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Moody’s eleva perspectiva do Brasil para Positiva; rating ‘Ba2’ reafirmado

No dia 01 de maio, a agência de classificação de risco Moody's elevou a perspectiva do rating soberano de longo prazo do Brasil para 'Positiva', ante 'Estável'. Saiba mais.

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No dia 01 de maio, a agência de classificação de risco Moody’s elevou a perspectiva do rating soberano de longo prazo do Brasil para ‘Positiva’, ante ‘Estável’. O rating, por sua vez, foi afirmado em ‘Ba2’. O upgrade (elevação) refletiu as perspectivas mais robustas da agência para o crescimento real do PIB, juntamente com progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal. No entanto, a Moody’s destaca alguns riscos para a continuidade de melhora no âmbito fiscal. Veja mais detalhes abaixo, e como isso pode impactar as empresas que possuem seus ratings limitados pelo soberano.

Visão da Moody’s

Segundo a agência de risco, o rating ‘Ba2’ do Brasil se baseia na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, devido ao seu elevado nível de endividamento e à sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros.

Por outro lado, de acordo com a Moody’s, o risco de financiamento é mitigado pelo profundo mercado financeiro interno e a forte dependência do Brasil à ele. Ademais, o atual patamar de rating também reflete a relevância e a diversidade da economia nacional, as instituições moderadamente fortes e a posição externa sólida.

Os tetos-país do Brasil permanecem inalterados. O teto-país em moeda local está no patamar de ‘Baa1’, quatro níveis acima do rating soberano, devido à relevante dimensão e diversificação da economia e desequilíbrios externos e riscos macroeconômicos limitados, que são compensados pela forte presença do governo na economia. O teto-país em moeda estrangeira é Baa2, três níveis acima do rating soberano, e reflete principalmente as grandes reservas cambiais, o que é contrabalançada pela volatilidade cambial e algumas restrições aos fluxos de capital.

A Moody’s atribui um teto, em moeda local ou estrangeira, para títulos e notas de cada país (ou região monetária independente) para facilitar a atribuição de ratings em moeda local para emissões e/ou emissores. Podendo, por sua vez, ser comparado com outros ratings globalmente.

A mudança da perspectiva do rating soberano, segundo a agência, refletiu dois principais aspectos do Brasil: (i) perspectivas mais robustas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do país em relação aos anos pré-pandêmicos; (ii) progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, que, em conjunto com o crescimento econômico, pode permitir uma estabilidade da representatividade da dívida do Brasil no PIB.

Perspectivas de crescimento com potencial de alta no médio a longo prazo

Segundo a agência, o desempenho econômico do Brasil surpreendeu positivamente em 2022 e 2023, devido em parte a fatores cíclicos, que incluíram a forte produção agrícola. A Moody’s prevê também que o crescimento será generalizado nos próximos anos, e se estenderá tanto à indústria quanto aos setores de serviços, à medida que a demanda doméstica é impulsionada por um fortalecimento do mercado de trabalho e aumento dos salários reais.

Resultado parcial de reformas estruturais de sucessivos governos, a Moody’s espera que o crescimento real do PIB seja cerca de 2%, em média, em 2024-2025 e no médio prazo, bem acima da taxa anual média de -0,5% observada em 2015-2019, antes da pandemia. 

Reformas estruturais em sucessivos governos e redução da incerteza política

Na visão da Moody’s, apesar de presenciar um ambiente político ainda polarizado, os governos conseguiram sucessivamente promover reformas em áreas fundamentais, relacionadas ao arcabouço de política monetária e ao fortalecimento da independência do banco central, melhora da governança das empresas estatais e medidas para aprimorar o ambiente de negócios, como a digitalização financeira e a reforma trabalhista. A reforma tributária, embora leve um longo período para que seja implementada, também marca uma notável reforma estrutural.

Além de favorecer o crescimento econômico nos próximos anos, as reformas acima citadas aumentaram a eficácia das políticas públicas e, juntamente com as barreiras institucionais, reduziram a incerteza sobre a direção futura delas.

Consolidação fiscal gradual pode levar a uma estabilização do peso da dívida

A partir de um ambiente de crescimento estável, a Moody’s espera uma queda dos déficits fiscais primário e nominal do Brasil em 2024 e 2025, como resultado de medidas relacionadas à arrecadação fiscal. Tal cenário pode apoiar uma redução dos prêmios de risco do país, que, por sua vez, diminuiria os custos de empréstimos para o governo.

Por outro lado, a agência vê que a redução dos déficits é limitada ao aumento da arrecadação fiscal e à capacidade restrita do governo de cortar gastos.

Como a mudança realizada pode impactar as empresas?

Uma parte dos ratings atribuídos a empresas e aos bancos pelas agências de classificação de risco de crédito possui limitações em relação ao rating soberano vigente. Neste sentido, um movimento para cima ou para baixo no rating soberano pode originar reajustes de ratings corporativos e de instituições financeiras na mesma direção.

Desta forma, a mudança da perspectiva do rating para ‘Positiva” pode ocasionar também em um movimento no mesmo sentido para as perspectivas das notas de crédito de emissores limitados ao soberano.

Fonte

Moody’s

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