabilidade do negócio. Icaro entrou na Vivara no início do ano como COO, recrutado por Kaufman, o controlador e fundador da rede de joalherias que voltava ao dia a dia do negócio naquele momento. Ele vai substituir Otavio Lyra, que assumiu o cargo em março, depois de ter passado quatro anos como CFO. Lyra está de saída da companhia. Antes de entrar na Vivara, Icaro passou três anos na Alvarez & Marsal — metade do tempo no Brasil e metade em Nova York — onde trabalhava em projetos de melhoria de performance na indústria de bens de consumo e varejo. O executivo — que é formado em engenharia civil — também teve passagens pelo Carrefour Brasil e pelo Walmart, onde atuou em áreas como vendas digitais e logística. Desde que entrou na Vivara, Icaro tem liderado um trabalho de mudanças operacionais e redução de custos visando uma maior rentabilidade. “Temos que lembrar que no quarto tri do ano passado e no primeiro tri deste ano o lucro líquido estava caindo uns 7%, 8%, apesar da expansão forte do top line,” o executivo disse ao Brazil Journal. “A companhia estava perdendo força do ponto de vista de rentabilidade e começamos a fazer um trabalho para mudar isso baseado em quatro pilares.” O primeiro pilar — já praticamente finalizado — é a otimização operacional, com o enxugamento das equipes e a retirada de alguns layers hierárquicos, o que já deixou a empresa mais ágil e leve, segundo o novo CEO. "
Fonte: Eixos; 12/11/2024
Imposto sobre painéis solares ameaça empregos no setor, diz Absolar
"A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) criticou a decisão do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que deliberou pelo aumento de 9,6% para 25% do imposto de importação das células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares (extra-quota), válido a partir de 30 de junho de 2025. O imposto intra-quota continua zerado até lá. O pleito partiu da BYD Energy e da Sengi Solar Importação e Exportação. A justificativa apresentada pelo MDIC para o aumento é o fortalecimento da produção local e a geração de empregos no país. Porém, para a Absolar a medida pode ter efeito contrário e aumentar o desemprego e provocar fuga de capital. “[O aumento do imposto] representa um grande retrocesso na transição energética e uma afronta aos consumidores e ao mercado”. Segundo levantamento realizado pela Absolar, pelo menos 281 projetos de empreendimentos, que juntos somam mais de R$ 97 bilhões em investimentos, estão em potencial risco. Eles gerariam 750 mil novos empregos e a redução da emissão de 39,1 milhões de toneladas de CO2. A associação também questiona o timing da mudança na tributação, em meio à 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP29). “O governo brasileiro contradiz compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas (…) Quando o mundo reforça suas metas climáticas, o país deveria adotar medidas que incentivassem a expansão da energia limpa, e não o oposto”, afirma. Na reunião desta segunda-feira (11/11), o Gecex também decidiu zerar o imposto de importação de 13 produtos, entre eles, os perfis planos de fibra de carbono utilizados na fabricação de pás eólicas, cuja tarifa de importação era de 12,6%."
Fonte: Eixos; 12/11/2024
Política
Meta climática do Brasil é ambiciosa e factível, rebate Alckmin na COP29
"O vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta terça (12/11) que a meta climática que o Brasil detalhará nos próximos dias é “ambiciosa, mas também factível”. A declaração ocorreu durante o discurso o Segmento de Alto Nível da 29ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP29). “Terei a honra de apresentar, nesta COP29, a NDC do Brasil. Nossa meta reflete nossa mais alta ambição, a redução de emissões de até 67% até 2035, comparada ao ano de 2005. Ambiciosa certamente, mas também factível”. Na sexta à noite, às vésperas de embarcar para Baku, capital do Azerbaijão, que sedia a COP29, o governo brasileiro informou que a atualização de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) ao Acordo de Paris buscará uma redução de emissões entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 2035. Os detalhes da NDC, no entanto, ainda não foram divulgados. A expectativa é que isso ocorra amanhã (13), durante a cúpula climática. Por enquanto, os números estão sendo criticados por ambientalistas, que avaliam os limites como insuficientes para cumprir a ambição de limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC até 2100. Ao discursar nesta terça, Alckmin disse que para a implementar a ambição brasileira será preciso assegurar as condições adequadas, como financiamento internacional e mercados de carbono — as duas principais pautas desta COP. “Nossa NDC é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões para 2035. Ela reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global, com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável”, completou."
