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30 anos do Plano Real e os próximos 30 anos

Caio Megale, Carlos Viana, Fernanda Guardado, Gustavo Franco e Renata Heinemann discutiram o Plano Real no Brasil e suas perspectivas em painel na Expert XP 2024

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No primeiro dia da Expert XP 2024, um painel com a presença de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, Fernanda Guardado e Carlos Viana, que também trabalharam como diretores na instituição, trouxe como tema os 30 anos do Plano Real no Brasil. Os convidados conversaram, ainda, sobre a evolução da institucionalidade da política monetária brasileira e os seus desafios atuais. Os mediadores foram Caio Megale, economista-chefe da XP, e Renata Heinemann, estrategista de investimentos da XP.

Caio Megale, Carlos Viana, Fernanda Guardado, Gustavo Franco e Renata Heinemann
Caio Megale, Carlos Viana, Fernanda Guardado, Gustavo Franco e Renata Heinemann
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Confira a cobertura completa da Expert XP 2024

Durante as considerações iniciais, Gustavo Franco elogiou o interesse recente da sociedade sobre a temática do Plano Real, ressaltando sua importância para a estabilidade macroeconômica brasileira. Disse que, quando da construção do plano, a política monetária brasileira estava estrangulada por instituições que viviam sob constante captura política e do empresariado, tal como o CMN. O primeiro passo, antes de pensar na estabilidade da moeda, concentraria em retomar a centralidade do Banco Central nas decisões, o que de fato foi realizado. Destacou que esse ganho se traduziu, posteriormente, na criação do Copom (Comitê de Política Monetária) em 1996, mostrando que foi um processo e 1994 seria só o início.

Combate à inflação

Em seguida, Carlos Viana ressaltou que o Plano Real foi acompanhado por uma série de medidas relevantes para a redução da inflação e estabilidade da moeda. Nesse sentido, foram relevantes medidas como o saneamento de bancos públicos nacionais e estaduais, cortes de despesas e de políticas parafiscais. Para concluir o primeiro bloco, Fernanda Guardado lembrou que, se hoje temos um Banco Central independente e crível, inflação baixa e meta de inflação de 3%, foi por conta da institucionalização da política monetária, iniciada desde a elaboração do Plano Real. Os ganhos sociais e econômicos de todas as medidas, portanto, estariam sendo sentidos pela população.

Desafios adiante

Como os três palestrantes estiveram em períodos distintos no BCB, foram questionados sobre seus respectivos desafios. Gustavo Franco ressaltou, claro, a alta inflação e os desafios de consolidar institucionalmente as medidas realizadas, mas destacou que o acordo com o FMI em 1998 foi o que consolidou a estabilidade macroeconômica do Brasil nos anos seguintes. Viana relembrou a importância do teto de gastos para garantir uma percepção de estabilização da dívida pública no futuro, o que se traduziu em um ambiente mais sereno para a condução da política monetária pelo BCB. Por fim, Guardado deu ênfase à aprovação da independência da instituição nos últimos anos e defendeu que ela se estenda à sua gestão orçamentária.

Ao final, os palestrantes abordaram o cenário volátil de curto prazo. Segundo Guardado, o ambiente recente de incertezas torna o trabalho dos bancos centrais ainda mais desafiadores. Ela enxerga que a comunicação do BCB vem na direção de absorver mais informações antes de decidir sobre seus próximos passos na reunião de política monetária de setembro. Viana, porém, criticou as falas recentes dos diretores do BCB e disse que elas trouxeram ainda mais volatilidade, mas acredita que eles devam iniciar um ciclo de alta de juros em setembro. Por fim, Gustavo Franco ressaltou a importância de uma política fiscal equilibrada para garantir a estabilidade da política econômica e juros baixos.

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