Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,70% e 1,30%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Orizon deu início a um roadshow para uma emissão de R$ 395 milhões em debêntures verdes que vão custear a primeira usina termelétrica da América Latina a gerar eletricidade a partir de resíduos urbanos - a operação marca a entrada da empresa na frente de geração conhecida como waste-to-energy; e (ii) segundo o Plano Safra 24/25, médios e grandes produtores que tiverem certificação válida e ativa de suas atividades produtivas sustentáveis terão desconto de 0,5 ponto percentual nos juros em operações de custeio – o desconto só será aplicado a partir de 2 de janeiro de 2025 e vai ser destinado a produtores integrantes de programas certificados pelo Ministério da Agricultura.
• No internacional, o governo alemão lançou ontem um projeto para construir uma rede nacional de recarga rápida para veículos pesados, cobrindo cerca de 95% das rodovias federais do país – a Alemanha tem como meta que cerca de um terço de seu transporte rodoviário pesado seja movido a eletricidade ou a combustíveis ‘verdes’, como metano sintético ou hidrogênio, até 2030.
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Brasil
Empresas
Orizon emite green bond de R$ 395 mi para transformar lixo em eletricidade
"A Orizon deu início a um roadshow para uma emissão de R$ 395 milhões em debêntures verdes que vão custear a primeira usina termelétrica da América Latina a gerar eletricidade a partir de resíduos urbanos. O empreendimento pertence à Barueri Energia Renovável, subsidiária da Orizon que tem como sócia a Sabesp, a companhia de saneamento de São Paulo. A planta vai marcar a entrada da empresa na frente de geração conhecida como waste-to-energy. A captação completa o plano de investimento de R$ 550 milhões a R$ 600 milhões necessários para a usina de 2023 a 2026. Uma fatia de R$ 118,5 milhões deve vir na forma de capital aportado pelos acionistas até a liquidação das debêntures, segundo prospecto registrado na CVM. No ano passado, a companhia também lançou a BioE, um negócio que captura o biogás gerado pela decomposição dos resíduos orgânicos e o transforma em biometano, combustível renovável que substitui o gás natural de origem fóssil. Listada na bolsa, a Orizon começou seu negócio com a aquisição de aterros (foto acima). Hoje a companhia tem 16 unidades, em 11 Estados, que recebem o lixo de 40 milhões de brasileiros. É a primeira emissão da subsidiária. O título vence em 15 de março de 2043, e a oferta será destinada exclusivamente a investidores qualificados, que têm mais de R$ 1 milhão em investimentos. A definição de preço (taxa de juro) e alocação da oferta para os investidores ocorrerá no próximo dia 31. O rating atribuído pela S&P Global foi de AA- para a operação. Os títulos têm garantia firme dos bancos, ou seja, se o mercado não tomar o papel, os bancos tomarão. A operação é coordenada por BTG e XP e conta também com o Banco Modal para sua distribuição."
Fonte: Capital Reset; 03/07/2024
Potigás olha biometano, mas custo ainda precisa ser equalizado
"A Potigás avalia a realização de chamadas para contratação de biometano a partir de 2025, mas entende que ainda é preciso equalizar a questão do preço da molécula para torná-la competitiva. A avaliação é da presidente da distribuidora de gás natural do Rio Grande do Norte, Marina Melo, que concedeu entrevista exclusiva ao estúdio epbr, durante o Evex Brasil 2024, que acontece até a próxima quinta-feira (4/7), em Natal. Assista na íntegra acima. “Precisamos entender melhor a que preço esse valor vai chegar. Essa é a discussão que eu quero fazer. É sobre a questão de competitividade mesmo. A gente tem, por exemplo, uma molécula onshore hoje, que a Potigás compra, a R$ 1,10. E o biometano tá chegando a R$ 4. Se a gente não conseguir equacionar como isso não onere toda a cadeia, como a gente trabalha essa competitividade, isso pode dificultar a entrada de novos projetos de biomentano”, afirmou. Marina Melo deixou claro, contudo, que todas as distribuidoras do país estão olhando para projetos de biometano. A presidente da Potigás afirmou ainda que a empresa fechou novos contratos de suprimento de gás natural com a Petrobras na última semana, o que vai gerar novos custos de aquisição da molécula. A Petrobras deu uma resposta aos concorrentes, ao anunciar, em maio, uma nova política de preços que promete baratear o gás natural para distribuidoras e oferecer produtos mais customizados – e competitivos – no mercado livre. No mercado cativo, a petroleira prometeu reduzir em até 10% o preço da molécula nos contratos vigentes."