Fonte: Eixos; 12/11/2024
Com Alckmin e Marina, Brasil inaugura espaço de participação social na COP29
"O Brasil inaugurou, nesta terça-feira (12), um pavilhão de participação social na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão. O espaço, que traz como tema “Caminhos para a Transformação Ecológica”, é um local de encontro, diálogos e apresentação das iniciativas brasileiras de enfrentamento às mudanças climáticas. Com a presença de toda a delegação brasileira e uma plateia que ocupou totalmente o espaço brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) destacou o protagonismo do país nos debates e negociações globais sobre as mudanças climáticas. “Nós temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa do mundo – 85% é energia hidráulica, solar, elétrica, de biomassas –, temos o biodiesel, o melhor do mundo, além da lei do combustível do futuro”, afirmou. Alckmin destacou ainda a regulamentação do mercado de carbono no Congresso Nacional, a redução do desmatamento e a entrega das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), que considerou extremamente ousadas. “Nós vamos sair de 2,2 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente para buscar a meta de 850 milhões de toneladas de CO₂ equivalente, em 2035”, disse o vice-presidente. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), destacou que as ações em discussão no encontro em Baku conduzirão o Brasil a receber a COP30, em 2025, em Belém (PA). “Qual é o indicador de sucesso desta COP29, para além de tantos temas que estão postos aqui? Com certeza, são os mecanismos de financiamento, sem os quais aquilo que nós anunciarmos virarão apenas enunciados”, reforçou."
Fonte: InfoMoney; 12/11/2024
Brasil irá alcançar meta climática por contemplar todos setores da economia, diz Marina Silva
"Alguns dias antes da COP29 em Baku, no Azerbaijão, o Brasil atualizou sua meta climática (a NDC ou Contribuição Nacionalmente Determinada) e estabeleceua meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 67% até 2035. Isto significaria chegar a 850 milhões de toneladas de CO2 em números absolutos, dentro dos objetivos previstos no Acordo de Paris. Embora tenha recebido críticas de ambientalistas e especialistas por não ser suficiente para a descarbonização, Marina Silva destacou nesta terça-feira (12) que a revisão é ambiciosa e o Brasil quer liderar pelo exemplo. "Já estamos chegando aqui em Baku com resultados que são altamente sustentadores dessa posição", disse em conversa com jornalistas durante a Conferência do Clima da ONU (COP29), no Azerbaijão. Na quarta-feira (13), o país irá apresentar oficialmente todos os detalhes de seu novo compromisso para combater a crise climática e o documento será entregue pelo vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, a Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Segundo a ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o alcance da nova NDC será possível graças a um detalhamento que contempla metas para todos os setores da economia e considera todos os gases causadores do efeito estufa. "É uma metodologia que se estende ao transporte, indústria, agricultura e também desmatamento. É assim que iremos conseguir", destacou. Marina Silva também reforçou o compromisso brasileiro com o desmatamento zero e a implementação de estratégias que sustentam a agenda, como o plano de transformação ecológica, plano clima e plano de prevenção e controle do desmatamento para todos os biomas."
Fonte: Exame; 12/11/2024
Haddad entra na lista dos 100 líderes climáticos mais influentes nos negócios da 'Time'
"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi eleito como um dos 100 líderes climáticos mais influentes nos negócios em 2024 pela revista "Time". O ministro foi enquadrado na categoria ‘Titãs’ ao lado de nomes como Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, e Bill Gates. Único brasileiro a compor a lista, Haddad afirmou à revista que “é impossível enfrentar o desafio climático sem olhar para sua conexão íntima com as finanças internacionais”. De acordo Haddad, o objetivo do plano de transformação climática proposto por ele é mostrar que o planeta é capaz de conciliar uma agenda ambiciosa de sustentabilidade com uma agenda econômica produtiva ambiciosa. Essa é “a mensagem que queremos enviar ao mundo”, quando o país sediar o G20 na próxima semana, no Rio de Janeiro, e a COP30 no ano que vem, em Belém, destacou Haddad. Conhecido por ser um defensor da agenda sustentável, Haddad já liderou diversos projetos de enfrentamento às mudanças climáticas em colaboração com a agenda econômica, como a emissão de títulos verdes pelo Tesouro Nacional e a Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica, que tem como objetivo atrair investimentos internacionais para projetos de economia verde."
