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Feedback do Non-Deal Roadshow – Principais mensagens da nossa rodada de discussões com investidores | Setor Financeiro

Principais conclusões de nossa rodada de discussões com gestores de ativos locais.

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Na semana passada, realizamos um roadshow em São Paulo para discutir as perspectivas do setor financeiro. Os investidores parecem estar overweight no setor, que é visto como um porto seguro em meio ao aumento das taxas de juros e à diminuição das taxas de inadimplência. Os principais destaques incluem: i) Itaú continua sendo uma escolha consensual, embora alguns investidores estejam realizando lucros após uma recente alta; ii) O forte desempenho do Bradesco no segundo trimestre melhorou o sentimento, mas o foco agora está no ROE de médio prazo; iii) Inter e Nu ainda são populares, com investidores expressando preocupações sobre o apetite ao risco da Inter e sentimentos mistos em relação ao patamar de precificação do Nu; iv) O sentimento nos Mercados de Capitais é positivo, enquanto o ceticismo em Pagamentos está crescendo. No geral, essas discussões reforçaram nossa perspectiva positiva para o setor, com preferência particular pelo Itaú.

Itaú. Vimos alguns investidores reduzirem sua exposição, motivados por um valuation que não é mais percebido como descontado. No entanto, permanece o consenso de que o banco continua sendo o mais eficiente do setor, e o dividend yield ainda é atrativo, com possibilidade de distribuição de capital excedente. Alguns investidores questionaram o atual apetite reduzido por crédito, o que pode comprometer o crescimento daqui para frente. Embora permaneçamos positivos sobre o caso, entendemos a redução da exposição dos investidores devido à geração de alfa potencialmente menor.

Banco do Brasil. Persistem dúvidas sobre o Banco Patagonia, a operação argentina. Ao mesmo tempo, notamos um ligeiro aumento nas preocupações com inadimplência e seu impacto nas provisões. Por outro lado, os investidores ficaram surpresos com a capacidade do banco de manter um ROE muito saudável. Por fim, observamos que os investidores concordam que o múltiplo permanece descontado em relação aos pares, mas não veem gatilho para uma expansão de múltiplos.

Bradesco. A tese do Bradesco foi a mais discutida em todas as reuniões, apesar de poucos investidores estarem posicionados após a forte alta recente. A estratégia de redução de custos e aceleração do crescimento, especialmente em NII, foi vista positivamente, embora a velocidade de melhoria permaneça incerta. Há uma expectativa de que o banco entregue resultados sólidos nos próximos trimestres, e o consenso é que as expectativas permanecem baixas, permitindo espaço para surpresas positivas. As discussões em torno do ROE do Bradesco indicam que, atualmente negociado a 1,0x P/BV, o banco deve retornar a um ROE de 15-16% mais rapidamente, enquanto o mercado duvida de sua capacidade de atingir 17-18%. Após a recente alta, o mercado está questionando se o banco pode atingir esse nível de ROE mais alto para justificar outra rodada de valorização do preço das ações. O consenso é que, apesar dos desafios, o Bradesco continua sendo uma marca forte e com potencial. O banco também tem várias agências para fechar, e muitos investidores simplificam sua visão sem reconhecer que o Bradesco tem uma estrutura diferenciada, incluindo uma seguradora significativa em suas operações.

Stone. Após a recente volatilidade, notamos que os investidores estão se tornando mais céticos em relação ao setor. Anteriormente, os investidores aumentavam sua exposição, motivados por um múltiplo descontado. Essa preocupação com o crescimento parece ter mudado seu foco para as discussões de fusões e aquisições. Os investidores dão as boas-vindas ao potencial desinvestimento da Linx, com alguns acreditando que a venda pode ser um passo em direção a uma possível venda da empresa. Stone parece ser mais consensual do que Pags. Os investidores estão céticos quanto à capacidade da empresa de acelerar sua carteira de crédito.

BTG. As ações continuam muito populares entre os investidores em São Paulo. O sentimento é que a força dos segmentos de M&A e Renda Fixa (DCM) continuará a compensar a fraqueza em Ações (ECM). No geral, o valuation do banco continua sendo o principal impulsionador de suas ações.

Nu. O nome ainda aparece em praticamente todas as interações. No entanto, o fraco desempenho em Crédito Consignado e investimentos (Easyinvest) está levantando questões sobre a execução. As dificuldades potenciais no México também estão se tornando mais evidentes. Com isso, há um consenso crescente em relação à provável desaceleração do crescimento da carteira de crédito no Brasil. Além disso, o mercado segue atento e preocupado com a qualidade da carteira de crédito do banco. No entanto, ainda vemos alguns investidores posicionados nas ações devido ao fluxo contínuo de compradores.

Inter. Apesar do rali nos últimos 12 a 18 meses, os investidores continuam comparando seus múltiplos com os do Nu e, portanto, não veem o banco como caro. No entanto, a maioria concorda com nossa tese de que o banco tem lutado para acelerar a monetização de seus clientes. No geral, o posicionamento nas ações do banco permanece leve.

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