Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em queda, com o IBOV e o ISE recuando 1,38% e 2,12%, respectivamente.
• No Brasil, (i) segundo estudo da consultoria britânica Aurora, apesar do Brasil considerar de baixo carbono o hidrogênio que emite até 7 kg de CO2 por H2 produzido, quase o dobro do que é considerado como renovável pela União Europeia, o país tem capacidade de atender aos critérios europeus e ser um grande exportador para o continente - segundo o estudo, a Europa terá 55% da demanda até 2060 suprida via importações; e (ii) a EDF Renewables Brasil anunciou ontem a entrada em operação comercial plena da fase 2 do Parque Eólico Serra do Seridó, localizado na Paraíba, 6° maior complexo eólico do Brasil – com as fases 1 e 2, Serra do Seridó somará 480 MW de capacidade instalada, evitando a emissão anual de até 400 mil toneladas de CO2.
• No internacional, um levantamento da Wood Mackenzie sobre o desenvolvimento do mercado de captura, armazenamento e uso de carbono (CCUS) no mundo estima que, até 2034, haverá uma capacidade instalada para capturar 440 milhões de toneladas ano (Mtpa) - embora isso represente quase 10 vezes a capacidade atual, ainda é abaixo da estimativa de demanda (em torno de 546 Mtpa até 2034).
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Brasil
Empresas
Eólicas offshore no Brasil vão exigir arranjo financeiro complexo, diz Banco Mundial
"Para tirar o máximo proveito do enorme potencial dos ventos na costa, o Brasil terá de abraçar a ideia de que as “eólicas offshore são as novas hidrelétricas” – e montar um complexo arranjo financeiro para dar conta dos investimentos necessários. Essa é uma das conclusões de um estudo encomendado pelo Banco Mundial e entregue ao Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira. O documento traça três cenários possíveis para o desenvolvimento de uma nova indústria no país, que tem algumas das melhores condições técnicas para a instalação de turbinas de vento em alto-mar. Em tese, a geração de eletricidade pelas usinas offshore ao longo de todo o litoral poderia chegar a 1.200 GW, mais de 70 vezes a capacidade de Itaipu. No cenário ambicioso descrito pelos autores, as turbinas no mar seriam responsáveis em 2050 por 19% de toda a matriz elétrica brasileira, garantindo a descarbonização da indústria e a produção de hidrogênio verde para exportação. Realizar essa visão– que inclui 6.400 turbinas e “upgrades substanciais na infraestrutura e aumento na capacidade de manufatura” – custaria US$ 240 bilhões em despesas de capital. Seriam instalados 5,3 GW anuais de 2028 até 2050, um ritmo de implementação de usinas marítimas que hoje só é alcançado pela China – embora o setor ainda não tenha atingido a mesma escala global da energia solar, por exemplo. A contrapartida seria um incremento acumulado de US$ 168 bilhões no PIB e a geração de quase meio milhão de empregos até a metade do século. O cenário base exposto no documento é muito mais modesto e se baseia no roadmap da Empresa de Pesquisa Energética (EPE): com 4 GW em operação até 2035 e 16 GW em 2050."