Fonte: Valor Econômico; 12/11/2024
Internacional
Empresas
Emergentes superam US$ 100 bi em investimentos renováveis pela primeira vez
"Pela primeira vez, os mercados emergentes, sem a China, superam a marca de US$ 100 bilhões em investimentos combinados, com as renováveis respondendo pela maior parcela das adições de capacidade em 2023, mostra o Climatescope elaborado pela BloombergNEF. Lançado nesta terça (12/11) em Baku, no Azerbaijão, durante a conferência climática das Nações Unidas (COP29), o estudo aponta que 77% das adições de capacidade elétrica em 110 economias emergentes vieram de solar e eólica no ano passado, com os investimentos em renováveis alcançando US$ 116 bilhões. O volume representa 17,5% do investimento global em transição, bem abaixo do necessário, mas o crescimento anual mais expressivo da década. Esse movimento acompanha o avanço na implementação de políticas de transição energética: 95% dos países pesquisados têm metas de energia limpa. O capital, no entanto, está concentrado em algumas regiões, deixando as economias de baixa renda para trás na corrida em direção à descarbonização da economia. “Se compararmos os 15 países que estão no topo com os 15 países que estão no fim do ranking, percebemos que os que estão melhores receberam, nos últimos cinco anos, 423 vezes mais investimento”, comenta Luiza Demoro, chefe global de Transição Energética na BloombergNEF. Brasil, Índia, Turquia, Vietnã e Taiwan foram os cinco países que mais atraíram investimentos em renováveis na última década, a maior parte destinada a solar e eólica. “Não existe correlação mais clara do que isso. Não existe investimento fluindo sem o dever de casa feito para implementar as políticas, para diminuir barreiras, para criar os incentivos financeiros e os mecanismos que são necessários”, completa Demoro."
Fonte: Eixos; 12/11/2024
Emissões globais de CO2 atingirão recorde em 2024, diz relatório
"As emissões globais de dióxido de carbono, incluindo as provenientes da queima de combustíveis fósseis, devem atingir um recorde este ano, afastando ainda mais o mundo da possibilidade de evitar extremos climáticos mais destrutivos, disseram cientistas na quarta-feira. O relatório Global Carbon Budget (Orçamento Global de Carbono), publicado durante a cúpula climática COP29 da ONU, no Azerbaijão, disse que as emissões globais de CO2 devem totalizar 41,6 bilhões de toneladas métricas em 2024, acima dos 40,6 bilhões de toneladas do ano passado. A maior parte dessas emissões é proveniente da queima de carvão, petróleo e gás. Essas emissões totalizariam 37,4 bilhões de toneladas em 2024, um aumento de 0,8% em 2023, segundo o relatório. O restante é proveniente do uso da terra, uma categoria que inclui desmatamento e incêndios florestais. O relatório elaborado por mais de 80 instituições foi liderado pela Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha. “Não vemos nenhum sinal de que as emissões de combustíveis fósseis atingirão o pico em 2024”, disse o autor principal Pierre Friedlingstein, cientista climático da Universidade de Exeter. Se não houver cortes imediatos e acentuados nas emissões em todo o mundo, “iremos direto para a meta de 1,5 ºC, passaremos por ela e continuaremos”, disse ele. Os países concordaram, no âmbito do Acordo de Paris de 2015, em tentar impedir que as temperaturas globais subam mais de 1,5 grau Celsius (2,7 graus Fahrenheit) para evitar os piores impactos da mudança climática. Isso exigiria cortes drásticos nas emissões todos os anos, de agora até 2030 e depois."
