Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 1,38% e 1,52%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a CVM publicou nesta semana uma norma que regulamenta os Fiagros e abre a possibilidade de que eles apliquem em créditos de carbono originados no contexto da atividade do agronegócio – o texto foi bem recebido por ter acolhido várias demandas do mercado, ao mesmo tempo em que não limita a aplicação ao mercado regulado de carbono, que ainda não existe no Brasil; e (ii) a Braskem e a University of British Columbia anunciaram que vão estudar a viabilidade de produção de metanol a partir de monóxido de carbono (CO) em um reator eletroquímico - segundo a companhia, a rota eletroquímica explorada nesse projeto busca conseguir um produto com baixa pegada de carbono e que reduza o custo total de produção da solução integrada.
• Na política, o Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou ontem a adesão do Brasil à iniciativa de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), promovida pela Clean Energy Ministerial - a iniciativa integra 15 países que lideram esforços globais para acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de CCUS no mundo.
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Brasil
Empresas
Braskem estuda produção de metanol com CO2 capturado
"A Braskem e a University of British Columbia (UBC) anunciam na quarta (2/10) que vão estudar a viabilidade de produção de metanol a partir de monóxido de carbono (CO) em um reator eletroquímico. Segundo a companhia, o CO é um importante intermediário que pode ser obtido pela captura e conversão do CO2. O projeto, que terá duração de um ano, será financiado totalmente pela Braskem, que busca alternativas para descarbonizar seus produtos. “O metanol é um composto químico importante na indústria química que pode ser utilizado como matéria-prima em diversos processos produtivos. A rota eletroquímica explorada nesse projeto busca conseguir um produto com baixa pegada de carbono e reduzir o custo total de produção da solução integrada, incluindo a geração in situ de hidrogênio de baixo carbono, o que irá torná-lo mais atrativo economicamente”, diz Márcio Rebouças, líder da Plataforma de Tecnologias de Descarbonização da Braskem. O produto, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico de extrema importância para diversas indústrias e atualmente é obtido a partir de fontes não-renováveis, tais como carvão e gás natural. Atualmente, já é possível integrá-lo à cadeia petroquímica, uma vez que existe a possibilidade de converter o metanol em olefinas e aromáticos ou utilizá-lo diretamente como combustível. Curtis Berlinguette, pesquisador e professor de Química e Engenharia Química e Biológica na UBC, conta que a equipe de pesquisadores já demonstrou que o reator de membrana, chamado ‘Thor’, é capaz de impulsionar a produção de peróxido de hidrogênio, biodiesel e produtos farmacêuticos usando apenas água e eletricidade."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
Empresas listadas na bolsa reduziram diversidade na alta liderança no último ano, aponta B3
"A B3, a bolsa de valores brasileira, divulgou a quarta edição do estudo "Mulheres em Ações", que mapeia a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança de 359 empresas de capital aberto. O levantamento traz um cenário preocupante sobre a diversidade no mercado brasileiro, indicando que 56% das empresas não têm mulheres em suas diretorias estatutárias e 37% não contam com presença feminina nos conselhos de administração. O estudo, que levou em conta os dados de 359 empresas listadas, apresenta uma situação ainda mais preocupante quando falamos de cor e raça. Das companhias avaliadas, 98,6% não têm nenhum diretor estatutário preto e 87,7% não possuem diretores pardos. Na comparação com o último ano, houve uma piora: no último ano eram 337 empresas sem pessoas pretas na diretoria estatutária, enquanto neste ano são 354. Entre pardos, a representatividade era inexistente em 305 empresas, enquanto atualmente são 315. No caso dos conselhos de administração, 96,6% não possuem conselheiros pretos e 90% não contam com conselheiros pardos. Esses números representam um aumento amargo em comparação ao ano anterior, quando 337 empresas não tinham diretores pretos e 328 não tinham conselheiros negros, contra os 347 e 323 atuais, respectivamente. Segundo Flavia Mouta, diretora de Emissores da B3, a presença de uma única pessoa de grupos sub-representados nos órgãos de administração pode ter efeitos limitados."