Fonte: Epbr; 03/07/2024
"O governo do Rio Grande do Norte enxerga potencial grande para o uso do hidrogênio verde na produção de cimento. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Silvio Torquato, que concedeu entrevista exclusiva ao estúdio epbr na Evex Brasil 2024, que acontece em Natal. Assista na íntegra acima. “O mundo todo está necessitado de cimento e nós temos condições de produzir cimento verde, saindo aqui do Rio Grande do Norte. E também temos reservas minerais de ferro, e com isso temos condições de ter siderúrgicas movidas a energias renováveis e produzir aço verde”, disse. Torquato afirmou ainda que o estado segue trabalhando no desenvolvimento do projeto para a construção de um porto industrial para atender a nova indústria da eólica offshore no estado. “Os projetos já estão bem adiantados. O Rio Grande do Norte está fazendo desapropriações”, comentou. O entendimento do secretário é que o porto prepara o estado para a produção de hidrogênio verde. Ainda de acordo com Torquato, os entendimentos com o BNDES para financiamento das obras do porto estão bem avançados. Segundo Torquato, o estado produz 10 GW de energia eólica onshore e só consome 2 GW e o potencial de geração offshore pode ser aproveitado para desenvolver uma indústria verde. Em setembro do ano passado, a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) inauguraram, uma planta piloto no Rio Grande do Norte para produção de combustível sustentável de aviação (SAF, sigla em inglês), utilizando hidrogênio verde da glicerina – subproduto do biodiesel. A ideia é que o projeto piloto possa ganhar escala para atender a demanda das companhias áreas, que precisam reduzir as emissões de gases do efeito estufa."
Fonte: Epbr; 03/07/2024
Plano Safra 24/25: governo dará desconto nos juros para produtores com boas práticas
"Médios e grandes produtores que tiverem certificação válida e ativa de suas atividades produtivas sustentáveis terão desconto de 0,5 ponto percentual nos juros em operações de custeio com taxas equalizadas e naquelas realizadas com recursos obrigatórios dos depósitos à vista, que são controlados, mas sem subvenção, no Plano Safra 24/25. O desconto só será aplicado a partir de 2 de janeiro de 2025 e vai ser destinado a produtores integrantes de programas certificados pelo Ministério da Agricultura, para quem tem certificação de produção orgânica e para agricultores e pecuaristas que já tenham acessado o RenovAgro, antigo ABC+, que incentiva técnicas sustentáveis, nos últimos cinco anos. Somado ao desconto para quem tem Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, que foi mantido, a redução será de até 1 ponto percentual na taxa de juros de custeio. A verificação da validade das informações pelas instituições financeiras para concessão do desconto nas operações de custeio deverá ser feita na Plataforma AgroBrasil+Sustentável, que ainda não foi lançada pelo Ministério da Agricultura, mas promete unificar bases de dados e facilitar a rastreabilidade da produção nacional. Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovada em reunião extraordinária ontem e publicada nesta quarta-feira (3/7) prevê que o crédito com desconto deverá ser "destinado a atividades produtivas sustentáveis enquadradas" nos seguintes programas e com certificação válida: (i) Programa Produção Integrada do Ministério da Agricultura (PI Brasil-Mapa), mediante certificação de conformidade emitida por instituição certificadora acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), (...)"