Fonte: Capital Reset; 18/07/2024
Jornada climática: governança é base para resultados consistentes
"A ansiedade climática é um mal do nosso tempo, já bem diagnosticado em pessoas. Diante das crises ambientais que se acumulam e das demandas do mercado, muitas organizações vêm sofrendo de uma versão corporativa desse problema. “Muitas empresas nos procuram já com uma meta – ‘vamos ser neutros em carbono em 2050’. Aí constatamos que a empresa não tem inventário, nunca nem mediu suas emissões”, diz Rachel Alves, gerente de Jornada Climática da Report, consultoria de sustentabilidade e ESG que já atendeu a mais de 300 das maiores empresas brasileiras desde 2002. Quando a organização começa a se mover sem ter criado uma base sólida para as decisões climáticas, os erros tendem a se acumular – problemas são mal diagnosticados, prioridades são mal escolhidas e a frustração se instala. “Há no mercado muita dispersão de esforços e metas sem sentido”, alerta Alves. Existe uma forma de prevenir isso: criar uma estrutura de governança adequada, capaz de colocar questões relacionadas a mudanças climáticas no centro das decisões estratégicas. A Report considera a estruturação de uma governança focada no clima uma ação fundamental para empresas empenhadas na mudança e a incluiu em seu estudo “Jornada Climática – Do Inventário ao Net Zero”. No estudo, organizado em quatro grandes blocos, a Report lista as ações necessárias para todo negócio disposto a lidar seriamente com o novo cenário. O trabalho parte da experiência dos mais de 2.500 projetos em sustentabilidade já realizados pela consultoria e da análise de 18 companhias líderes globais no tema. Com essa base, oferece um mapa da jornada climática para empresas, com as normas, estruturas e regulamentações que precisam ser atualmente consideradas na estratégia, na gestão, na comunicação e na educação."
Fonte: Capital Reset; 18/07/2024
Venda de carros elétricos dispara no Brasil: veja os 10 modelos mais emplacados no 1º semestre
"Num momento de pressão de fabricantes de veículos para que o governo antecipe o aumento do imposto de importação dos modelos elétricos e híbridos, a venda desses veículos dispara no Brasil. Segundo um relatório da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), os emplacamentos subiram 146% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números englobam todos os emplacamentos realizados nesses meses, de nacionais e importados. Nos seis primeiros meses do ano foram registrados 79.304 veículos leves eletrificados. O relatório aponta ainda os modelos de automóveis movidos a baterias mais vendidos no primeiro semestre do ano no país. As categorias hatch e SUV lideram o mercado, e as tecnologias com maior saída são BEV (31.204 modelos), veículos totalmente elétricos que utilizam a bateria recarregável como fonte única de energia e PHEV (23.296 modelos), que são carros híbridos que combinam um motor elétrico com uma bateria recarregável. O estudo também mostra que os estados da região Sudeste do Brasil são os maiores consumidores de veículos elétricos, acompanhados pelo Distrito Federal. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, juntos, representam 47,2% do mercado brasileiro, enquanto o Distrito Federal aparece na lista com pouco mais de 8%. Além disso, o material publicado pela ABVE indica que BYD, GWM e Toyota se destacam como as principais montadores de veículos elétricos no acumulado do semestre. A chinesa BYD vendeu por aqui 32.574 carros, contra 12.730 da GWM e 10.541 Toyota. Os números ajudam a entender os modelos mais comercializados e emplacados do semestre."
Fonte: O Globo; 18/07/2024
A repercussão dos eventos climáticos extremos no setor elétrico brasileiro
"O grande desafio enfrentado no cenário ambiental atual está atrelado às mudanças climáticas, associadas ao impacto das ações antrópicas, responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa (GEE). Concomitantemente à necessidade de reduzir as emissões de GEE, está o desafio de lidar e se adaptar aos eventos climáticos extremos (cada vez mais frequentes) e que trazem impactos adversos para os sistemas (tal como o setor elétrico), como os que ocorrem no estado do Rio Grande do Sul. As enchentes no sul do país evidenciam lacunas que podem comprometer a resiliência e operação regular do sistema elétrico nacional. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aproximadamente 161 mil consumidores tiveram o fornecimento de energia impactado pelas enchentes. Em meio às incertezas sobre a intensidade e frequência desses eventos, surgem dois desafios para o setor: (i) traçar uma estratégia capaz de garantir a resiliência do sistema elétrico (esse desafio é de caráter operacional e busca neutralizar os impactos na operação e assegurar o acesso ao consumidor final) e (ii) resguardar os direitos e obrigações dos agentes setoriais diante de eventos climáticos extremos (esse desafio é de natureza jurídica). Apesar desses dois desafios possuírem naturezas distintas (operacional e jurídica), ambos dependem de medidas regulatórias. Em relação ao primeiro ponto, a Diretoria da Aneel aprovou a flexibilização das regras e procedimentos tanto de comercialização, como de distribuição (essa última com o objetivo de permitir que as distribuidoras concentrem seus esforços no restabelecimento das infraestruturas e das condições de atendimento aos consumidores de energia elétrica afetados pelo contexto de vulnerabilidade)."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
Hidrogênio produzido no Brasil atende a critérios da União Europeia, diz estudo
"Apesar de o Brasil considerar “baixo carbono” o hidrogênio que emite até 7 kg de CO2 por H2 produzido – quase o dobro do que é considerado como renovável pela União Europeia –, o país tem capacidade de atender aos critérios europeus e ser um grande exportador do energético para a região, aponta estudo da consultoria britânica Aurora. O levantamento estima que 55% da demanda europeia por hidrogênio até 2060 será suprida via importações. A analista da Aurora Energy Research Inês Gaspar afirma que, em termos de intensidade de carbono, o Brasil está bem posicionado para exportar hidrogênio em linha com os critérios europeus. Segundo o estudo, as regiões Norte e Nordeste se destacam como potenciais produtoras de hidrogênio verde para exportação, apresentado índices de emissão no ciclo de vida muito abaixo do que é exigido pelas normas da União Europeia, e um grid 90% renovável – o que permitiria a produção conectada à rede, também em acordo com as normas do bloco. “Se olharmos para o Nordeste e para o Norte, vemos que a intensidade de produção de hidrogênio aqui ficaria em torno de 0,6 kgCO2eq/kgH2. Como o limite da Europa é de 3,4 kg CO2eq/kg H2, conseguimos um espaço de 3 ou 2,5 de emissões que podem ser aproveitados ao longo da cadeia e do ciclo de vida”, diz Gaspar O mesmo vale para Sudeste e Sul do Brasil, apesar de contarem com uma participação importante de fontes fósseis na matriz elétrica. Nessas regiões, a emissão fica abaixo dos 3,4 kg CO2eq/kg H2, e ainda têm a possibilidade de agregar novas fontes de energia renovável para “limpar” o grid."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
EDF Renewables coloca em operação 6º maior complexo eólico do Brasil; veja ranking
"A EDF Renewables Brasil anunciou nesta quinta (18/7) a entrada em operação comercial plena da fase 2 do Parque Eólico Serra do Seridó, localizado nos municípios de Junco do Seridó, Santa Luzia, Salgadinho e Assunção, na Paraíba. Com as fases 1 e 2, Serra do Seridó soma 480 MW de capacidade instalada — o maior complexo eólico da EDF Renewables na América do Sul e o sexto maior do Brasil. Juntas, as duas fases serão capazes de evitar a emissão anual de até 400 mil toneladas de CO2, o equivalente a retirar de circulação 160 mil carros abastecidos a combustíveis fósseis, a cada ano. A fase 2 possui uma capacidade total instalada de 237,8 MW e 41 aerogeradores e foi viabilizada exclusivamente no mercado livre, por meio de contratos de compra e venda de energia conhecidos por PPA (Power Purchase Agreement). O investimento, que contou com uma parcela financiada pelo Banco do Nordeste, chega a mais de R$ 1,5 bilhão. Segundo a companhia, a construção da fase 2 envolveu a contratação de mais de mil trabalhadores, sendo 35% de moradores locais. Para envolver a comunidade local, a fase 2 do parque promoveu um curso de treinamento em parceria com a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER-PB) para produtores rurais. O tema foi recuperação de áreas degradadas e a relevância da agricultura familiar e cultivo de umbu e caju para a economia local. O parque também realizou edições da iniciativa “Jornada Ambiental” em escolas locais, fornecendo conteúdo educacional sobre o bioma da caatinga, energia renovável e uso responsável dos recursos naturais."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
Riscos climáticos entram no radar de empresas de energia no Brasil