Fonte: Exame; 03/10/2024
Fundos de agro recebem sinal verde para investir em crédito de carbono
"Um novo mercado para os créditos de carbono brasileiros se abre com a edição da nova norma dos Fiagros, fundos que investem nas cadeias produtivas do agronegócio. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou nesta semana uma norma que regulamenta esse tipo de veículo de investimento e, entre as novidades, abre a possibilidade de que eles apliquem em créditos de carbono originados no contexto da atividade do agronegócio. A norma foi bem recebida por ter acolhido várias demandas do mercado e não limitar a aplicação ao mercado regulado de carbono, que ainda não existe no Brasil, como outras normas do regulador do mercado de capitais. A possibilidade de que esse ativo chegue a fundos oferecidos a investidores do varejo também foi comemorada. A norma define créditos de carbono do agronegócio da seguinte forma: “Títulos representativos da efetiva redução da emissão ou da remoção de gases do efeito estufa da atmosfera, nos termos da legislação e regulamentação específicas, originados no âmbito das atividades das cadeias produtivas do agronegócio". Aqui vale a pena uma breve recapitulação sobre os mercados de carbono. O chamado regulado, tema de um PL em tramitação no Senado, representa um mecanismo que obriga empresas de setores muito poluentes a reduzir suas emissões. Isso tipicamente se faz num ambiente de cap and trade. Grosso modo, entes regulados que forem além de sua obrigação de cortes negociam seus excedentes com quem está devendo. No mercado voluntário, não há regulamentação nenhuma."
Fonte: Capital Reset; 04/10/2024
Política
Há uma disputa diplomática em torno de soluções para o clima, afirma presidente do BNDES
"O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou nesta quinta-feira (3/10) a existência de uma intensa disputa diplomática internacional sobre as soluções para enfrentar a crise climática. Segundo ele, essa disputa envolve principalmente os mecanismos que estão sendo discutidos para reduzir emissões e promover a sustentabilidade, com potencial de gerar desigualdades entre países ricos e pobres. “Há uma disputa diplomática estratégica em torno das formas que estão sendo construídas para enfrentamento da crise climática”, afirmou Mercadante à agência eixos. Ele citou como exemplo a discussão sobre taxação de emissões na Organização Marítima Internacional (IMO), órgão da ONU responsável pela regulamentação do comércio marítimo global. Mercadante lembrou que “90% de todo o comércio federal mundial é feito de mar” e que, a partir de 2027, haverá uma “luta com emissões de gases de carbono”. A questão central, segundo o presidente do BNDES, é quem conseguirá desenvolver “motores de navios com energia renovável” para obter uma “vantagem competitiva decisiva”. Isso porque de acordo com a resolução atual da IMO não são aceitos, como rotas de descarbonização dos navios, os biocombustíveis de primeira geração, como etanol e biodiesel, em que o Brasil tem vantagem competitiva. Ele alertou que essa disputa pode prejudicar os países mais pobres, aumentando o custo de produção para eles e favorecendo as economias mais ricas, que têm maior capacidade de adaptação."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
TCU apresenta ferramenta de auditoria ambiental que será lançada na COP29
"O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou nesta quinta-feira (3/10), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, a ferramenta ClimateScanner, que será lançada oficialmente na COP29, que vai acontecer em novembro no Azerbaijão. O anúncio foi feito pelo ministro presidente do TCU, Bruno Dantas, que liderou a iniciativa. “Reunimos instituições superiores de controle de 141 nações comprometidas com o monitoramento e o aprimoramento das políticas públicas voltadas ao enfrentamento do maior desafio de nossa era, as mudanças climáticas”, afirmou. O ClimateScanner capacitou cerca de 240 auditores de 141 países, com o objetivo de fornecer uma avaliação detalhada e padronizada da governança climática. A ferramenta vai permitir o monitoramento da eficácia das políticas públicas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas em escala global, a partir de uma metodologia comum. Segundo Bruno Dantas, o projeto responde à necessidade urgente de monitorar as ações governamentais no enfrentamento da crise climática. “O próximo passo é a implementação prática do ClimateScanner nessas 141 nações que aderiram ao projeto. As auditorias realizadas fornecerão os dados necessários para alimentar a plataforma global que estamos construindo”, detalhou. Segundo ele, os primeiros resultados, abrangendo os países que concluírem o envio das informações e das auditorias realizadas, serão apresentados na COP29 no Azerbaijão. Por enquanto, cerca de 50 instituições de controle já estão avançadas nesse processo, tendo cadastrado parte ou a totalidade dos dados na plataforma."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