Fonte: GloboRural; 03/07/2024
Associação de petroleiros acionistas minoritários da Petrobras pede saída de conselheiro
"A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) informou ter encaminhado, nesta quarta-feira (3), representação à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A entidade pede processo administrativo para apurar eventual conflito de interesse na atuação de Marcelo Gasparino da Silva como conselheiro de administração na Petrobras e na Eletrobras. Em comunicado, a Anapetro informou que pede, cautelarmente, até decisão final, o afastamento de Gasparino do cargo de conselheiro da estatal. A organização lembra que Gasparino foi reconduzido ao conselho de administração da Petrobras por assembleia de acionistas realizada em 28 de abril. O conselheiro já exercia a função desde abril de 2021, por indicação de acionistas minoritários. Ele ocupa o cargo de conselheiro de administração da Eletrobras desde agosto de 2022, lembrou a Anapetro. A associação alegou, ainda, que, no entendimento do advogado Ângelo Remédio, da Advocacia Garcez — que representa a Anapetro —, a Eletrobras é considerada concorrente da Petrobras, por atuar nos segmentos de geração e comercialização de energia elétrica. “Assim, ao ter acesso às deliberações dos conselhos de administração das duas companhias concorrentes, Marcelo Gasparino pode, ainda que de forma involuntária, agir de forma prejudicial a uma das duas empresas, o que não se admite na legislação vigente e nas normas de ‘compliance’ e governança corporativa. Consequentemente, a permanência do referido conselheiro em empresas concorrentes acarreta conflito de interesses e infringe os deveres norteadores dos conselheiros de administração”, afirmou a entidade, na representação."
Fonte: Valor Econômico; 03/07/2024
Agenda ESG ganha espaço na carteira de crédito
"A preocupação com a sustentabilidade ganha cada vez mais espaço na estratégia dos bancos. Isso passa por olhar de forma proativa e técnica os riscos socioambientais das atividades das empresas que tomam empréstimos. Esse é um dos focos de atenção do Santander, conta Mário Leão, CEO do banco. “Temos ainda agenda com papel financeiro focado no social com fomento ao microcrédito. O Prospera tem carteira de R$ 3 bilhões e tudo o que desenvolvemos com os empréstimos soma mais de R$ 20 bilhões. Esta carteira tem 3 milhões de clientes ativos”, afirma. O Prospera é o banco de microcrédito do Santander. “É a maior operação de microfinanças privada do Brasil. E a agenda de negócios ESG é fundamental para o banco no Brasil e no mundo. O Santander investe 2 bilhões de euros só no fomento ao ensino superior, sendo R$ 40 milhões em bolsas de estudos no Brasil”, diz Leão. Caixa, Bradesco e Itaú também avançam em suas carteiras de crédito ligadas ao Escopo 3, do Pacto de Paris, que diz respeito aos empréstimos a empresas comprometidas com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança). A Caixa criou uma vice-presidência executiva para tratar de sustentabilidade e inovação e garante que mais da metade de sua carteira já está em conformidade com o Escopo 3. “Somos o único banco que têm 64,29% de R$ 1,1 trilhão da nossa carteira de crédito já com operações de crédito sustentável”, afirma seu presidente, Carlos Vieira. O Itaú deve bater nos próximos meses a meta estabelecida para 2025 de conceder R$ 400 bilhões em crédito para empresas que tenham projetos de transição energética e socioambiental. “Vamos estender o volume ainda maior para os próximos cinco anos. Queremos ajudar as empresas emissoras de CO2 a se engajarem nesta transição”, conta o presidente da instituição, Milton Maluhy."
Fonte: Valor Econômico; 04/07/2024
Política
Senado rejeita emendas e PL do hidrogênio segue para a Câmara
"O plenário do Senado concluiu nesta quarta-feira (3/7) a votação do marco legal do hidrogênio de baixo carbono. Emendas propostas pelo senador Cid Gomes, que dariam vantagens a projetos de geração de energia renovável, foram rejeitadas. Uma das emendas previa subsídios custeados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e foi retirada após discussão em plenário. O governo contou com apoio do relator, Otto Alencar (PSD/BA) e de partidos da oposição. Cid Gomes também tentou emplacar um aumento da isenção de impostos, favorecendo a importação de equipamentos sem similar nacional e desembaraçados em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Seria uma medida com impacto fiscal, sem previsão de compensação no texto. O texto aprovado prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032 para projetos de hidrogênio de baixo carbono, sem restrição de rota. O modelo de subsídio foi construído em acordo com o Ministério da Fazenda; durante a tramitação, Alencar elevou o valor em R$ 5 bilhões. Gomes chegou a pedir o adiamento da votação, mas foi vencido no plenário. Insistiram em avançar com o marco legal tanto o líder do governo, Jaques Wagner (PT/BA como o líder da oposição, Marcos Rogério (PL/RO). O projeto cria Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), para concessão de incentivos tributários, por cinco anos. O regime suspende a incidência do PIS/Pasep e Cofins para a cadeia produtiva do hidrogênio. Além de produtores, poderão ser enquadrados agentes econômicos que atuam na logística do produto. O governo federal vai regulamentar as exigências para adesão ao regime, o que inclui investimento em pesquisa e inovação, além de uma política de conteúdo local, para assegurar a participação da indústria brasileira no fornecimento de bens e serviços."
