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Bolsa e volatilidade: Como fazer boas escolhas?

Fernando Ferreira, João Luiz Braga, Sara Delfim e Leonardo Linhares discutiram os principais fatores para escolher em quais ações brasileiras investir em meio a um cenário macroeconômico volátil; confira

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Em meio a um cenário macroeconômico volátil e com incertezas sobre as políticas fiscal e monetária domésticas, quais são os principais fatores para escolher em quais ações brasileiras investir? Esse foi o tema do painel “Bolsa e Volatilidade: como fazer boas escolhas?”, que ocorreu no primeiro dia da Expert XP 2024.

A conversa contou com a presença de Fernando Ferreira, estrategista chefe da XP, João Luiz Braga, Gestor de Ações da Encore, Sara Delfim, membro do time de gestão da Dahlia Capital e Leonardo Linhares, Head de Ações da SPX. Confira os destaques.

Fernando Ferreira, João Luiz Braga, Sara Delfim e Leonardo Linhares na Expert XP 2024
Fernando Ferreira, João Luiz Braga, Sara Delfim e Leonardo Linhares na Expert XP 2024
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Confira a cobertura completa da Expert XP 2024

Ainda dá para encontrar boas oportunidades na bolsa

Com volta dos investidores estrangeiros para a bolsa brasileira e sinalizações de que em breve o banco central americano deve iniciar o ciclo de corte de juros, o Ibovespa subiu 15% nos últimos 2 meses. Ainda assim, a bolsa hoje está mais barata que um ano atrás porque o lucro esperado para as empresas tem sido revisado para cima. Para Delfim, a estratégia adiante é seguir o que já faz: comprar empresas de qualidade e buscar exposição à economia americana via dólar e ações, já que entende que uma boa combinação de ativos é o que traz consistência de resultados no longo prazo. Braga vê que, apesar de sentir clima mais pessimista em relação ao ano passado, ainda dá para achar boas oportunidades na Bolsa, principalmente quando ajustamos a percepção de risco das ações vs crédito. Linhares mencionou que o cenário macro deve ser um dos principais fatores para impulsionar a bolsa brasileira.

Cenário externo promissor para o mercado de ações

De acordo com o Linhares, historicamente o corte de juros sem causar recessão (conhecido como pouso suave) é muito positivo para mercados emergentes e espera-se que essa seja a realidade nos EUA, apesar de ser amplamente esperado e precificado pelos mercados, ainda que seja a economia mais forte do mundo.  Quanto à China, o problema é sobre falta de confiança dos agentes, que traz pessimismo para consumidores e investidores. Braga, por sua vez, acredita que a grande maioria dos bancos centrais mundiais devem cortar juros até o final do ano, o que é muito positivo para os mercados emergentes, entre os quais o Brasil se destaca dada a piora do cenário no México pós-eleições. Por fim, Delfim acredita que a deterioração do cenário externo já atingiu seu pico, com tendências muito positivas adiante. A gestora destaca que a abundância energética mundial exerce pressão baixista no preço do petróleo, o que reduz possíveis choques de inflação. No tema das eleições americanas, os palestrantes concordam que é preciso monitorar de perto, dado que as tendências devem mexer na atratividade dos mercados emergentes. Além disso, o cenário em que um dos candidatos se eleja com maioria na Câmara e no Senado deve ser menos favorável para o Brasil.

Resultados das empresas da bolsa brasileira traz conforto aos investidores

Os palestrantes depositam confiança na qualidade dos resultados das empresas, reforçando que os resultados do 2º trimestre foram fortes. Braga nota que, apesar do mercado estar mais focado no curto-prazo que o normal, a bolsa hoje conta com empresas com resultados sólidos e valuations muito atrativos, com boas oportunidades para horizontes de longo prazo. Em adição, Delfim acredita que a geração de caixa das empresas nos últimos 2 anos foi uma surpresa positiva, com altos níveis de distribuição de dividendos, o que é um bom sinal. Além disso, os palestrantes comentam que as empresas da bolsa no geral têm índice de endividamento confortável, por isso não se preocupam tanto com possíveis futuros aumentos na taxa de juros. Por fim, Linhares acredita que a consolidação e sobrevivência dos melhores players está acontecendo, enquanto pequenas empresas parecem estar com mais dificuldade para se reerguer.

Carteiras diversificadas, mas Small Caps performando abaixo

Apesar do Ibovespa ter batido máxima nominal histórica, as Small Caps, no entanto, seguem 50% abaixo do pico. Nesse sentido, Linhares destacou que é esperado que as Small Caps sejam descontadas devido à liquidez e ao risco, embora reconheça que algumas oportunidades podem estar subvalorizadas. Braga reforçou que Small Caps não necessariamente se sairão bem neste ciclo, e que melhor momento para rotação ainda não chegou. O analista ressaltou que as posições do seu fundo estão mais diversificadas recentemente que de costume, refletindo o desconto atual da Bolsa, uma vez que não é necessário correr riscos não-sistêmicos com ativos tão baratos. O mais importante, segundo Braga, é estar atento aos resultados das empresas e ao ciclo econômico global, que devem seguir ditando movimentos da Bolsa adiante. Delfim também ressaltou que as empresas que têm ido bem são aquelas que são líderes em seus segmentos, cujo modelo de negócio é difícil de ser replicado. Por fim, a gestora ressaltou que deve seguir comprando dólar e bolsa adiante. Os três palestrantes destacaram prêmios de risco interessantes em setores como Elétricas e Saneamento, Bancos e Instituições financeiras, e infraestrutura.

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