Fonte: Reuters; 12/11/2024
"As ações da Siemens Energy subiram 20% na quarta-feira, depois que a empresa divulgou um lucro líquido anual de mais de 1 bilhão de euros e melhorou suas metas de médio prazo, enquanto começa a sair de uma crise em sua divisão de turbinas eólicas. O grupo alemão de engenharia de energia anunciou um lucro líquido de 1,3 bilhão de euros para seu ano fiscal de 2024, que terminou no final de setembro. Isso se compara a um prejuízo histórico de 4,6 bilhões de euros no ano anterior, depois que a empresa revelou problemas técnicos em algumas de suas turbinas e foi forçada a aceitar um resgate de 15 bilhões de euros apoiado pelo governo. Embora o executivo-chefe Christian Bruch tenha se recusado a dizer que a Siemens Energy havia deixado a crise das turbinas eólicas para trás, ele disse que a empresa não havia descoberto novas falhas técnicas em suas turbinas e que havia “alcançado tudo o que queríamos em 2024”. No entanto, ele advertiu que “ainda não terminamos em termos de resolver as questões de qualidade. Estamos cientes de que isso continuará sendo um trabalho árduo”. A empresa, que foi desmembrada do conglomerado Siemens em 2020, atualizou sua perspectiva de médio prazo, elevando sua meta de margem de lucro para o ano fiscal de 2028 de um mínimo de 8% para entre 10% e 12%. A empresa disse que seu melhor desempenho em 2024 foi impulsionado por fortes pedidos para suas divisões de fornecimento de serviços de gás, tecnologias de rede e transformação do setor. A divisão de turbinas eólicas registrou um prejuízo de 472 milhões de euros, uma melhora em relação ao prejuízo de 670 milhões de euros do ano anterior."
Fonte: Financial Times; 13/11/2024
Política
EUA revelam plano para triplicar a energia nuclear até 2050 com o aumento da demanda
"O governo do presidente Joe Biden está definindo planos para que os EUA tripliquem a capacidade de energia nuclear até 2050, com o aumento da demanda por essa tecnologia como fonte ininterrupta de energia livre de carbono. De acordo com um roteiro que está sendo revelado na terça-feira, os EUA implementariam 200 gigawatts adicionais de capacidade de energia nuclear até a metade do século por meio da construção de novos reatores, reinicialização de usinas e atualizações das instalações existentes. No curto prazo, a Casa Branca pretende ter 35 gigawatts de nova capacidade em operação em pouco mais de uma década. “Nos últimos quatro anos, os Estados Unidos realmente estabeleceram a capacidade industrial e a memória muscular em toda a economia para executar esse plano”, disse Ali Zaidi, consultor nacional de clima da Casa Branca. O governo de Biden está abordando questões que têm dificultado os desenvolvimentos nucleares, incluindo a falta de mão de obra qualificada, fornecimento de combustível doméstico e infraestrutura regulatória, disse ele. “Eliminamos muitos dos impedimentos que impediam a expansão dessa fonte de eletricidade livre de carbono”, disse Zaidi em uma entrevista. A estratégia pode ganhar apoio contínuo do presidente eleito Donald Trump, que defendeu novos reatores nucleares na campanha como forma de ajudar a fornecer eletricidade a data centers e fábricas que consomem muita energia."
Fonte: Bloomberg; 12/11/2024
Starmer: Nova meta do Reino Unido para reduzir 81% das emissões até 2035
"O primeiro-ministro Sir Keir Starmer anunciou novas metas de mudança climática em uma cúpula global, dizendo que quer que o Reino Unido lidere a redução de emissões. O Reino Unido agora terá como objetivo um corte de 81% em suas emissões até 2035, disse ele à conferência das partes da ONU (COP29) no Azerbaijão. A meta atualiza uma promessa de 78% até 2035 feita pelo governo conservador anterior, embora isso também incluísse as emissões da aviação internacional e do transporte marítimo, e vai além de outra promessa de redução de 68% até 2030. Sir Keir insistiu que o governo não iria “dizer às pessoas como viver suas vidas”, mas que a meta era vital para a futura prosperidade e segurança energética do Reino Unido. O primeiro-ministro disse que a nova meta se baseia nas recomendações do comitê independente de mudanças climáticas do Reino Unido (CCC), que visa limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis de 1990. Ele foi um dos sete líderes do G20 presentes na cúpula, com 13 ausentes, incluindo os primeiros-ministros dos EUA, China, França e Alemanha. Sir Keir não quis se pronunciar sobre suas opiniões a respeito do presidente eleito Donald Trump, que prometeu reduzir as regras climáticas durante sua campanha eleitoral. Ele disse: “Não se enganem, a corrida é pelos empregos de energia limpa do futuro, a economia de amanhã, e eu não quero estar no meio do pelotão - quero estar à frente do jogo”. A meta será incluída nos documentos a serem apresentados ao Parlamento até fevereiro e, embora Sir Keir não tenha anunciado nenhuma política nova, ele se comprometeu a continuar fornecendo £11,6 bilhões em financiamento climático até março de 2026, uma promessa feita pelo governo anterior."