"A identificação dos riscos aos quais ativos de infraestrutura estão expostos com as mudanças do clima e a preparação para lidar com esses impactos nas próximas décadas são dois temas que ganharam mais atenção das empresas que atuam no setor de energia no Brasil, sobretudo depois das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano. Entre as empresas que demonstram maior preocupação com o assunto estão aquelas que operam ativos expostos aos efeitos do clima, como distribuidoras de energia elétrica e de gás, transmissoras e geradores de energia renovável. Esta semana, a distribuidora de gás canalizado Comgás anunciou uma parceria com a empresa de previsão meteorológica Climatempo para aumentar a eficiência de planejamento da expansão da distribuição levando em consideração os dados climáticos. A Comgás tem mais de 21 mil quilômetros de rede de distribuição de gás encanado no estado de São Paulo e é responsável por mais de 30% do gás distribuído no Brasil. A companhia vai passar a integrar os dados meteorológicos da Climatempo ao plano de trabalho para medir o impacto das condições climáticas nas atividades e adotar ações para mitigar eventuais riscos. O objetivo é programar projetos e obras de forma mais assertiva, além de aumentar a segurança das equipes de campo. Segundo a Climatempo, o clima pode afetar de 20% a 30% das atividades de expansão de distribuição de gás previstas. “Um exemplo simples e direto será na nossa operação de campo. Em um prazo maior, os meses de maior incidência de chuva, por exemplo, deverão ter menos programação de obras”, diz o diretor de TI, Inovação e Experiência com o Cliente da Comgás, Thiago Trevisan."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
Política
Minas e Energia aprova diretrizes para projetos de energia na Amazônia Legal
"O Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal (CGPAL), do Ministério de Minas e Energia (MME), aprovou, na quarta-feira (17/7), as diretrizes para apresentação, seleção e execução dos projetos que serão beneficiados pelo Pró-Amazônia Legal. Trata-se do Programa de Redução Estrutural de Custos de Geração de Energia na Amazônia Legal e de Navegabilidade do Rio Madeira e do Rio Tocantins. Agora, o ministério vai elaborar o edital de chamamento público. “A seleção de projetos para acesso ao Programa deverá oportunizar a ampla participação de agentes do setor”, informa a pasta. Os projetos poderão ser apresentados pela Eletrobras, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), distribuidoras que atuam na Amazônia Legal, geradores de energia elétrica e outros. O programa visa a implementar projetos que reduzam estruturalmente os custos de geração de energia elétrica sustentados pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), e integrem sistemas isolados e regiões remotas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). As propostas devem incluir ainda soluções de suprimento com base em fontes ou combustíveis renováveis, com ou sem armazenamento de energia. “A aprovação das diretrizes para uso dos recursos do Pró-Amazônia Legal contribuirá para identificar projetos com oferta de energia com qualidade e garantir segurança do suprimento de energia elétrica para as pessoas atendidas pelos sistemas isolados nos próximos anos”, afirmou o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD). Segundo o secretário nacional de Transição e Planejamento Energético do MME, Thiago Barral, os sistemas isolados compreendem menos de 1% do mercado total de energia elétrica no Brasil."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
Internacional
Empresas
Indústria de carne e leite pode avançar para mitigar impacto no clima, diz estudo
"Algumas das maiores empresas mundiais de carne e lacticínios ainda enfrentam odesafio de lidar de maneira mais apropriada com o impacto ambiental da criação de gado, segundo relatório da Changing Markets Foundation. DAs 22 empresas analisadas, 15 têm algum tipo de meta para atingir emissões-líquidas zero, mas nenhuma atende aos padrões da ONU, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela organização sem fins lucrativos. O setor de maneira geral, sem entrar em casos específicos, gasta mais em publicidade do que em soluções climáticas, segundo o relatório. Estima-se que os rebanhos, que emitem metano, sejam responsáveis por cerca de 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa. E a pecuária está atrás de outros setores em matéria de transparência, metas e esforços relacionados a emissões, segundo o relatório. O estudo apontou algumas iniciativas consideradas positivas. Várias empresas estão lançando aditivos para rações que suprimem o metano e trabalham para extrair biogás do estrume, como parte de esforços para reduzir as emissões. Empresas com Cargill e Nestlé estão promovendo práticas de agricultura regenerativa. A Danone, que no ano passado prometeu cortar em quase um terço as emissões de metano provenientes da produção de leite, é a única do setor com um compromisso específico para o metano, o gás de efeito estufa mais potente. Isso coloca a empresa à frente do grupo no que diz respeito à integridade científica, segundo o relatório."
