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IPO: Listagem no Brasil ou nos EUA? Vantagens e desvantagens de cada mercado

Possibilidades e Tendências para IPOs: como os mercados brasileiro e norte-americano se comparam em 2024

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Em junho de 2024, a Bolsa presenciou um movimento inédito no mercado nacional, quando a empresa brasileira Vitru Educação (VITRU3) saiu da Nasdaq e passou a ser listada no Brasil. Desde então, as discussões sobre as vantagens e desvantagens da listagem no Brasil ou no exterior ganharam força. No primeiro dia da Expert XP 2024, Ivana Ferreira, head of Latin America Listings na Nasdaq, e Vitor Saraiva head de Equity Capital Markets da XP, discutiram o tema. Confira os destaques.

O mercado de IPOs tem apresentado dinâmicas distintas entre Brasil e EUA nos últimos anos. No Brasil, o mercado está em uma fase de ressaca, com três anos sem novos IPOs na B3, contrastando com o período de 2020 e 2021 nos EUA, quando os investidores estavam altamente dispostos a assumir riscos, resultando em cerca de mil IPOs em 2021 e um movimento forte das SPACs. Contudo, a partir de 2022, o mercado norte-americano começou a mostrar sinais de enfraquecimento, com a elevação das taxas de juros e 75% das empresas listadas naquela janela negociando abaixo do preço de IPO. Nos últimos anos, o mindset para IPOs mudou, favorecendo companhias mais rentáveis e de maior qualidade, especialmente em 2023 e 2024. Enquanto o mercado norte-americano parece ter retomado seu pico, o Brasil ainda não recuperou seu mercado de IPOs.

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Confira a cobertura completa da Expert XP 2024

As características dos IPOs também têm mudado, com grandes operações sendo ancoradas por investidores de peso. Em 2024, nos EUA, os setores estão mais diversificados do que historicamente, com destaque para empresas de tecnologia focadas em inteligência artificial e saúde. De maneira geral, os IPOs têm sido maiores, com empresas de maior qualidade e rentabilidade. Na América Latina, o Brasil se destaca como o maior mercado, atraindo investidores, especialmente no setor de tecnologia devido à escala das empresas. A maioria das empresas latino-americanas que devem acessar o mercado em 2025 e 2026 são brasileiras, enquanto o México, que tem se desenvolvido na indústria tech, aparece como o segundo maior mercado da região.

A fila de IPOs para 2024 e 2025 na Nasdaq já conta com cerca de 200 empresas prontas para o mercado, em comparação com apenas seis ou sete empresas no Brasil. Além disso, várias empresas brasileiras poderiam se beneficiar de uma listagem nos EUA, onde há um mercado diversificado, capaz de absorver IPOs de diferentes tamanhos, apoiado por uma base relevante de investidores de varejo. No entanto, listar nos EUA apresenta desafios, como uma regulamentação mais rigorosa e a necessidade de um esforço contínuo de comunicação em um mercado altamente competitivo. Olhando para o curto prazo, alguns IPOs podem ocorrer até as eleições, mas a atividade deve diminuir durante o período eleitoral devido à cautela das empresas. A expectativa é que 2025 comece acelerado, com setores mais defensivos liderando os acessos à bolsa.

Globalmente, outros países, como China, Europa e México, também mostram tendências para listagem nos EUA, enquanto a Índia deve focar em listagens locais.

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