Fonte: BBC; 12/11/2024
"O presidente eleito Donald Trump deve manter os EUA envolvidos nos esforços globais para lidar com as mudanças climáticas, disse o CEO da Exxon Mobil, na terça-feira. Trump deve tentar trazer uma abordagem de “bom senso” para a Conferência anual da ONU sobre Mudanças Climáticas e “continuar a fazer com que os EUA influenciem as políticas em todo o mundo”, disse Woods ao programa “Squawk Box” da CNBC na terça-feira. Woods falou na conferência sobre o clima, que teve início esta semana em Baku, no Azerbaijão. Trump retirou os EUA do acordo climático de Paris em 2017 e espera-se que o faça novamente em seu segundo mandato. O presidente Joe Biden assinou uma ordem para voltar a participar do acordo em seu primeiro dia no cargo em 2021, uma decisão que a Exxon apoiou. Trump criticou o Acordo de Paris como “horrivelmente injusto para os EUA” e prometeu rescindir todos os fundos não gastos sob a Lei de Redução da Inflação em um discurso no Clube Econômico de Nova York em setembro. Ele fez da política de energia uma parte central de sua plataforma de campanha, pedindo a produção irrestrita de combustíveis fósseis. A Exxon tem planos de investir US$ 20 bilhões até 2027 em tecnologia de captura e armazenamento de carbono, combustível de hidrogênio e mineração de lítio nos EUA para baterias de veículos elétricos. Woods disse à CNBC na terça-feira que os investimentos da Exxon em tecnologias para reduzir as emissões dependem de créditos tributários federais que foram estabelecidos ou ampliados sob o IRA."
Fonte: CNBC; 12/11/2024
Fundo para perdas e danos pela mudança climática está 'pronto' para entrar em vigor
"O tão aguardado fundo para perdas e danos climáticos, que visa apoiar países vulneráveis diante dos impactos da mudança climática, está programado para iniciar a distribuição de recursos em 2025. O anúncio foi feito por autoridades durante a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, nesta terça-feira, 12. Quase 200 nações concordaram, na COP28, com a criação de um fundo dedicado à ajuda a países em desenvolvimento, oferecendo suporte para reconstrução após desastres climáticos. Segundo cientistas, a mudança climática intensifica a frequência e a gravidade de eventos extremos, como inundações e furacões. “O fundo de perdas e danos está pronto para desembolsar financiamento”, declarou Ibrahima Cheikh Diong, diretor-executivo do Senegal, durante a assinatura dos protocolos oficiais que formalizam a iniciativa. O lançamento do fundo é visto como um marco nas negociações entre países do Norte e do Sul global em relação ao financiamento climático, um tema central na COP29. Alguns países ricos, como Alemanha, França, Emirados Árabes Unidos e Dinamarca, já se comprometeram a contribuir com 722 milhões de dólares (4,16 bilhões de reais). No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou o montante, afirmando que “não chega nem perto de reparar os danos infligidos aos vulneráveis” e comparou a quantia à renda anual dos dez jogadores de futebol mais bem pagos do mundo. Ele ressaltou que o valor atual “não representa nem um quarto dos danos causados no Vietnã pelo furacão Yagi”. Estima-se que os danos resultantes de desastres climáticos somem bilhões de dólares."
Fonte: Exame; 12/11/2024
China pede “diálogo construtivo” sobre mudança climática com Donald Trump
"A China pediu que os EUA se engajem em um “diálogo construtivo” para lidar com as mudanças climáticas no futuro, em um ataque velado ao novo governo de Donald Trump durante a cúpula da ONU COP29 em Baku. Liu Zhenmin, enviado da China para assuntos climáticos, disse esperar que “a cooperação na ação climática global continue a ser aprimorada” entre as duas maiores economias do mundo, ao se juntar ao principal diplomata climático do presidente dos EUA, Joe Biden, para pedir ações contra o metano e outros superpoluentes. Em contraste com a posição do novo presidente dos EUA, Trump, que descreveu a mudança climática como uma farsa, Zhenmin disse que a China estava “firmemente comprometida” em melhorar seus controles sobre o metano e outros poluentes que não são dióxido de carbono. “A mudança climática é agora um desafio global urgente que exige uma resposta coletiva da comunidade internacional”, disse Zhenmin aos dignitários reunidos, atraindo uma salva de palmas. Combater as emissões de metano escapadas ou queimadas, o principal componente do gás, dos óxidos nitrosos e dos hidrofluorcarbonos, é a maneira mais rápida de limitar o aquecimento global, pois as moléculas retêm mais calor do que o CO₂, embora tenham uma vida útil mais curta. Trump ameaçou reverter décadas de progresso dos EUA em relação à mudança climática, inclusive retirando os EUA novamente do Acordo de Paris da ONU, o acordo que impulsiona a cooperação climática global entre os países, e reformulando as regras da era Biden para reduzir as emissões de gases de efeito estufa."