Fonte: Bloomberg Línea; 18/07/2024
Captura de CO2 deve chegar a 440 Mtpa em 2034, mas abaixo da demanda
"Levantamento da Wood Mackenzie sobre o desenvolvimento do mercado de captura, armazenamento e uso de carbono (CCUS) no mundo estima que, até 2034, haverá uma capacidade instalada para capturar 440 milhões de toneladas ano (Mtpa), quase 10 vezes a capacidade atual, mas abaixo do que se espera de demanda. A estimativa é que o potencial de demanda global para captura de carbono seja de 546 Mtpa até 2034 e que cerca de 640 Mtpa de capacidade sejam necessárias para atendê-la. A adoção da tecnologia é uma aposta da indústria de óleo e gás e outros setores intensivos em emissões como cimento, químicos e aço para mitigar seu impacto sobre o clima. Mas há uma série de questões a serem enfrentadas: precisa ser viável economicamente, encarada como solução intermediária e ter infraestrutura para armazenar ou transformar o CO2 capturado em produtos de valor agregado. De acordo com a Woodmac, dos projetos já anunciados e esperados para avançar para a fase de desenvolvimento, 71% estão na América do Norte e Europa. “Incentivos governamentais, como a Lei de Redução da Inflação dos EUA (IRA, em inglês), modelos de negócios do Reino Unido, o Crédito Fiscal de Investimento do Canadá e o esquema SDE++ dos Países Baixos estão movendo projetos em direção à decisão final de investimento (FID)”, pontua o relatório. Também é esperado um impulso adicional para projetos europeus devido à recém anunciada Estratégia Industrial de Gestão de Carbono da UE. "A Woodmac aponta que há uma oportunidade global de US$ 196 bilhões na próxima década – com o apoio governamental ao CCUS em países-chave (EUA, Canadá, Reino Unido, Dinamarca e Austrália) somando US$ 80 bilhões."
Fonte: Epbr; 18/07/2024
Política
Banco de desenvolvimento da CAF empresta US$ 2,7 bilhões na América Latina e no Caribe
"O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) alocou US$ 2,74 bilhões em empréstimos em nove países da região para ajudar a alimentar sua transição energética, fortalecer seus ecossistemas e melhorar a infraestrutura, informou na quinta-feira. O banco também assinou acordos de ajuda humanitária para três nações, seis acordos de crédito para o Equador, totalizando US$ 483 milhões, e acrescentou o pequeno estado insular em desenvolvimento de Antígua e Barbuda às suas fileiras, informou a CAF em um comunicado. “O Conselho de Administração em Lima foi histórico”, disse o Presidente Executivo da CAF, Sergio Diaz-Granados, em um comunicado. “Tudo isso é um sinal do compromisso da CAF de dobrar seu portfólio até 2030, o que nos permitirá contribuir ainda mais com os planos de desenvolvimento de nossos países membros e acelerar a integração regional.” A CAF aprovou projetos de financiamento na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, El Salvador, Honduras e Peru. Também destinou ajuda humanitária para lidar com os danos causados por um incêndio em um hospital hondurenho, apoiar a resposta do Equador às fortes chuvas e a Barbados para lidar com os danos causados por tempestades, informou. O credor com sede na Venezuela está entre as principais fontes de financiamento multilateral da região. O anúncio foi feito no início da temporada de furacões no Atlântico, que trouxe chuvas mortais para a América Central e um furacão que, segundo estimativas dos líderes, causou centenas de milhões de dólares em danos no leste do Caribe."
Fonte: Reuters; 18/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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