Brasil adere a iniciativa internacional de captura de CO2
"O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou a adesão do Brasil à iniciativa de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), promovida pela Clean Energy Ministerial (CEM). O anúncio ocorreu nesta quinta (3/10), em Foz do Iguaçu (PR), que recebe os debates do G20 sobre transição energética. A iniciativa integra 15 países que lideram esforços globais para acelerar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia de CCUS no mundo. Criada em 2018, ela busca, em fóruns globais, atrair governos, indústria e financiadores para investimentos em CCUS. Estimativas da Wood Mackenzie indicam que, até 2034, haverá uma capacidade instalada para capturar 440 milhões de toneladas ano (Mtpa), quase 10 vezes a capacidade atual, mas abaixo do que se espera de demanda (546 Mtpa). Na visão do MME, a participação brasileira na iniciativa possibilita parcerias estratégicas no setor de petróleo, uma das principais indústrias em que a captura de CO2 é aplicada. A atividade de CCS foi regulamentada pelo programa Combustível do Futuro, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado e aguarda a sanção do presidente Lula. Nathália Weber, co-fundadora e diretora da CCS Brasil, explica que a adesão à iniciativa é uma maneira de o Brasil estreitar a colaboração internacional para viabilizar projetos de armazenamento de carbono tanto aqui, quanto lá fora. “Essa é uma novidade importante. O Brasil tem um potencial significativo para o desenvolvimento de tecnologia de CCS e, agora, entrando neste ambiente colaborativo, tende a ter um desempenho ainda mais expressivo, não só para dentro do país, como também para os demais."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
Brasil fecha parceria de R$ 6 bi com fundo internacional para financiar produção de hidrogênio
"O governo brasileiro fechou parceria com o fundo internacional de financiamento de ações de combate às mudanças climáticas, o Climate Investment Funds (CIF). O acordo prevê o aporte de R$ 6 bilhões em projetos de produção de hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis. A parceria foi fechada em encontro do ministro de Alexandre Silveira (Minas e Energia), a presidente do CIF, Tariye Gbadegesin, e a ministra do Clima pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Kerry McCarthy, em Foz do Iguaçu (PR). A cidade recebe, nesta semana, eventos do G20 que discutem a política de transição energética. A ideia é que os projetos beneficiados com os recursos do fundo estejam associados à descarbonização da indústria nacional por meio de hubs de hidrogênio — os centros de produção, armazenamento, estoque e consumo desse combustível em maior escala pelo setor produtivo. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os projetos que vão acessar os recursos, por meio de “financiamento de baixo custo”, serão selecionados em chamada pública. Os critérios de elegibilidade envolvem tanto as condições estabelecidas pelo CIF como as premissas de descarbonização de setores industriais definidas pelo governo. O dinheiro deve contemplar diferentes fases e demandas dos empreendimentos, desde a elaboração de projetos de engenharia até a aquisição de equipamentos e capital de giro."
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2024
Internacional
Empresas
Combate a riscos climáticos pode render US$ 165 bi às grandes empresas