Fonte: Financial Times; 12/11/2024
EUA estabelecem taxa de metano para emissores de petróleo e gás no final do mandato de Biden
"O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, finalizou na terça-feira uma taxa de metano para grandes produtores de petróleo e gás com o objetivo de reduzir as emissões do poderoso gás de efeito estufa, mas que provavelmente será descartada pela nova presidência de Donald Trump. A taxa de metano está entre as últimas ações que o governo cessante tomou para combater o segundo gás de efeito estufa mais prevalente, depois do dióxido de carbono, que tende a vazar para a atmosfera sem ser detectado em locais de perfuração, gasodutos e outros equipamentos de petróleo e gás. A taxa começará em US$ 900 por tonelada métrica de metano emitida em 2024, aumentará para US$ 1.200 em 2025 e US$ 1.500 a partir de 2026. De acordo com as regras, ela se aplicaria apenas a instalações que liberam mais de 25.000 toneladas por ano de dióxido de carbono equivalente, segundo o anúncio da Agência de Proteção Ambiental. O governo Biden anunciou a regra no segundo dia da conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas COP29 em Baku, Azerbaijão, que inclui um evento paralelo especial sobre metano. Os EUA lideraram a pressão por um Compromisso Global de Metano, um pacto voluntário assinado por mais de 100 países que busca reduzir as emissões globais de metano em 30% até 2030. O maior produtor de petróleo e gás do mundo também fez da cooperação em relação ao metano um ponto central de seu compromisso climático com a China. A taxa foi determinada pela Lei de Redução da Inflação de 2022. No ano passado, a EPA finalizou os padrões de emissão de metano para o setor de petróleo e gás, mas não havia concluído as regras para a taxa destinada a penalizar as empresas que não cumprirem esses padrões."
Fonte: Reuters; 12/11/2024
Líderes do FMI e do Banco Mundial prometem, na cúpula climática da ONU, trabalhar com Trump
"Os chefes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional disseram na terça-feira que trabalharão com a nova administração do republicano Donald Trump nos Estados Unidos para continuar a fornecer financiamento aos países em desenvolvimento atingidos pelas mudanças climáticas. A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, disse em um painel durante a cúpula climática COP29 da ONU no Azerbaijão que o credor global havia trabalhado com Trump durante seu mandato anterior e esperava fazê-lo novamente. “Eles têm um mandato do povo americano”, disse ela. Georgieva disse que estava confiante de que o setor privado dos EUA continuaria a investir em tecnologias verdes. “É uma proposta comercial ficar à frente da curva, e não tenho dúvidas de que isso continuará”, disse ela. A eleição de Trump, que deve afastar os Estados Unidos dos esforços globais de combate às mudanças climáticas, levantou questões sobre a capacidade do FMI e do Banco Mundial - onde os EUA são o maior acionista - de aumentar o financiamento para os países em torno de questões relacionadas ao clima. A cúpula deste ano deve se concentrar em levantar centenas de bilhões de dólares para financiar uma transição global para fontes de energia mais limpas e limitar os danos climáticos causados pelas emissões de carbono dos maiores países do mundo, incluindo os EUA. Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, disse que Trump venceu por uma margem histórica, o que exigiu respeito, e destacou o trabalho do banco para se tornar mais eficiente e eficaz, ao mesmo tempo em que incentivou o aumento do investimento privado em financiamento climático."