Fonte: Epbr; 03/07/2024
Projeto incentiva startups com foco em sustentabilidade
"O Senado irá analisar um projeto (PLP 117/2024), que propõe alterar o Marco Legal das Startups (Lei Complementar 182, de 2021) para definir e enquadrar as chamadas startups verdes, promovendo inovações focadas na sustentabilidade ambiental. Proposto pelo senador Fernando Dueire (MDB/PE), o projeto define startups verdes como aquelas que desenvolvem produtos, serviços ou processos que contribuem positivamente para o meio ambiente. De acordo com a proposta, para ser considerada uma startup verde, a empresa deve atender a critérios específicos, como desenvolver soluções ambientais, reduzir emissões de gases de efeito estufa, gerenciar resíduos, conservar recursos naturais, promover eficiência energética e usar energias renováveis. Além disso, deve possuir certificações ambientais reconhecidas ou estar em processo de obtenção e apresentar um modelo de negócios que integre objetivos de sustentabilidade em suas operações e cadeia de valor. As startups verdes enquadradas segundo os critérios estabelecidos terão acesso prioritário a programas de incentivo a startups com apoio financeiro e técnico, benefícios fiscais e tributários, como redução ou isenção de tributos federais, e participação prioritária em editais de inovação e sustentabilidade promovidos pelo governo, bem como em licitações públicas. A iniciativa também prevê a criação de um selo de reconhecimento para startups verdes, que será concedido às empresas que comprovarem excelência e inovação na área de sustentabilidade. Para obter o reconhecimento como startup verde, a empresa deverá apresentar ao órgão competente um relatório detalhado de atividades, demonstrando o impacto positivo no meio ambiente, documentação que comprove a obtenção de certificações ambientais ou a adoção de práticas sustentáveis reconhecidas, e um plano de negócios que incorpore princípios de sustentabilidade."
Fonte: Epbr; 03/07/2024
Câmara vai debater MP da Amazonas Energia a pedido da oposição
"Cientistas pediram urgência no combate ao desmatamento e ao fogo para evitar o chamado “ponto de não retorno” na degradação da Floresta Amazônica. O apelo ocorreu em audiência da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários, nesta terça-feira (2/7), que também ouviu representantes do governo e da sociedade civil para atualizar a situação do bioma, palco de sucessivas secas nos últimos anos. Assista na íntegra acima. Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, o climatologista Carlos Nobre descreveu o impacto do desmatamento e do aquecimento global, ambos provocados por ações humanas na Amazônia. “Nós temos em toda a Amazônia quase um milhão de quilômetros quadrados desmatados e 75% disso foi substituído por pastagens. Nos últimos 40 anos, a estação seca está ficando uma semana mais longa por década. Se a estação seca chegar a seis meses, será clima de Cerrado: a floresta vai se autodegradar”. A diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Ane Alencar, acrescentou que sucessivos incêndios florestais aceleram esse “ponto de não retorno”. A cientista apresentou dados recentes do MapBiomas que colocam a Amazônia como segundo ecossistema mais devastado pelo fogo no Brasil, só atrás do Cerrado. “42% de tudo que foi queimado entre 1985 e 2023 ocorreu na Amazônia. A atividade humana tem modificado o padrão de resistência da floresta e hoje a gente vê uma parte da Amazônia cada vez mais fragmentada”. O governo apresentou dados positivos de redução do desmatamento, mas admitiu a continuidade da degradação do bioma por incêndios florestais. Secretário da área no Ministério do Meio Ambiente, André Lima lembrou que a taxa de desmatamento amazônico de 9.064 Km2 do ano passado foi a menor desde 2019."