"Análise da plataforma de divulgação ambiental CDP revela que há um potencial inexplorado de US$ 165 bilhões em receitas para o setor privado no combate a riscos climáticos da cadeia de suprimentos. Segundo o relatório, empresas que cortaram suas emissões de Escopo 3 economizaram US$ 13,6 bilhões em todo o mundo, sendo US$ 298,18 milhões na América Latina. Os analistas apontam que a colaboração entre compradores e fornecedores possibilitou a redução de 43 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) em todo o mundo – equivalente às emissões anuais da Suécia. Desse total, mais de 367 mil toneladas de GEE referem-se à América Latina. Investir na redução dos riscos climáticos upstream também pode proporcionar ganhos financeiros substanciais para as empresas em todo o mundo. No geral, o CDP estima que seria necessário investir US$ 94 bilhões para concretizar essas oportunidades, ou seja, pouco mais da metade do volume de receitas projetadas. Mais de 5,5 mil fornecedores em todo o mundo estão colaborando com compradores por meio do CDP Supply Chain, com o potencial de reduzir mais de 193 milhões de toneladas de emissões, sendo 8,8 milhões de toneladas na América Latina. A análise do CDP, feita a partir de dados divulgados por mais de 23 mil empresas que valem dois terços da capitalização de mercado global, indica que os riscos climáticos podem gerar perdas de até US$ 162 bilhões, sendo US$ 3,31 bilhões na América Latina. Em média, as emissões da cadeia de suprimentos corporativa são 26 vezes maiores do que as emissões operacionais diretas."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
Política
África não quer ajuda, quer investimentos em energia
"Com metade da sua população sem acesso a eletricidade, os países africanos querem um redirecionamento dos investimentos globais em energia para inaugurar uma nova fase econômica no continente e tirar pessoas da pobreza, disse nesta quinta (3/10) a comissária de infraestrutura e energia da União Africana, Amani Abou-Zeid. “Nós queremos transferência tecnológica, fabricação em nosso país. Queremos investimentos. Você não vai me ouvir dizer que queremos ajuda. Não é sobre isso que estamos falando”. Abou-Zeid conversou com jornalistas em Foz do Iguaçu (PR), após uma reunião da União Africana com a delegação brasileira na Clean Energy Ministerial, evento paralelo ao G20 de Transições Energéticas. Na reunião, o ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, propôs a criação de uma coalizão global para o planejamento energético. A intenção é compartilhar a experiência brasileira em políticas de acesso a energia, como o Luz para Todos, de forma a subsidiar os países da região na formulação de suas estratégias para a transição. “Vamos desenvolver um planejamento técnico que se adapta às necessidades específicas de cada região”, explicou Silveira. Cerca de 1,3 bilhão de pessoas vivem no continente africano, metade delas – 600 milhões – sem acesso a eletricidade. Significa que essas pessoas não conseguem fazer coisas básicas, como armazenar comida na geladeira, carregar o smartphone, acender uma lâmpada quando fica escuro. Enquanto o mundo discute carros elétricos, novos combustíveis, hidrogênio verde, ou seja, a segunda onda da transição energética, uma parcela significativa da população mundial ainda nem entrou na primeira."
Fonte: Eixos; 03/10/2024
Fundos de Investimento Climático buscam US$ 1 bilhão para ajudar indústrias verdes
"Os Fundos de Investimento Climático multilaterais disseram na quinta-feira que investiriam até US$ 1 bilhão para ajudar a acelerar o desenvolvimento de tecnologias para reduzir as emissões do setor industrial prejudiciais ao clima nos países em desenvolvimento. O grupo, que trabalha com o Banco Mundial e outros importantes credores internacionais, é uma peça importante no financiamento do desenvolvimento, pois pode assumir mais riscos e oferecer dinheiro a taxas mais baratas, o que, por sua vez, ajuda outros investidores a participarem. Antes da 15ª Reunião Ministerial de Energia Limpa (CEM15) no Brasil na quinta-feira, o CIF disse em um comunicado que o dinheiro - financiado pelo Fundo de Tecnologia Limpa de US$ 8,6 bilhões do CIF - ajudaria a descarbonizar setores como cimento, aço, ferro e produtos químicos. Atualmente, esses setores são responsáveis por cerca de um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa, e a demanda deverá crescer acentuadamente até meados do século, em parte devido à necessidade de mais de todos esses materiais na mudança para uma economia de baixo carbono. “O futuro depende da descarbonização dos setores de emissão pesada. Para atingir nossas metas climáticas, precisamos que as emissões do setor diminuam em 20% até 2030 e 93% até 2050”, disse o CEO da CIF, Tariye Gbadegesin. Para reduzir o impacto ambiental do setor, o programa de descarbonização da indústria do CIF terá como objetivo financiar formas mais limpas de trabalho e, pela primeira vez, aceitará propostas conjuntas de investimento de organizações públicas e privadas."