Fonte: Reuters; 12/11/2024
"Os principais bancos multilaterais do mundo se comprometeram a aumentar o financiamento climático para países de baixa e média renda para US$ 120 bilhões por ano até 2030, como parte dos esforços em negociações globais no Azerbaijão na terça-feira para chegar a um acordo sobre uma meta anual ambiciosa. Reafirmando a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius (2,7 graus Fahrenheit) acima da média pré-industrial até 2050, o novo valor representa um aumento de mais de 60% em relação ao que o grupo de 10 bancos multilaterais de desenvolvimento havia canalizado para as nações mais pobres no ano passado, de acordo com uma declaração divulgada durante a cúpula climática da ONU em Baku, capital do Azerbaijão. O novo valor inclui US$ 42 bilhões para ajudar na adaptação aos impactos de condições climáticas extremas, um aumento de 70% em relação ao valor de 2023. Com a expectativa de que o governo dos EUA, sob o comando de Donald Trump, se afaste dos esforços globais para combater as mudanças climáticas e muitos outros países cortem a ajuda ao desenvolvimento, está sendo dada mais ênfase em ajudar o setor privado a aumentar seu financiamento para o clima. “O financiamento dos bancos multilaterais de desenvolvimento é mais necessário para os países mais pobres, já que os governos mais ricos geralmente têm acesso mais fácil a dívidas baratas”, disse Clare Shakya, diretora-gerente global de clima da Nature Conservancy. No futuro, o grupo de bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento e o Banco Asiático de Desenvolvimento, disse que o objetivo de seus empréstimos seria atrair mais US$ 65 bilhões em dinheiro do setor privado."
Fonte: Reuters; 12/11/2024
O Azerbaijão, anfitrião da COP29, ataca o Ocidente em defesa do petróleo e do gás
"O presidente do Azerbaijão, anfitrião da cúpula climática da ONU deste ano, atacou os críticos ocidentais do setor de petróleo e gás de seu país na terça-feira. Em seu discurso principal na cúpula climática COP29, onde quase 200 nações estão negociando ações globais sobre as mudanças climáticas, o presidente Ilham Aliyev descreveu seu país como vítima de uma “campanha bem orquestrada de calúnia e chantagem”. Em poucos instantes, o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, subiu ao palco para dizer que dobrar o uso de combustíveis fósseis era uma estratégia absurda. Os pontos de vista opostos ressaltaram o desafio que está no centro das negociações sobre o clima: enquanto as nações são instadas a mudar para fontes de energia verde, muitas, inclusive as ricas nações ocidentais, continuam a depender dos combustíveis fósseis. O Ministério das Finanças do Azerbaijão disse que a participação do petróleo e do gás como contribuição para a economia estava diminuindo à medida que o país se diversificava. “Como presidente da COP29, é claro, seremos um forte defensor da transição verde, e estamos fazendo isso. Mas, ao mesmo tempo, precisamos ser realistas”, disse Aliyev, que rotulou os recursos de petróleo e gás de seu país como um ‘presente de Deus’. “Os países não devem ser culpados por tê-los e não devem ser culpados por trazer esses recursos ao mercado, porque o mercado precisa deles. As pessoas precisam deles.”
Ele destacou os Estados Unidos, o maior emissor histórico de carbono do mundo, e a União Europeia como alvo de críticas específicas, acusando-os de dois pesos e duas medidas."
Fonte: Reuters; 12/11/2024
OMS, The Lancet e Unicef fazem apelo por integração da saúde nos planos de ação climática
"Representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Unicef e da revista cientifica “The Lancet” fizeram um apelo pela integração do tema saúde nos planos de ação contra a mudança climática, durante um painel realizado nesta terça-feira (12) por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) em Baku, no Azerbaijão. O painel “Climate and Health”, segundo Hande Harmanci, chefe do escritório da OMS no Azerbaijão, foi criado para incentivar a promoção do “argumento da saúde a favor das ambições de ações climáticas urgentes para a saúde e o bem-estar de todos”. Parafraseado o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, Harmanci afirmou que “a crise climática também é uma crise de saúde” e disse que priorizar a saúde e o bem-estar não é apenas um imperativo moral e legal, mas uma oportunidade estratégica de um futuro mais justo e igualitário. Outra representante da OMS, a médica espanhola Maria Neira abordou o relatório “Health is the argument for climate action”, elaborado pela organização em colaboração com mais de 100 organizações e 300 peritos, que enfatiza a saúde como o argumento definitivo para a ação climática entre as pessoas, o local e o planeta. “As razões para ser o argumento é que a contaminação do meio ambiente está nos deixando doentes, porque afeta a maneira como produzimos nossa comida, polui a água que bebemos e a água do mar, onde buscamos alimentos, o ar que respiramos, força a população a se deslocar e afeta a saúde mental das pessoas no geral”, comentou Neira."
Fonte: Valor Econômico; 12/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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