Fonte: Epbr; 03/07/2024
Internacional
Empresas
GM pagará multa de US$ 145,8 milhões após os EUA encontrarem excesso de emissões
"A General Motors (GM.N), abre nova aba, pagará uma penalidade de US$ 145,8 milhões e perderá créditos no valor de centenas de milhões de dólares depois que uma investigação do governo dos EUA encontrou emissões excessivas de aproximadamente 5,9 milhões de veículos da GM, disseram agências governamentais na quarta-feira. A Agência de Proteção Ambiental disse que a GM concordou em abrir mão de aproximadamente 50 milhões de toneladas métricas em permissões de carbono depois que a investigação de vários anos descobriu que os veículos dos anos-modelo 2012-2018 estavam emitindo mais de 10% a mais de dióxido de carbono, em média, do que os relatórios iniciais de conformidade da GM afirmavam. A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário informou separadamente que a GM pagará uma multa de US$ 145,8 milhões por problemas de conformidade com a economia de combustível e cancelará mais de 30,6 milhões de créditos de economia de combustível para os anos-modelo 2008-2010 para resolver os problemas identificados pelo programa de testes em uso de veículos leves da EPA. No início deste ano, a GM divulgou que estava em discussões com a EPA e outros órgãos reguladores a respeito de ajustes em seus créditos, acrescentando que, até 2023, seus custos totais gastos em conexão com a questão eram de US$ 450 milhões, representando sua "melhor estimativa atual da perda provável". Isso valorizaria os créditos perdidos em cerca de US$ 300 milhões. A GM disse na quarta-feira que esse valor é "consistente com os custos da resolução final dessas questões com o governo federal". Em um comunicado, a GM disse que "sempre cumpriu e aderiu a todas as leis e regulamentos aplicáveis na certificação e nos testes em uso dos veículos em questão"."
Fonte: Reuters; 03/07/2024
O furacão Beryl se torna a tempestade de categoria cinco mais precoce já registrada
"O furacão Beryl se tornou o furacão mais precoce já registrado a se transformar em uma tempestade de categoria cinco, o que significa que seus ventos e ondas do mar podem ser catastróficos, já que o aquecimento dos oceanos alimentou a destruição no sudeste do Caribe. Os meteorologistas disseram que a previsão é de que ela traga ventos e ondas de tempestade "com risco de morte" para a Jamaica antes de atingir as Ilhas Cayman. Na quarta-feira, o Serviço Meteorológico do México emitiu um alerta de furacão para a costa da península de Yucatán, de Puerto Costa Maya a Cancún, antes da chegada de Beryl, prevista para o final desta semana. O Beryl atingiu Carriacou, uma ilha que faz parte de Granada, na segunda-feira, além de atingir São Vicente e Granadinas, causando danos generalizados e várias mortes. Simon Stiell, chefe do setor de mudanças climáticas da ONU, que é de Carriacou, disse que sua terra natal havia sido "atingida pelo furacão Beryl". "Está claro que a crise climática está levando os desastres a níveis recordes de destruição", disse ele, pedindo aos países que estabeleçam planos mais ambiciosos para combater o aquecimento global. "Esse não é um problema do futuro. Isso está acontecendo agora mesmo em todas as economias, inclusive nas maiores do mundo - desastres em uma escala que costumava ser coisa de ficção científica estão se tornando fatos meteorológicos, e a crise climática é a principal culpada." O Centro Nacional de Furacões dos EUA disse que os ventos atingiram cerca de 157 mph em seu pico, antes de enfraquecer ligeiramente para 145 mph. A queda rebaixou o Beryl para uma tempestade de categoria quatro, que ainda é classificada como um grande furacão capaz de causar danos "catastróficos"."
Fonte: Financial Times; 03/07/2024
Política
Órgão regulador da China lança o primeiro centro de combustível de aviação "verde" do país
"A Autoridade de Aviação Civil da China (CAAC) lançou o primeiro centro técnico do país para combustível de aviação sustentável (SAF), que se concentra na definição de padrões e na pesquisa de produtos, segundo um relatório publicado no canal de notícias do órgão regulador da aviação na noite de terça-feira. O novo centro, com sede na cidade de Chengdu, no sudoeste do país, assumirá a liderança no mapeamento da política do setor e na definição de padrões para produtos e controle de qualidade, de acordo com dois executivos do setor de SAF com conhecimento direto do lançamento. A China, o segundo maior mercado de aviação do mundo, que consome cerca de 11% do combustível de aviação usado globalmente, deve revelar este ano sua política sobre o uso de SAF para 2030, o que poderia estimular bilhões de dólares de investimento, informou a Reuters em maio. Apesar de alguns voos de teste, a China não produz SAF comercialmente para uso doméstico. As empresas de biocombustíveis estão investindo mais de US$ 1 bilhão na construção das primeiras fábricas da China para transformar óleo de cozinha usado em combustível de aviação para exportação e atender à demanda doméstica quando Pequim determinar o uso do combustível em aviões para reduzir as emissões. A CAAC também tem como objetivo estabelecer um sistema de certificação chinês para combustível sustentável. O centro está montando instalações de teste para novos produtos, de acordo com o relatório no site de notícias do órgão regulador, que acrescentou que o consumo total de combustível de aviação da China provavelmente excederá 50 milhões de toneladas métricas por ano até 2030 e o uso de SAF poderá chegar a 2,5 milhões de toneladas por ano."