Fonte: Reuters; 03/10/2024
A Grã-Bretanha promete até 21,7 bilhões de libras para energia mais limpa
"A Grã-Bretanha fornecerá financiamento de até 21,7 bilhões de libras (US$ 28,46 bilhões) ao longo de 25 anos para desenvolver a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) e hidrogênio no norte da Inglaterra, informou o governo na sexta-feira. A Grã-Bretanha tem como meta climática atingir emissões líquidas zero até 2050 e afirmou que a CCS será necessária para reduzir as emissões dos setores industriais com uso intensivo de energia, bem como para criar empregos. “Essa tecnologia revolucionária trará 4.000 bons empregos e bilhões de investimentos privados para as comunidades de Merseyside e Teesside, estimulando o crescimento nesses centros industriais e impulsionando o resto do país”, disse a chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, em um comunicado. A CCS envolve a captura de emissões de usinas de energia e do setor industrial para permitir que sejam armazenadas no subsolo, mas tem demorado a decolar devido ao alto custo dos projetos. O governo conservador anterior da Grã-Bretanha, que foi destituído do cargo em julho, havia prometido em 2023 um financiamento de 20 bilhões de libras para a CCS que nunca foi totalmente concedido. Os dois locais no norte da Inglaterra terão uma capacidade anual combinada de captura de carbono de 8,5 milhões de toneladas métricas por ano, o que equivale a tirar quatro milhões de carros das ruas, informou o governo. O cluster HyNet North West em Merseyside busca capturar emissões de plantas industriais e armazená-las em campos de gás esgotados no Mar da Irlanda. Ele está sendo desenvolvido por um consórcio liderado pelo grupo italiano de energia Eni."
Fonte: Reuters; 03/10/2024
Emirados Árabes Unidos investirão US$ 23 bi em energia de baixo carbono em 5 anos
"Os Emirados Árabes Unidos investirão US$ 23 bilhões em cinco anos em soluções de energia de baixo carbono, como hidrogênio e amônia. A meta é capturar 5% da produção mundial de hidrogênio limpo até 2030, disse um alto executivo da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) ao “Nikkei Asia”. Enquanto continua a explorar petróleo e gás natural, a Adnoc produzirá hidrogênio e amônia nos Emirados Árabes Unidos e no estado americano do Texas, de acordo com Musabbeh Al Kaabi, diretor executivo da divisão de baixo carbono da empresa. As esperanças são altas para hidrogênio e amônia como fontes de energia porque eles não emitem gases de efeito estufa quando queimados. A Adnoc produzirá hidrogênio azul -- que é derivado de combustíveis fósseis e tem baixas emissões de gases de efeito estufa em sua produção, mas ainda não foi feito em larga escala -- e hidrogênio verde, que é derivado de energia renovável. A Adnoc processará ambos os tipos em amônia, que é mais fácil de transportar e exportar para lugares como Japão, Coreia do Sul e Europa. A produção global de hidrogênio de baixo carbono deve atingir 38 milhões de toneladas por ano em 2030. "Estamos muito satisfeitos em termos feito parceria com os japoneses", disse Al Kaabi, citando o trabalho com empresas japonesas que remonta à década de 1960. "Parte do nosso mandato é dar suporte aos nossos clientes no Japão e em outros lugares para descarbonizar. O governo japonês planeja promover importações de amônia. "Quando se trata de negócios de baixo carbono, será necessária uma colaboração entre produtores e consumidores", disse Al Kaabi."
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2024
"A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou nesta quinta-feira (3) que a declaração final do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20 contou com adesão unânime dos países presentes. O documento contemplou a preservação dos oceanos, o financiamento para a adaptação às mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e a economia circular. “Estabelecemos uma declaração conjunta, que foi adotada sem que ninguém tivesse nenhum óbice na hora de adotar a declaração”, disse a ministra, em entrevista à imprensa após a reunião final do Grupo de Trabalho, no Rio. De acordo com o ministério, 20 países assinaram a declaração, à exceção da União Africana, que não estava presente. Marina afirmou que o grupo tratou de questões transversais, como o problema da crise ambiental global, da poluição e da mudança do clima. “Trabalhamos a ideia de que é preciso ter uma sinergia entre as três convenções [da ONU], de Biodiversidade, Desertificação e Mudança do clima”, declarou. Segundo a ministra, o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) foi uma das propostas concretas que receberam o apoio dos países do G20 na declaração final. O TFFF, proposto pelo Brasil pela primeira vez na Conferência do Clima de Dubai (COP28), em 2023, visa mobilizar recursos públicos e privados para a conservação de florestas tropicais, incentivando resultados baseados na preservação. Também na coletiva, o secretário executivo do Ministério, João Paulo Capobianco, enfatizou que esta não é uma iniciativa do G20 e que, desde a sugestão do Brasil no ano passado, tem sido construída por vários países."
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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