Fonte: Reuters; 03/07/2024
Alemanha lança rede de carregamento de caminhões elétricos
"O governo alemão lançou na quarta-feira um projeto para construir uma rede nacional de recarga rápida para veículos pesados, já que Berlim pretende descarbonizar o setor de transportes até 2045. As emissões de gases de efeito estufa na maior economia da Europa caíram para o nível mais baixo em 70 anos em 2023, mas o setor de transportes tem falhado sistematicamente em cumprir suas metas climáticas. A Alemanha pretende que cerca de um terço de seu transporte rodoviário pesado seja movido a eletricidade ou a combustíveis produzidos eletricamente, como metano sintético ou hidrogênio, até 2030. De acordo com a autoridade federal de tráfego rodoviário KBA, os veículos elétricos representavam apenas 2,1% da frota de caminhões comerciais da Alemanha em abril. A iniciativa, batizada de "Power to the Road", tem como objetivo criar uma rede de 350 locais de carregamento rápido, cobrindo cerca de 95% das rodovias federais da Alemanha. O país também está se esforçando para expandir sua rede elétrica para absorver mais energia renovável. "Nosso objetivo é permitir que os caminhões funcionem apenas com eletricidade verde", disse o Ministro da Economia Robert Habeck em um comunicado na quarta-feira. As licitações públicas para cerca de 130 locais planejados ocorrerão no final do verão, disseram os ministérios da economia e dos transportes em um comunicado conjunto. "Uma poderosa infraestrutura de recarga forma a espinha dorsal da mobilidade e da logística favoráveis ao clima do futuro. Com a rede de carregamento rápido de caminhões, estamos lançando um projeto realmente gigantesco", disse o Ministro dos Transportes, Volker Wissing."
Fonte: Reuters; 03/07/2024
Entra em vigor em julho a nova Lei de Restauração da Natureza da União Europeia
"Depois de aprovada no Parlamento Europeu, entra em vigor este mês de julho a Nature Restoration Law - Regulamento (UE) 2022/869, que compõe o Pacote Green Deal europeu, no âmbito da Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030, a fim de promover ao menos 20% da recuperação dos ecossistemas degradados das áreas terrestres e marítimas até 2030, e evidencia a preocupação do bloco europeu com a sua escassez de recursos naturais e baixo potencial de competitividade nos mercados globais de serviços ambientais e carbono. O novo instrumento normativo, considerado “audacioso” pelo próprio parlamento europeu, estabelece metas e obrigações específicas para a restauração das áreas, além de determinar que ao menos 90% dos ecossistemas danificados sejam recuperados até 2050, sob o fundamento de transformar o bloco em uma sociedade justa, eficiente e competitiva, além de atenuar os impactos das mudanças climáticas. O advento normativo entra em vigor sob um contexto delicado enfrentado pelo bloco, uma vez que mais de 80% dos habitats europeus estão em estado de degradação, 10% das abelhas e das espécies de borboletas estão em risco de extinção e 70% dos solos estão em estado de insalubridade, em que pese os esforços envidados no passado para proteger e conservar, não foram suficientes para reverter o quadro de degradação florestal e perda significativa da biodiversidade. Nesse contexto, a legislação prevê a adoção de medidas não só para conservar como também para restaurar a natureza, além de apresentar sinergia com os acordos e compromissos internacionais assumidos pelo bloco europeu, em especial o Quadro Mundial para a Biodiversidade de Kunming-Montreal, pactuado na Conferência das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica de 2022 (COP 15)."
Fonte: Valor Econômico; 03/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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